Faz
um ano e meio que gosto dela e, agora que ela me deu uma chance, não posso ir
embora...”. Achei a frase muito interessante
e, mais ainda, por ter sido proferida por um homem – não que eu seja feminista
e ache que homens não podem sentir isso, mas, é engraçado eles ficarem um pouco
mais amolecidos quando descobrem o amor. Depois de ouvir a frase e ficar com
ela na cabeça até chegar em casa e, claro, dissertar sobre o assunto, vieram
outras questões e, que me pegaram de jeito: como um sentimento tão profundo,
tão desejoso de ser sentido por muitos, pode ficar tanto tempo aprisionado
dentro de alguém? Como se consegue “guardar” o amor? E, a pessoa objeto de todo
esse sentir, não percebe os sinais? Não acompanha o pulsar desse bater tão
descompassado? Para mim, quando se ama, isso fica estampado no rosto, nas
atitudes, no jeito de vestir, falar, sei lá – na verdade, nunca amei; só me
apaixonei, me enrolei, me perdi, me achei, me decepcionei e
desisti....rsrsrsrssr. Mas, voltando ao tema, ficaram várias coisas no ar e, se
essa relação não é vivida, acabamos nos perdendo em fugas para esquecer a
pessoa pela qual dedicamos esse sentimento? como um ser apaixonado vive esse
sentir enquanto não conquista a pessoa pela qual seu sono foge, seus sonhos
viajam? Como viver tentando saber o que outro faz, com quem está, enquanto não
se rende ao nosso toque? Dizem que amar é fácil. Acho que não (novamente afirmo
- nunca amei, tenho certeza): amar é um teste de paciência; é aprender o passo
a passo da conquista; é querer conhecer o outro e desconhecer a nós mesmos; é
buscar a perfeição onde ela não existe; é olhar com os olhos do coração, do envolvimento
desmedido e, algumas vezes, anular nosso sentir em prol desse amor que queremos
exaltar, que sonhamos viver intensa e loucamente. E, se queremos tudo isso,
como calar essa emoção por tanto tempo?
Um ano e meio, para quem ama, deve parecer uma eternidade; esse
sentimento unilateral não é regado, não é vivenciado, não recebe a atenção que
merece e precisa, então, como ele se enraíza dentro de nós? Como fazer esse
amor sobreviver quando, aquele que ama, não consegue dizer ao ser amado que
esse sentimento existe e que está ali, pronto para ser colhido e sair pelos
nossos olhos, para que a vida seja vista com olhos de amor e sonho diário? Enfim,
realmente, amar não é fácil, mas, o mais difícil é não permitirmos que esse
sentimento nasça dentro de nós, por medo de sofrer e, quem sabe, por medo de
não saber o que fazer quando o sentimento for recíproco. Boa sorte para o cara que conquistou a amada,
depois de um ano e meio, mesmo correndo o risco da “chance” dada não ser bem
aproveitada.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Cadê Meu Sono?????
Embalada pelo som da falecida, mas, não menos maravilhosa, Whitney Houston, cantando “Run To You”, tentava encontrar o sono que, à 1h30min, resolveu fugir de mim, entre a hora que deitei, dei umas cochiladas e acordei para tomar banho. E, enquanto a Diva Houston “corria para alguém”, com aquele timbre de voz que parecia um anjo cantando - e, sinceramente, não consegui entender como alguém poderia fugir de tudo aquilo (claro que tinha problemas com drogas, álcool, insegurança, loucura, etc...bem, isso não vem ao caso...deixa quieto), eu corria atrás do meu soninho, daquele momento em que meu sonhos se tornavam um pouco mais reais. Virei para cá, virei para lá e, nada. Música vai, música vem e, nada. Meu sono resolveu ir pelo ralo, misturado a espuma do sabonete do banho e ao creme dental depois da escovação. Claro que, mente vazia cria situações, inventa bobagens, quer descobrir soluções e, eu não sou diferente. Enquanto estava com os olhos abertos, o corpo agitado, tentando encontrar um foco, meu cachorro roncava, dormindo o sono dos animais inocentes. Que raiva! Deu uma vontade de cutucá-lo e fazer me acompanhar na madrugada insone, mas, não sou má: deixei o bichinho continuar seu sono de beleza canina. E, no vazio mental da madrugada, pensei em como se pode perder algo tão nosso? É muita falta de noção perder o sono no meio da noite, deitada, sem ninguém em volta.....é “mosquice” demais, né???? Será que, de repente, resolve fugir da tua cabeça, driblar teu cérebro e ir para a balada? E, se meu cérebro tiver uma idade diferente da minha? Se ele for o baladeiro que eu não sou? Será que, quando se perde o sono, é um aviso de que precisamos acordar para a vida? Ai, quanta besteira se pensa em um momento como esse. Mas, se é normal perder o sono, não é legal ele voltar quase na hora de levantarmos. É muita cachorrice! E, quando deram as 12 badaladas do relógio da torre...ops, desculpe...- divagações loucas - quando a Rihanna gritou, às 06h30, dei um tapa nela, quer dizer, no telefone e fiz aquela vaca calar a boca e me deixar dormir mais um pouco, aproveitar minha caminha, afundar a cabeça no meu travesseiro não feito de penas de ganso.....enfim, acabei esticando bem mais que o tempo permitido o sono que voltou para casa depois das 04 da manhã. Ordinário! Quando o corpo decidiu que era hora de levantar, fui escorregando, escorregando e consegui sentar, mas, a cabeça continuava lá, babando nas cobertas. Mas, não tinha escolha: levantei, tomei banho, passei algo no rosto para disfarçar a olheira, me arrumei e enfiei um óculos escuro no rosto e, voilá, pronta para encarar o dia, o trânsito, o trabalho e gente chata.....Já meio recuperada, depois de um balde de café, cá estou, sentada, escrevendo sobre a noite que ficou para trás e, sinceramente, que minha insônia, também tenha ficado quieta lá e me esqueça, porque o que mais gosto, é deitar a cabeça no travesseiro e dormir, relaxada e descansadamente.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Beijando o Chão
Andei caindo. De novo! Não tenho osteoporose – fiz uma “densitoalgumacoisaóssea”
e deu tudo bem e, segundo minha ginecologista, tenho osso sobrando. Não tenho
labirintite ou qualquer coisa que possa me apagar, tirar do ar e me fazer cair
de boca no chão. Na verdade, o que aconteceu foi uma fatalidade ou, na verdade,
um pouco de falta de noção de espaço entre minha canela e um maldito sofá. Fui
fazer um favor no intervalo de almoço – coisa que nunca fiz e, agora, nunca
mais farei – e, acabei no HPS, com 09 pontos na testa, 02 vacinas e dores no
corpo inteiro, por mais de duas semanas. O que aconteceu foi que, saindo da
copa de onde trabalho, tentando encaixar a tampa da garrafa térmica mal acabada
cheia de água quente para um infeliz que queria “tomar chimarrão”, bati com a
canela numa porcaria de um sofá, colocado exatamente na saída da porta e que,
naquele dia, estava estrategicamente posicionado entre meu corpo e o chão. Caí
inteira, como um coco despencando de um coqueiro – coqueiro mínimo, porque não
sou um pessoa dotada de muitos centímetros de altura; parecia tudo em câmera
lenta e, ainda sinto um certo pavor só de lembrar da queda, do som da queda e,
claro, do resultado da queda. Incrível! Foi um tombo de cinema
(exagerada...rsrsrsrsrsr), daqueles em que o astro principal exige dublê para a
cena e, eu, fui a estrela e a dublê, fazendo papel duplo e, pior, que nem ao Framboesa
de Ouro vou concorrer. Bem, fiquei estendida, de corpo inteiro, ouvindo algumas
pessoas falando, sentia que vinham na minha direção, mas, eu só via o sangue
que pingava de algum lugar do meu rosto, direto para o chão. Fiquei paralisada
pensando de onde saía toda aquela sangüera mas, não tive tempo de pesquisar e, como sentia meu
nariz e minha boca normais, então, imaginei que seria de algum lugar acima do
nariz: a testa, claro. Me levantaram, ajudaram a sentar e estancaram o sangue
que escorria pelo meu rosto. Depois de me acalmarem, me levaram ao ambulatório -
que fica no térreo do prédio, para ver qual a extensão do estrago; lá,
perceberam que teria que levar pontos e me encaminharam ao HPS. Nove pontos!
Direto! Sem dó nem piedade. Fui muito bem atendida e, muito rapidamente, também;
o medico que me atendeu, conversou, me deixou relaxada e, depois de enxergar
algumas vezes aquela agulha indo e vindo em minha direção, em um momento de
comiseração, ele resolveu colocar um paninho no meu rosto, deixando só a testa
de fora, então, me senti em um episódio de Grey’s Anatomy – com o rosto
coberto, aquela luz forte dando “luz” para que o médico acertasse a “pontuação”
(meio exagerada a comparação, mas, a sensação foi essa mesma – quem estava lá
era eu, ok??). Tudo anestesiado, ponto vai, ponto vem e, de repente, ele diz: “Márcia,
se sentir dor, avisa”; eu, quieta. Aí, a voz, de novo: “Se estiver doendo,
avisa, ok, Márcia?” e, me dei conta de que era para mim que ele falava e, respondi:
“Carla, meu nome é Carla!”...Ficou meio sem jeito e disse: “Ah, por isso não
estava me respondendo.” Dããããã.....claro que não respondi, não era comigo; eu
não era a única na sala, vai que ele estivesse me suturando e falando com outra
e, pior, depois pensei: será que ele estava com a mulher certa? Será que estava
suturando o local correto?? Me deu vontade de levantar e dizer prá ele “Meu
nome não é Johnny...ops, Márcia” – seria engraçado ter um momento de indignação
com uma agulha pendurada na testa......Depois de tudo ajeitado, fui para casa,
salva e não muito sã; e, quando o corpo esfriou a realidade se descortinou à
minha frente: meu corpo inteiro doía – do lóbulo da orelha até o dedão do pé,
nada escapou. Se piscasse, doía; se sorrisse, doía; se pensasse, doía.....nunca
mais quero sentir isso, é horrível. Depois de algumas aplicações de pomadas
poderosas e fedorentas, comprimidos potentes para dor, fui fazer R-X da cabeça
é das costelas e, graças a Deus, não quebrei ou trinquei nada. A cabeça
continua no lugar, só com 02 riscos pequenos na testa, tipo Harry Potter e,
juro, arde quando alguém indesejável chega perto de mim, tipo Voldemort – inimigo
do bruxinho marcado. As costelas, pela força do impacto contra o chão,
continuam doloridas, mas, intactas. Na verdade, apesar da gravidade do tombo,
tenho que me sentir privilegiada, poderia ter sido pior: não quebrei nariz,
dentes e nem o óculos, que saltou longe da minha cara. Mais uma vez, isso veio
comprovar que tenho o corpo fechado e a proteção de santos muitos fortes que
gostam de mim. Que continuem assim e me tirem dessas armadilhas que pintarem no
meu caminho ou, melhor, no meio das minhas canelas.
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