domingo, 1 de agosto de 2010

A Pancada

Era uma vez, um pequeno pássaro que vivia voando para todo lugar, pois não gostava de ficar parado e, por isso, nem amigos fazia.
Seu nome era Leveza – não pesava nada e, se bobeasse, até o vento lhe carregava para longe.
Leveza gostava dessa vida livre, sem compromissos, só indo pra lá e pra cá, sem falar nada para ninguém: era sozinho, não tinha família.
Um dia, em uma tarde de muito frio e pouco vento, Leveza resolveu sair para procurar alimentos, pois sua despensa já estava quase vazia. Como ainda não era inverno, ele não viu nenhum problema em sair voando por aquela floresta. E se lá foi ele.
Depois de algum tempo voando, começou a sentir uma brisa mais forte, que o empurrava com força para frente; mas, não se importou, logo passaria e ele voltaria para casa. Mas, o a brisa virou um vento forte, mais forte e Leveza começou a ficar com medo; de repente, foi empurrado com tanta força que, sem conseguir evitar, acabou batendo em uma árvore e desmaiou.
Quando acordou, viu que estava em um lugar bem quentinho, com gente falando a sua volta. Foi virando a cabecinha dolorida para tentar ver onde estava, mas não reconheceu o lugar; fechou os olhos e adormeceu.
No dia seguinte, acordou sentindo-se bem melhor. Quando ia levantar, alguém entrou: era uma linda passarinha, com belos olhos verdes, cabelo amarelinho, penas deslumbrantes e cheirosas, com um bonito e limpo avental. Trazia um prato com algo fumegante e com um aroma de dar água na boca.
Ela olhou-o e perguntou como se sentia; ele respondeu que estava melhor e que depois da pancada do dia anterior, não se arriscaria mais a sair sem antes prestar atenção nos ventos. A passarinha disse se chamar “Pluma” e, que ele já estava ali há 05 dias.
Leveza tomou um susto: 5 dias? - Uau, quanto tempo, pensou ele! Pluma falou para não se preocupar, logo ficaria mais forte e poderia voar de volta para sua família e amigos, que deveriam estar preocupados com a ausência dele.
Ele prestou um pouco mais de atenção naquela bela passarinha e, pela primeira vez, sentiu o coração bater mais forte. Disse que não tinha ninguém, que morava só e como estava sempre voando, não tinha amigos.
Pluma, que também havia se interessado por ele, convidou-o, então, para ficar morando ali, junto com sua família e seus amigos. Ele pensou, pensou e resolveu aceitar, pois estava cansado de ser sozinho e, porque queria ficar perto daquela linda passarinha.
O tempo foi passando; Leveza se recuperou completamente e estava cada vez mais encantado por Pluma, assim como ela por ele. Todos gostavam de Leveza e gostariam que ele ficasse com Pluma.
De tanto desejarem, ele acabou tomando coragem e pedindo a mão da meiga e tímida Pluma. Foi uma festança só o dia do casamento, todos felizes, brindando a alegria dos noivos que, até hoje, vivem muito felizes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário