Faz
um ano e meio que gosto dela e, agora que ela me deu uma chance, não posso ir
embora...”. Achei a frase muito interessante
e, mais ainda, por ter sido proferida por um homem – não que eu seja feminista
e ache que homens não podem sentir isso, mas, é engraçado eles ficarem um pouco
mais amolecidos quando descobrem o amor. Depois de ouvir a frase e ficar com
ela na cabeça até chegar em casa e, claro, dissertar sobre o assunto, vieram
outras questões e, que me pegaram de jeito: como um sentimento tão profundo,
tão desejoso de ser sentido por muitos, pode ficar tanto tempo aprisionado
dentro de alguém? Como se consegue “guardar” o amor? E, a pessoa objeto de todo
esse sentir, não percebe os sinais? Não acompanha o pulsar desse bater tão
descompassado? Para mim, quando se ama, isso fica estampado no rosto, nas
atitudes, no jeito de vestir, falar, sei lá – na verdade, nunca amei; só me
apaixonei, me enrolei, me perdi, me achei, me decepcionei e
desisti....rsrsrsrssr. Mas, voltando ao tema, ficaram várias coisas no ar e, se
essa relação não é vivida, acabamos nos perdendo em fugas para esquecer a
pessoa pela qual dedicamos esse sentimento? como um ser apaixonado vive esse
sentir enquanto não conquista a pessoa pela qual seu sono foge, seus sonhos
viajam? Como viver tentando saber o que outro faz, com quem está, enquanto não
se rende ao nosso toque? Dizem que amar é fácil. Acho que não (novamente afirmo
- nunca amei, tenho certeza): amar é um teste de paciência; é aprender o passo
a passo da conquista; é querer conhecer o outro e desconhecer a nós mesmos; é
buscar a perfeição onde ela não existe; é olhar com os olhos do coração, do envolvimento
desmedido e, algumas vezes, anular nosso sentir em prol desse amor que queremos
exaltar, que sonhamos viver intensa e loucamente. E, se queremos tudo isso,
como calar essa emoção por tanto tempo?
Um ano e meio, para quem ama, deve parecer uma eternidade; esse
sentimento unilateral não é regado, não é vivenciado, não recebe a atenção que
merece e precisa, então, como ele se enraíza dentro de nós? Como fazer esse
amor sobreviver quando, aquele que ama, não consegue dizer ao ser amado que
esse sentimento existe e que está ali, pronto para ser colhido e sair pelos
nossos olhos, para que a vida seja vista com olhos de amor e sonho diário? Enfim,
realmente, amar não é fácil, mas, o mais difícil é não permitirmos que esse
sentimento nasça dentro de nós, por medo de sofrer e, quem sabe, por medo de
não saber o que fazer quando o sentimento for recíproco. Boa sorte para o cara que conquistou a amada,
depois de um ano e meio, mesmo correndo o risco da “chance” dada não ser bem
aproveitada.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Cadê Meu Sono?????
Embalada pelo som da falecida, mas, não menos maravilhosa, Whitney Houston, cantando “Run To You”, tentava encontrar o sono que, à 1h30min, resolveu fugir de mim, entre a hora que deitei, dei umas cochiladas e acordei para tomar banho. E, enquanto a Diva Houston “corria para alguém”, com aquele timbre de voz que parecia um anjo cantando - e, sinceramente, não consegui entender como alguém poderia fugir de tudo aquilo (claro que tinha problemas com drogas, álcool, insegurança, loucura, etc...bem, isso não vem ao caso...deixa quieto), eu corria atrás do meu soninho, daquele momento em que meu sonhos se tornavam um pouco mais reais. Virei para cá, virei para lá e, nada. Música vai, música vem e, nada. Meu sono resolveu ir pelo ralo, misturado a espuma do sabonete do banho e ao creme dental depois da escovação. Claro que, mente vazia cria situações, inventa bobagens, quer descobrir soluções e, eu não sou diferente. Enquanto estava com os olhos abertos, o corpo agitado, tentando encontrar um foco, meu cachorro roncava, dormindo o sono dos animais inocentes. Que raiva! Deu uma vontade de cutucá-lo e fazer me acompanhar na madrugada insone, mas, não sou má: deixei o bichinho continuar seu sono de beleza canina. E, no vazio mental da madrugada, pensei em como se pode perder algo tão nosso? É muita falta de noção perder o sono no meio da noite, deitada, sem ninguém em volta.....é “mosquice” demais, né???? Será que, de repente, resolve fugir da tua cabeça, driblar teu cérebro e ir para a balada? E, se meu cérebro tiver uma idade diferente da minha? Se ele for o baladeiro que eu não sou? Será que, quando se perde o sono, é um aviso de que precisamos acordar para a vida? Ai, quanta besteira se pensa em um momento como esse. Mas, se é normal perder o sono, não é legal ele voltar quase na hora de levantarmos. É muita cachorrice! E, quando deram as 12 badaladas do relógio da torre...ops, desculpe...- divagações loucas - quando a Rihanna gritou, às 06h30, dei um tapa nela, quer dizer, no telefone e fiz aquela vaca calar a boca e me deixar dormir mais um pouco, aproveitar minha caminha, afundar a cabeça no meu travesseiro não feito de penas de ganso.....enfim, acabei esticando bem mais que o tempo permitido o sono que voltou para casa depois das 04 da manhã. Ordinário! Quando o corpo decidiu que era hora de levantar, fui escorregando, escorregando e consegui sentar, mas, a cabeça continuava lá, babando nas cobertas. Mas, não tinha escolha: levantei, tomei banho, passei algo no rosto para disfarçar a olheira, me arrumei e enfiei um óculos escuro no rosto e, voilá, pronta para encarar o dia, o trânsito, o trabalho e gente chata.....Já meio recuperada, depois de um balde de café, cá estou, sentada, escrevendo sobre a noite que ficou para trás e, sinceramente, que minha insônia, também tenha ficado quieta lá e me esqueça, porque o que mais gosto, é deitar a cabeça no travesseiro e dormir, relaxada e descansadamente.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Beijando o Chão
Andei caindo. De novo! Não tenho osteoporose – fiz uma “densitoalgumacoisaóssea”
e deu tudo bem e, segundo minha ginecologista, tenho osso sobrando. Não tenho
labirintite ou qualquer coisa que possa me apagar, tirar do ar e me fazer cair
de boca no chão. Na verdade, o que aconteceu foi uma fatalidade ou, na verdade,
um pouco de falta de noção de espaço entre minha canela e um maldito sofá. Fui
fazer um favor no intervalo de almoço – coisa que nunca fiz e, agora, nunca
mais farei – e, acabei no HPS, com 09 pontos na testa, 02 vacinas e dores no
corpo inteiro, por mais de duas semanas. O que aconteceu foi que, saindo da
copa de onde trabalho, tentando encaixar a tampa da garrafa térmica mal acabada
cheia de água quente para um infeliz que queria “tomar chimarrão”, bati com a
canela numa porcaria de um sofá, colocado exatamente na saída da porta e que,
naquele dia, estava estrategicamente posicionado entre meu corpo e o chão. Caí
inteira, como um coco despencando de um coqueiro – coqueiro mínimo, porque não
sou um pessoa dotada de muitos centímetros de altura; parecia tudo em câmera
lenta e, ainda sinto um certo pavor só de lembrar da queda, do som da queda e,
claro, do resultado da queda. Incrível! Foi um tombo de cinema
(exagerada...rsrsrsrsrsr), daqueles em que o astro principal exige dublê para a
cena e, eu, fui a estrela e a dublê, fazendo papel duplo e, pior, que nem ao Framboesa
de Ouro vou concorrer. Bem, fiquei estendida, de corpo inteiro, ouvindo algumas
pessoas falando, sentia que vinham na minha direção, mas, eu só via o sangue
que pingava de algum lugar do meu rosto, direto para o chão. Fiquei paralisada
pensando de onde saía toda aquela sangüera mas, não tive tempo de pesquisar e, como sentia meu
nariz e minha boca normais, então, imaginei que seria de algum lugar acima do
nariz: a testa, claro. Me levantaram, ajudaram a sentar e estancaram o sangue
que escorria pelo meu rosto. Depois de me acalmarem, me levaram ao ambulatório -
que fica no térreo do prédio, para ver qual a extensão do estrago; lá,
perceberam que teria que levar pontos e me encaminharam ao HPS. Nove pontos!
Direto! Sem dó nem piedade. Fui muito bem atendida e, muito rapidamente, também;
o medico que me atendeu, conversou, me deixou relaxada e, depois de enxergar
algumas vezes aquela agulha indo e vindo em minha direção, em um momento de
comiseração, ele resolveu colocar um paninho no meu rosto, deixando só a testa
de fora, então, me senti em um episódio de Grey’s Anatomy – com o rosto
coberto, aquela luz forte dando “luz” para que o médico acertasse a “pontuação”
(meio exagerada a comparação, mas, a sensação foi essa mesma – quem estava lá
era eu, ok??). Tudo anestesiado, ponto vai, ponto vem e, de repente, ele diz: “Márcia,
se sentir dor, avisa”; eu, quieta. Aí, a voz, de novo: “Se estiver doendo,
avisa, ok, Márcia?” e, me dei conta de que era para mim que ele falava e, respondi:
“Carla, meu nome é Carla!”...Ficou meio sem jeito e disse: “Ah, por isso não
estava me respondendo.” Dããããã.....claro que não respondi, não era comigo; eu
não era a única na sala, vai que ele estivesse me suturando e falando com outra
e, pior, depois pensei: será que ele estava com a mulher certa? Será que estava
suturando o local correto?? Me deu vontade de levantar e dizer prá ele “Meu
nome não é Johnny...ops, Márcia” – seria engraçado ter um momento de indignação
com uma agulha pendurada na testa......Depois de tudo ajeitado, fui para casa,
salva e não muito sã; e, quando o corpo esfriou a realidade se descortinou à
minha frente: meu corpo inteiro doía – do lóbulo da orelha até o dedão do pé,
nada escapou. Se piscasse, doía; se sorrisse, doía; se pensasse, doía.....nunca
mais quero sentir isso, é horrível. Depois de algumas aplicações de pomadas
poderosas e fedorentas, comprimidos potentes para dor, fui fazer R-X da cabeça
é das costelas e, graças a Deus, não quebrei ou trinquei nada. A cabeça
continua no lugar, só com 02 riscos pequenos na testa, tipo Harry Potter e,
juro, arde quando alguém indesejável chega perto de mim, tipo Voldemort – inimigo
do bruxinho marcado. As costelas, pela força do impacto contra o chão,
continuam doloridas, mas, intactas. Na verdade, apesar da gravidade do tombo,
tenho que me sentir privilegiada, poderia ter sido pior: não quebrei nariz,
dentes e nem o óculos, que saltou longe da minha cara. Mais uma vez, isso veio
comprovar que tenho o corpo fechado e a proteção de santos muitos fortes que
gostam de mim. Que continuem assim e me tirem dessas armadilhas que pintarem no
meu caminho ou, melhor, no meio das minhas canelas.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Sonhos Reais
Estou
lendo um livro que fala de experiências de pessoas encarnadas com o mundo espírita, pessoas que receberam avisos,
visitas, proteção. Gosto de ler esse tipo de livro, me abre um pouco mais a
mente para o que a morte reserva e me deixa menos receosa de partir – mesmo que,
lá no fundo, um medinho continue existindo, até porque, acho que o espiritismo
não tem resposta para tudo. E, lendo as histórias relatadas no livro, percebi
que também passei por esse tipo de comunicação, por duas vezes. Minha avó
desencarnou em 1992, depois de ter ficado um bom tempo hospitalizada, em coma e
recebendo visitas em horários específicos e, claro, um parente de cada vez. No dia que desencarnou eu estava lá e recebi a
notícia, fiquei abalada, mesmo sabendo que ela estaria muito melhor do que
cheia de aparelhos, remédios, picadas de agulhas, etc., doeu muito. Eu era a
primeira neta, filha e sobrinha – fui o xodó da casa por quase 03 anos - até
minha irmã nascer e, minha avó, me tratava como filha, tinha orgulho de andar
comigo para cima e para baixo, me mostrar. Bem, ela partiu e a dor se instalou.
Fiquei triste por não ter conseguido falar com ela, de não ter conseguido me
despedir. Não sei bem quanto tempo depois de ter partido, sonhei com ela e, foi
tão real, tão verdadeiro, que acordei com a sensação de que ela tinha estado
ali para me dar tchau. No sonho, eu estava sentada em frente a minha casa e,
olhando para a casa da vizinha do lado – que já havia partido também muitos
anos antes da minha avó e, de repente, uma luz clareou o pátio e as duas foram
saindo pelo portão, passaram em frente a minha casa e eu pensei: “mas, a fulana
já morreu, porque ele está com a vó?”. As duas foram passando bem devagar, a
vizinha com o braço por cima dos ombros da minha avó, como se estivesse
aconchegando, dando força para seguir e, quando chegaram à praça que tem em
frente a minha casa, pararam, viraram para mim e, minha avó, bonita, como se
nunca tivesse ficado doente, me olhou, levantou o braço esquerdo e me acenou,
me deu tchau. Comecei a chorar e, acordei aos prantos porque soube, naquele
momento, que ela também havia partido com esse pesar, de não ter podido me
dizer adeus. Veio para me mostrar que estava bem e entre amigos. Raramente
sonho com ela, mas, às vezes, quando penso nela, sinto um cheiro forte de
jasmim, sua flor preferida e sei que está por perto. Outro momento marcante foi quando perdi minha
mãe. Era Natal, 00h40min, do dia 25/12/2003, quando ela faleceu e, minha
revolta foi enorme, a dor insuportável. Era minha “ídala”, minha referência como
mulher, era guerreira, não entregava os pontos. Passou por muitos percalços,
engravidou aos 17 anos, perdeu uma filha, enfrentou doenças e as conseqüências
que elas trouxeram, sempre de cabeça erguida e dando força para quem a cercava.
Poucas vezes a vi reclamar, se queixar da vida, chorar. Estava sempre de alto
astral, sempre pronta para a gargalhada, sempre disposta para os netos que tanto
amava. Mas, ela partiu. E, mais uma vez, me vi sem chão. E, de tanto querer
saber se estava bem, onde estava, com quem estava, sonhei com ela e, no sonho,
estava como aparece em uma foto quando tinha 17 anos, jovem, bonita, perfeita;
me recebeu toda sorridente e me mostrou o lugar. As casas todas de tijolinhos à
vista e com algumas partes pintadas de amarelo bem clarinho, não havia cercas,
apenas árvores enormes que pareciam delimitar o espaço entre elas; muitas
pessoas velhinhas – entre elas, uma senhora que chamávamos de vó e que morou
conosco, senti o cheiro do arroz com cebola que ela fazia e tudo era muito
real. Minha mãe foi me mostrando tudo, com muita calma e bom humor. Dentro da
casa onde disse morar, me mostrou os cômodos e perguntei se havia um quarto para
mim; ela me olhou e disse que ainda não era hora de eu ir para lá, era cedo
demais. Acordei chorando, claro. Mas, depois, percebi que ela respondeu ao meu
chamado, as minhas perguntas; veio me mostrar que estava bem e que tinha se
recuperado de tudo o que passou nesse plano. Sempre que sonho com ela, a vejo
exatamente como na primeira vez que sonhei e, dentro do meu coração, espero que
ela realmente esteja bem e em paz. Que receba sempre nosso amor, nossa saudade
e nossa oração. Ela foi um anjo em minha vida e me ensinou a ser a pessoa que
sou hoje: forte, destemida, guerreira e feliz comigo mesma. A saudade é eterna
mas os momentos que passamos juntas, nunca serão apagados; esses momentos são o
combustível que me leva nessa caminhada até nos reencontramos novamente na eternidade.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Nossos Monstros
Ontem
fui a uma palestra espírita e, a pessoa que palestrou, tinha uma energia e uma
positividade tão boas que envolveu a todos, de tal maneira, que ninguém sentiu
a hora passar. Percebi que o espiritismo não é formado somente por pessoas
sérias, que falam pausadamente e nos passam mensagens de fé e esperança – isso o
palestrante também fez, claro, mas, de uma maneira solta, leve e engraçada. O tema
foi interessante, porque ele conseguiu fazer um parâmetro entre nossos monstros
reais e a animação Monstros S.A. – onde a cidade dos monstros existe porque é
mantida pelo grito de susto das crianças, que têm na porta de seus roupeiros
uma ligação direta com a cidade assustadora. Na verdade, seriam os tão falados
e conhecidos “bichos-papães” (espero ter escrito de maneira correta), que
parecem estar sempre à espreita, esperando o momento certo para pular a nossa
frente e nos fazer tremer de medo. Sou totalmente leiga, mas, acho que o
espiritismo é uma forma de aplacar nossas dores, perdas e dúvidas; as leituras
nos fazem sentir que ainda existe esperança e ninguém está aqui por acaso; tudo
tem um sentido, um objetivo. Nossos “monstros”, segundo ele, ficam no nosso
perispírito**, como se fossem um carimbo de tudo o que fizemos e levaremos isso em
todas as nossas reencarnações – foi assim que entendi. No meu simplório conhecimento,
esses monstros ficam guardados em algum lugar do nosso cérebro que, imagino
fantasiosamente, seja feito de muitas caixinhas organizadas em ordem alfabética
e coloridas conforme o tema e, claro, esses tais monstros devem ficar na
caixinha com a letra M, de cor vermelha e escrita em Arial 12 (rsrsrsrsrsrsrs).
Mas, se temos esse conhecimento de que esses monstros existem, devemos tentar descobrir,
entender e resolver alguns, aqueles que mais incomodam ou nos prejudicam, para
numa próxima encarnação voltarmos mais leves e com menos pesares. Estou
adorando participar desses encontros, me sinto mais fortalecida, menos ansiosa
e começando a redescobrir minha esperança, minha fé. Sei que é preciso muito
mais que palestras para que nosso mundo melhore, mas, se nossa oração se
fortalece e encontra mais e mais pessoas dispostas a unir as forças do coração
para irradiar uma energia melhor, certamente, aos poucos, o dia-a-dia pode
ficar fácil de ser vivido e a compreensão do outro pode ser maior. Deus está em
todos os lugares porque nossa fé nos faz pensar assim, mas, nunca o vimos,
nunca encontramos com Ele, então, o amor também não é visto, não é “tocável”,
porque não praticá-lo todos os dias, sem duvidar de sua força? Uma ótima
leitura e espero não ter escrito nenhuma bobagem. Apenas segui meu coração.
**(Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de
ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado,
é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo
chamava de corpo espiritual -I Coríntios,XV,44
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Amigos para Sempre
Amigos são partes de nós, são pessoas que agregamos por
compatibilidade e/ou cumplicidade, por que,
ao longo do caminho percorrido, nos descobrimos próximos dessas pessoas,
elas fazem parte de um círculo mínimo onde só entra quem permitirmos. E, nesse
momento onde o egoísmo faz parte desse mundo louco em que vivemos, manter uma amizade
por 05 anos é um milagre e, por mais de 30, um luxo total. Graças a Deus, me
incluo na categoria “luxo total”. Tenho amigos que trago comigo desde muito
tempo: de infância, de escola, de trabalho. Os de escola, re-encontrei no
famoso facebook; os de infância, mantenho contato e troco idéias; os de
trabalho, em número maior, se tornaram uma extensão da minha família, os laços
são fortes, onde não precisamos estar juntos todos o tempo para estarmos
presentes. É a amizade onde um simples telefone já denuncia nossa tristeza,
alegria, euforia; um torpedo pode ser interpretado de maneira certeira; a
ausência de notícias faz a presença tornar-se muito mais rápida e reconfortante
e, muitas vezes, já vem com o melhor conselho antes mesmo de pedirmos. Posso
contar nos dedos esses verdadeiros amigos e, depois de ter tido um mês meio
louco com uma amiga minha, já que ela resolveu surtar com algumas coisas que
estavam acontecendo, percebi que um amigo é aquele que vai sempre nos pedir
ajuda, vai sempre derramar sobre nós sua raiva, seus temores, suas dores de
amor e, vamos estar ali, ouvindo, prestando atenção nos detalhes, observando
para, no momento certo, falarmos – não aquilo que querem ouvir, mas, o que
estamos tirando daquele momento, daquela narrativa. Amigo que é amigo segura no
peito a dor do outro, dá todo o apoio, oferece o ombro, mas, fala a verdade,
chama à realidade, mostra o caminho a seguir e, sinceramente, não espera que o
outro siga por ele, mas, sabe que passou uma possível escolha e que esse amigo saiba
que ele vai estar sempre ali, pronto para chorar com ele, rir das suas bobagens,
virar “vida loca” junto com ele, mesmo pagando altos micos e se fazendo passar
por maluco. No final, o que vale mesmo, é saber que todo teu esforço em ajudar
e todo carinho doado com amor, tem um reconhecimento em palavras sinceras e profundas,
como essas que recebi de uma grande amiga e irmã, de muitos e muitos e muitos
anos: “obrigada pelo carinho que tu tem me dado nestes dias. Eu tenho plena
noção que não perdi meu amor, graças ao teu amor!” Pode existir declaração de
amor mais linda que essa? Só posso agradecer a Deus por ter uma pessoa tão
especial na minha vida, que sempre me apoiou e dividiu momentos tristes e, também,
divertidos comigo. Ah, e para quem achar que somos um casal, não
somos....gostamos da mesma fruta: homem – também se fôssemos, não
teria vergonha de dizer. Somos parceiras de alma. Só isso!!!
terça-feira, 9 de abril de 2013
Sendo Confundida na Rua
Outro dia, aconteceu algo comigo – na hora
achei engraçado, mas, depois, pensando friamente, vi que dei mole para o azar.
Bem, estava no centro com uma amiga minha, caminhando – ou melhor, tentando me
equilibrar nas calçadas podres para não me estatelar no chão, quando uma moça
veio em minha
direção, mexendo no celular e, de repente, levantou a cabeça, me olhou, voltou
ao celular e, parece que teve um clic, me olhou de novo, veio toda sorridente,
me abraçou, beijou a bochecha e disse: "oi, tudo bom???".....Eu, com
cara de abobada, respondi: "tudo e contigo?"....Ela resmungou algo e
continuou andando. Virei prá trás e ela seguiu a passos largos, sem olhar na
minha direção. Olhei para minha amiga que, com cara de muito entendida de minha
pessoa, disse: “tu não conhece, né?”...Começamos a rir e disse que não tinha a
mínima idéia de quem era aquela moça, o rosto dela não me era familiar e, pior,
nem uma vaga idéia de que algum dia havia cruzado com ela em outro momento
qualquer. Mas, o pior de tudo, é que pelo jeito que ela saiu rapidinho, se deu
conta que havia me confundido com alguém conhecido e, ficou tão abestada quanto
eu, afinal, o mico foi dela, não é??? Depois, fiquei pensando que é muito fácil
a pessoa nos abordar na rua, nos envolver e nos assaltar, como lemos às vezes
e, com aquela segurança idiota de que nunca acontecerá conosco, desdenhar da pessoa
que se deixou enganar por um larápio qualquer. E, viajando mais ainda na minha
teoria, eu poderia ter sido assaltada, esfaqueada, estuprada (menos,
né....kkkk), pois, dei muito mole, fiquei sem ação e permiti a aproximação....O
mundo atual está muito louco, algumas pessoas muito estressadas e outras,
totalmente desavisadas dessa doideira toda... Nossa atenção precisa estar a
mil, sempre ligada a cada nova investida pelas ruas dessas cidades desprotegidas
de segurança e humanidade. Tenho que ficar alerta, mesmo que isso me deixe
cansada no final do dia, onde só posso relaxar dentro do meu lar – por enquanto.....
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Páscoa na Cidade Maravilhosa
Olá, só prá avisar: não
matei meu blog, só dei um tempo para ele e para mim. As idéias não surgem a
todo momento e, mesmo que apareçam e me encham de inspiração, não é fácil
passar tudo para o papel e fazer o outro entender o verdadeiro sentido do que
queremos dizer. Mas, vou escrever sobre um lugar fácil, onde as imagens podem
ser criadas no nosso consciente e vividas, mesmo que não tenhamos estado por lá:
Rio de Janeiro. Gente, passei a Páscoa naquela cidade, com uma grande amiga e a
filha dela e, com todas as letras garrafais - ME APAIXONEI. Sempre fui muito
relutante em conhecer o Rio, nunca me chamou atenção toda aquela beleza cantada
aos 04 ventos por brasileiros e turistas vindos de todas as partes do mundo. E,
hoje, humildemente, me rendo a todo aquele encantamento. Tem violência? Tem - como
em todos os lugares de todos os países, desenvolvidos ou não. Tem trânsito louco?
Tem - e andando de transporte coletivo, percebi a loucura que se abate sobre
aquelas pessoas – correm, não param nas paradas, passam e fazem de conta que
ninguém fez sinal para parar. Tem gente mal educada? Tem – o que acho o cúmulo
alguém conseguir ter mau humor em frente a tanta beleza natural, mas, isso é de
cada um. Enfim, lá tem tudo o que tem em todo lugar, mas, Deus foi generoso
demais com a geografia, com a paisagem, com o céu, o mar, enfim, com o Estado
inteiro. Eu fiquei encantada com tudo. Eu sei que, como turista, fechei os
olhos para as coisas não legais do Rio, mas, as diferenças misturadas tornam
aquele lugar único e inigualável. Até me empolguei quando voltei a Porto Alegre
e disse que queria morar lá; mas, depois da poeira assentar, me dei conta que meu
lugar é aqui e, essas novas cidades a serem descobertas, serão apenas
lembranças e experiências legais de serem vividas e absorvidas. O Rio é lindo. O
Rio é 10. O Rio deve ser visitado, curtido, amado. Pretendo voltar, com tempo
para conhecer mais lugares, ter mais contato com os cariocas e me jogar naquele
mar imenso de águas azuis e ondas brancas, como as nuvens que cobrem aquele
céu. Enfim, minha Páscoa foi diferente, pois não estava nos meus planos viajar
para a Cidade Maravilhosa e, hoje, posso dizer que me senti um pouco a tal
Garota de Ipanema.....uma coisa mais linda, mais cheia de graça.......
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Férias, sua lindona!!!!
Férias. Uma palavra tão pequena que causa uma grande comoção
em nosso interior. Que sejam 10, 15, 20, 30 dias...não importa. O que vale é
sair da rotina diária de acordar no mesmo horário, de pensar na roupa que vai
vestir ou, a que combine melhor com o teu humor, pegar o ônibus, chegar no
trabalho e ficar o dia tentando ser simpática com pessoas que não fazem o menor
sentido na tua vida. O que vale a pena, na verdade, são as poucas que te
proporcionam momentos de relaxamento, de gargalhadas e tiradas legais e,
infelizmente, em um grupo de quase 100 pessoas, é triste a gente poder contar
nos dedos das mãos essas poucas que nos dão prazer estar ao lado. Porque,
quanto mais o dia de sair se aproxima, mais preguiçosos e ansiosos ficamos? Eu,
particularmente, fico hiperativa....quero tudo correndo, tudo prá já e, meu
trabalho que fique pendurado: tô saindo de férias mesmo....rsrsrsrs. Férias,
para mim, é sinal de relaxamento, de desligamento total das funções do
dia-a-dia e, mesmo que eu fique em casa, que não viaje para lugar nenhum, me
sinto livre, totalmente largada e com plenas posses do meu tempo. Adoro estar
em casa, me sinto segura, aconchegada, ligada na TV, conectada a Internet. O
bom é isso: o tempo é meu, ninguém vai cuidar a hora que chego ou a hora que
vou sair, ninguém vai riscar o meu ponto por ter atrasado 10 ou 15 minutos,
ninguém vai poder me cobrar nada, pois esse tempo é meu, vou passar comigo
mesma e curtir minha companhia. Férias. Uma palavra tão pequena que deixa meu universo de prazer tão sem
tamanho definido.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Começando Meu Ano
Fui na procissão de Navegantes, no dia 02 e, com um
sentimento que sempre toma conta do meu coração, me senti emocionada, me senti
tocada por aquela imagem que mexe com o mais profundo de nossa alma, nos passa
uma força, uma segurança, uma fé, incomparáveis com qualquer tipo de coisa que
possamos já ter vivido. E, acompanhando aquele cortejo, composto por milhares
de fiéis, senti que, para mim, 2013 estava começando exatamente naquela data:
02 de fevereiro. Incrível isso de acreditarmos em algo que não vemos, que não tocamos,
mas, que nos faz sentir que alguém/algo olha por nós, que alguém/algo toca
nosso coração, zela nossos passos. Mesmo depois de tantos anos de acompanhamento,
ainda me caem lágrimas a cada vez que olho para aquela imagem altiva e com um
olhar meigo, me sinto amparada, me lembro de muitas coisas e de pessoas que
foram importantes para mim. Principalmente, da minha mãe. Ela foi a responsável
por despertar em nós essa fé, esse amor; ela nos mostrou, sempre, que orar é chegar
mais perto de uma força maior, é ter o coração afagado, o olhar iluminado e os
passos bem conduzidos. Sempre peço força para encarar o dia-a-dia e todas as complicações
que ele possa trazer com ele; sempre peço saúde para que as pessoas que me cercam
possam estar ao meu lado por muitos anos ainda; sempre peço que eu esteja
aberta a novas provas que se apresentem; sempre agradeço por tudo o que tenho.
Agradeço por ter um pai que, no alto de seus 80 anos, está cheio de saúde, com
vontade de viver, de curtir a vida junto com os amigos no baile, nos jantares e
onde mais possam se reunir. Agradeço por ter uma família que está sempre junto,
correndo atrás do que quer, do que necessita e, mesmo assim, tem tempo para o
chimarrão, para o bate-papo ou, para, apenas ficar junto. Agradeço por ter
amigos e colegas que fazem meu dia menos estressante, menos sem graça, porque
sei que, também para eles, não é fácil encarar um bando de malucos que invade
nossa “casa” por 04 anos e tentam nos enlouquecer, criando regras e palhaçadas
que só prejudicam a quem ficará aqui. Agradeço por ter um lugar aconchegante
para me refugiar, me esconder, divagar, sonhar e me sentir confortada quando
volto para casa. Agradeço por ter um cachorro que conquistou meu coração, meu
espaço e é o meu bebê. Agradeço por tantas coisas que, às vezes, acho que
confundo meus santinhos, mas, no fundo, sei que eles me entendem e atendem
sempre que recorro a eles. Quando vou à procissão, meu único objetivo é orar e
agradecer por tudo e, nesse ano, não foi diferente; mas, pedi uma bênção especial
para minha sobrinha que está grávida de um menino. Pedi muito para que a gestação
continue tranqüila, que o parto seja simples e, que esse baby, nasça saudável,
que seja muito bem recebido, que seja o elo de muito mais união na família.
Mas, também pedi perdão por ter reagido tão mal à notícia dessa gravidez, pedi
perdão por ter me afastado, por não ter, ainda, aberto meu coração. Isso vai
ocorrer. Logo. Amo demais aquela menina-mulher, somos cúmplices, quase mãe e
filha, então, é só uma questão de tempo para que nos reaproximemos e as coisas
se iluminem de forma positiva. Minhas orações não se restringem a participar da
procissão; minhas orações fazem parte da minha vida, do meu dia e me tornam
forte, guerreira e com vontade de viver cada vez mais momentos como esse, de fé
e devoção. Agradeço, também, por ainda ter saúde e força para participar desse
momento único de amor coletivo.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Dor em Todo o País
Faz mais de 01 mês que
escrevi algo nesse blog e, nesse mês, aconteceram muitas coisas; parece que
janeiro de 2013 quer ser um ano que já começou de maneira errada, de maneira
desenfreada na vidas pessoas. Me pergunto:
que feliz ano novo é esse onde, por fatalidade
do destino ou irresponsabilidade de muitos, levou quase 300 jovens à morte em
um momento que era para ser de celebração de conquistas? Que novo ano é esse onde,
janeiro, já se apresenta como o pior mês
do ano? São tantas perguntas, tantas questões que ficam remoendo nosso cérebro
e que, talvez, nunca sejam respondidas; são tantos interesses escusos que não
sabemos onde começa a culpa de um e termina a culpa de outro. Nosso mundo não
está fácil. Não está fácil conviver dia-a-dia com a impunidade de tantos bandidos,
com a roubalheira deslavada de tantos políticos, com a insegurança sendo
esfregada em nossas caras a cada minuto: na igreja, no supermercado, na escola,
no trabalho, no transporte e, agora, em um lugar onde a maioria vai para relaxar e, por algumas
horas, esquecer o estresse que essa vida louca nos traz todos os dias. Na
verdade, estamos nas mãos de muitos desconhecidos, de pessoas que não têm preparo para cuidar da
própria vida e, como disse uma amiga minha, o pensamento dela até fazia
sentido, antes de tudo isso ocorrer - se o local está aberto, significa que tem
toda estrutura para receber nossos filhos. Mas, não é essa nossa realidade e, com toda
essa catástrofe isso ficou provado: não há segurança em lugar nenhum, não há certeza
de que voltaremos para casa quando damos tchau pela manhã, não existe contratos
garantindo nosso período de vida nesse plano. Só o que nos resta é nossa fé, a
esperança de que isso não se repita, o desejo de que os culpados paguem e que
essas pessoas que foram tão afoitamente
retiradas do seio de suas famílias, encontrem paz e possam um dia perdoar quem
criou todo esse cenário de dor, saudade e muitas lágrimas. Só vejo uma mensagem
em toda essa tragédia: as pessoas pensarão muito mais antes de sair e se
arriscar em um lugar que não sabem como
funciona, em um lugar onde a diversão só é importante para quem está lá para se
divertir, porque, os donos, os proprietários, visam apenas o lucro, querem tudo
o que puder arrecadar durante a noitada. Que tudo seja revisado, que as leis sejam
aplicadas, que as exigências redobradas e as falhas punidas severamente. Quanto
as perdas, que Deus seja o alicerce nesse momento, que Ele consiga acalmar os
corações de quem chora seus filhos queridos que partiram e que receba esses
anjos de braços abertos, para que a dor repentina da partida seja abençoada e
afagada com todo seu amor e bondade divinos. Que todos fiquem em paz!
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