segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Carta atrasada ao Noel


O Natal já passou e, graças a Deus, consegui atravessá-lo sem me debulhar em lágrimas, ou ficar em um canto me sentindo a pessoa mais injustiçada do mundo porque há exatamente 08 anos, nesta data, minha mãe partiu....Resolvi que me daria a chance de viver novamente as comemorações e pensar em minha mãe com carinho e saudade, sem tristeza ou baixo astral. Bem, e nesse clima natalino que renascia dentro de mim, me empolguei com os preparativos da comilança e esqueci da minha cartinha para o Noel; mas, como o clima ainda é de Natal, vou escrever e, quem sabe, no Natal de 2012 – se o mundo não acabar antes, eu tenha algum pedido atendido.


“Querido Noel, sei que a idade de acreditar no bom velhinho já passou há muito tempo; sei, também, que não seria legal eu me jogar no teu colo, em um dos tantos lugares onde estás nessa época, e pedir algo; também, não gostaria de só por ter sido boazinha o ano inteiro e não te ignorar nesse trono vermelho onde te abancas – se fosse tudo azul seria mais bonito e aconchegante – ganhar um pirulitinho qualquer, como forma de consolo por não ganhar o que vou pedir. Enfim, direi o que quero para o próximo ano:
01. Um bom aumento de salário – tô precisada, não quero mais viver no limbo salarial do funcionalismo....dá uma força aí com o poderio do Governo; como tu sabe tudo de todo mundo, chantagia essa gente com algum podre e nos consegue esse aumento.
02. Emagrecer....preciso perder uns 06 quilos, mas, depois dos 30...bem, se quero ganhar presente, preciso ser sincera: depois dos 45 (melhorou??), fica quase impossível perder gramas....se abro a boca, o ar engorda; se fecho a boca, qualquer aroma gostoso, engorda. Comecei a caminhar, me embucho de pão preto todos os dias e, não sinto diferença nenhuma....Sei que não és a pessoa mais adequada para me indicar uma dieta, mas, usa teus conhecimentos pelo universo e descobre um regime simples, fácil, indolor e que me permita comer de tudo.
03. Será que consegues fazer com que as férias de 30 passem para 90 dias e que possamos escolher o período para tirá-las, sem nenhum chefe pentelho colocando empecilhos??Se forem 90 dias corridos, nossa....minha felicidade seria completa. Ah, mais uma coisa: 90 dias remunerados: salário normal mais um plus com o mesmo valor, para que a viagem seja melhor, as compras variadas e o lazer completo, sem ter que ficar controlando gastos para ter dinheiro quando voltar.
04. Um homem...é isso mesmo! Não “namoradinho”, “marido”...nada disso; “homem” mesmo, que esteja disposto a me atender toda vez que eu ligar pedindo para satisfazer meus desejos carnais; que entenda de culinária para me preparar pratos gostosos e me levar o café na cama; que venha correndo se minha torneira estragar, meu gás terminar, meu chuveiro queimar....Sei que vai querer me mandar um faz-tudo, mas, não quero pagar pelos serviços; quero um homem-presente que se doe inteirinho para mim, que seja de meu uso exclusivo e que tenha sempre um sorriso no rosto, um carteira recheada no bolso e uma máquina de sexo dentro das calças.

É isso.....desculpa se fui muito atrevida nas minhas solicitações, mas, só assim tenho certeza de que poderá saber o que quero e não ficar só me mandando cartões de natal, com desejos idênticos a todos os outros anos que passaram. Espero que não decepcione, ok??? Estou usando toda minha força de vontade para manter meu equilíbrio mental e continuar fazendo bem meu trabalho, continuar me relacionando com as pessoas, me envolvendo com a família, enfim, tentando ser o mais normal possível. Faz a tua parte!!! Boas Festas...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Novo Ano

Resolvi não ser original nesse final de 2011 (faltou inspiração, na verdade) e, busquei uma mensagem legal para quem curte meu blog. Espero que gostem e tenham um ótimo ano de 2012.

"Desejo que no Ano Novo que se inicia você realmente...
Ouça as palavras que sempre desejou ouvir .
Pronuncie as frases que um dia desejou repetir.
Sinta a emoção que sempre esperou sentir.
Caminhe pelos trilhos que um dia desejou seguir.
Divida o carinho com quem sempre desejou repartir.
Abrace todos os amigos que sempre desejou reunir,
e viva a vida que sempre sonhou existir...


Feliz 2012!!"

(By Mensagens Angels!)

Feliz Natal


Essa época ainda me dói muito, então, fui atrás de mensagens espíritas, que nos embalem um pouco a alma, confortem nosso coração e sequem nossas lágrimas.

"Algo Mais no Natal


Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...
Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais! ...
Concede-nos,Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!"

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz do Coração. Ditado pelo Espírito Emmanuel. CLARIM.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pérolas entre Amigas


Conversa de malucas que se conhecem há muitos anos e que podem rir, juntas, dos tropeços uma da outra:


- Quando comentamos que já não cozinhamos mais na primeira fervura, a última coisa que devemos fazer é nos jogar dentro da panela de pressão.

- Depois de um tempo sem transar, pinta um cara propício para isso, disposto a fazer uma coroa enxuta feliz, mas, a depilação não está em dia...desculpa mais que esfarrapada para escapar com classe: não...nunca transo no primeiro encontro...

- Depois de uma semana caminhando, percebi que minha bunda tá durinha...depois do belo tombo da cadeira: tá durinha e roxa .

- Descobri que não sou gostosa por fora.....sou tri gostosa por dentro.

- Resolvi que quero um namorado mais velhinho. Minha amiga: querida, tá preparada para a realidade?? Um cara mais “velhinho” não quer nada com a gente, querem as bem mais jovens prá poder desfilar na frente dos amigos. Os mais jovens nos querem porque, além de nos escutar e tentar entender porque estamos sozinhas, vão ter o melhor sexo maduro que já experimentaram.

Depois de dar boas gargalhadas, sempre surgem essas pérolas e, vou começar a colocar no blog para, quem sabe, receber colaborações de quem me acompanha....A felicidade está na simplicidade de viver cada momento e de fazer deles especiais e inesquecíveis, mesmo que pagando alguns micos, às vezes.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Madrugando nas Férias


Acordei. Estou em férias e não consigo ficar na cama até as 08h da manhã, acreditam??? Tomo meu café bem descansada, acompanhada de meu cachorro que, tri esperto, quando me vê em volta do fogão e da pia, já sai correndo e senta ao lado da minha cama esperando, pois sabe que vai ganhar ou umas bolachinhas ou duas bisnaguinhas. Assisto a alguns seriados que já acabaram e, depois, lavo minha louça e vou procurar coisas para fazer.  O bom é que meu pai voltou da praia, então, quando acordo o café já está pronto, com aquele cheirinho gostoso no ar e, se não acordasse naturalmente, esse aroma gostoso me tiraria da cama, tipo desenho animado que faz dos “cheiros” uma “nuvem comprida” que entrando em nosso espaço cheirável, nos chama com “dedos envolventes”....viagem total...isso que dá acordar cedo.  Bem, mas, o legal de acordar cedo é que o dia rende, faz-se mais coisas e, antes que o calor pegue geral, a maioria já está resolvida. Tenho caminhado, mas, faz dois dias que não vou: a falta de intimidade com a caminhada era tão grande que fiz dois calos na ponta dos dois dedões – direito e esquerdo e, quando resolvi fazer as unhas, sem saber das bolhas, passei a senti-lás de forma meio desconfortável: com a alicate cortei as duas...Juro que não doeu e, só percebi que haviam duas bolhas quando começaram a arder. Isso, na verdade, faz parte da minha vida: cair, bater, tropeçar, cortar, enfim, todos essas atividades que envolvam hematomas ou ardências é comigo mesma; um dia antes de sair de férias, caí da cadeira...e, não foi por falta de aviso, pois ela estava com o pé quebrado e eu, simplesmente, sentei e me estrepei. Mas, nada que não leve uns dois dias ou uma semana para curar, ou, me deixe incapacitada para algo... negativo...a única coisa que me tirou de combate foram os calos, porque preciso colocar tênis e meia, aí, fica meio incômodo. Bem, é isso....Vou tirar a roupa da máquina, buscar ração pro cachorro, fazer uma comida para o meu pai e vou para o centro, almoçar com uma amiga. O dia está legal, nem frio nem quente...gostoso! Ah, e, para sair, colocarei uma rasteirinha ou minha Ipanema de lacinhos, ambas bem arejadas .....

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mosquitos e Calor

Adoro o verão... gosto da sensação de praia que parece pairar sobre a cidade, mesmo rodeada de tijolos e paralelepípedos, emanando ondas de calor e, mesmo sufocante,  esse calor faz  as pessoas parecerem mais dispostas a sair, a aproveitar cada momento do dia e, principalmente, da noite. Sei, também, que na cidade o calor é muito maior que no litoral – lá a brisa é fresca, o cheiro da maresia enche nossos pulmões, o barulho das ondas acaricia nossos ouvidos. Mas, com muita disposição, podemos trazer todas essas sensações para a cidade, porque só assim, dá para suportar nosso verão escaldante, impiedoso, com dias de arvoredos completamente imóveis, quase sem vida;  momentos em que nem o vento quente do ventilador nos faz esquecer que é verão e,  a intimidade com os mosquitos  fica mais visível. Aliás, esses bichinhos são insuportáveis, quase demoníacos... conseguem driblar qualquer inseticida que borrifamos por toda a casa...e, conseguiram fazer com que eu quase me intoxicasse em uma dessas borrifadas. Enfim,  verão é sinônimo de muito calor e muito inseticida, mas, também,  acontece nos meses mais celebrados do calendário e, o mesmo sol que nos faz sofrer com o calor, nos dá energia para acordar cedo e viver o dia, planejar a noite e deitar a cabeça no travesseiro sentindo que a vida continua pulsando dentro de nós, mesmo que o ventilador não seja suficiente para aplacar nossa noite de calor e muitos mosquitos....  

Gata no Cio

Tenho uma amiga que tem uma gata e, segundo ela, não a deixa dormir há dois dias porque anda miando  enlouquecidamente,  pois,  entrou no cio – a gata, ok???  Fiquei pensando se isso ocorresse conosco, humanos, como seria: gritos desesperados na madrugada, ligações doidas para homens escolhidos aleatoriamente na lista telefônica, entradas em chats variados para um sexo louco e virtual??? Será que seríamos como esses gatos que parecem estar em uma batalha corporal, miando ruidosamente, correndo atrás um do outro para, depois de muita confusão, entregar-se ao óbvio: momentos de prazer carnal, mesmo que cheio de arranhões e hematomas????  Na verdade, deve ter muitos humanos que agem assim, que fazem do sexo uma batalha, para ver quem pode mais, quem dá mais prazer, quem tem mais imaginação na hora de mostrar a desenvoltura na cama. E, para nós, isso faz sentido, isso nos deixa mais - ou menos, seguros de nossos sentimentos, de nossa maneira de viver o sexo, seja ele casual ou não. Mas, e os animais, qual o significado do sexo para eles, além da reprodução?  O que importa, no fundo, é que sendo bicho ou não, todos entramos no cio, todos  buscamos nosso “sexo animal”, mesmo que por uma única noite, desde que a cama seja macia e a companhia interessante.   

Reinaugurando o fogão

Reinaugurei meu fogão ... depois de uma semana fechadinho, comecei a cozinhar, novamente. Explico: meu pai foi  para a praia, eu entrei em férias, então, não tinha porque ficar cozinhando só prá mim; limpei, fechei  e coloquei até guardanapinho prá enfeitar.  Meu pai está voltando e preciso acordar meu lado culinário preguiçoso e voltar a cozinhar ...mesmo que não tenha muita disposição para isso, mas, preciso fazer coisas saudáveis. Fiquei 08 dias sozinha – eu e o cachorro – e, sinceramente, gostei de não ter horário prá nada, não ter que ficar pensando no cardápio do dia, não ter que me preocupar com nada mesmo. Só que não é bom ficar realmente sozinho, não ter com quem se preocupar ou para quem fazer alguma coisa...enfim, senti saudades do meu pai. E, ele voltando, a rotina volta ao normal. O cachorro também está com saudades. Então, a partir de hoje, volto ao fogão e a vida em família, à normalidade. Ótima segunda.

Voltando ao Natal

Consegui tirar uns dias de descanso, aqueles dias que chegam na hora certa, onde uma palavra mais “torta” pode desencadear um possível “sesampecídio”, onde todos os servidores (tirando apenas aqueles colegas especiais) seriam trancafiados em uma sala e esquecidos por lá, até terminar o ano ou, quem sabe, o governo todo. Mas, o que importa aqui, é que estou em casa, curtindo minha companhia, aproveitando para ajeitar a casa, colocar algumas tralhas no lixo e, visitar algumas casas. Essa época, geralmente, me deixa muito prá baixo, muito irritada, mas, por incrível que pareça, estou me sentindo bem, me sentindo um pouco  prá cima, com vontade de viver essas festas, de compartilhar momentos legais com família e amigos. Como sei bem como passei meus 07 últimos Natais, essa sensação de bem-estar me deixa muito satisfeita comigo mesma e, me fez até querer dar uma enfeitada natalina – bem básica, na casa. Acho que todos esses anos em que me envolvi comigo mesma, com a minha dor, com a minha falta de Natal no coração, me fizeram perceber o que muitas pessoas deveriam já ter percebido: é um momento de união, de paz interior, de buscar coisas e sentimentos perdidos dentro de nós mesmos. Já corri muito para tentar achar o presente perfeito para essa ou aquela pessoa, já gastei o que tinha e o que não tinha para presentear esse ou aquele; hoje, não vou deixar de dar uma lembrancinha, mas, o mais importante para mim, é poder estar ao lado das pessoas que amo, das pessoas que me fazem sentir que a vida vale a pena, que momentos como esse são únicos e insubstituíveis e que, o tal espírito natalino, aos poucos, está voltando a habitar em mim. Desejo que o Natal possa, realmente, abrir uma brecha nos corações mais endurecidos pelos revezes da vida, que deixe mais alegre as almas naturalmente felizes com essa época e que traga mais fé e paz a quem acredita que, mesmo sendo Natal todos os anos, cada Natal é um Natal diferente e especial. Que minha mãe e meus avós tenham um Natal Espiritual de muita luz.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mais um Final de Ano

Alguém percebeu que o ano está chegando ao final???? Não consigo acreditar que estamos em novembro....não vi o ano passar, não senti os meses iniciarem e muito menos chegar ao fim....onde eu estava: hibernando???? Fico apavorada com a pressa de tudo e, do tempo, mais ainda. Me assusta estar acabando o ano e eu não ter realizado nenhum objetivo que, aliás, nem sei se tinha algum para 2011; enfim, o ano está chegando ao seu final e os sonhos que algumas pessoas possam ter construído para ele, também estão com seu prazo de validade esgotando. Mas, não vou deixar a visão que tenho dos meses de novembro e dezembro tomar conta do meu modo de ver o resto dos dias que tive. Na verdade, o ano foi cheio de altos e baixos, com algumas situações boas e outras nem tanto, mas, está passando e, como em todos os outros finais de ano, aquela velha coisa da lista de desejos para 2012 começa a virar uma corrente desesperada nas pessoas, que tentam olhar com olhos de esperança o novo ano que vem chegando. Quem me conhece sabe que não curto Natal; na verdade, já curti mais esse momento em família, ao lado das pessoas que nos são mais caras e nos preenchem, compreendem e estendem os braços; hoje, eu tento não me envolver muito com a comemoração toda e, se puder, dou um jeitinho de “meia-noite e um” estar deitada na minha cama, buscando o conforto nos bons sonhos que ainda tenho. Só que, no ano-novo, gostaria de ficar acordada, bebendo, conversando, dando boas gargalhadas, sem me preocupar com o sono, com o que está acontecendo ao redor do mundo; queria só deixar os minutos correrem e não me preocupar que o dia seguinte será um novo ano. Vou me esforçar para ter essa passagem de ano, quem sabe, isso abra meus caminhos para um 2012 mais despreocupado e menos cansativo profissionalmente..2011 não foi um ano de todo errado; foi, apenas, um ano em que várias coisas não deram certo e que, no próximo, espero acertar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Fim

Na segunda-feira, indo para o trabalho, presenciei uma cena chocante, em plena Avenida Farrapos e, como diz o trecho de uma música antiga: “tá lá o corpo estendido no chão...”. Não vi o corpo porque meu estômago não seguraria o café tão bem sorvido antes de sair; mas, vi a confusão formada pelo número de curiosos, acotovelados, tentando saber como havia acontecido o acidente, em que estado havia ficado o corpo; na verdade, um bando de urubus esperando o momento certo para atacar. Diante de todo aquele caos, em pleno início de manhã, fiquei me questionando o quanto somos pequenos, o quanto somos insignificantes nesse imenso universo, recheado de loucuras e tragédias. Quem vai sair de casa imaginando que, no meio do caminho, será atropelado por um caminhão, dirigido por um motorista que diz ter perdido a direção porque teve um mal súbito? Como podemos imaginar que, o simples gesto de levantar da cama pela manhã, pode ser o início do fim da nossa vida, o fim de nossa caminhada nesse plano? Quem vai se despedir de quem ama porque pode não voltar para casa? Fiquei pensando em tudo isso e, sinceramente, não existem respostas; não existem indícios de quando isso vai acontecer. Imaginei o que deve ter passado pela cabeça da pessoa que foi atingida por esse caminhão, de maneira estúpida e brusca; será que sentiu dor, sentiu medo, pensou que poderia se salvar, pensou nas pessoas que deixaria para trás? E, o motorista, não poderia ter desviado o caminhão para o outro lado? Sentiu-se mal mesmo ou foi a desculpa que deu para tirar a culpa da consciência? Como se sentiu depois do que aconteceu? A família do rapaz atropelado conseguirá superar a perda? São muitos questionamentos para situações que, infelizmente, tornaram-se corriqueiras nesse mundo atual em que vivemos, onde a pressa de chegar é mais importante que respeitar o sinal e, principalmente, respeitar a vida do próximo; onde “passar por cima de alguém” deixou de ser expressão para tornar-se uma estatística da dura realidade que é andar fora ou dentro dos grandes centros. Em segundos várias coisas podem ser feitas e eu, por exemplo, ia para o trabalho, alguém abria as portas de um estabelecimento qualquer, as crianças saíam para a escola e, esse rapaz,  nesses mesmos segundos, de maneira estúpida, perdia a vida. Nesses momentos, realmente, percebo que a vida é curta demais e o mundo, povoado por pessoas que esquecem que viver é a base de tudo.  

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cochilo e Ronco

Ando me sentindo meio que uma “Bela Adormecida” da meia-idade: só durmo, durmo e durmo; o único Príncipe Encantado que tem me acordado é o meu próprio ronco – fui no google para achar uma palavra mais bonitinha, mas, não encontrei nada que pudesse florear esse barulho que parece um monstro acordando de sua sonolência e querendo sair de dentro de nós, interrompendo nosso sono e sonhos, de maneira muito desagradável e assustadora. Mas, ando dormindo demais e, são cochilos que me dão a sensação de que dormi horas e horas, sem acordar nem para ir ao banheiro, mesmo que tenha dados vários cochilos durante uma única tarde, acordando ás vezes para virar de lado, para ver se ainda está passando o mesmo programa que estava olhando antes de cochilar ou, apenas para saber se ainda é dia. Enfim, só senti esse tipo de sonolência quando perdi minha mãe, porque a perda nos deixa estressados, nos traz a sensação de insegurança e a certeza da não-eternidade terrena; mas, no momento atual, Graças a Deus, não perdi ninguém (e espero que isso não aconteça por uns bons pares de anos, ainda), estou cansada de algumas situações, estressada com algumas pessoas, magoada com outras, indignada com outras tantas coisas. Final de ano chegando, começa aquela baboseira de ficar lembrando como foi o ano, onde erramos, quem ofendemos, o que fizemos de bom, o que construímos para nós mesmos, o que destruímos para os outros...enfim, tudo se repete sempre da mesma maneira. Na TV, vai ter o noningentésimo octogésimo quinto (985º) show do Rei – com as mesmas rosas brancas e o mesmo repertório dessas 985 vezes; o Papa vai rezar a missa para milhões de fiéis que mal o enxergam no lugar de onde realiza o culto; as televisões farão as retrospectivas do ano que está acabando – umas enfeitarão mais que as outras, outras pintarão um quadro mais feio, na eterna rivalidade televisiva, tentando chocar – mais ou menos, mas, o objetivo é sempre o mesmo: chocar. E, começam as previsões para o próximo ano, com ênfase em 21/12/2012 – final dos tempos, segundo o povo maia...Enfim, tudo isso vai se acumulando na minha cabeça, enviando mensagens loucas para o meu cérebro, cutucando meus neurônios e minha única saída é dormir, deixar meu sono me levar a lugares onde eu gostaria de estar, onde eu gostaria de ficar por um bom tempo, sem ser incomodada, só no relaxamento total, mesmo que esse sono sejam meros cochilos interrompidos por sonoros roncos. Esse ano que está acabando foi muito cansativo, pesado, me deixando com a sensação de que faltou alguma coisa, sobraram problemas, perdemos alguns rumos e erramos vários caminhos, mas, não assassinamos a vontade eterna de acertar, de encontrar a nossa estrada de tijolos amarelos para o nosso aconchego. Ainda temos os meses de novembro e dezembro para enfrentar e, juro, vou tentar melhorar o ânimo; não prometo ficar acordada o tempo todo, mas, espero que meu ronco me tire do mundo dos sonhos, mesmo que atrapalhe alguns poucos sonhos bons e interessantes que venha a ter, pois, esse será o sinal de que ainda estou viva e pronta para o próximo ano que está chegando e, sinceramente, espero que BEM ACORDADA!  

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sozinha no Cinema

Fui assistir ao filme brasileiro “O Palhaço”, SOZINHA....achei o máximo, mesmo querendo discutir algo do filme com outra pessoa e não ter ninguém para te dar ouvidos; bem, achei o filme meio cansativo no começo, parado, sem nada de ação. Só que, depois que assisti  todo o filme – não saí na metade, primeiro porque acho falta de educação; segundo, porque ganhei  o ingresso do meu tio e, na hora de trocá-lo na bilheteria, em comemoração aos 20 anos do GNC, ganhei um pacotão de pipoca e uma lata de refrigerante e terceiro, porque sou insistente, sempre acho que, em algum momento, alguma coisa boa vai surgir...  Então, quando saí do cinema, fiquei pensando no filme, no que o autor quis passar para quem fosse assistir e, para variar, analisei um pouquinho para tentar fazer valer a pena minha solitária investida em uma sala de cinema. Tudo se passa em torno da vida circense de uma pequena família, onde o palhaço – personagem central do circo e da trama,  parece perdido em um mundo onde os outros riem e, parta ele, nada tem mais graça. O calor insuportável das cidades pequenas por onde a trupe passava, fez com que o objeto de desejo daquele palhaço fosse um simples ventilador, algo para refrescar as idéias e os momentos relaxantes naquilo que eles poderiam considerar  o mais próximo do lar: as lonas do circo estendidas, em qualquer cidadezinha remota. Outro ponto que me chamou a atenção, foi a vontade do personagem em querer  mudar, buscar outro rumo e, precisou sair dali para perceber que era ali exatamente o lugar dele,   era a vida que ele conhecia e a única que tinha vivido,  até então. Nessa curta separação de “sua família”, conquistou sua identidade, comprou seu tão desejado ventilador e encontrou alguém para rir de suas palhaçadas, fazer seu sorriso ser correspondido e, perceber que cada um faz aquilo que sabe fazer: o gato toma leite, o rato come queijo e ele? Ele era o palhaço. Acho que, na verdade, o filme é isso: nos mostra que, mesmo descontentes com as coisas que  acontecem  contra nossa vontade, o lugar onde estamos ainda é o lugar certo para nós,  é o lugar que conhecemos e onde podemos realmente ser quem somos e fazer aquilo que sabemos – viver cada momento tentando melhorar e aceitar nossas limitações, buscando sempre ser feliz, sem radicalizar na busca pelos sonhos.
PS.: Só para deixar claro, essa é a minha visão do filme.

sábado, 29 de outubro de 2011

Revendo relações


Para variar, tirei um tempo para avaliar a vida – a minha e a dos outros, claro....e, resolvi escrever sobre isso – espero que o texto fique bonitinho. Há alguns dias, tenho pensado em um “ex” e, até hoje, não sei por que esse ser ficou anos e anos na minha vida, sem decidir nada e eu deixando o barco correr, sonhando – como toda mulher apaixonada – que ele iria tomar um rumo na vida e me carregar com ele. But, ele foi para um lado e eu fiquei aqui, mais madura, um pouco mais descrente no amor, mas, aberta para novas e possíveis tentativas de encontrar alguém legal. E, nessas lembranças atuais, me dei conta que no fundo do meu coração, não era amor o que sentia; era, na verdade, a sensação da coisa nova, do homem maduro, mais velho, ter me envolvido por abraços quentes; ter me fisgado por olhares sensuais, com promessas que nunca antes havia recebido; ter beijado minha boca como se fosse a coisa mais importante do “mundo dele”, enfim, me tonteou e hipnotizou como a aranha faz com a mosca ao redor de sua teia. Não estou dizendo que houve culpa de alguém, não é isso; na verdade, ele me pegou em um momento crítico, de fragilidade total e carência visível e, com muito mais corrida na vida que eu, soube exatamente a hora e o ponto onde atacar. E, nesses anos, de muitas idas e vindas, ele foi e eu fiquei: fiquei mais segura, mais mulher e me sentindo mais poderosa  mas, sinceramente, não sei se isso me ajudou muito, porque fiquei, também, mais exigente e mais desconfiada. Acho que é normal, na verdade, com mais idade, começarmos a olhar para trás e analisar as escolhas que fizemos e, claro, classificá-las como boas, ruins e mais ou menos; e, podem acreditar, tive as 03 classificações em todas as pessoas com quem já me relacionei. Hoje, não tenho nenhum pudor em dizer que sofri por paixões não correspondidas, já fui traída, já traí, mas, quando sinto que aquele relacionamento pode ser classificado como “bom”, me entrego inteira e, acho que para a entrega em uma relação a dois dar certo, tem que ter, principalmente, cumplicidade e fidelidade, então, nesse caso, só tenho olhos para o meu par – não estou sendo sarcástica, estou sendo sincera. E, tirando a análise do meu campo de atuação no tema “relações”, analiso a relação dos outros também – imagina se não daria pitaco....rsrsrsrs.... Conheço alguns casais que quando fico sabendo que estão separados, ou às vésperas da separação, depois de anos de casamento, não me surpreendo e sabem   por  quê? Porque, sempre existem indícios, pequenos sinais que quando estamos de fora conseguimos  perceber , conseguimos entender o motivo que os fizeram decidir pela separação. Mas, têm aqueles casais que, só de olharmos, sabemos que foram feitos para a vida toda, que são cúmplices, amigos, parceiros e, mesmo nas discussões normais dentro de um casamento, conseguem se entender e chegar a um denominador comum. Esses casais, sim, se chegassem às vias de separar-se, me deixariam chocada, me fariam desacreditar totalmente na relação à dois, na tão aclamada instituição chamada “casamento”. Na verdade, esses casais é que me fazem ainda acreditar que, de repente, possa encontrar alguém que me entenda e que venha a ser uma companhia interessante, me dando espaço e liberdade para viver a relação sem cobranças ou mentiras. Não quero mais confundir os sentimentos e me deixar embarcar, outra vez, num barco que entrou em um redemoinho marítimo e, depois de muito rodar, voltou ao mesmo ponto:  a busca pelo outro.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bagunça organizada....

Assistindo a um dos meus seriados, ri de uma situação que, aparentemente, para os homens é incompreensível: o casal entra no closet dela e, está tudo a maior bagunça, roupa no chão, sapatos espalhado por todo o canto – aliás, isso não se aplica a mim, pois odeio bagunça, tudo embolado, misturado....gosto de tudo nos seus lugares e, aquilo que não consigo colocar no lugar, junto em um canto onde ninguém enxergue, chute ou fique falando depois, ou seja, é uma “bagunça organizada”. Enfim, lá dentro, ele olha apavorado e comenta: “-que bagunça...gostaria de saber o que se passa na sua cabeça”. Ela, mais que depressa, responde: “-nesse momento? Estou em Paris e você é meu cartão de crédito.” Achei muita graça da cena, porque, geralmente, quem deixa a toalha molhada pelo caminho, as meias jogadas de qualquer jeito, os sapatos sujos pelo quarto, o material do futebol largado em qualquer canto, são os homens e, nós, ficamos atrás, catando tudo, limpando aqui e ali, para que a coisa fique o mais organizada possível. Mas, ali, mostrou uma coisa diferente, bem o retrato da nossa atualidade, onde a mulher está mais ocupada fora de casa e com muito mais compromissos profissionais e, de alguma maneira, isso afetou o nosso lado da perfeição doméstica, onde tudo tem que estar brilhando, no lugar, sem que um milímetro de nada seja mexido. Estou fazendo essa análise por mim mesma, porque, antes de ter sido “presenteada” com muito mais tarefas e responsabilidades, eu costumava chegar em casa ajeitando tudo, limpando cozinha, tentando deixar o menos possível para o dia de folga; hoje, chego em casa, preparo um lanche, tomo meu banho e me jogo cama, relaxando na frente da TV, curtindo meus seriados e, só pensando em “faxina”, em “organização doméstica”, no final-de-semana e, de preferência, no domingo que é um dia de preguiça total e, não tem nada de interessante na TV. Na cena do seriado, percebi bem isso: desde que consigamos encontrar o que queremos no meio da nossa bagunça, ela pode ficar lá, até o próximo domingo ou, quem sabe, a próxima vontade de arrumar as coisas. E, como a personagem, que respondeu que estava em Paris e que ele era o cartão de crédito, achei o máximo, porque mostrou bem que o que importa, além de todas estas responsabilidades extras na nossa vida, é sabermos que, mesmo na bagunça, nossas coisas estão lá, no lugar onde as colocamos e que, quando precisarmos delas é só sentar, relaxar, dar um sonhadinha básica e, quando voltamos à terra, tudo volta ao normal e nos encontramos...e, encontramos aquilo que procurávamos, sem estress ou culpa alguma..

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Assuntos Diversos

Consegui mudar de shampoo...não que isso vá mudar a vida de alguém, mas, fiquei tão feliz em ter uma terceira opção no cuidado dos meus cabelos que tinha que dividir isso com quem lê meu blog. Mudei o shampoo, o condicionador e o creme de pentear...meu cabelo está macio, com os crespos definidos e cheiroso; aliás, depois que cortei meu cabelo, me senti mais viva, me achando mais bonita e
querendo “entrar na pista pra negócio”, de novo....Ou, será que são os 50 chegando, fazendo com que a maturidade aflore de vez e me faça querer achar alguém para dar uma cafungada nos meus crespitios....

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O tempo anda maluco por essas bandas do sul: de manhã, frio e, a tarde, calor...não dá, gente, mesmo vivendo aqui e sabendo como é nosso clima, fico insegura na hora de sair de casa e puxo um casaquinho para espantar a friagem e, claro, para dar uma melhorada no look básico. Mas, vou ter que começar a carregar uma rasteirinha, uma sandália mais abertinha, uma sapatilha, sei lá, uma havaiana, porque, de bota com esse calor não dá para agüentar...sorte que comprei um spray anti-chulé, não resolve o problema, mas ameniza na hora de tirar o sapato.....rsrsrsrsrsrssrr....
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Semana que vem, dia 28, será Dia do Funcionário Público e, a semana inteira será de comemorações...são muitas e variadas atividades; por mim, faria todas...o problema não é o tempo, mas, a disposição e, claro, o corpo endurecido por falta de exercício, junto com uma preguiça entranhada em meu ser, que não me deixa caminhar no parque, andar em uma esteira ou dar uma volta na quadra – essa “volta”, no sentido bíblico, ok? Aquele de trocar o ar que sai por um puro que entra....contato puro com a natureza. Mas, consegui me agendar para umas 04 atividades e, vou ser sincera, nenhuma exige nenhum tipo de esforço, afinal, ser funcionário público já é um grande esforço por ter que conviver no meio da política – que não fazemos, de passar anos sem aumento – que merecemos e por, ainda, passarmos a idéia de que tudo é folga e casaco no encosto da cadeira. Mas, pelo menos, temos um dia a ser comemorado, então, vamos aproveitar a folga desse dia...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Abraço Amigo

Sempre venho para casa viajando durante o trajeto que me separa dela, ou seja, do centro até descer da lotação e, apesar de ficar curtindo o sonzinho do meu celular, algumas coisas sempre me chamam a atenção para o que ocorre lá fora e, hoje, aconteceu algo assim. Vinha ouvindo Cold Play e, em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, tanto em matéria de automóveis, pessoas andando prá  lá e prá cá  e casas noturnas, uma cena simples, sem grande importância para quem passava, me fez ficar observando, em um momento onde o trânsito engarrafou e  ninguém saía do lugar. Uma das garotas que ficam arrebanhando fregueses para dentro de uma das casas, foi ao encontro de uma senhora de idade que, vinha até ela sorridente, com um vidro de perfume nas mãos. Quando estavam próximas,  a mais jovem pegou o perfume e deu um abraço na senhora; fiquei olhando aquele gesto de carinho e o abraço foi forte, demorado, como se aquela mulher mais velha, mais experiente, de alguma forma, fosse o porto seguro daquela jovem. A lotação continuava parada e, eu, fascinada, olhando a cena; a moça estava com o rosto virado para o lado da lotação e, continuava lá, abraçada aquela senhora, com a cabeça no ombro dela e os olhos fechados, como se aquele fosse o momento mais importante do dia dela. Não estou fazendo nenhuma novelinha sobre o que vi; estou escrevendo apenas sobre o que senti e o que fiquei pensando, quando a lotação, finalmente, começou a se mover. Fiquei com aquele momento na cabeça e, imaginei que deve ser difícil para essas garotas ficarem ali, expostas na calçada, tentando pegar fregueses que entrem na boate, gastem e, no final da noite, sobre alguma coisa para elas; não acredito que a família saiba o que façam, como vivem ou, que, de repente, sejam as pessoas mais infelizes que alguém possa conhecer. O abraço que aquelas duas trocaram, foi como se houvesse uma promessa de que tudo ficaria bem, de que aquela senhora estaria ali para dar apoio e colo e que, a mais jovem, correria para ela se precisasse de um carinho de mãe. Sei que às vezes julgamos as pessoas só de olhar, sem tentar, por um momento que seja, dar um voto de confiança, um momento para que sentem e abram seus corações; é muito fácil dizer que a vida fácil atrai a mulherada que não quer fazer uma faxina, cuidar de criança ou ter um compromisso diário com horários e afazeres; mas, não deve ser fácil oferecer o corpo para homens que nunca viram antes e que, mesmo que tenham suas reservas, tenham que levá-los às suas camas,  para que possam receber o pagamento pela venda de algo que deixa de ser sua propriedade no momento em que entra o dinheiro: seu próprio corpo. Na verdade, resolvi escrever a cena que vi, porque, sinceramente, me tocou ver aquela jovem que, fica andando de um lado para outro, aparentando segurança no que deseja, se entregar a um abraço que parecia lhe passar  a verdadeira segurança de que precisava; naquele momento, ela não era a garota de programa de uma boatezinha qualquer, era uma menina que buscava conforto no abraço de uma mãe que, de repente,  estava representada na figura daquela senhora de coração aberto e sem preconceitos.   

12 de Outubro

Existe coisa melhor que um feriadinho no meio da semana? Parece que dá aquela quebrada no cansaço dos dois dias que chegam depois do final de semana de relax total e, claro, dá uma alegrada para os dois dias que faltam para o próximo final de semana....Enfim, qualquer folguinha, seja em que dia for, sempre é esperada com fervor...rsrsrsrsrs....E, nesse feriado, comemorou-se mais um Dia das Crianças que, nada mais é, na verdade, que uma data para que os pais fiquem se escabelando na procura de um presente que caiba no orçamento e, de preferência, seja pago à vista porque, menos de 02 meses depois, vem o Natal e, aí, o bicho pega. Ninguém mais se contenta com uma boneca, um carrinho, uma bola....nada disso; o negócio é notebook, nintendo, parafernálias musicais e o que aparecer de mais caro, sem ser paraguaio para não ter um prejuízo maior. Mas, essa data, marca também, o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e, nesse dia, as pessoas deixam sua fé falar mais alto e dedicam um tempo de seu dia a orar e agradecer todas as graças que, porventura, tenham recebido ou, simplesmente, deixam sua emoção falar mais alto e entregam-se a um momento de devoção, como outras tantas que buscam a fé para tocar a vida, esquecer os problemas e esperar que o dia seguinte seja melhor. E, a maioria dos brasileiros tem essa fé, essa esperança de que tudo se ajeite, que tudo dê certo e que a vida fique um pouco melhor; dizem que a fé move montanhas – não sei se move, mas, a fé nos leva a acreditar em uma força maior que nós, que acalenta nossos sonhos e acaricia nossos corações, fazendo com que sempre enxerguemos a luz no final do túnel, nos tornando mais fortes e firmes na caminhada, esperando sempre que os obstáculos sejam derrubados e nossa jornada não seja em vão. 12 de outubro, dia de adoçar as crianças, mas, mais importante que isso, dia de renovar nossa fé e agradecer por tudo, principalmente, por termos uma padroeira que representa o porto seguro de nossa nação. Feliz Dia da Criança! Viva Nossa Senhora de Aparecida!.    

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lágrimas, lágrimas e mais lágrimas

Uau...depois da espera incansável, recomeçou a nova temporada de Grey´s Anatomy e, para variar, chorei com a decisão da Cristina, com o encaminhamento da relação da Meredith e do Derek; babei em ver que o Owen voltou mais gostoso – e, para mim, está batendo o Derek e o Sloan em matéria de “gato” da série e, claro, adorei a decisão do Chefe para dar um final na confusão que ficou na outra temporada. Enfim, acho que essa temporada vai ser muito legal, cheia de momentos emotivos, mas, com boas pitadas de comédia e bom humor. E, no embalo das lágrimas derramadas pelos dois episódios, vieram outras por tantas outras coisas que andam me incomodando; mas,  a mais preocupante é não ter a chance de conversar com uma pessoa que é muito especial e que considero uma filha (aquela que não tive). Estou de fora, vendo as coisas acontecerem, sentindo que muitas coisas estão erradas e, sentindo, também, essa pessoa fugindo entre meus dedos, não me dando a chance de conversar, abrir seus olhos, expor o que sinto e vejo. Isto está me matando e, quando não consigo falar, colocar o que sinto para fora, fico muito mal, comigo e com a situação....Na verdade, estou esperando o momento certo para poder sentar,  respirar fundo e abrir meu coração, mostrando que estou preocupada por não ver mais aqueles sonhos serem falados, vendo os objetivos serem colocados de lado e, a vida ser anulada, envolvida por outro ser que, como companheiro, deveria empurrar para a frente, fazer com que quisesse crescer profissionalmente e não ficar estagnada em um emprego sem futuro, me fazendo visualizar uma futura dona-de-casa, frustrada e se excomungando por não ter feito algo de bom quando podia. Sei que tracei um panorama feio da situação, mas, desculpem, hoje estou meio para baixo, chorona e meio carente; quero recuperar a companheira das boas gargalhadas, do filminho água com açúcar, dos shows infanto-juvenis e, principalmente, aquela companheira que confiava em mim, se abria e me ouvia, dando conselhos, mesmo na sua pouca experiência e conhecimento da vida. Espero que, quando eu conseguir falar, ainda tenha tempo para recuperar todos os momentos perdidos e ela realizar os sonhos que parecem estar adormecidos.  Não é somente ciúme, mas, uma preocupação que me faz perder o sono em muitas noites de pensamentos conflitantes e coração apertado.

Amizade

Bem, já comentei que fui ao teatro e que adorei a peça...mas, depois que saímos de lá – eu e minha amiga, fomos tomar “um” chopps, colocar o papo em dia, comentar a peça e dar boas gargalhadas. Como é bom, no final de um final de semana, sentarmos e darmos uma relaxada, para iniciar a semana em paz, com tranqüilidade, sem deixar o estress se apossar de nosso ser e, muito menos, do nosso ambiente de trabalho. Mas, sentamos e comentamos a peça,o que cada uma viu e interpretou, falamos da semana que passou e, de coisas banais; afinal, mais de 25 anos de amizade, nos faz ter tempo para mais coisas banais do que sérias, essas, aliás, já tivemos o suficiente até agora....rsrsrsrs....Enfim, somos amigas, mas, com alguns gostos e pensamentos diferentes uma da outra: ela é colorada, eu gremista; ela adora MPB e um pagode, eu adoro pop internacional e algum sertanejinho de vez em quando; nossos gostos para homens são diferentes também, talvez, por isso, nunca tenhamos entrado em atrito por nenhum. Temos coisas que gostamos também de maneira igual: teatro, cinema, ler, barzinho dançar e, claro, conversar e, nesse ponto, sempre temos algumas conclusões meio parecidas e, isso faz com que a amizade se fortaleça e nos torne mais irmãs que amigas. Fico pensando, às vezes, em quantas pessoas podem dizer que possuem uma amizade de mais de 10 anos, hoje em dia? Até porque, quando digo que conheço duas pessoas por mais que esse tempo, alguns me olham com cara de quem viu um disco voador. Mas, ter amigos é muito bom e, quando são parceiros, quando entram na nossa sintonia, tudo fica muito mais fácil de ser encarado e vivido a cada dia. E, curtir bons momentos ao lado de pessoas que nos fazem rir, relaxar e esquecer alguns incômodos da vida, não têm preço. Só podemos agradecer a uma força maior e aproveitar tudo isso que nos é presenteado, divinamente!!!!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Peça de Teatro

Fui ao teatro no domingo e adorei a peça, pois, mostrava uma situação a que qualquer mortal está sujeito: ficar trancado em um elevador com um estranho total. Mas, no desenrolar de tudo, foram se conhecendo, descobrindo medos, revelando intimidades e, desejando acabar com sua solidão ao lado um do outro. No começo, a proposta da peça não parecia que iria agradar e, sinceramente, achei que seria um porre; mas, depois dos 05 primeiros minutos, eu já estava envolvida, dando boas gargalhadas e querendo saber mais dos personagens – que, aliás, são dois ótimos atores. E, depois que saí do teatro, fiquei pensando o que eu faria naquela situação? Não é fácil o convívio com as pessoas no dia-a-dia, a dificuldade da comunicação, do entendimento; o exercício da paciência quando o outro não entende nosso propósito, quando não nos olha direto nos olhos, quando um bom dia é o único som que gostaríamos de ouvir, mas que, por preguiça, capricho ou falta de educação do outro, não vem até nós. Enfim, se no universo em que vivemos, rodeados de gente o dia inteiro todos os dias, essas situações já são uma provação, imagina ficar trancada em um cubículo, por mais de uma hora, com alguém que não sabemos nem o nome? Temos que exercitar nossa política de boa vizinhança, de maneira forçada, esperando poder contar com a boa vontade do outro também, para que essa hora fechados entre 04 paredes, passe rápida e de maneira agradável. E, a peça nos traz isso: duas pessoas solitárias, com seus temores da vida, seus receios de amores mal sucedidos, seus desejos de compartilhar coisas e expor tudo isso - mesmo que com um pouco de dúvidas pelo entendimento do outro, mas, abrindo seus corações e deixando fluir coisas que estão trancadas, guardadas em um cantinho onde só nosso cérebro repleto de lembranças, sejam elas boas ou não, pode alcançar e, a descoberta do que um pode ensinar ao outro, torna tudo mais simples de ser realizado, mais fácil de ser alcançado. A peça mostra pessoas de personalidades e estilos de vida diferentes mas, que acabam se completando e se descobrindo. Gostei e indico como um bom entretenimento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cansaço Mental

O cansaço anda me derrubando e me fazendo querer ficar largada na cama, sem vontade de virar para o lado, colocar as pernas no chão e dar um jeito de me arrumar para, quem sabe, me sentir viva e um pouco mais útil. Mas, não é um cansaço físico; é muito mais mental, espiritual, qualquer “al” que estiver por aí dando sopa e que, sem dó nem piedade, se apoderou do meu ser.Tudo me cansa, irrita e dá vontade de sair chutando tudo o que aparecer pela frente, principalmente, pessoas – sinceramente, meu lado obscuro quer tomar conta do meu momento zen, onde desejo sempre um dia  de paz,  união, harmonia e coisas positivas. Só que esse serzinho no meu ombro esquerdo, me cutucando com um garfinho de pontas agudas, conseguiu sobrepujar o serzinho puro e doce que sentou no meu ombro direito, tocando em sua cítara a música da Adelle (adoooro) e, pronto, quando a aura esta impura, o lado negro da força sempre vence.  Não consigo parar de bocejar, sentir os ombros doloridos – deve ser o peso dessas duas pestes grudadas em mim, um cansaço extremo e alguma falta de ar – tudo isso resultado de coisas que incomodam e que, infelizmente, não dependem de mim para ser resolvidas. Tem gente fugindo de suas atribuições dentro do trabalho e, na maior cara de pau, passando adiante, como se ficar jogando paciência na frente do computador fosse mais importante que realizar seus afazeres, sem pensar que, ao passar sua tarefa para outro, vai sobrecarregá-lo ainda mais. Pior é que estamos vendo a coisa acontecer e ninguém resolve nada, ninguém parece estar ao nosso lado para defender nosso trabalho; só aparecem na hora de cobrar, de malhar o nosso serviço. Isso tudo me cansa, me deixa fula da vida e me faz, algumas vezes, querer desistir de tudo. Só que, depois que me irrito o bastante, que desabafo, parece que as coisas dão uma melhorada e consigo olhar para frente e, munida de muita, mas, muita boa vontade, ver um restinho de luz no final do túnel.  Só que , mesmo tentando ser positiva, o cansaço me domina...infelizmente! Prometo reagir. Tenho que reagir. Cerveja. É isso! Resolvido: amanhã, estarei melhor, vendo tudo mais coloridinho.......rsrsrsrsr

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Música e Diversão

Deixei a preguiça de lado e resolvi escrever um pouco. Aconteceu, no RJ, o Rock in Rio 2011, com muitas e variadas atrações, para todos os gostos, claro. Eu assisti a alguns shows que gosto e outros, por curiosidade. Percebi que cantores/bandas brasileiros não ficaram devendo nada às estrelas internacionais; todos se doaram, mostraram o seu melhor em cima do palco e conseguiram se conectar a uma platéia diversificada, tanto em gosto musical quanto em idade. Em alguns momentos em queria ter estado lá, sentindo aquela energia, aquela entrega desmedida, aquela cumplicidade latente entre astro e seguidor. Foi lindo ver as pessoas cantando, dançando ao som de seu ídolo e, é bom ver que a música ainda consegue unir as pessoas, trazer mensagens positivas e hipnotizar mentes que querem relaxar, desestressar e curtir momentos de pura musicalidade. O festival foi legal, cheio de gente bonita, talentosa e sensual; repleto de idades e gostos diferentes, mas com o mesmo objetivo: divertir-se com a boa música e com astros que, de repente, não voltarão no próximo evento. Claro que alguns altos e baixos existiram, até porque, perfeição não existe, ainda mais em um espetáculo que projetou a presença de mais de 100 mil pessoas e, isso pode ser corrigido para o próximo, para que as coisas fiquem um pouco mais perto da quase perfeição. Enfim, o próximo é em 2013 e, quem sabe eu esteja lá, em um camarote, bem à vontade, curtindo muitas músicas que, no momento, pertencem apenas ao som do meu celular e que embalam minhas idas e vindas, me fazendo esquecer dos problemas fora desse mundo de sons que me protegem os ouvidos do mau gosto musical de alguns e, também, da barulheira da modernidade necessária as nossas antigas e descascadas ruas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cai ou não cai????

Satélite de seis toneladas deve cair na Terra até sábado - matéria que li na internet....Imaginem, num sábado de sol, sem nenhum compromisso com horário, a gente acorda, se ajeita prá cá, se ajeita pra lá e, decide almoçar fora, ou caminhar no parque, sei lá...decide sair de casa e arejar os pensamentos, longe do ar contaminado do trabalho. Ar puro, muito verde, o sol deixando nossa pele brilhando como o vampiro do Crepúsculo – quase um globo de discoteca dos anos 80 e, entramos em um restaurante legal, nos entregamos as delícias da culinária que o local oferece, nos lambuzamos provando um pouco de cada sobremesa e, para finalizar, um cafezinho, que não pode faltar, é claro. Saímos do restaurante e vamos procurar um lugar calmo, com uma sombra convidativa, de preferência embaixo de uma árvore que tenha um banco que esteja limpo, sem sujeira de pombos, sem cocô de cachorro na grama, ou nas proximidades do lugar onde sentamos. E, lá ficamos, entregues a nossa preguiça, nossa liberdade provisória empregatícia e, quase que nos transportando para uma outra dimensão, onde tudo é verde, limpo, seguro e bem mais barato, vem a infeliz barulheira não se sabe de onde e nos tira de nossos melhores devaneios...e ao redor, as poucas pessoas privilegiadas com uma folga, numa tarde de sábado como eu, começam a olhar para todos os lados, buscando saber de onde vem toda essa bagunça sonora que, a cada minuto aproxima-se mais e mais, fazendo com que nossos ouvidos comecem a ficar incomodados. De repente, alguém olha para cima e, grita num misto de entusiasmo e pavor (se é que as duas palavras podem existir na mesma frase): “olha, um avião” (claro que a resposta correta seria: quem olhar é bobalhão....), mas, não! Todos olham assustados e percebem que não é um avião, um balão ou, quem sabe, um urubu atingido por algum garoto maluco por assassinar pássaros; é algo diferente, estranho e, enquanto o objeto vai caindo, as apostas começam: deve ser um pedaço de lixo nuclear, uma asa de avião, a porta de alguma nave que se desprendeu...e, por aí adiante....Mas, com a proximidade cada vez maior do objeto, o pânico começa a se instalar, um grupo se forma, quase que de mãos dadas, de tão colados que ficam; uns orando, outros com lágrimas escorrendo pela face, outros de boca aberta sem esboçar qualquer reação e, eu, parada, com o coração acelerado, com muitas coisas passando pela minha cabeça e, a principal delas, é: “porque, diabos, resolvi sair de casa hoje? E se o tal satélite é essa bosta que vem despencando quase na minha cabeça?”. E, de repente, um estrondo, uma labareda e, todos correm para ver o que era aquilo e, depois de toda a tensão, caem na gargalhada, pois o objeto assustador não passava de uma plaquinha escrita USA...provavelmente, um pedacinho do enorme satélite que nossos “fofos” americanos resolveram colocar no espaço e, quando acontece um incidente desse tipo, acabamos recebendo todo o lixo que sempre nos foi destinado de maneira discreta mas, que devido a intempéries desse tipo, torna-se mais revelador do que deveria. Enfim, não sei se o satélite cairá ou não, se virá para o Brasil ou não...mas, certamente, ficarei em casa, só por precaução.....rsrsrsrsrsrs...




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Orgulho de ser Gaúcha

Confissões: mesmo tendo colocado no blog um texto sobre a Revolução Farroupilha, confesso que não sou uma gaúcha de seguir as tradições;  acho lindo quem dá vida aos CTGs, quem usa com orgulho os vestidos de prenda, quem faz as cavalgadas, enfim, quem realmente curte toda a tradição. Na verdade, são poucas as coisas de gaúcho que eu costumo fazer, tipo sentir uma alegria imensa quando volto de alguma viagem e vejo as luzinhas da cidade brilhando,comer churrasco, tomar chimarrão, cantar o hino rio-grandense nas partidas de futebol do meu time, mas, tudo de maneira regulada. Explico:  viajar sempre é bom, pois traz a sensação de liberdade, a expectativa de novos conhecimentos, enfim, nos faz ver que o mundo é feito para ser descoberto e, depois de um certo tempo viajando, a volta para casa sempre é algo especial, mesmo que tenhamos que voltar à rotina dos afazeres domésticos e do trabalho fora de casa;  comer churrasco aos domingos, há um tempo atrás, era quase uma lei, uma obrigação onde não se podia sequer pensar em não assar um pedaço que fosse de carne e, junto com isso, a família ia chegando, a caipirinha passando de mão em mão, o pãozinho com alho servindo de aperitivo, mas, com  o custo de vida enlouquecido, o preço da carne foi às alturas e, o que era algo rotineiro, acabou voltando às origens e virando objeto de desejo da maioria da classe média, onde só é consumido no final de mês  - quando sobra alguma grana, ou, em alguma comemoração especial. Por um lado, até é bom, as pesquisas dizem que carne vermelha faz mal à saúde, mas, sinceramente, uma costela bem assada, com uma farinhazinha, nossa...é uma loucura. O chimarrão, também, é algo que tomo, mas, não vou muito fundo, porque não tenho problemas com minha bexiga, então, imagina se eu resolver trocar a água e o café pelo”chimas”, não dormiria mais, certamente, pois teria que passar o tempo todo no banheiro ou, quem sabe, usar fraldas noturnas. Nosso Hino, ah, esse, parece que já vem incrustado no nosso DNA, pois, assim que os acordes começam, seja onde for, todos se levantam, o orgulho brilhando nos olhos e entoam seus versos palavra por palavra, para que sejam bem digeridos por quem está acompanhando qualquer evento que esteja acontecendo; parece existir um acordo sigiloso entre quem canta, porque a música vem do fundo da alma, a pele arrepia, enfim, quem já ouviu, sabe do que estou falando, mas, quem nunca acompanhou essa verdadeira manifestação de amor ao nosso Pampa e, se um dia tiver oportunidade, preste atenção e verá que tudo o que escrevo aqui é verdadeiro e faz sentido dentro desse nosso amado Estado. Posso ter escrito algumas bobagens, mas, a verdade é que, mesmo que não cultive as tradições como deveria, tenho muito orgulho de ter nascido aqui, de ser gaúcha; de me esticar no solzinho do inverno e me empanturrar de bergamotas,  de fazer um belo revirado numa panela de ferro, fritar um ovo e me regalar como se fosse o prato mais fino do mundo; de torcer para meu time e ficar de olho no resultado do time rival; de ir para a Serra sentir muito frio e me aquecer com um bom café colonial; de ir para a praia e tomar chimarrão na beira do mar, com o vento espalhando a erva; de sentar no gasômetro, curtindo o sol à beira do Guaíba; enfim, tenho orgulho de ter coisas lindas nesse pedaço de chão que criou homens valentes e de fibra, transformando-os em personagens inesquecíveis e  que muito fizeram para que nosso Rio Grande do Sul fizesse parte de algo grandioso que marcou nossa história.   

20 de Setembro


20 de Setembro de 2011 – Comemoração da Revolução Farroupilha e, em todo nosso Rio Grande, gaúchos orgulhosos de suas raízes, inclusive aqueles que estão fora do Estado e do País, alardeiam essa batalha que nos faz mais fortes a cada ano, mais gaúchos no coração e no jeito de ser, sempre repetindo o refrão do hino mais cantado que o próprio Hino Nacional, “sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra”... Por isso, como uma pequena homenagem à esse dia, meu blog faz um resumo do que foi esse conflito...

“História da Guerra dos Farrapos"

A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845).
O estopim para esta rebelião foram as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).
Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixar a região.
Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de António Neto) obtiveram outras vitórias.
Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e, Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini.
Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense.
Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) para colocar fim ao conflito. Apos três anos de batalha e várias derrotas, os "Farrapos" tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias.”


PS: texto retirado do site “historiadobrasil.net”.



domingo, 18 de setembro de 2011

Tarde de Nostalgia

Mesmo na TV fechada, o final de semana, não tem muita opção de programação, então, o jeito é ficar assistindo aqueles programas americanos, onde  arrumam sua casa (nunca vi tanta casa bagunçada junto, roupas atiradas, coisas empilhadas e, sem nenhum tipo de vergonha, as pessoas aparecem na TV e abrem sua “sujeira” para um País inteiro, quando, com um pouco de bom senso, um breve respirar fundo e alguma grana no bolso, poderiam ajeitar tudo de maneira simples e rápida, sem tanta exposição),  acabam com sua breguice (gente, tem cada coisa que se não visse, não acreditaria...estampas de leopardo por toda a cada, mas, TODA mesmo; castelos que não mudam nem a fechadura a séculos, enfim, todo o tipo de coisa e decoração esquisita que se pode imaginar), mudam seu look (coisas simples de se fazer no dia-a-dia e que, sem que percebamos, acabam ficando para trás, porque a pressa nos faz querer tudo rápido e com resultados imediatos) e, finalmente, te deixam 10 anos mais jovem (e o resultado fica incrível, com cabelos modernos, roupas adequadas e maquiagem leve, mas reveladora) ....assisti a todos nesta tarde nebulosa de domingo  e, agora, quase 19h, nada de interessante e, zapeando enlouquecida com meu controle, fui parar no Disney, num show dos Jonas Brothers. Ok, não tenho mais idade para esse tipo de banda, mas, curto e não nego; parei para olhar porque lembrei do show deles aqui na cidade e, me deu uma certa nostalgia porque fui com minha sobrinha (e comentei isso na época) e, naquele momento, éramos duas amigas curtindo um som moderno, de gatinhos lindos, sonho de consumo de qualquer garota entre 15 e 20 anos; e isso, não faz nem um ano. Éramos cúmplices, saíamos, trocávamos idéias, ela se abria comigo, falávamos de tudo e, apesar da diferença de idade, muitos de nossos pensamentos são parecidos; enfim, era uma grande companhia. Mas, infelizmente, o mundo gira depressa demais, eles crescem muito rápido e acabam encontrando seus caminhos e, como nós fizemos um dia quando éramos jovens, tornam-se um pouco egoístas quando encontram sua outra metade e, com isso, acabamos sentindo que, realmente, tudo é feito de  momentos, bons ou ruins, inesquecíveis, especiais, não importa. A vida é repleta de pequenos momentos que podem durar meses, anos ou, quem sabe, 60 minutos...tanto faz..o que importa, para mim, é que esses momentos fiquem na minha memória,  encham meu coração de esperança de que os caminhos que buscam sejam satisfatórios e lhes tragam felicidade e, principalmente, que esses momentos aqueçam minha alma quando me sentir sozinha ou para baixo. O que vale mesmo é termos tido a chance de ter vivido esses momentos, de ter tido oportunidade de mostrar o amor que sentimos e deixar claro que, sempre que precisarem, estaremos ali, de braços abertos, prontos para boas gargalhadas, para oferecer o ombro, ou, simplesmente, para sentar e estender a mão. O amor passa por cima de tudo. Com certeza!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aconchego X Tensão

Sol. Preguiça total.  Que vontade de ganhar a rua e deixar esse calor natural me cobrir toda e renovar minhas energias, tirar essa “dureza” que habita em meus ombros, esse cansaço que insiste em me fazer companhia. Ando cansada, chateada e com pouca paciência para muitas coisas e, claro, ir para o trabalho é uma delas (se não a principal). Quando chego em casa tudo ganha novo sentido, mesmo que eu saiba que tem um fogão sujo (que meu pai deixou literalmente imundo quando esquentou comida, passou café, ferveu leite e, nem se deu ao trabalho de dar uma enganada com o esfregão ou com uma esponja ensaboada) me esperando para ser usado no preparo da comida, mesmo que tenha roupa para ser colocada na máquina ou para recolher do varal e guardar e, mesmo que eu tenha que chegar e dar muuuitaa atenção ao meu “baby-dog”, tenho muita disposição para encarar tudo isso, sem reclamar, porque sei que estou no reduto mais seguro, onde me sinto mais à vontade, onde ninguém vai invadir com ordens idiotas e pedidos absurdos. Quando estou em casa, tudo é ótimo, tudo está no seu lugar mesmo em meio a bagunça; sinto o aconchego, a energia que ali existe, enfim, nosso lar não pode ser comparado a nada, pois, ainda é o melhor lugar do mundo para estar. E, depois dos afazeres domésticos, banho e minhas séries favoritas, quando o sono bate, é só espichar o braço, apontar o controle para a TV e cair no sono, relaxando totalmente. Mas, quando o relógio desperta na manhã seguinte, a primeira reação é dar um tapa no relógio, como se  estapeasse meu maior inimigo, virar para o lado e dar mais uma cochilada básica, até o susto me tirar dos devaneios dos sonhos que querem chegar e me trazer de volta a dura realidade que me espera. Levanto correndo, meio estonteada, me arrumo, pego tudo o que tenho que pegar e me vou à rua, apressada para pegar a lotação e arrumar um lugar na janela – para poder escancará-la e, além de arejar o ambiente, fazer o vento me acordar de vez. Quando vou ficando cada vez mais afastada de casa e chegando mais perto do prédio, o astral vai baixando, vai dando uma vontade de voltar correndo prá minha cama, pro meu cachorro....rsrsrsrr.....Mas, tenho que me portar como gente grande e enfiar um lindo e cínico sorriso no rosto, levantar os ombros e pisar firme e forte do portão até meu local de trabalho, para iniciar mais uma jornada de “sim”, “claro”, “não tenho certeza”, “já pedi para o fulano”....etc.....e, aguardar ansiosa as duas melhores horas do dia: o almoço, onde podemos sentar, conversar e dar algumas gargalhadas – isto com pessoas escolhidas a dedo e, claro, o final do expediente, onde o retorno para casa é muito mais do que bem- vindo, é uma verdadeira dádiva para meu corpo, mente e coração.  

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Papai Noel X Bombeiros


Tem um comercial na TV que fala sobre seguros e, pega como exemplo, uma mulher fazendo um depoimento sobre ter deixado velas acesas em comemoração ao nascimento de um sobrinhos e, pelo que lembro, era  Natal....Bem, o que ela dizia era que acordou no meio da noite, com um clarão onde estavam as velas e, aí, é onde quero chegar: ela aconselhava a não trocar um Papai Noel por um bombeiro....olhando com olhos realistas, óbvio que ninguém quer passar por este tipo de trauma, onde podemos  perder não apenas coisas materiais, mas, em outros casos, alguém muito próximo ou, até mesmo, podemos acabar nos machucando mais seriamente. Acho muito justo e racional que se faça um seguro para esse tipo de sinistro que, claro, ninguém está livre de acontecer um dia. Mas, olhando pelo lado divertido da coisa, o comercial me deixou com vontade de ser comentado e, não vou deixar passar isso em branco. Qual mulher, em sã consciência, não vai preferir um bombeiraço ao Papai Noel?? Sejam sinceras....Primeiro: Papai Noel doesn´t exist...Bombeiro é de verdade, de carne e osso e com muito mais atrativos do que uma figura rechonchuda, com barba enorme, com uma bota que deve deixar tudo muito chulezento e com um saco que vem pendurado nas costas. Olha, eu não pensaria duas vezes: botaria fogo em tudo e ficaria esperando que esse magnífico trabalhador, zeloso de nossa segurança, chegasse e me arrebatasse do meio das chamas e me levasse a um lugar seguro, longe da fumaça sufocante, do calor insuportável que o fogo proporciona e, claro, queima, chamusca....enfim, fico imaginando quem gostaria de ser carregada pelo Papai Noel...um cara que, desde que me conheço por gente, já deve ter uns bons pares de anos e só teria força para continuar carregando sua própria pança  e aquele maldito saco.....Então, voltando ao comercial, dá pra querer que o Papai Noel substitua um Bombeiro? Acho, na verdade, que essa é uma profissão que mexe com o imaginário feminino, nos deixa acesas para saber o que existe debaixo daqueles uniformes, os pensamentos que se passam sob aquele capacete e, principalmente, a força com que aqueles braços podem nos levantar de um chão que queima sob nossos pés. Gostei do comercial porque deu uma brecha para soltar minha imaginação e, friso bem “imaginação”, porque na realidade nua e crua da profissão, além de não ser bem remunerados, os bombeiros não têm o respeito que merecem e nem condições para que seu trabalho seja bem feito e, quando resolvem lutar por isso, acabam sendo tratados como bandidos e arruaceiros. Bom, voltando ao meu texto, enfim, é isso...Racionalmente: segurança, sempre – sem velas acesas com casa vazia, com pessoas dormindo dentro de casa e, principalmente, com crianças pequenas sozinhas. Sonhadoramente: fogo e paixão....SEMPRE!!!!

Frágeis relacionamentos


Acho que as pessoas estão meio que enlouquecendo...não consigo ver de outra maneira algumas atitudes que ando presenciando. Como uma pessoa que, durante quase 50 anos viveu junto, construiu família, criou filhos, adquiriu bens, passou por fases ruins, fases boas e, em outras fases, teve momentos mais que memoráveis, de repente, resolve que é “jovem” novamente e sai batendo cabeça por aí, com outra pessoa, deixando a companheira de uma vida inteira a ver navios? Não vou julgar se é certo ou errado dar um novo passo quando achamos que o que temos já não nos satisfaz, não preenche algum vazio; o que me deixa louca da vida, é um homem mais que maduro, resolver que vai cair fora da relação quando essa pessoa mais precisa dele, do seu apoio, da sua força, da sua ajuda para o médico, para o remédio, para cozinhar, para ser seus olhos. O que me deixa fula da vida, é esse homem jogar a culpa da sua infidelidade sobre os ombros dos filhos, fazendo com que eles passem a sentir-se culpados por ele estar saindo de casa. Na verdade, as pessoas são criadas para ir à luta, buscar seu espaço, sua felicidade; ensinadas a ser sinceras, verdadeiras e sempre respeitar o núcleo familiar, sem desrespeitar pai, mãe e as pessoas mais velhas; são criadas e ensinadas que o casamento é para ser eterno enquanto durar o amor, mas, na concepção de família, na maneira que foram criadas, não existirá jamais a possibilidade de separação, a ínfima suposição de que pai abandonará mãe, mãe largará pai – enfim, mesmo sem querer, acabamos fazendo dessa instituição chamada família o nosso próprio conto de fadas, onde tudo pode se enrolar no meio do caminho, mas, no final, todos serão “felizes para sempre”. E, é aí, que a coisa complica, pois, ninguém é obrigado a viver eternamente com ninguém, ninguém é obrigado a carregar o outro nas costas e, o mundo começa a ficar mais real, mais palpável; a verdadeira face das pessoas começa a aparecer, começam a mostrar quem são e do que são capazes. Eu, sinceramente, acho que quando o amor acaba cada um deve seguir seu caminho, sem brigas, sem disputas ferrenhas onde muitos saem magoados, desiludidos; se viveram tanto tempo juntos, a separação pode ser uma continuidade dessa amizade que deve substituir o amor que um dia existiu. Mas, somente eu e uma minoria deve pensar assim, porque vejo que pessoas velhas, casadas há anos, de repente se encantam por outra pessoa e, num estalar de dedos, pegam suas trouxas e vão embora, direto para os braços da outra que tornou-se seu novo porto seguro. E, quem ficou para trás, deixou de ser seu problema? Deixou de ser aquela pessoa que foi um dia e, em muitas ocasiões, seu porto seguro? Como fica essa pessoa que sempre se dedicou, criou seus filhos, estava sempre ali quando sabia de suas escapadas e, mesmo assim, lhe recebia de braços abertos e coração limpo? Fico me questionando onde foi parar o verdadeiro amor que uniu duas pessoas e, que hoje, se distanciam porque um deles não consegue mais se sentir a vontade dentro da relação? Será que um dia esse amor existiu de ambas as partes? Será que houve toda essa entrega dos dois lados? Ou, tudo começou e terminou com uma única pessoa se doando? Não sei se existem ganhadores nesse tipo de relação; o que sei é apenas o que vejo, uma pessoa sofrendo calada por não ter mais forças para lutar pelo que acreditava e que, por força de um capricho alheio, acaba perdendo a vontade de seguir em frente e lutar por sua saúde e pela própria sobrevivência. Onde foi parar o amor e a compaixão de uma relação que durou quase 50 anos? Onde foi parar???