terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paquera ou Assalto???

Quando resolvi criar um blog, fiquei pensando sobre o que escreveria e, depois do primeiro texto, os outros vieram de maneira natural e com assuntos variados. Hoje, com meu humor na escala 08, resolvi ir caminhando para o trabalho; fui no meu passinho de tartaruga, devagar e sempre, sem me preocupar em chegar suando ao trabalho; minha única preocupação era apenas curtir o caminho, sem nenhum tipo de incidente na jornada. No meio do caminho, vinha um homem na direção contrária a minha e, mesmo sem achá-lo interessante, me chamou a atenção porque vinha me olhando e, nosso sexto sentido acaba ficando aguçado, claro, para esse tipo de coisa. Eu olhei para ele e, quanto mais a distância encurtava, tive a certeza de que era para mim que ele olhava; no começo, fiquei lisonjeada: 07h30 da manhã, cabelos molhados do banho, calça jeans, camiseta, totalmente largadaça, sem nenhuma produção “pró-paquera” (quem vai imaginar ser paquerada nesse horário?? Se é que tem horário para isso...). Meu “id” e meu “ego” ficaram emocionados, fundiram-se de tanta alegria, afinal, eu já havia falado em um post anterior que não sei mais paquerar e, estou dizendo a verdade; não fiquei alegre por estar sendo paquerada, imagina....essa é a menor das minhas preocupações; achei legal, na verdade, “eu” ter percebido isso. Mas, voltando ao assunto, no começo achei interessante ser “interessante” para um cara naquele horário; mas, de repente, algo aconteceu dentro do meu cérebro e comecei a fantasiar sobre algumas coisas (nada de sexo animal com um total desconhecido, dentro de um elevador, parado em um andar qualquer....abafa...). Minha mente começou a enviar mensagens diretas, tipo “não é paquera, idiota...ele vai te assaltar.”; aí, tudo mudou de figura: fiquei encarando o coitado e, meus olhos devem ter passado essa mensagem para ele: “vai me assaltar? Pode vir, não tenho nada de importante dentro da bolsa; pode levar tudo, só deixa minha “marmitinha”, ok?”. E, meu olhar não era de medo, era de raiva, de ódio e, ele entendeu, sabe por quê? Passou por mim e, o olhar que antes me mirava com admiração, passou a ser de interrogação, como se me perguntasse: “o que mudou nessa louca?”. Passamos um pelo outro, sem mais nenhum olhar; eu grudada na minha bolsa com a marmita dentro e, ele, com o olhar em outra direção, com passos rápidos e decidido a ficar bem longe de mim. Depois da loucura toda, cheguei ao trabalho, fiz meu café e fiquei lembrando do ocorrido; comecei a escrever e tive a triste constatação de que, infelizmente, o medo – além de se tornar nosso primeiro “nome”, é nosso maior companheiro nesse mundo atual e, consequentemente, a solidão tornou-se nosso sobrenome. Com essa violência solta aí fora, fica difícil confiar em alguém e, acabamos nos enfiando dentro da falsa concha da segurança que é nosso interior; às vezes, por ter todo esse medo, acabamos deixando oportunidades legais passarem batidas por nós, sem ter a chance de experimentar algo novo. Mas, tudo bem, um dia tudo se ajeita e, se o nosso destino já é traçado, como dizem os entendidos do assunto, não preciso ter medo do meu destino, apenas do destino dos desconhecidos que me cercam.   

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mau Humor de Segunda-Feira...


Hoje, meu humor está na faixa dos 06 pontos – até que não é nada mal para uma segunda-feira que marca o início de uma semana sem feriado....sniff.....e, como fico um pouco mais observadora nesses momentos, fiquei observando a “vida” passar através dos vidros da lotação (que profundo...). Já olharam para os motoristas de ônibus, no meio do trânsito? Eu já – e, não foi só para tentar descobrir se encontraria algum gatinho atrás do volante, não; fico olhando e vejo cansaço, desânimo e, a maioria, parecendo querer que tudo aquilo se transforme em um paraíso, onde o refúgio dessa loucura toda seria o ideal. A paciência que precisam ter para agüentar passageiros incompreensivos, sinaleiras estragadas, azuizinhos metidos, corredores atopetados de outros ônibus e, pedestres que resolvem atravessar a avenida no meio de todo esse tumulto. O motorista tem que cuidar do pedestre que atravessa e, ainda por cima, avisá-lo de que pode continuar a travessia sem o risco de que um outro veículo o atropele.  Quando falam que os motoristas não respeitam a faixa de segurança, até concordo, mas, o pedestre é muito mais abusado: se o sinal está verde para os carros, não consegue ficar na calçada até trocar o sinal, se joga para a faixa e fica lá, todo nervosinho, quase que tendo os pés “beijados” pelos pneus dos carros que passam a centímetros de seus ricos dedões; e, se acontece algum acidente, a culpa é do motorista, claro; afinal, a máquina mortífera está nas mãos dele. Fico pensando que, se todos tentassem se entender, respeitar regras, a convivência seria muito mais fácil; menos acidentes e mortes ocorreriam. Resumindo: a culpa é de todos. Outra coisa que me chama a atenção é o jeito de vestir de algumas pessoas. Não tenho nada com isso, claro; cada um se veste do jeito que quiser, mas, tem certas coisas que não dá para não perceber e, nossa, fico abismada de ver a coragem de algumas mulheres em usar certo tipo de roupa. Quem disse que legging pode ser usada por todo o tipo de pessoa? Já viram como a legging fica transparente em alguns corpos? Os fios parecerem te olhar e pedir “socorro” e, a imagem que me chega ao cérebro é daqueles objetos de tortura de séculos e séculos atrás, onde colocavam um pobre coitado amarrado pelos pés e pelas mãos, bem separados e, ficavam puxando, até o pobre revelar o que nem imaginava saber. Outro dia, vi uma dessas legging e, fiquei com pena...consegui ver que a mulher que a usava estava com uma calcinha (muito, muito “inha” mesmo) vermelha...gente, a legging é preta, de um tecido grossinho, não tem como ver a cor da roupa íntima...então, o jeito é aumentar a força da legging para que todos os tamanhos de mulheres possam usá-las. O verão chegando e o exército das sem-noção fica cada vez maior e mais presente. Agora, todo mundo coloca o panção de fora, achando que está arrasando; o piercing, que era para enfeitar, acaba escondido dentro do umbigo; a mulherada, completamente celulitosa, puxa o shortinho do ano passado, que já não serve mais, e sai desfilando faceira, de ônibus em ônibus, e, começa o festival de horrores de mais um verão. Não estou aqui para julgar pessoas ou roupas; gostaria, apenas, que as mulheres aprendessem que, não é por andar com os seios pulando para fora das blusas, com as polpas da bunda de fora, com roupas provocantes dentro de um corpo que não sabe ser provocante (e, muitas vezes, não têm condições para isso) que vão agradar. Percebo, na minha total ignorância, claro, que as mulheres não se vestem para elas; elas se vestem para competir com as outras, para chamar mais atenção que as outras, para tentar ganhar mais homens que as outras. O pior de tudo, é que, com a onda de mulher-fruta que anda assolando nosso País, gordas, vulgares e metidas as subcelebridades (olhei no dicionário, se estiver errado, processem o autor...rsrsrsr) isso tudo parece ser natural e, infelizmente, atrai muitas seguidoras. Pena que ler, estudar e ser quem somos, não tem atrativo nenhum. Certamente, o País sairia ganhando muito com isso. Ok....é muita bobagem o que escrevi  aqui; não vai acrescentar nada na vida de ninguém, mas, eu precisava escrever sobre alguma coisa e, já que estou de mau humor, resolvi escrever sobre esses  dois temas que sempre me incomodaram muito. Se ofendi alguém, perdão. Mas, se mudar a atitude de outro alguém, maravilha. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Espírito de Natal

Porque, nessa época do ano, as pessoas começam a se mostrar um pouco mais sensíveis, mais amigas? Não consigo entender como usam o tal “espírito natalino”, o “clima de final de ano” para exercitarem coisas legais que poderiam ter feito durante o ano inteiro e, de repente, se estressado bem menos e chegado ao final de dezembro um pouco mais relaxadas, mais light, para curtir as tais festas junto com a família e/ou amigos. Sei que não é fácil atravessar um ano inteiro tentando sorrir o tempo todo, ser bonzinho, ser simpático, colocar as contas em dia, cuidar de pequenos detalhes que podem evitar enormes catástrofes econômicas (ao nosso bolso, claro); às vezes, é difícil ser educado, ser humilde, ser compreensivo com a dificuldade do outro, aceitar o erro – por mais simples que seja – e não criticar...Sim...É tudo muito difícil. Mas, se podemos nos “programar” para termos esse espírito do bem, a partir de novembro até o mês de dezembro, porque não nos conscientizarmos que, se esse tipo de atitude for uma realidade durante o ano inteiro, tudo pode ficar muito mais gostoso de ser vivido e, principalmente, será muito mais interessante conviver com nossa própria companhia. E, aceitando nossa companhia – cheia de manias e vontades, poderia ficar mais simples aceitar o próximo, conviver com ele em um ritmo mais sociável, menos desgastante. Já fui mais admiradora das festas natalinas; já curti decorar árvores, comprar enfeites, iluminar a frente da casa com aquela infinidade de luzinhas - cheias de desenhos estranhos quando acesas, já curti, também, comprar presentes, escolher o presente que era a “cara da mãe”, a “cara do pai”, dos sobrinhos, da irmã, do cunhado, das tias, primos, tios, etc.... Mas, isso, agora, está localizado em um lugar tão distante dentro do meu cérebro que, sinceramente, precisaria de um GPS para encontrar essa alegria que se esvaiu de mim, essa vontade que um dia existiu de curtir o Natal em família, de beber todas no Ano Novo, pulando em um pé só, enfiando sementes de romã dentro da carteira, de comer lentilha e ter esperança que o próximo ano seja melhor que o que está acabando. Acho legal quem ainda tem esse espírito, essa esperança...não desfaço de quem acredita, pois essa vontade de que o próximo ano venha com mais coisas positivas, com energia melhores e com um pouco mais de humanidade entre as pessoas, eu também já tive. E, não perdi nada disso porque deixei de ter esperanças, porque deixei de acreditar que tudo é possível...apenas, perdi o interesse, digamos, “comercial” por tudo isso... Na verdade, a esperança de um ano melhor está sempre dentro do meu coração; mas, quando alguém a quem amamos nos deixa nessa época do ano, tudo fica muito marcante, muito mais difícil de ser ultrapassado. Momentos legais que vivemos, vêm a nossa mente como uma película de cinema e, num safanão,  nossas lembranças tornam-se vivas, fazendo com quem já partiu se faça mais presente, aumentando a saudade e a vontade de voltar ao passado. Só que o presente é o aqui e o agora; então, o jeito é não perder nossa fé e, tentar passar as festas natalinas junto à família e, esperando que, o próximo ano, o espírito natalino se apresente a partir do primeiro dia do novo ano.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Jonas Brothers...Fui, Sim!!!

Fui no show dos Jonas Brothers, sim! Poderia dizer que fui para só acompanhar minha sobrinha, para que não corresse riscos voltando sozinha para casa – poderia dar muitas e variadas desculpas. Mas, optei por dizer a verdade: fui porque curto os guris, acho bem gostoso ouvir aquele rockezinho light e por ser um grupo que prega valores familiares muito legais. E, claro, porque – segundo minha sobrinha – sou VIP na Disney: assisto tudo, ainda mais que, nos finais-de-semana todas as séries que assisto durante a semana  repetem e, entre assistir a programação da TV aberta e a variedade infantil-adolescente da Disney, opto pela segunda, sem medo de errar. De repente, isso pode ter algo a ver com o que não tive na infância: uma profusão de programas onde posso escolher aquilo que mais me agrada, onde posso ouvir músicas e escolher a que me faz bem ao ouvido, onde posso me conectar com meus sobrinhos de idades variadas e com gostos meio parecidos com os meus. Juro que não é nenhum resgate frustrado de uma adulta que não teve todas essas chances na adolescência...até porque, fui uma adolescente meio abobada: brincava de boneca até os 15 anos....mas, isso não me impediu de amadurecer e, ainda assim, poder curtir isso agora, nessa fase muito, muito, muito, mas muito mesmo, mais madura. Sabe o que me fascina?  a energia que essas fãs despendem na idolatria por seus escolhidos. Tudo é incondicional. Tudo é imenso. Tudo é radical. O ídolo, mesmo totalmente distante, torna-se mais íntimo que o amigo mais íntimo; sabem tudo dele: o que come, o que gosta, o que lê, o que sonha. Acho bonita essa entrega, esse carinho com que os recebem e, no show dos Jonas vi isso, nitidamente. A idade é muito variada, mas, não vai dos 8 aos 80 – até porque alguém com 80 que tentasse dançar o primeiro acorde, ficaria totalmente travado; vai dos 8 aos 18, com uma paixão explícita no derramamento incessante  de lágrimas de emoção. Os olhos brilham tanto que as luzes do ginásio poderiam ser totalmente desligadas, trazendo uma grande economia de energia; as batidas do som dos corações parecem querer se sobrepor ao som da banda que tanto mexe com todas. Enfim, é uma “histeria coletiva” do bem e, mesmo com a diferença de idiomas, o amor consegue ultrapassar essa barreira e, nos faz perceber que não há limites para nada; os jovens são fiéis ao que amam -mesmo que esse amor tenha prazo de validade, se entregam, se doam totalmente, até o próximo ídolo nascer. Hoje, são os fãs determinados a conseguir um olhar que seja de seu ídolo; amanhã, terão a lembrança dessa fase de tietagem e, terão a certeza de que valeu a pena viver isso. Já fui tiete, já sonhei com meus ídolos. Hoje, acompanho uma tiete. E, mesmo não tendo mais idade para esse tipo de show (nem pernas, ombros, coluna...rsrsrsr), fui com minha sobrinha e, sinceramente, adorei estar ao lado dela, partilhando essa emoção que via saindo de seus olhos; foi lindo, pela primeira vez, ver a alegria dela ao ver e ouvir, ao vivo, seu ídolo, sua paixão.  Mesmo ficando completamente surda pela gritaria, cansada pelo tempo em pé, faria tudo  novamente. Nada disso importa, não há incômodo nenhum, quando temos a oportunidade de curtir bons momentos ao lado de quem amamos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Passar do Tempo....

Ás vezes – não só no silêncio da noite, fico pensando em como tudo está passando rápido; em como o tempo está correndo para algum lugar que não imagino onde seja e, me assusto um pouco com isso. O bebê de ontem, que engatinhava por tudo, que caía, machucava, chorava loucamente e, em segundos, já estava repetindo as mesmas façanhas que o levaram ao chão, tornou-se um adolescente cheio de sonhos e muita energia ou, um adulto, cheio de compromissos e muita vontade de realizar coisas, mesmo aquelas que sabe nunca se concretizarão. O tempo é cruel, não perdoa; mas, ao mesmo tempo, nos dá oportunidades, nos dá escolhas; nos faz olhar para trás e resolver alguns problemas, consertar algumas outras situações ou, nos faz olhar para a frente e desejar que o futuro seja bondoso com nosso próprio tempo e, claro, com nossas “rugas” do amadurecimento.  Ontem, era 01 de janeiro de 2010 – o ano recomeçava e, para variar, repleto de esperanças de coisas novas e boas, de mudanças positivas, de energias renovadas e redobradas; hoje, estamos em novembro de 2010 e, nada mudou; as crises continuam; quem tinha problemas em 2009, continua com os mesmos problemas em 2010 e, certamente, poucos conseguiram resolver alguns: quem era pobre continua pobre, quem era rico, possivelmente, ficou mais rico, ainda; quem era solteiro, de repente, casou; quem era casado, de repente, separou; enfim, poucas coisas mudam. Mas, o que muda, realmente, são apenas os números no calendário e, felizmente, não mudam nossos anseios, nossos sonhos não se acabam; nossa esperança de que o próximo novo ano seja de mudanças positivas continuará sempre existindo; nossa vontade de continuar tocando o barco da melhor maneira possível, estará sempre presente nesse novo dia-a-dia que está chegando. O tempo pode passar rápido; nosso tempo pode estar se esgotando; mas, não podemos permitir que nosso sonhos se apaguem porque o ponteiro do relógio corre mais rápido que nossas realizações. Temos que olhar para o horizonte e desejar que tudo se ajeite, mesmo que “eu fique ali sonhando acordada, juntando o antes, o agora e o depois”