quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cai ou não cai????

Satélite de seis toneladas deve cair na Terra até sábado - matéria que li na internet....Imaginem, num sábado de sol, sem nenhum compromisso com horário, a gente acorda, se ajeita prá cá, se ajeita pra lá e, decide almoçar fora, ou caminhar no parque, sei lá...decide sair de casa e arejar os pensamentos, longe do ar contaminado do trabalho. Ar puro, muito verde, o sol deixando nossa pele brilhando como o vampiro do Crepúsculo – quase um globo de discoteca dos anos 80 e, entramos em um restaurante legal, nos entregamos as delícias da culinária que o local oferece, nos lambuzamos provando um pouco de cada sobremesa e, para finalizar, um cafezinho, que não pode faltar, é claro. Saímos do restaurante e vamos procurar um lugar calmo, com uma sombra convidativa, de preferência embaixo de uma árvore que tenha um banco que esteja limpo, sem sujeira de pombos, sem cocô de cachorro na grama, ou nas proximidades do lugar onde sentamos. E, lá ficamos, entregues a nossa preguiça, nossa liberdade provisória empregatícia e, quase que nos transportando para uma outra dimensão, onde tudo é verde, limpo, seguro e bem mais barato, vem a infeliz barulheira não se sabe de onde e nos tira de nossos melhores devaneios...e ao redor, as poucas pessoas privilegiadas com uma folga, numa tarde de sábado como eu, começam a olhar para todos os lados, buscando saber de onde vem toda essa bagunça sonora que, a cada minuto aproxima-se mais e mais, fazendo com que nossos ouvidos comecem a ficar incomodados. De repente, alguém olha para cima e, grita num misto de entusiasmo e pavor (se é que as duas palavras podem existir na mesma frase): “olha, um avião” (claro que a resposta correta seria: quem olhar é bobalhão....), mas, não! Todos olham assustados e percebem que não é um avião, um balão ou, quem sabe, um urubu atingido por algum garoto maluco por assassinar pássaros; é algo diferente, estranho e, enquanto o objeto vai caindo, as apostas começam: deve ser um pedaço de lixo nuclear, uma asa de avião, a porta de alguma nave que se desprendeu...e, por aí adiante....Mas, com a proximidade cada vez maior do objeto, o pânico começa a se instalar, um grupo se forma, quase que de mãos dadas, de tão colados que ficam; uns orando, outros com lágrimas escorrendo pela face, outros de boca aberta sem esboçar qualquer reação e, eu, parada, com o coração acelerado, com muitas coisas passando pela minha cabeça e, a principal delas, é: “porque, diabos, resolvi sair de casa hoje? E se o tal satélite é essa bosta que vem despencando quase na minha cabeça?”. E, de repente, um estrondo, uma labareda e, todos correm para ver o que era aquilo e, depois de toda a tensão, caem na gargalhada, pois o objeto assustador não passava de uma plaquinha escrita USA...provavelmente, um pedacinho do enorme satélite que nossos “fofos” americanos resolveram colocar no espaço e, quando acontece um incidente desse tipo, acabamos recebendo todo o lixo que sempre nos foi destinado de maneira discreta mas, que devido a intempéries desse tipo, torna-se mais revelador do que deveria. Enfim, não sei se o satélite cairá ou não, se virá para o Brasil ou não...mas, certamente, ficarei em casa, só por precaução.....rsrsrsrsrsrs...




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Orgulho de ser Gaúcha

Confissões: mesmo tendo colocado no blog um texto sobre a Revolução Farroupilha, confesso que não sou uma gaúcha de seguir as tradições;  acho lindo quem dá vida aos CTGs, quem usa com orgulho os vestidos de prenda, quem faz as cavalgadas, enfim, quem realmente curte toda a tradição. Na verdade, são poucas as coisas de gaúcho que eu costumo fazer, tipo sentir uma alegria imensa quando volto de alguma viagem e vejo as luzinhas da cidade brilhando,comer churrasco, tomar chimarrão, cantar o hino rio-grandense nas partidas de futebol do meu time, mas, tudo de maneira regulada. Explico:  viajar sempre é bom, pois traz a sensação de liberdade, a expectativa de novos conhecimentos, enfim, nos faz ver que o mundo é feito para ser descoberto e, depois de um certo tempo viajando, a volta para casa sempre é algo especial, mesmo que tenhamos que voltar à rotina dos afazeres domésticos e do trabalho fora de casa;  comer churrasco aos domingos, há um tempo atrás, era quase uma lei, uma obrigação onde não se podia sequer pensar em não assar um pedaço que fosse de carne e, junto com isso, a família ia chegando, a caipirinha passando de mão em mão, o pãozinho com alho servindo de aperitivo, mas, com  o custo de vida enlouquecido, o preço da carne foi às alturas e, o que era algo rotineiro, acabou voltando às origens e virando objeto de desejo da maioria da classe média, onde só é consumido no final de mês  - quando sobra alguma grana, ou, em alguma comemoração especial. Por um lado, até é bom, as pesquisas dizem que carne vermelha faz mal à saúde, mas, sinceramente, uma costela bem assada, com uma farinhazinha, nossa...é uma loucura. O chimarrão, também, é algo que tomo, mas, não vou muito fundo, porque não tenho problemas com minha bexiga, então, imagina se eu resolver trocar a água e o café pelo”chimas”, não dormiria mais, certamente, pois teria que passar o tempo todo no banheiro ou, quem sabe, usar fraldas noturnas. Nosso Hino, ah, esse, parece que já vem incrustado no nosso DNA, pois, assim que os acordes começam, seja onde for, todos se levantam, o orgulho brilhando nos olhos e entoam seus versos palavra por palavra, para que sejam bem digeridos por quem está acompanhando qualquer evento que esteja acontecendo; parece existir um acordo sigiloso entre quem canta, porque a música vem do fundo da alma, a pele arrepia, enfim, quem já ouviu, sabe do que estou falando, mas, quem nunca acompanhou essa verdadeira manifestação de amor ao nosso Pampa e, se um dia tiver oportunidade, preste atenção e verá que tudo o que escrevo aqui é verdadeiro e faz sentido dentro desse nosso amado Estado. Posso ter escrito algumas bobagens, mas, a verdade é que, mesmo que não cultive as tradições como deveria, tenho muito orgulho de ter nascido aqui, de ser gaúcha; de me esticar no solzinho do inverno e me empanturrar de bergamotas,  de fazer um belo revirado numa panela de ferro, fritar um ovo e me regalar como se fosse o prato mais fino do mundo; de torcer para meu time e ficar de olho no resultado do time rival; de ir para a Serra sentir muito frio e me aquecer com um bom café colonial; de ir para a praia e tomar chimarrão na beira do mar, com o vento espalhando a erva; de sentar no gasômetro, curtindo o sol à beira do Guaíba; enfim, tenho orgulho de ter coisas lindas nesse pedaço de chão que criou homens valentes e de fibra, transformando-os em personagens inesquecíveis e  que muito fizeram para que nosso Rio Grande do Sul fizesse parte de algo grandioso que marcou nossa história.   

20 de Setembro


20 de Setembro de 2011 – Comemoração da Revolução Farroupilha e, em todo nosso Rio Grande, gaúchos orgulhosos de suas raízes, inclusive aqueles que estão fora do Estado e do País, alardeiam essa batalha que nos faz mais fortes a cada ano, mais gaúchos no coração e no jeito de ser, sempre repetindo o refrão do hino mais cantado que o próprio Hino Nacional, “sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra”... Por isso, como uma pequena homenagem à esse dia, meu blog faz um resumo do que foi esse conflito...

“História da Guerra dos Farrapos"

A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845).
O estopim para esta rebelião foram as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).
Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixar a região.
Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de António Neto) obtiveram outras vitórias.
Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e, Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini.
Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense.
Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) para colocar fim ao conflito. Apos três anos de batalha e várias derrotas, os "Farrapos" tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias.”


PS: texto retirado do site “historiadobrasil.net”.



domingo, 18 de setembro de 2011

Tarde de Nostalgia

Mesmo na TV fechada, o final de semana, não tem muita opção de programação, então, o jeito é ficar assistindo aqueles programas americanos, onde  arrumam sua casa (nunca vi tanta casa bagunçada junto, roupas atiradas, coisas empilhadas e, sem nenhum tipo de vergonha, as pessoas aparecem na TV e abrem sua “sujeira” para um País inteiro, quando, com um pouco de bom senso, um breve respirar fundo e alguma grana no bolso, poderiam ajeitar tudo de maneira simples e rápida, sem tanta exposição),  acabam com sua breguice (gente, tem cada coisa que se não visse, não acreditaria...estampas de leopardo por toda a cada, mas, TODA mesmo; castelos que não mudam nem a fechadura a séculos, enfim, todo o tipo de coisa e decoração esquisita que se pode imaginar), mudam seu look (coisas simples de se fazer no dia-a-dia e que, sem que percebamos, acabam ficando para trás, porque a pressa nos faz querer tudo rápido e com resultados imediatos) e, finalmente, te deixam 10 anos mais jovem (e o resultado fica incrível, com cabelos modernos, roupas adequadas e maquiagem leve, mas reveladora) ....assisti a todos nesta tarde nebulosa de domingo  e, agora, quase 19h, nada de interessante e, zapeando enlouquecida com meu controle, fui parar no Disney, num show dos Jonas Brothers. Ok, não tenho mais idade para esse tipo de banda, mas, curto e não nego; parei para olhar porque lembrei do show deles aqui na cidade e, me deu uma certa nostalgia porque fui com minha sobrinha (e comentei isso na época) e, naquele momento, éramos duas amigas curtindo um som moderno, de gatinhos lindos, sonho de consumo de qualquer garota entre 15 e 20 anos; e isso, não faz nem um ano. Éramos cúmplices, saíamos, trocávamos idéias, ela se abria comigo, falávamos de tudo e, apesar da diferença de idade, muitos de nossos pensamentos são parecidos; enfim, era uma grande companhia. Mas, infelizmente, o mundo gira depressa demais, eles crescem muito rápido e acabam encontrando seus caminhos e, como nós fizemos um dia quando éramos jovens, tornam-se um pouco egoístas quando encontram sua outra metade e, com isso, acabamos sentindo que, realmente, tudo é feito de  momentos, bons ou ruins, inesquecíveis, especiais, não importa. A vida é repleta de pequenos momentos que podem durar meses, anos ou, quem sabe, 60 minutos...tanto faz..o que importa, para mim, é que esses momentos fiquem na minha memória,  encham meu coração de esperança de que os caminhos que buscam sejam satisfatórios e lhes tragam felicidade e, principalmente, que esses momentos aqueçam minha alma quando me sentir sozinha ou para baixo. O que vale mesmo é termos tido a chance de ter vivido esses momentos, de ter tido oportunidade de mostrar o amor que sentimos e deixar claro que, sempre que precisarem, estaremos ali, de braços abertos, prontos para boas gargalhadas, para oferecer o ombro, ou, simplesmente, para sentar e estender a mão. O amor passa por cima de tudo. Com certeza!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aconchego X Tensão

Sol. Preguiça total.  Que vontade de ganhar a rua e deixar esse calor natural me cobrir toda e renovar minhas energias, tirar essa “dureza” que habita em meus ombros, esse cansaço que insiste em me fazer companhia. Ando cansada, chateada e com pouca paciência para muitas coisas e, claro, ir para o trabalho é uma delas (se não a principal). Quando chego em casa tudo ganha novo sentido, mesmo que eu saiba que tem um fogão sujo (que meu pai deixou literalmente imundo quando esquentou comida, passou café, ferveu leite e, nem se deu ao trabalho de dar uma enganada com o esfregão ou com uma esponja ensaboada) me esperando para ser usado no preparo da comida, mesmo que tenha roupa para ser colocada na máquina ou para recolher do varal e guardar e, mesmo que eu tenha que chegar e dar muuuitaa atenção ao meu “baby-dog”, tenho muita disposição para encarar tudo isso, sem reclamar, porque sei que estou no reduto mais seguro, onde me sinto mais à vontade, onde ninguém vai invadir com ordens idiotas e pedidos absurdos. Quando estou em casa, tudo é ótimo, tudo está no seu lugar mesmo em meio a bagunça; sinto o aconchego, a energia que ali existe, enfim, nosso lar não pode ser comparado a nada, pois, ainda é o melhor lugar do mundo para estar. E, depois dos afazeres domésticos, banho e minhas séries favoritas, quando o sono bate, é só espichar o braço, apontar o controle para a TV e cair no sono, relaxando totalmente. Mas, quando o relógio desperta na manhã seguinte, a primeira reação é dar um tapa no relógio, como se  estapeasse meu maior inimigo, virar para o lado e dar mais uma cochilada básica, até o susto me tirar dos devaneios dos sonhos que querem chegar e me trazer de volta a dura realidade que me espera. Levanto correndo, meio estonteada, me arrumo, pego tudo o que tenho que pegar e me vou à rua, apressada para pegar a lotação e arrumar um lugar na janela – para poder escancará-la e, além de arejar o ambiente, fazer o vento me acordar de vez. Quando vou ficando cada vez mais afastada de casa e chegando mais perto do prédio, o astral vai baixando, vai dando uma vontade de voltar correndo prá minha cama, pro meu cachorro....rsrsrsrr.....Mas, tenho que me portar como gente grande e enfiar um lindo e cínico sorriso no rosto, levantar os ombros e pisar firme e forte do portão até meu local de trabalho, para iniciar mais uma jornada de “sim”, “claro”, “não tenho certeza”, “já pedi para o fulano”....etc.....e, aguardar ansiosa as duas melhores horas do dia: o almoço, onde podemos sentar, conversar e dar algumas gargalhadas – isto com pessoas escolhidas a dedo e, claro, o final do expediente, onde o retorno para casa é muito mais do que bem- vindo, é uma verdadeira dádiva para meu corpo, mente e coração.