quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Chegando 2011

Guie meus passos

Proteja meus caminhos
Ilumine meu coração.

Três pedidos de ano novo. É isso que quero e desejo para mim e para quem tem fé e acredita que um Ser maior cuida de nós. Desejo que, em 2011, meus passos sejam guiados para lugares de energia boa, de pessoas de bem e que queiram crescer e descobrir novos caminhos. Que esses novos caminhos tenham a proteção de meus anjos de guarda, daqueles em que acredito e que me levem à realização de sonhos, os mais simples que sejam. Que meu coração se ilumine a cada nova manhã, a cada gesto de amizade, a cada sorriso de carinho. Enfim, desejo que 2011 (apesar de acreditar que é apenas uma mudança comum no calendário, não deixo de desejar coisas novas) traga muitas realizações e fartura nas mesas e nos bolsos, deixe um pouco mais de amor nos corações, humanidade e humildade em quem esqueceu que o próximo é tão humano e carente quanto nós. Desejo que Deus se faça presente nos lares, nas famílias, entre amigos, no caminho para casa ou para o trabalho, no momento de lazer, na brincadeira com o filho/filha-sobrinho/sobrinha-neto/neta. Que tudo de ruim e negativo que aconteceu em 2010 fique por lá, bem guardado, trancafiado e esquecido. E, que 2011, seja o ano de buscarmos a força e a fé dentro de nós mesmos e deixar que as mudanças inundem nossa alma e façam de nosso espírito, um espírito de luz que atraia boas energias e corações do bem.



Feliz Ano Novo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aparecida...o filme


Fui assistir ao filme “Aparecida, o Milagre” e levei minha tia, que fazia muitos anos não entrava em um cinema. O filme é brasileiro, claro e, tem uma estória bonita, de superação, fé e desafios; fala da inocência infantil em acreditar em uma imagem, dos questionamentos sobre existir ou não milagres e da perda da fé quando perde-se um ente querido. O menino cresce, torna-se um homem bem sucedido, cria um filho com problemas com as drogas, que sonha ser ator e que não pensa em seguir os passos do pai. Finalmente, depois das intempéries da vida, a fé é, novamente, colocada em jogo e, depende desse pai acreditar em milagres ou não para que seu maior tesouro seja salvo. Foi gostoso ver o filme e, confesso que chorei quando colocaram a música Ave Maria – não sei porque  essa canção mexe comigo e deixa minhas emoções a flor da pele; os atores passaram credibilidade com seus personagens e foi legal ver (mesmo sabendo que era simulação, óbvio) a estória de Nossa Senhora Aparecida. E, vendo a multidão que visita todos os anos a Basílica de Aparecida, percebi que o povo precisa de fé, precisa acreditar em algo maior que seus próprios sonhos e, quando acha esse objeto de adoração, dedica-se totalmente e faz dele o refém da realização de seus desejos, sejam eles materiais ou emocionais. Eu tenho fé. Eu acredito em um Ser maior e, não abro mão disso, porque é com essa fé que sempre avistei a luz no final do túnel. E, com muito bom humor , posso dizer que, hoje, operou-se um milagre: arranquei minha tia de casa para ir ao cinema. Fiquei muito feliz em poder fazer parte desse momento...espero que outros surjam.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu pulguentinho...

Não agüento mais catar pulgas no meu cachorro...sabe aquela criança que você cuida o tempo todo, que deixa dentro de casa quando está chovendo, que leva ao médico ao primeiro “ai” que solta, que não anda de pés descalços para não se machucar, mas, que, de repente, fica doente, de cama, precisando de cuidados? E, aquela que vive na rua, pisando em poças de água parada, sem roupa quente no frio, completamente largada, nunca pega gripe, piolho ou escorre o nariz? Pois é, tirando a comparação idiota entre cachorro e crianças, o resto se parece: meu cachorro é mimado, bem tratado, todo cuidado e, infelizmente, já pegou carrapato e pulga. Fiquei louca quando descobri isso; já passei remédio na nuca, já dei banho com sabão anti-pulgas, já lavei a casa e o pátio com um remédio poderoso e fedorento e, o coitado se coçando o tempo todo. Hoje, dei outro banho com shampoo  anti-pulgas: um pouco mais cheiroso e causou um efeito melhor; no banho, algumas pulgas já caíram por terra e, depois de secar bem direitinho, minha tia me ajudou a catá-lo – preciso de ajuda porque ele não sossega: é botar a mão nele e ele já quer morder, achando que estou brincando. Mas, com pulga ou não, ele é todo mimoso e, o cuidado redobrou – nem na rua ele vai mais, não quero outro surto dessas coisas pretas saltitantes e irritantes dentro de casa. Agora, vou tentar fazê-lo comer – adora chuchu com ração, mas, acho que o calor tira um pouco do apetite dele e o deixa mais preguiçoso, ainda. Vou lá cuidar do meu pulguento... afinal, ele merece ser bem tratado...

Parada Errada

O Natal já passou e, depois de 07 anos, foi o menos dolorido de todos. A saudade esteve presente (como em todos os dias), mas, foi mais doce, mais interna, menos aparente. Consegui passar o Natal sem lágrimas, sem me recolher após o primeiro cumprimento. Foi diferente. Resolvi, no dia 25 ir a Guaíba, visitar minha tia, primos e afilhado; saí cedo e, depois de querer pagar a passagem do ônibus, descobri que era “passe livre”, isso significa que: os ônibus estarão cheios, toda criança que normalmente não paga passagem irá sentada e você de pé, todo morador de rua pegará o ônibus para passear pela cidade – nada contra, deixo bem claro; mas, é meio desgastante sair em dia de passe livre. Só que, nesse dia especial (e por ser cedo: 08h40min)o ônibus estava vazio e peguei na corrida, porque chegamos juntos a parada. Bem, esse era o meu ônibus até o ponto onde pegaria o de Guaíba, o que dá uns 10 minutos; desci na Praça Pinheiro Machado( que fica entre a Avenida Farrapos e a Avenida Presidente Roosevelt, de onde tenho uma visão geral da Farrapos, por onde os ônibus passam e vejo quando os da empresa Guaíba estão chegando). Passaram uns 20 minutos, eu na parada e o senhor que cuida da praça, varrendo prá lá e prá cá e mais uns 06 vagabundos sem fazer nada – não nego que fiquei meio receosa, mas, tinha meu super guarda-chuva para me defender se precisasse (ou da chuva ou de um vagabundo mais desejoso de minha bolsa) e, vi 03 ônibus da empresa adentrarem a Av. Farrapos. Fiquei aguardando, porque em menos de 05 minutos eles chegariam e eu embarcaria em um deles toda feliz, rumo à casa da minha querida tia; e, os minutos correndo...nada de nenhum deles chegar e, eu já estava espraguejando porque começava a me cansar. Nada...tic-tac...tic-tac...Nada...De repente, não sei porque, virei para o lado e, quase me deu um treco: vi os 03 ônibus, um atrás do outro, entrando na Av. Presidente Roosevelt, pela Cairu, uma quadra antes da onde eu estava. Juro, fiquei sem ação...acho que me deu até tontura...sei lá....nem pensei no momento, apenas, me dirigi para a parada em que eles passaram e, claro, eu não havia embarcado...em nenhum deles. No caminho (uma quadra, apenas, mas, para tentar correr e pegar um ônibus, seria como andar umas 02 horas – tudo fica mais lento quando a pressa bate), liguei para o meu pai, chorando de raiva, querendo pegar o meu ônibus e voltar para a tranqüilidade do lar; mas, ele com toda a calma que é sua marca registrada, me disse para esperar o próximo, ir para Guaíba...etc etc etc....Liguei para minha prima em Guaíba e contei o que tinha acontecido...na verdade, sumiu toda minha sanidade, fiquei sem saber o que fazer,porque estava cega de raiva por não saber da mudança de itinerário; por ter levantado cedo para ganhar um tempo a mais no dia; por ter que sair cedo para pegar ônibus vazio; por ter que sair com o dia nublado, abafado e, ainda por cima, feriado...enfim, ela me aconselhou a pegar o primeiro que passasse, menos Eldorado e San Souci e, quando chegasse perto, ligar que me buscariam  na parada...adivinhem qual veio primeiro??? Eldorado...rsrsrsrsr...Mas, em seguida, apareceu um que me levaria, enfim, ao meu destino. E, assim foi. Cheguei em Guaíba quase 02 horas após sair de Porto Alegre, mas, valeu a pena; como sempre, fui bem recebida, tomei umas geladinhas com meu primo, comi carne de javali ou rinoceronte ou búfalo – sei que foi uma das três, bati muito papo, dei boas risadas. Passei um Natal diferente. Realmente.  Voltei para casa, mais rápido e com muita chuva. Só que, desta vez, foi mais tranqüilo, afinal, estava voltando para meu lar doce lar.  

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Agradecimentos Natalinos

É quase Natal e, sinceramente, seria a hora de me entocar em algum lugar, me esconder embaixo de uma mesa qualquer, dar uma sumida básica; mas, não dá – na verdade, não quero fazer isso; não posso deixar o sentimento de tristeza, de saudade, de dor, tomar conta de um momento que, mesmo repetido todo final de ano, é único na vida das pessoas que nos cercam, das pessoas que amamos. Então, para fugir um pouco de tudo isso, resolvi apenas sentar e agradecer.
Agradeço, a Deus, aos meus protetores, as forças superiores que nos cobrem de paz, amor, saúde, por tudo o que tive em 2010. Agradeço por ter feito muitas burradas, dito muita besteira, porque, mesmo que tenham me deixado em maus lençóis, me fizeram amadurecer e, de coração, tentar não repetir nada disso em 2011.
Agradeço por ter saúde, por ter um plano de saúde que, mesmo não sendo o top dos tops, me auxilia quando preciso de alguma consulta, urgente ou não.
Agradeço por ter uma família que, mesmo encontrando alguns percalços pelo caminho, alguns leves desencontros de opiniões, está sempre junta, acolhendo, dando o colo, trazendo conforto e aconchego.
Agradeço por ter um pai que tem muita saúde, que deu a volta por cima, que consegue, nos seus 77 anos, curtir a vida um pouco mais que eu; agradeço por ele lavar suas próprias roupas (principalmente, as cuecas), por ainda ter disposição para seguir adiante e, aproveito para pedir desculpas por encher tanto a sua paciência...admito: a chata sou eu.
Agradeço por ter sobrinhos maravilhosos, que estudam, trabalham, são carinhosos, cuidam uns dos outros e que já buscam seus caminhos; agradeço pelos sobrinhos emprestados que conquistaram meu coração e que moram nele, eternamente.
Agradeço por ter um lar para voltar, um cantinho para curtir minhas coisas e, mesmo que tenha um pouquinho de cupim aqui, outro ali, é meu lar e, nada pode ser melhor do que ter um lugar para sermos nós mesmos, um lugar para chamar de nosso.
Agradeço por ter ganho um cachorro que me faz sentir amada todos os dias quando chego em casa; ele me faz sentir que, apesar de nada substituir um filho que não tivemos, é uma “pessoinha” muito especial e estou completamente encantada por ele (mesmo manquinho...).
Agradeço por ter um emprego que, mesmo cheio de altos e baixos, gente de energia e pensamentos negativos, me dá o suporte financeiro que preciso.
Agradeço por, ainda, ter um lado infantil que curte comer porcaria, dizer besteira, fazer palhaçada e, principalmente, ser fã do Disney Channel.
Agradeço por sentir dor, sentir saudades, sentir raiva; por sentir culpa, sentir que meu tempo é curto, que a grana é pouca; agradeço por me sentir viva e ter a oportunidade de, simplesmente, agradecer.
Que o Natal não venha somente com papéis de embrulho coloridos, mas, venha, principalmente, com uma enorme porção de amor, um pouco mais de humanidade e muita paz nos corações que precisam de mais fé e esperança.
Agradeço por, ainda, acreditar que um dia todos nós nos reencontraremos e a saudade será recompensada com o toque de mãos de quem perdemos.

Obrigada!!

PS. FELIZ NATAL A TODOS!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lã, no calor????

Hoje vi uma senhora, em pleno início de verão, usando um gorro de lã, blusa de lã acrílica e casaco...entenderam? LÃÃÃÃ.....Quem, em sã consciência, nesses nossos amanhecidos 24 graus, coloca roupa de inverno para sair? Como estava caminhando e já começava a sentir os efeitos do calor, quando vi a figura, senti  que os 24 graus viraram 48 – sem margem de erro nenhuma. E, diante dessa visão aterradora, fiquem imaginando se ela sentia calor (o mesmo que eu, pelo menos); se ela estava destemperada e não sentia nada ou, uma mera e ridícula suposição, ela veio do interior do interior do Estado, onde as manhãs, geralmente, são mais geladinhas e o corpo, naquele exato amanhecer, sentia necessidade de aquecer-se. Mas, a última e, possivelmente a mais correta, é que ela deve ter visto o modelito na TV, onde a nevasca cai impiedosamente na Europa e, não se sabe o motivo, resolveu copiar numa tentativa suada (e desesperada, pelo jeito) de relembrar nosso recém terminado inverno. Me desculpem, mas é humanamente anormal alguém usar lã nesse nosso clima tropical que pede roupas frescas e soltas, pés ao vento e cabelos esvoaçantes. Claro que nada tenho com isso – o corpo, e o nível de frio ou calor, são dela; mas, me deu um nervoso, uma sensação de sufocamento passar por aquela mulher completamente enrolada em lã, que não poderia deixar de anotar esse momento “infernal” na minha ida para o trabalho. Todos que passavam por ela ficavam olhando, com a mesma cara de espanto e, provavelmente, a mesma  sensação de agonia que eu; quando cheguei na sala, fui correndo ligar o ar condicionado para refrescar o corpo e aliviar a mente daquela visão tão quente e marcante do meu começo de dia.    

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mulher-Chuchu

Na onda das mulheres-fruta, legumes ou outra coisa desagradável que seja, me descobri a própria mulher-chuchu neste período do ano: sem graça mas cheia de espinho (mas, deve ser melhor que ser mulher-maracujá: seca e pouco doce). Ando meio marrenta e não tenho vergonha de assumir isso; mas, não agüento essa coisa de confraternizar com pessoas que passam o ano todo te ignorando e querendo te engolir; não suporto o bom samaritano que surge a cada novo dezembro; então, prefiro dar uma de chuchu e me recolher a minha própria concha. Mas, claro que esse tipo de atitude é somente destinada a pessoas que não suporto...ou, me fazem um pouquinho de mal...é coisa de idade mesmo...rsrsrsr...Mas, juro que não sou assim o ano inteiro; sou até bem simpática, delicada, bem educadinha ...Essa coisa de mulher-chuchu me veio a cabeça quando comprei um chuchu e, sem perceber, cravei uns espinhozinhos que têm na parte de baixo, no dedão: é algo rápido, mas dolorido e ardido. Daí, fiquei pensando em quantos espinhos desses cravamos nos dedos durante o ano e não damos importância e, por muitas vezes, nem sentimos a picadinha do desgranido; só que, de espinho em espinho, as coisas vão se acumulando e, quando chega no seu limite, tomam proporções enormes e atitudes, muitas vezes, desnecessárias. Percebi, também, que deixei muitos espinhos atravessados durante a passagem desse ano, não agi quando deveria, não respondi quando precisava – não por falta de atitude ou palavras, mas, porque, naquele momento, fui pega de surpresa, totalmente desprevenida para o que viria. Só que, para  não ser uma  mulher-chuchu em 2011 (rsrsrrsr), resolvi que, no próximo, serei muito mais espinhenta, defenderei minha integridade, meu jeito de pensar, minhas palavras e, principalmente, meu espaço, mas, não serei sem graça; ao contrário, pretendo expor mais minha figura sendo mais direta, mais verdadeira e mais destemida, não deixando para o final do ano a árdua tarefa de colocar os pingos nos “is” e querer atravessar o ano numa boa.  Agirei durante o ano inteiro e, em dezembro de 2011, serei  a mulher-kiwi: casca grossa por fora, mas, completamente molinha por dentro (por fora, prometo tentar dar uma endurecida na musculatura...rsrsrsr).   

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fantasiando Nárnia

Fui  assistir "Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada” – segundo uma conhecida minha “a viagem de São Jerônimo” e, não me perguntem de onde ela tirou isso; me disse, apenas, que era muito difícil lembrar o nome correto. O filme é muito bom nos seus efeitos, como os outros 02 e, em 3D é melhor e mais emocionante, ainda. Meus sobrinhos me acompanharam e, quando os vi chegando, me dei conta de que não e só cronologicamente que envelheço, literalmente estou encolhendo também. Meu sobrinho do meio (o popular filho-sanduíche), está enorme, virado em pernas e braços, parecendo um polvo quando me envolve em um abraço; fiquei chocada quando constatei a passagem fulminante do tempo e, ao mesmo tempo,  radiante porque esse mesmo tempo nos permite momentos como os de ontem, de diversão, cumplicidade e conseguindo, ainda, encontrar um pouco de inocência dentro  desses serzinhos que estão em formação. Como falei antes, adorei o filme, a estória é convincente e divertida em alguns momentos; os personagens principais estão crescidos e mostram um pouco mais de maturidade dentro do enredo e, para completar, tem o Príncipe Cáspian...ah, o Príncipe Cáspian! O cara está algo, muito mais bonito e com cara de homem - está um Rodrigo Santoro bem melhorado...rsrsrsrs. Se eu “babei”, imagina minha sobrinha....Então, nesse momento, senti que não importa a idade, o que vale é a disposição em abrir a mente e o coração para a fantasia, deixar o pensamento conduzir nossos passos em loucas e inimagináveis aventuras e me permitir desejar, silenciosamente: “Quero ir para Nárnia e curtir com o Príncipe Cáspian...muuuiiito!” . Basta fechar os olhos e divagar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lágrimas de dor e de amor...


Quem nunca se debulhou em lágrimas vendo seu time em campo, disputando uma grande final? Ou, dentro do cinema, assistindo aquele filme cheio de drama e água com açúcar, tipo “vibe glicósica”, de dar inveja a qualquer diabético de plantão?? Quem nunca disse “nunca” e depois acabou se arrependendo, porque o “nunca” era a grande oportunidade de uma mudança para melhor? E, quem nunca soltou pum caminhando e disfarçando o cheiro no ar leve e solto da natureza ou, embaixo das cobertas, sacudindo bem alto para que o coitado se espalhasse pelo ar e ficasse esvoaçante entre o teto e sua cama? Tem alguém que nunca sorriu entre lágrimas por estar feliz, por estar nervoso, por estar triste mesmo ou, simplesmente, por ter lembranças? Acho que todo mundo já chorou por um pouco de tudo, independente de sexo; chorar, dizem por aí, lubrifica o canal da lágrima – aquele furinho minúsculo que fica na parte inferior do nosso olho e,  só se descobre seu paradeiro, quando resolvemos  prestar atenção aos pequenos detalhes de nosso corpo ou, quando não temos nada para fazer diante do espelho, a não ser observar que um seio é maior que o outro, que tem coisa sobrando na altura da cintura, que os cabelos brancos surgem como uma praga bíblica do dia para a noite – isso para as mulheres, claro. E, os meninos, o que observam?? Acho que os cabelos brancos e o tamanho da sua “identidade” – até porque, acho eu, como na TV, o espelho deve aumentar algumas coisas, em quilos e centímetros.....rsrsrsrrsrs. Mas, voltando às lágrimas, confesso que choro. Choro muito e, nesse ano que está acabando, chorei mais ainda: chorei por pessoas que se foram e que eu amava muito; chorei porque assisti a filmes que me emocionaram e me fizeram lembrar de coisas que vivi; chorei porque meu cachorro ficou dodói (mas, já está legal, ok??); chorei de raiva por coisas que presenciei, por injustiças que cometeram; chorei por mágoa, saudade, tristeza. Mas, as alegrias também me trouxeram lágrimas: minha família sempre disposta a cruzar obstáculos junta; pessoas novas que chegaram; meus sobrinhos crescendo e buscando caminhos saudáveis; aquela comédia deliciosa que sempre quero rever para, novamente, dar boas e novas gargalhadas; momentos de total descontração com pessoas que me fazem bem e me deixam pra cima. Enfim, acho que, como puns, as lágrimas foram feitas para serem enxotadas de nosso corpo; para aliviar o estress, dúvidas, medos, dores, sejam elas dores de barriga ou de amores.   

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Rio ou Lago




Estava observando o Guaíba e lembrei de que, agora, não é mais rio, é lago e, sinceramente, fiquei pensando em que isso muda a minha vida ou meu carinho por ele. Não é mais RIII-O é LAAA-GO. LAAA-GO Guaíba! Não ficou uma combinação legal; acho que RIII-O Guaíba tem uma melhor sintonia, mas, geograficamente (acho eu), tem que ser lago mesmo. E, observando isso, me pego com a seguinte dúvida: ser reconhecido, agora, como Lago terá alguma relevância na minha vida? O Pôr-do-Sol deixará de ser menos bonito ou brilhante? A sua margem deixará de ser menos contemplada, menos visitada? O chimarrão não será mais degustado com prazer por famílias que curtem nosso “litoral” sem ondas? Não vejo nada demais em continuar tratando o Guaíba com o nome carinhoso que sempre foi tratado e, totalmente conhecido, RIII-O GUAÍBA. E, quando ouço pessoas falando com orgulho desse montão de água que banha nossa cidade e que a diferencia de muitas outras, do privilégio de visão que poucos têm de alguns prédios concretados às suas margens, do relaxamento que sua calmaria causa aqueles que buscam por renovação de energia, faz com que tenhamos orgulho desse cartão postal de nossa cidade, tão amada e hospitaleira, e, não nos importemos que ele seja chamado de RIII-O ou LAAA-GO. O que importa é que ele continue lá, inundando nossos olhos com suas belezas naturais e enchendo nossa alma de orgulho e prazer.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ser Loira ou Ser "Normal"???



Hoje, fazendo meu caminho para o trabalho, vi uma moça, loira, magra, alta, toda chique, passar por mim e, claro, me surgiu o assunto para colocar no blog: ser loira ou ser saudável? Percebo que loiras fascinam os homens; parecem ter um mistério, um segredo que todos querem desvendar e, acho que o maior deles e querer saber se são “totalmente” loiras; já, para nós, a curiosidade é saber se são “realmente” loiras. Fiquei me imaginando loira: será que teria tido um destino diferente? Teria sido a disputada da escola? Teria sido Garota Verão, Miss RS, Miss Brasil? Será que teria casado com algum dono de emissora de TV, teria dois filhos lindos e perfeitos, que falariam inglês, teriam dupla cidadania, andariam impecáveis, cercados de seguranças e babás? Ou teria casado com um jogador de futebol, super famoso, viveria em baladas, revistas especializadas em celebridades, viraria musa do time e, depois de um tempo, iria viver no exterior, gastando em dólares e euros? Teria sido traída? São perguntas idiotas, porque, na verdade, não importa a cor do cabelo, o que importa, pelo menos teoricamente, é ser inteligente o suficiente para conseguir todo esse aparente “sucesso”. Disso tudo, me veio outra idéia – estúpida, claro – ser loira ou ser saudável? Gente, imagino que ser loira o tempo inteiro deve cansar; todo mundo olha, todo homem quer pegar; passar por cima do estigma de loira burra e provar para todos que os dois neurônios funcionam, deve ser muito desgastante; mas, ser loira de farmácia, deve cansar mais ainda, porque além de ter que passar por tudo isso que a loira natural passa, ainda precisa retocar a raiz do cabelo, sei lá, umas duas vezes por mês??? Mas, mesmo achando que tudo é bonitinho nesse mundo amarelinho, o que deve prevalecer é a igualdade entre loiras e morenas; as brincadeiras existem e, na maioria das vezes, maldosas e sem sutilezas, mas, as pessoas que são realmente inteligentes e têm senso de humor, entendem tudo que passam na mão dos invejosos de plantão e levam na esportiva o monte de bobagem que ouvem. Mas, mesmo depois de escrever tudo isso, ainda me pergunto: se existir, realmente, reencarnação: quero voltar loira ou saudável?? rsrsrsrsr...Brincadeirinha......E, um pouco de inveja das loiras desse mundão afora.    

Bola Murcha e Bola Cheia



No futebol, “bola murcha” é aquele que erra o gol quase dentro da goleira, que chuta o ar e deixa a bola plantada no chão; “bola cheia” é o que sabe tratar a bola com maestria, que a conduz ao gol de maneira suave, como se a tirasse para dançar, pois os pés têm uma sintonia com esse objeto redondo, que causa tanto furor e desejo na ala masculina. Mas, no cotidiano, no dia-a-dia corrido, atribulado de nossas loucas cidades, o que é ser “bola murcha” e o que é ser “bola cheia”? Fico me perguntando  e, incrivelmente, não se tem como medir isso, porque o futebol é algo que engole milhões de pares de olhos, ávidos por lances memoráveis, gols indescritíveis e vitórias (ou derrotas) emocionantes. Como usar esses termos com a pessoa comum, que trabalha suadamente para receber seu salário mensal? Não que os caras que joguem não suem, também; mas, incrivelmente, o salário da maioria deles é bem maior que o da maioria da população que ama futebol e venera seus ídolos. Então, como usar esses termos? Quem seria o bola murcha no dia-a-dia? Aquele que não quer nada com nada, que prefere enfiar a alma dentro de um copo de cachaça para esquecer os supostos problemas; aquele que prefere tirar o bem material do cidadão de bem, que batalhou para conquistá-lo; aquele que usa crianças e inocentes para satisfazer suas taras doentias; aquele que sente prazer em machucar animais? E, o bola cheia? O que passa 12 horas trabalhando e deixa a família em segundo plano? Aquele que sobe degraus na vida e esquece suas origens? O que estende a mão a alguém, mas, não deixa essa pessoa esquecer o gesto? Acho que, Graças a Deus, esses termos divertidos no futebol, não se encaixam dentro da nossa normalidade diária. Porque, a realidade é muito mais complicada; as relações diárias não são fáceis e muitas atitudes quase que não se consegue encontrar explicações. Vamos deixar os “bola murcha” e “bola cheia” dentro de um esporte que nos faz vibrar, que mexe com nosso coração e traz lágrimas aos nossos olhos. Fica mais divertido, cria uma competição saudável e nos faz esquecer um pouco da triste realidade fora das quatro linhas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Natureza X Sentimentos

Esse tempo anda maluco...de manhã, frio; a tarde, calor; a noite, um pouco de cada...isso, quando não despenca um temporal daqueles, que inunda ruas, despeja granizo e envia ventos de quase 100km e, claro, tudo pegando todo mundo desprevenidamente, sem guarda-chuvas ou sombrinha que resolvesse mesmo que estivesse dentro da bolsa. Enfim, essa loucura toda me cansa...literalmente! Antes,  conseguia ficar até tarde na internet, jogando feio maluca; assistia TV e o sono chegava lá pela 1hora, 1h30min, da manhã – agora, quando dá 23h, já estou com os olhos quase grudados de tanto sono. Mas, não é um sono normal; é um cansaço desmedido, aqueles que já levantamos nos arrastando e queremos que o dia acabe logo para voltarmos prá casa e, claro, prá cama....rsrsrsrs...Mas, não é só o tempo que anda doido; as pessoas também não andam muito pacientes, ultimamente e, isso, dentro do ambiente de trabalho, acaba acarretando uma descarga de energia tão negativa que nos afeta de maneira direta.   Me sinto como uma esponja, pois,  certas atitudes mesmo não sendo tomadas contra mim, me afetam, me deixam mal e, sem poder fazer nada, acabo deixando essa energia me pegar e fico mal, sufocada, chorosa e, é uma droga me sentir assim; o que gostaria, na verdade, era de que as pessoas fossem um pouco mais humanas em seus julgamentos, um pouco mais suaves em suas palavras e, claro, mais humildes em  suas atitudes. Como é difícil trabalhar com pessoas de pensamentos, educação e energia diferentes; tudo fica parecendo um “zoológico de emoções”, onde um humano-animal quer mostrar ao outro que pode mais, que é mais inteligente, mais afortunado, mais bonito, mais envolvente, enfim, no final das contas, acaba sendo o mais idiota e, para mim, o mais perdedor, porque com essa preocupação estúpida, acaba perdendo oportunidades de conviver melhor e criar um vínculo de família com colegas que o cercam e já fazem parte de sua vida, mesmo que isso não seja computado em seu micro-cérebro. E, quando chega dezembro, parece que tudo fica mais evidente e, depois de passar 11 meses ouvindo as mesmas besteiras, engolindo alguns sapos, deixando passar algumas piadinhas idiotas, e com tudo se acumulando todo esse tempo, quando o final do ano chega, qualquer olhar diferente é o estopim para uma batalha imaginada só nosso subconsciente, pois, para evitarmos mais estress, acabamos deixando isso para o final de uma lista de coisas desagradáveis e que nos incomodam. Como não brigamos, absorvemos e, absorvendo, bate o cansaço,uma queda em nossa energia interna, desânimo e vontade de ficar sozinhos; por isso, temos que extravasar nossos sentimentos negativos, não apenas caminhando, fazendo ginástica, exercitando o corpo; mas, exercitando nossa vontade de resolver o que nos incomoda, colocar nossos pensamentos em palavras, ocupar o lugar que merecemos e impor o respeito que desejamos. Certamente, não é fácil; mas, será muito mais saudável quando seguirmos nossas metas e, assim, as mudanças de clima não nos afetarão mais, estar perto de pessoas chatas e sem-noção não nos deixarão para baixo e, principalmente, a disposição será o carro-chefe de todas as nossas estações. Então, que o exercício do bem-estar se faça presente em cada um que, em algum momento desse ano, sentiu-se como eu e, não deixe pormenores estragarem seu dia-a-dia: não vale a pena. Boa Sorte!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paquera ou Assalto???

Quando resolvi criar um blog, fiquei pensando sobre o que escreveria e, depois do primeiro texto, os outros vieram de maneira natural e com assuntos variados. Hoje, com meu humor na escala 08, resolvi ir caminhando para o trabalho; fui no meu passinho de tartaruga, devagar e sempre, sem me preocupar em chegar suando ao trabalho; minha única preocupação era apenas curtir o caminho, sem nenhum tipo de incidente na jornada. No meio do caminho, vinha um homem na direção contrária a minha e, mesmo sem achá-lo interessante, me chamou a atenção porque vinha me olhando e, nosso sexto sentido acaba ficando aguçado, claro, para esse tipo de coisa. Eu olhei para ele e, quanto mais a distância encurtava, tive a certeza de que era para mim que ele olhava; no começo, fiquei lisonjeada: 07h30 da manhã, cabelos molhados do banho, calça jeans, camiseta, totalmente largadaça, sem nenhuma produção “pró-paquera” (quem vai imaginar ser paquerada nesse horário?? Se é que tem horário para isso...). Meu “id” e meu “ego” ficaram emocionados, fundiram-se de tanta alegria, afinal, eu já havia falado em um post anterior que não sei mais paquerar e, estou dizendo a verdade; não fiquei alegre por estar sendo paquerada, imagina....essa é a menor das minhas preocupações; achei legal, na verdade, “eu” ter percebido isso. Mas, voltando ao assunto, no começo achei interessante ser “interessante” para um cara naquele horário; mas, de repente, algo aconteceu dentro do meu cérebro e comecei a fantasiar sobre algumas coisas (nada de sexo animal com um total desconhecido, dentro de um elevador, parado em um andar qualquer....abafa...). Minha mente começou a enviar mensagens diretas, tipo “não é paquera, idiota...ele vai te assaltar.”; aí, tudo mudou de figura: fiquei encarando o coitado e, meus olhos devem ter passado essa mensagem para ele: “vai me assaltar? Pode vir, não tenho nada de importante dentro da bolsa; pode levar tudo, só deixa minha “marmitinha”, ok?”. E, meu olhar não era de medo, era de raiva, de ódio e, ele entendeu, sabe por quê? Passou por mim e, o olhar que antes me mirava com admiração, passou a ser de interrogação, como se me perguntasse: “o que mudou nessa louca?”. Passamos um pelo outro, sem mais nenhum olhar; eu grudada na minha bolsa com a marmita dentro e, ele, com o olhar em outra direção, com passos rápidos e decidido a ficar bem longe de mim. Depois da loucura toda, cheguei ao trabalho, fiz meu café e fiquei lembrando do ocorrido; comecei a escrever e tive a triste constatação de que, infelizmente, o medo – além de se tornar nosso primeiro “nome”, é nosso maior companheiro nesse mundo atual e, consequentemente, a solidão tornou-se nosso sobrenome. Com essa violência solta aí fora, fica difícil confiar em alguém e, acabamos nos enfiando dentro da falsa concha da segurança que é nosso interior; às vezes, por ter todo esse medo, acabamos deixando oportunidades legais passarem batidas por nós, sem ter a chance de experimentar algo novo. Mas, tudo bem, um dia tudo se ajeita e, se o nosso destino já é traçado, como dizem os entendidos do assunto, não preciso ter medo do meu destino, apenas do destino dos desconhecidos que me cercam.   

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mau Humor de Segunda-Feira...


Hoje, meu humor está na faixa dos 06 pontos – até que não é nada mal para uma segunda-feira que marca o início de uma semana sem feriado....sniff.....e, como fico um pouco mais observadora nesses momentos, fiquei observando a “vida” passar através dos vidros da lotação (que profundo...). Já olharam para os motoristas de ônibus, no meio do trânsito? Eu já – e, não foi só para tentar descobrir se encontraria algum gatinho atrás do volante, não; fico olhando e vejo cansaço, desânimo e, a maioria, parecendo querer que tudo aquilo se transforme em um paraíso, onde o refúgio dessa loucura toda seria o ideal. A paciência que precisam ter para agüentar passageiros incompreensivos, sinaleiras estragadas, azuizinhos metidos, corredores atopetados de outros ônibus e, pedestres que resolvem atravessar a avenida no meio de todo esse tumulto. O motorista tem que cuidar do pedestre que atravessa e, ainda por cima, avisá-lo de que pode continuar a travessia sem o risco de que um outro veículo o atropele.  Quando falam que os motoristas não respeitam a faixa de segurança, até concordo, mas, o pedestre é muito mais abusado: se o sinal está verde para os carros, não consegue ficar na calçada até trocar o sinal, se joga para a faixa e fica lá, todo nervosinho, quase que tendo os pés “beijados” pelos pneus dos carros que passam a centímetros de seus ricos dedões; e, se acontece algum acidente, a culpa é do motorista, claro; afinal, a máquina mortífera está nas mãos dele. Fico pensando que, se todos tentassem se entender, respeitar regras, a convivência seria muito mais fácil; menos acidentes e mortes ocorreriam. Resumindo: a culpa é de todos. Outra coisa que me chama a atenção é o jeito de vestir de algumas pessoas. Não tenho nada com isso, claro; cada um se veste do jeito que quiser, mas, tem certas coisas que não dá para não perceber e, nossa, fico abismada de ver a coragem de algumas mulheres em usar certo tipo de roupa. Quem disse que legging pode ser usada por todo o tipo de pessoa? Já viram como a legging fica transparente em alguns corpos? Os fios parecerem te olhar e pedir “socorro” e, a imagem que me chega ao cérebro é daqueles objetos de tortura de séculos e séculos atrás, onde colocavam um pobre coitado amarrado pelos pés e pelas mãos, bem separados e, ficavam puxando, até o pobre revelar o que nem imaginava saber. Outro dia, vi uma dessas legging e, fiquei com pena...consegui ver que a mulher que a usava estava com uma calcinha (muito, muito “inha” mesmo) vermelha...gente, a legging é preta, de um tecido grossinho, não tem como ver a cor da roupa íntima...então, o jeito é aumentar a força da legging para que todos os tamanhos de mulheres possam usá-las. O verão chegando e o exército das sem-noção fica cada vez maior e mais presente. Agora, todo mundo coloca o panção de fora, achando que está arrasando; o piercing, que era para enfeitar, acaba escondido dentro do umbigo; a mulherada, completamente celulitosa, puxa o shortinho do ano passado, que já não serve mais, e sai desfilando faceira, de ônibus em ônibus, e, começa o festival de horrores de mais um verão. Não estou aqui para julgar pessoas ou roupas; gostaria, apenas, que as mulheres aprendessem que, não é por andar com os seios pulando para fora das blusas, com as polpas da bunda de fora, com roupas provocantes dentro de um corpo que não sabe ser provocante (e, muitas vezes, não têm condições para isso) que vão agradar. Percebo, na minha total ignorância, claro, que as mulheres não se vestem para elas; elas se vestem para competir com as outras, para chamar mais atenção que as outras, para tentar ganhar mais homens que as outras. O pior de tudo, é que, com a onda de mulher-fruta que anda assolando nosso País, gordas, vulgares e metidas as subcelebridades (olhei no dicionário, se estiver errado, processem o autor...rsrsrsr) isso tudo parece ser natural e, infelizmente, atrai muitas seguidoras. Pena que ler, estudar e ser quem somos, não tem atrativo nenhum. Certamente, o País sairia ganhando muito com isso. Ok....é muita bobagem o que escrevi  aqui; não vai acrescentar nada na vida de ninguém, mas, eu precisava escrever sobre alguma coisa e, já que estou de mau humor, resolvi escrever sobre esses  dois temas que sempre me incomodaram muito. Se ofendi alguém, perdão. Mas, se mudar a atitude de outro alguém, maravilha. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Espírito de Natal

Porque, nessa época do ano, as pessoas começam a se mostrar um pouco mais sensíveis, mais amigas? Não consigo entender como usam o tal “espírito natalino”, o “clima de final de ano” para exercitarem coisas legais que poderiam ter feito durante o ano inteiro e, de repente, se estressado bem menos e chegado ao final de dezembro um pouco mais relaxadas, mais light, para curtir as tais festas junto com a família e/ou amigos. Sei que não é fácil atravessar um ano inteiro tentando sorrir o tempo todo, ser bonzinho, ser simpático, colocar as contas em dia, cuidar de pequenos detalhes que podem evitar enormes catástrofes econômicas (ao nosso bolso, claro); às vezes, é difícil ser educado, ser humilde, ser compreensivo com a dificuldade do outro, aceitar o erro – por mais simples que seja – e não criticar...Sim...É tudo muito difícil. Mas, se podemos nos “programar” para termos esse espírito do bem, a partir de novembro até o mês de dezembro, porque não nos conscientizarmos que, se esse tipo de atitude for uma realidade durante o ano inteiro, tudo pode ficar muito mais gostoso de ser vivido e, principalmente, será muito mais interessante conviver com nossa própria companhia. E, aceitando nossa companhia – cheia de manias e vontades, poderia ficar mais simples aceitar o próximo, conviver com ele em um ritmo mais sociável, menos desgastante. Já fui mais admiradora das festas natalinas; já curti decorar árvores, comprar enfeites, iluminar a frente da casa com aquela infinidade de luzinhas - cheias de desenhos estranhos quando acesas, já curti, também, comprar presentes, escolher o presente que era a “cara da mãe”, a “cara do pai”, dos sobrinhos, da irmã, do cunhado, das tias, primos, tios, etc.... Mas, isso, agora, está localizado em um lugar tão distante dentro do meu cérebro que, sinceramente, precisaria de um GPS para encontrar essa alegria que se esvaiu de mim, essa vontade que um dia existiu de curtir o Natal em família, de beber todas no Ano Novo, pulando em um pé só, enfiando sementes de romã dentro da carteira, de comer lentilha e ter esperança que o próximo ano seja melhor que o que está acabando. Acho legal quem ainda tem esse espírito, essa esperança...não desfaço de quem acredita, pois essa vontade de que o próximo ano venha com mais coisas positivas, com energia melhores e com um pouco mais de humanidade entre as pessoas, eu também já tive. E, não perdi nada disso porque deixei de ter esperanças, porque deixei de acreditar que tudo é possível...apenas, perdi o interesse, digamos, “comercial” por tudo isso... Na verdade, a esperança de um ano melhor está sempre dentro do meu coração; mas, quando alguém a quem amamos nos deixa nessa época do ano, tudo fica muito marcante, muito mais difícil de ser ultrapassado. Momentos legais que vivemos, vêm a nossa mente como uma película de cinema e, num safanão,  nossas lembranças tornam-se vivas, fazendo com quem já partiu se faça mais presente, aumentando a saudade e a vontade de voltar ao passado. Só que o presente é o aqui e o agora; então, o jeito é não perder nossa fé e, tentar passar as festas natalinas junto à família e, esperando que, o próximo ano, o espírito natalino se apresente a partir do primeiro dia do novo ano.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Jonas Brothers...Fui, Sim!!!

Fui no show dos Jonas Brothers, sim! Poderia dizer que fui para só acompanhar minha sobrinha, para que não corresse riscos voltando sozinha para casa – poderia dar muitas e variadas desculpas. Mas, optei por dizer a verdade: fui porque curto os guris, acho bem gostoso ouvir aquele rockezinho light e por ser um grupo que prega valores familiares muito legais. E, claro, porque – segundo minha sobrinha – sou VIP na Disney: assisto tudo, ainda mais que, nos finais-de-semana todas as séries que assisto durante a semana  repetem e, entre assistir a programação da TV aberta e a variedade infantil-adolescente da Disney, opto pela segunda, sem medo de errar. De repente, isso pode ter algo a ver com o que não tive na infância: uma profusão de programas onde posso escolher aquilo que mais me agrada, onde posso ouvir músicas e escolher a que me faz bem ao ouvido, onde posso me conectar com meus sobrinhos de idades variadas e com gostos meio parecidos com os meus. Juro que não é nenhum resgate frustrado de uma adulta que não teve todas essas chances na adolescência...até porque, fui uma adolescente meio abobada: brincava de boneca até os 15 anos....mas, isso não me impediu de amadurecer e, ainda assim, poder curtir isso agora, nessa fase muito, muito, muito, mas muito mesmo, mais madura. Sabe o que me fascina?  a energia que essas fãs despendem na idolatria por seus escolhidos. Tudo é incondicional. Tudo é imenso. Tudo é radical. O ídolo, mesmo totalmente distante, torna-se mais íntimo que o amigo mais íntimo; sabem tudo dele: o que come, o que gosta, o que lê, o que sonha. Acho bonita essa entrega, esse carinho com que os recebem e, no show dos Jonas vi isso, nitidamente. A idade é muito variada, mas, não vai dos 8 aos 80 – até porque alguém com 80 que tentasse dançar o primeiro acorde, ficaria totalmente travado; vai dos 8 aos 18, com uma paixão explícita no derramamento incessante  de lágrimas de emoção. Os olhos brilham tanto que as luzes do ginásio poderiam ser totalmente desligadas, trazendo uma grande economia de energia; as batidas do som dos corações parecem querer se sobrepor ao som da banda que tanto mexe com todas. Enfim, é uma “histeria coletiva” do bem e, mesmo com a diferença de idiomas, o amor consegue ultrapassar essa barreira e, nos faz perceber que não há limites para nada; os jovens são fiéis ao que amam -mesmo que esse amor tenha prazo de validade, se entregam, se doam totalmente, até o próximo ídolo nascer. Hoje, são os fãs determinados a conseguir um olhar que seja de seu ídolo; amanhã, terão a lembrança dessa fase de tietagem e, terão a certeza de que valeu a pena viver isso. Já fui tiete, já sonhei com meus ídolos. Hoje, acompanho uma tiete. E, mesmo não tendo mais idade para esse tipo de show (nem pernas, ombros, coluna...rsrsrsr), fui com minha sobrinha e, sinceramente, adorei estar ao lado dela, partilhando essa emoção que via saindo de seus olhos; foi lindo, pela primeira vez, ver a alegria dela ao ver e ouvir, ao vivo, seu ídolo, sua paixão.  Mesmo ficando completamente surda pela gritaria, cansada pelo tempo em pé, faria tudo  novamente. Nada disso importa, não há incômodo nenhum, quando temos a oportunidade de curtir bons momentos ao lado de quem amamos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Passar do Tempo....

Ás vezes – não só no silêncio da noite, fico pensando em como tudo está passando rápido; em como o tempo está correndo para algum lugar que não imagino onde seja e, me assusto um pouco com isso. O bebê de ontem, que engatinhava por tudo, que caía, machucava, chorava loucamente e, em segundos, já estava repetindo as mesmas façanhas que o levaram ao chão, tornou-se um adolescente cheio de sonhos e muita energia ou, um adulto, cheio de compromissos e muita vontade de realizar coisas, mesmo aquelas que sabe nunca se concretizarão. O tempo é cruel, não perdoa; mas, ao mesmo tempo, nos dá oportunidades, nos dá escolhas; nos faz olhar para trás e resolver alguns problemas, consertar algumas outras situações ou, nos faz olhar para a frente e desejar que o futuro seja bondoso com nosso próprio tempo e, claro, com nossas “rugas” do amadurecimento.  Ontem, era 01 de janeiro de 2010 – o ano recomeçava e, para variar, repleto de esperanças de coisas novas e boas, de mudanças positivas, de energias renovadas e redobradas; hoje, estamos em novembro de 2010 e, nada mudou; as crises continuam; quem tinha problemas em 2009, continua com os mesmos problemas em 2010 e, certamente, poucos conseguiram resolver alguns: quem era pobre continua pobre, quem era rico, possivelmente, ficou mais rico, ainda; quem era solteiro, de repente, casou; quem era casado, de repente, separou; enfim, poucas coisas mudam. Mas, o que muda, realmente, são apenas os números no calendário e, felizmente, não mudam nossos anseios, nossos sonhos não se acabam; nossa esperança de que o próximo novo ano seja de mudanças positivas continuará sempre existindo; nossa vontade de continuar tocando o barco da melhor maneira possível, estará sempre presente nesse novo dia-a-dia que está chegando. O tempo pode passar rápido; nosso tempo pode estar se esgotando; mas, não podemos permitir que nosso sonhos se apaguem porque o ponteiro do relógio corre mais rápido que nossas realizações. Temos que olhar para o horizonte e desejar que tudo se ajeite, mesmo que “eu fique ali sonhando acordada, juntando o antes, o agora e o depois”

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Votar ou Não...

Eu e meus colegas de trabalho, estávamos conversando sobre várias coisas e, acabamos falando sobre eleições e seus eleitos. E, ficamos pensando em como seria se cada novo chefe de Governo fosse, por lei, obrigado a deixar, após os 04 anos de seu reinado, um hospital, uma escola e um presídio construídos ou, se não conseguir acabar uma delas, seu sucessor a concluísse e, ainda dentro dessa mesma lei, começasse novas construções? Não seria tudo mais simples? O povo não ficaria mais gratificado e, com muito mais prazer iria às urnas?? Infelizmente, a realidade é outra e, mesmo que “eles” sejam os caras que deveriam nos prestar contas de seus atos, não estão nem aí para quem os colocou no poder; quando chegam no topo, esquecem suas origens, seus eleitores e, principalmente, aquela porção necessitada que precisa de água encanada, de um lar decente, com assistência médica e hospitalar e, claro, muita educação, de boa qualidade. Quando me perguntam se quero votar, minha resposta deve ser igual a de muitos outros brasileiros decepcionados com o andar de tudo nessa santa terra: não, não quero votar. Não quero ser obrigada a contribuir com essa pouca vergonha que se tornou nosso País, tão repleto de belezas naturais, de riquezas escondidas e de gente boa, decente, que só quer um pouco de feijão com arroz na hora da refeição, um transporte decente para ir ao trabalho, um salário que consiga manter a família, as contas da casa, a farmácia, a educação dos filhos. Não quero votar porque não tenho mais a ilusão de que o próximo vai fazer diferente, vai mudar um pouco essa minha visão embaçada do que está acontecendo; não quero votar porque não consigo acreditar nessa classe política que governa para si mesmo, para quem os rodeia e os enche de paparicos. Estou cansada de, a cada nova eleição, as “novas” mesmas promessas de sempre encherem meus ouvidos, os “novos” mesmos santinhos atapetarem as ruas da cidade. Não quero votar porque sei que o próximo governante vai mudar tudo o que o anterior fez; vai desmanchar as poucas boas coisas que outro possa ter deixado; vai acabar com programas que, mesmo com seus parcos trocados, ajudava uma minoria totalmente necessitada; vai iniciar novos projetos e, quando o povo estiver aceitando as mudanças, um novo chegará e tudo recomeçará do zero novamente. Estou cansada de querer acreditar! Estou cansada de ver a esperança nos olhos de quem precisa acreditar! Estou preocupada com o futuro dos filhos, dos sobrinhos, dos netos! Estou cansada de ir às urnas e nada resolver! Não quero mais votar, mas, a lei me obriga a isso. Então, votarei! Fazer o quê????

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Exploração X Grito de Gol



“Enquanto você grita gol, eles te exploram”....essa frase li em um prédio localizado na Avenida Farrapos e, fiquei tentando decifrá-la, tão cheia de significados para quem a escreveu. Quem não gosta de futebol não está sendo explorado, então, quem ama futebol, está??? É, na verdade, uma afirmação muito sem sentido, porque a exploração está à solta, em qualquer lugar em que estejamos, em qualquer atividade que estivermos desenvolvendo.  Somos explorados no valor da passagem de ônibus, porque o conforto não existe e, a superlotação é uma constante em nossas vidas; somos explorados quando todos os impostos que pagamos são direcionados para bem distante de seu objetivo; somos explorados na segurança inexistente, na educação ineficiente; enfim, somos explorados muito além do grito de gol, muito além da nossa vontade de mudar para ver se melhora; somos explorados quando compramos em 12x e achamos que um bom negócio foi feito, quando, na verdade, os juros estão lá, camuflados, sem que percebamos sua presença a cada parcela suadamente paga. Então, o que é ser explorado de verdade? Quando gritamos gol, colocamos para fora uma euforia sem igual, que vira quase um pranto de alegria porque o time de nosso coração marcou o gol tão esperado e, por isso, tão apaixonadamente festejado. Não podemos juntar “grito de gol” e “exploração” em uma mesma frase: uma parte, representa o amor intenso por um time que, mesmo quando nos traz tristeza, nos dá alegria por fazermos parte de sua história e, a outra parte, é exatamente o oposto de tudo o que batalhamos honestamente para ter e, depois de muitos votos equivocados, políticos com pouca vontade de exercer a verdadeira política para o povo, acabam criando mais e mais impostos para que o povo que os elegeu acabe afundando em impostos sem objetivos específicos, a não ser criando lucros para a própria conta.  Não me sinto explorada quando grito gol; ao contrário, me sinto viva, dona de mim mesma, me sinto conectada com o meu time do coração e projetando uma energia de amor e cumplicidade para que ele não entregue os pontos, não se deixe abater por derrotas insignificantes; enfim, que seja aquele guerreiro em quem sempre confiarei.  Me sinto explorada quando minha vontade não é ouvida e meu voto, na urna, desperdiçado, pois, quando comecei a votar, havia uma intensidade, uma esperança no novo governante, para que mudanças positivas se operassem no País e, hoje, depois de muitas e muitas eleições, o que vejo, são políticos que pensam egoisticamente em aumentar sua renda, em viajar mundo a fora sem trazer nada de proveitoso para nosso desenvolvimento e, principalmente,políticos que esquecem que, na verdade, são eles quem nos prestam seus serviços e, o certo, seria prestarem contas a nós, seus eleitores; mas, isso, fica só na teoria, como a maioria de tudo o que existe dentro das leis do País, onde o privilegiado será sempre aquele que detém o poder e, aquele que realmente precisa, que vá para a fila do SUS esperar pela próxima ficha de atendimento.     

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Onde anda a inocência.....





No feriado, estava sentada em frente a minha casa, descansando de não fazer nada e, fiquei impressionada com o diálogo que ouvi, de três crianças (duas meninas e um menino) – nenhuma das três com mais de 10 anos, que estavam sentadas na calçada. Uma disse para o garoto: “-ela disse que não gosta mais de ti”. O garoto, uma coisinha baixinha, magrinha, mas, já com aquele instinto masculino de não ser deixado de lado por mulher nenhuma – por menos idade que a mesma tenha, respondeu muito ofendido: “eu que não gosto mais dela; prá mim, ela é lixo.” – perceberam o quão adulta foi essa declaração? A menina para não se rebaixar, entrou na conversa e defendeu seu lado, claro: “lixo é tua mãe” e, a baixaria começou – acreditem, ficou pior. Xingamento para cá, xingamento para lá e, eu, só observando, imaginando onde havia ficado a inocência dessa infância tão sexualizada, tão bombardeada por uma realidade violenta, onde fazer sexo com o primeiro que aparece é natural, ter filho aos 13, 14 anos, é normal e matar por matar é corriqueiro. Fiquei lembrando de quando eu tinha 10 anos e me reunia com os primos, jogava futebol, corria para cima e para baixo sem medo de levar bala perdida, subia em árvore para pegar ameixa – aquela amarelinha, doce ou azedinha, mas, que deixou um gosto de uma infância repleta de amor, tranqüilidade e momentos inesquecíveis. Com 14 anos, era completamente abostada para os padrões atuais, pois – podem rir, se quiser - ainda brincava de boneca, fazia batizados com Ki Suco e bolacha Maria, brincava de chacrete, enfim, apesar de parecer tudo meio idiota, era muito divertido e, sinceramente, não trocaria toda essa adolescência problemática atual pelos momentos de simplicidade e harmonia que existiam nesses verdadeiros momentos de relaxamento e lazer. Hoje em dia, se um não quer acompanhar a brincadeira do outro, já leva uma surra; se uma palavra não é bem entendida, já desfilam uma lista de palavrões que, muitas vezes, eu nunca ouvi e nem sei o que significam; se não emprestam a bola, são capazes de furá-la para vingar o momento perdido do futebol da rua. Então, fico pensando: onde está a infância que sonhamos para nossos filhos, sobrinhos, netos? Será que é essa loucura toda que aguarda essas crianças que têm nosso sangue correndo em suas veias? Será que essa violência constante será, também, parte do futuro deles? É horrível estar sempre em alerta, estar sempre de cabelo em pé, com medo do que possa acontecer com alguém próximo a nós...Mas, a única coisa que ainda não nos tiraram, é a nossa fé e, é nela que nos agarramos para continuar acreditando que esse mundo ainda tem solução. Mesmo para essas crianças que parecem já ter se perdido. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Divagando pelo Caminho



Já comentei que adoro caminhar observando tudo ao meu redor e, claro, analisar algumas coisas, mesmo que isso não tenha nenhuma relevância na vida de alguém...rsrsrsr... Mas, quando entro na lotação, indo para o trabalho ou voltando para a segurança do meu lar, penso, também e, fico imaginando situações, em coisas que muita gente também deve pensar...eu acho, né???  Tem uma coisa que fica matutando na minha cabeça quando assisto a alguns comerciais de televisão: os atores/atrizes experimentam os produtos que anunciam? Será que tomam aquelas pílulas milagrosas para emagrecer? E os shampoos/xampus – eles usam mesmo? Porque aqueles cabelos maravilhosos não são fruto dos produtos que aparecem na TV....já caí nessa e meu cabelo não fica perfeito depois de um vendaval-teste em frente a um ventilador (não tão potente, claro...).   E, ficar olhando pessoas que nunca vimos antes e, imaginar como ficariam sem roupa ou transando com seus maridos e esposas? Calma, não é nenhuma tara minha, é que aparecem umas pessoas tão estranhas, com as caras fechadas que, sinceramente, não dá para deixar de ter esse tipo de pensamento. Mas, é tudo jogo rápido: o pensamento chega e, quando a cena começa a tomar forma na minha cabeça, eu me chamo à realidade e deixo os coitados curtirem sua sexualidade da melhor maneira que quiserem, mesmo que totalmente sem sal...E, quando lembro daquela questão fatídica, que assusta a toda solteira convicta (???)e, que muita gente adora fazer: porque não casou? Porque arrumou um cachorro e não um marido? Perguntinhas ordinárias, né? Mas, sinceramente, antes eu ficava chateada, pois minhas amigas casaram, tiveram filhos; as mulheres da minha família casaram e tiveram filhos; minhas colegas casaram e tiveram filhos e, eu me achava meio fora do grupo, pois não entendia nada da vida a dois, não tinha filhos e, não sabia o que era ter que dividir despesas, tarefas e tempo com outra pessoa que não eu mesma. Só que, com a chegada da maturidade, percebi que nada disso me faria o que sou e, me vi aceitando perfeitamente a condição de uma mulher solteira, que gosta de usar o tempo livre do jeito que quiser; que vai e volta quando quer, sem ter que dar satisfações a ninguém;  enfim, uma mulher que pode fazer do seu cachorrinho de estimação o companheiro perfeito e, conseguir conviver com sua solteirice de forma tranqüila e saudável. Bem, são essas algumas das coisas que costumo vir matutando nas viagens diárias que faço e, logo depois, completamente esquecidas; aliás, estou escrevendo isso, porque anotei quando vinha  para casa e, vou ser sincera, tem que ser assim: pensou, anota, senão a coisa toda acaba no esquecimento e um branco total toma conta do meu pequeno – mas eficiente - cérebro.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comer...Rezar...Amar...Descobrir-se


Comer,  Rezar, Amar......três palavras que, separadas, podem nos levar a um mundo de novas descobertas, conhecimentos variados de nós mesmos. O filme é isso: a autora tentando encontrar  o real motivo para estar aqui, fazer parte desse universo louco onde vivemos atrelados a muitas regras, como casar e ser feliz para sempre, ter uma casa para cuidar, um marido para satisfazer.  E, mesmo tendo tudo isso, ainda faltava algo em sua vida: a aventura de poder  ir, sem ter  endereço certo, sem saber quando voltar, desfrutando de sua própria companhia, conhecendo pessoas novas e com boa energia. Na primeira parada, a Itália, a comilança correu solta, sem culpas, sem medo de exagerar nos pedaços de pizza ou pratos de massa, absorvendo os sabores, os cheiros, enfim, tudo aquilo que a Itália sempre representou, do ponto de vista turístico, claro: um mar de pessoas que falam com gestos, que colocam seu lazer em primeiro lugar, que amam sem reservas, que tentam descobrir uma palavra que os defina.  Nessa parte do filme, juro que cheguei  a sentir o sabor daquela pizza e o cheiro de um prataço de massa que Julia Roberts detonou com um grande sorriso - naquele bocão que causa inveja a muitas mulheres (eu me incluo também) e é o desejo de 99,99% da população masculina; senti o paladar daquele monte de vinho que sorveram e eu, olhando o filme e me imaginando lá (em um futuro não tão próximo, acho), me enchendo de taças e taças desse néctar que, certamente, me faria sentir a Itália em toda sua imponência e explorar tudo, sem restrições ou receio do novo, do desconhecido.   Quando foi para a Índia, o panorama mudou totalmente, pois, em busca de um retiro onde descobrisse o que realmente buscava - encontrar-se, ela se afastou e tentou, através da meditação, uma resposta para suas dúvidas e, para mim, foi a parte mais difícil e um pouco massante, assim, como no livro, só que bem mais reduzido, claro. Mas, com o trabalho voluntário, ao lado de pessoas do mundo inteiro e completamente diferentes dela, mesmo que a meditação não tenha funcionado do jeito que imaginou,  descobriu que ela era uma extensão de algo muito maior, quase que divino e, com calma e muito decidida, resolveu que era hora de partir. E, em Bali, tudo mudou: da paisagem ao estado de espírito e,  se todos tivéssemos a chance de fazer uma jornada assim, escolher os lugares onde gostaríamos de estar sozinhos com todos os nossos medos e dúvidas, a vida seria, além de mais fácil de ser aceita, muito mais divertida e com escolhas simples. Mas, em Bali, ela descobriu que toda a jornada se resumia a aceitar que o que buscava, na verdade, era encontrar o amor, não aquele amor que se junta os trapinhos e a cabana no meio do mato serve de abrigo, não! Encontrou o amor que queria as mesmas coisas que ela: a liberdade de ir e vir e o outro entender; a vontade de ficar em qualquer lugar que o outro estivesse; descobriu que amar não é se prender a regras que a sociedade impõe, mas, criar suas próprias regras e viver uma relação sem pressões ou cobranças. Descobriu que podia ser ela mesma ao lado de alguém que a enxergava exatamente como era. Comer, Rezar, Amar... três palavras separadas que, em uma longa jornada, fizeram alguém se encontrar, descobrir prazeres e aceitar o novo, com um pouco de resistência, mas, no final dessa mesma jornada, com a certeza de que tudo o que buscamos estará sempre dentro de nós, não importa o local onde buscarmos.    

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Realidade X MSN




Vinha calmamente caminhando para o trabalho, num exercício gostoso de observar as coisas a minha volta, pensando no que escrever para o meu blog e, comecei a pensar na minha vida amorosa. Na verdade, nunca tive uma vida amorosa e nunca fui namoradeira. Sempre fui muito na minha, tímida, até e, o que vou colocar aqui, não me envergonha nenhum pouco, é tudo verdade, faz parte da minha história. Comecei a namorar tarde para os padrões da sociedade – com 25 anos e, digo com toda a certeza, comecei com o pé esquerdo. Mas, claro que na época eu achava tudo muito divino, muito bonito e, consegui viver nessa enganação por longos, longos, longos, 05 anos. Só que, quando o destino resolve que o teu caminho já está traçado e, nem com o teu livre arbítrio tu vai mudar isso, não adianta: é como o destino quer, as coisas entram nos eixos, tudo vai para os lugares certos. E, comigo, não foi diferente: não era aquela relação de 05 anos que comandaria meu, digamos, “destino amoroso”; quando esta relação estava abaixo da linha crítica de onde um relacionamento que nunca funcionou bem pode chegar, uma luz se abriu e, de repente, meu coração começou de verdade a palpitar. Descobri que um homem pode ser gentil, educado, um verdadeiro amante e, também, charmoso e sexy, daqueles que exalam “sexura” por todos os lados, até sem fazer nada ele consegue ser visto, desejado e, como a tia aqui não é de ferro, caiu como uma pata. Entrei com tudo, atolei até o último fio de cabelo em algo que eu achava que era especial e, depois de tanto comer “feijão com arroz”, enfiar a boca naquele pratão de “salmão” era a glória pura da culinária romântica. Só que, mesmo que todas as vias tenham dois lados, as minhas - por obra desse destino que quer me mostrar algo que ainda não descobri o que é, tem um lado só: o meu. Só eu me encanto, só eu me apaixono, só eu me entrego, só eu sofro, enfim, só eu sinto as tais borboletas na boca do estômago (o meu deve ter boca, nariz e olhos, porque me jogo com tudo). E, lá se foram mais uns bons pares de anos – não vou citar o quanto, porque a situação vai ficar mais caótica que a primeira e, sinceramente, vou me sentir meio idiota por ter deixado a coisa rolar por tanto tempo.  E, de repente, em meio a vários altos e baixos, me apresentaram o MSN, três letrinhas mágicas, que me levariam a conhecer muita gente, que me mostrariam que existiam outras pessoas interessantes e “conhecíveis”; mesmo que eu tenha resolvido que MSN significasse “Muito Sem Noção”, resolvi encarar o bicho e aprendi a usar a ferramenta. Gente, conheci cada figura: tinha aquele que dizia ter 1,80cm e quando conhecia, não tinha mais de 1,60cm (isso, sendo muito otimista,ok?); tinha o que dizia ter tido muitas relações e não sabia porque nenhuma havia dado certo, mas, quando no final do primeiro encontro, ele planejava teu próximo final de semana, na casa dele, ajudando a cuidar do cão dele, fazer comidinha caseira para ele, dava para entender sem problema nenhum porque estava sozinho. Havia o gostosão, alto, bonito, simpático, cheio de gás, mas, que não me inspirou nada...sabe o que é um cara desses não inspirar nada? E, descobri que, realmente, tem que ter química e, nós funcionávamos só no MSN, frente a frente, não rolava nada; tem o cara que, num primeiro olhar, não se dá nada por ele, mas, depois de um tempinho, já consegue imaginá-lo como um possível namorado e, depois de estar quase aceitando isso, descobre que ele quer ficar contigo, mas, na condição de “ficante” mesmo, sem compromisso....aí, não dá....tô fora.....Tem o estrangeiro, que mora lá do outro lado do oceano e relata que adoraria ter uma noite de amor maravilhosa contigo, cheio de detalhes picantes,  desde que a mãe dele nos surpreendesse.....isso é doença, não é?? Desse nem me despedi...bloqueei direto.... O outro estrangeiro, resolveu que tinha que controlar de quem eu ficava amiga, que tatuagem não é algo legal (tenho 02) e que eu teria que viver só para ele...me poupe.....tchau!!! Quando mulheres da minha idade estão há muito tempo sem alguém (mesmo que na clandestinidade), passamos a imagem de que somos exigentes, cheias de frescuras, que é impossível não ter achado um homem que satisfaça nossos desejos; mas, na verdade, não exigimos nada demais, queremos alguém que esteja pronto para nós, alguém que esteja disposto a estar ao nosso lado, mesmo que em casas separadas; queremos alguém que doe um pouco do seu tempo para o cinema a dois, para o café no meio da tarde, para um filminho no DVD, para assistir a um jogo de futebol tomando uma cervejinha e discutindo alguns lances (não fico só olhando pernas ou bumbum dos jogadores, ok?). Viu, se isso for ser exigente, então, não sei o que significa ser acessível ou estar pronta para o amor.  Foi ótimo escrever tudo isso, foi como uma terapia colocar para fora essas poucas coisas, mas, que, me deixaram mais leve e, ao reler, percebi que não tenho culpa de estar sozinha, o culpado são eles por não me querer ao seu lado.     

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Papo não tão "cabeça"...



Em um papo descontraído com amigas, o assunto era o clima carregado no trabalho, as dificuldades de levantar pela manhã e ter que ir para o local, encarar alguns tipos que nos fazem querer voltar correndo para dentro de casa, para a segurança de nosso lar; enfim, o blábláblá de sempre que, em um grupo de pessoas com pensamentos e personalidades diferentes, mas, divertidas, acaba virando uma grande piada. Uma delas disse que, mesmo estando a tão pouco no trabalho, já sentia essa pressão e a falta de vontade de levantar de manhã; a outra, comentou que já havia avisado a algumas pessoas que tinha uma listinha de nomes e que tinha largado em algum lugar, então, que cada um cuidasse da sua vida e deixassem ela em paz e, assim, o papo foi se desenrolando. Mas, como não pode deixar de ser, uma coisa leva a outra e assuntos acabam se misturando; esta última, comentou que estava estressada, que não queria mais trabalhar, que estava com a paciência por um fio, então, sabiamente, a aconselhamos a comprar um vibrador.....é,um vibrador, potente, de preferência com música, para que o estresse acabasse dançando e o prazer fosse muito mais musical do que sexual....claro, as gargalhadas correram soltas. Então, me fazendo de ofendida, resolvi que minha situação estava pior e resolvi soltar o verbo: tô sem grana, meu cachorro é manco, não me depilo há um ano, não transo há quase 03 e, se o Obama procurar pelo Bin Laden no Brasil, podem dizer que ele está morando dentro das minhas calçolas.....Pronto, falei...abri meu coração. Todas me olharam com cara de pena, mas, de repente, começamos a rir e, não acreditaram no que falei; só que, falei a verdade, não menti ou omiti nenhum detalhe. Estou colocando tudo aqui, porque sempre existe a crença de que ficar sem sexo por muito tempo, faz a mulherada subir pelas paredes – para mim, só o que sobe nas paredes são lagartixas, baratas, insetos; ou que, ficar sem sexo, faz a cara ficar amarrada, o mau humor ser nosso carro-chefe. Tudo mentira. O que me deixa de mau humor é falta de grana, engarrafamento, gente fedorenta do meu lado, calçada esburacada, gente com guarda-chuva aberto embaixo de marquises, lotação com excesso de gente, político aparecendo só em época de eleição, gente mal humorada de manhã cedo – como conseguem “acordar”de mal humor???, ter que votar na obrigação mesmo não acreditando em nenhum candidato e, muitas outras coisas que me irritam e, só mais uma que vou colocar aqui: cabelo branco. Isso me deixa doida. A sociedade resolveu que homem grisalho é charmoso, sexy, sensual e, mulher grisalha, é avó, beata ou, relaxada mesmo (acho que essa é primeira opção, na verdade). Pior é achar cabelo branco nas partes baixas. Aí, sim.....não dá para comentar, pois se parar para pensar, o jeito é entregar os pontos.       

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Feitiço

Em um bosque, havia uma linda casa onde vivia uma senhora chamada Esperança, muito boa para todos os que a conheciam e, muito gentil para quem passava por lá e precisava de uma noite de sono e uma suculenta refeição. Numa bela manhã de sol.....

- Bom dia! Tem alguém em casa? – perguntou um simpático velhinho, de barbas longas e brancas e olhos muito espertos, conhecido como Senhor Forks.

Sem resposta. Silêncio total. Ele entra na casa – pois a porta estava sempre aberta para receber quem ali chegasse – e vê alguém em frente à janela, fechando as cortinas, estranhando a casa tão sombria e triste. Pensando ser a dona da casa, aproxima-se e toma um susto: uma bruxa horrível sorri para ele e diz:

- Sim, tem gente, seu Panaca! E, um som estridente sai de sua garganta, uma risada capaz de ensurdecer que a ouvisse.

Senhor Forks, com tamanha surpresa, consegue sair correndo para pedir ajuda e encontra um empregado da Senhora Esperança, que cuida da horta, jardim e galinheiro e, que carinhosamente, é chamado de Zóio por ela – pois, ele tem olhos grandes demais para seu pequeno rosto - pega o homenzinho pelo braço e, enquanto se afastam, o velhinho consegue contar o que aconteceu. Depois de conversarem, decidem voltar à casa e, desta vez, o empregado entra silenciosamente. Mas, a bruxa está alerta:

- Procurando alguma coisa, xereta?? – E, toca no braço dele.

- Aaaahhh! Não encosta, sua melecona verde....Onde está a dona da casa? – O coitado tremia de pavor.

- Calma, meu chuchuzinho.....vamos tomar um chá e conversar, nos conhecer melhor, certo??

- Onde está a Senhora Esperança? – Agora, sua voz saiu com um pouco mais de coragem.

- Se não parar de perguntar, nunca mais verá a “sua” Esperança, entendeu?

Para tentar enganar a bruxa, ele finge que concorda com o que ela propõe.

- Tudo bem, entendi – Sentam e tomam chá.

Enquanto tomam chá, o velhinho está na cozinha, espiando, bem escondido, esperando uma oportunidade para procurar pela casa.

- Bem, depois deste chá gostoso, que tal uma volta no bosque?

- Para quê? É lá que está minha patroa?

- Patroa, patroa. Que droga! Só sabe falar naquela coisa branca, estúpida e horrorosa, que não serve para nada. – Diz a bruxa, furiosa.

- Por favor, diga o que fez com ela? Ela é uma boa pessoa, nunca fez mal à ninguém.

- Não me interessa! Não gosto de gente bondosa, de gente que vê tudo azul todos os dias, de pássaros que cantam, cachorros que latem; enfim, não gosto de coisas que fazem bem. Não gosto de gente como vocês. Gente como vocês, estragam minha floresta, matam minhas ervas, afugentam meus bichos peçonhentos.

Senhor Forks, indignado, não consegue segurar sua raiva e entra na sala, deixando a segurança de seu esconderijo e, grita para a bruxa:

- O que fez com ela?

A bruxa se refaz do susto e grita:

- Mas, o que é isso? Como ousam invadir minha casa? – Grita ela.

Com tamanha fúria, os dois se encolhem, assustados. A bruxa se aproxima, olha bem dentro dos olhos dos dois, pensa um pouco e diz:

- Muito bem. Vocês querem a tal senhora? Ok. Fechem os olhos e se concentrem. Zum, Zum, Zara, Zara. Quero ter uma outra cara! Pronto. Podem olhar.

Os dois abrem os olhos aos poucos e, quase desmaiam de susto com o que está a sua frente.

- Mas, mas...é a senhora mesmo? – dizem os dois ao mesmo tempo, como se tivessem ensaiado a pergunta.

- Não, estúpidos! É uma perereca perneta. Claro que sou eu.

Não muito convencidos, resolvem desafiar a mulher:

-  Então, só para ter certeza, qual o seu prato favorito? – diz Zóio, todo desconfiado.

- O quê? Estão duvidando de mim?

O velho responde, suavemente.

- Não, nada disso. Só queremos ter certeza de que é a Senhora mesmo.

- Hummmm.....ok...meu prato favorito é, deixa eu ver..hummmm...é...é...ah, já sei: pernas de aranha com rabo de lagartixa e língua de sapo com molho de suco de jacaré. Ah, ah, ah!!!!

- É a bruxa disfarçada – diz Senhor Forks.

- Bem, cansei de papo furado. Vou deitar um pouco e vocês dois sumam daqui, antes que eu resolva ser muito má e prender os dois comigo, também.

Sem esperar pelo final da frase, os dois saem em disparada e, se afastam rapidamente da casa. Sentam para respirar e Zóio, diz:

- O que ela quis dizer com “prender a gente também”?

- Não sei, mas, percebi que ela carrega uma pequena garrafa pendurada na cintura. O que será que tem lá dentro? – diz o velhinho.

- Vamos descobrir – diz um quase corajoso Zóio.

Então, depois de algum tempo,os dois retornam novamente à casa e, pé ante pé, vão direto ao quarto da Senhora. A bruxa roncava, resmungava e babava. O cheiro de ”pum” era insuportável. A garrafa amarrada na cintura, pendurada por uma corda e caindo para um lado da cama, estava quase encostando no chão. Zóio chegou bem perto, cortou a corda e correu com Senhor Forks para a cozinha.

Colocaram a garrafa na mesa e tiraram a tampa e, de dentro, começou a sair uma luz forte, uma fumaça colorida e um cheiro de flores e mel, que os leva flutuando até o quarto, novamente. Na cama, está a Senhora Esperança, assustada, deitada no lugar onde a bruxa havia estado antes.

- Que bom que a Senhora voltou! – diz Zóio, todo feliz.

- Tive um sonho horrível; eu era verde, muito velha e fedorenta. Espera aí, como assim, voltei? Voltei da onde?

- É uma longa estória.....depois contamos – diz o velho.

De repente, ouvem um grito vindo da cozinha e correm para ver o que é. Na mesa, a luz da garrafa começa a escurecer, sentem um cheiro ruim e ouvem uma risada nojenta da bruxa. Não. Não era riso, era choro. A bruxa chorava de raiva, enquanto era sugada para dentro da garrafa e dizia, furiosa:

- Vocês me pagam...eu voltarei....

O velho correu e colocou a tampa na garrafa, trancando a bruxa para sempre. E, a casa voltou a ficar iluminada, provando que quando existe amizade e pureza, tudo é mais simples e melhor.


PS.: Dei uma melhorada na estória, porque, quando a escrevi, em 1999, ela foi feita para 04 fantoches que havia comprado para minha sobrinha e, nos divertíamos encenando com se fosse uma peça de teatro. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Desânimo....Fora....

Meus dias de descanso estão chegando ao final e, sinceramente, estou completamente chateada.....não é pelo trabalho – que, por sinal, não tem nada de desagradável, mas, é o ambiente que anda carregado, cheio de energias pesadas, que acabam nos colocando para baixo. E, para ajudar, uma grande amiga perdeu a mãe....esse ano está sendo cruel em matéria de perdas e, o pior de tudo, é que são pessoas muito próximas, por quem nutria grande carinho. Só espero que minha amiga encontre coragem para enfrentar esse momento que, é óbvio, é um dos piores pelos quais temos que passar. Eu não ando legal. E, segundo minha prima,  essa falta de vontade de voltar ao local de trabalho, é porque, “psicologicamente”,  já estou aposentada....rsrsrsrsr...... Mas, em agosto de 2011 fecho 30 anos, só não terei  idade para me aposentar, então, depois do meu aniversário em abril de 2012, poderei  sair. Só que, como em dezembro de 2012 o mundo acabará – segunda as previsões maias – poderei curtir apenas alguns meses de “aposentada”, ou seja, do final de abril de 2012 a novembro de 2012, porque, em dezembro, será o mês de meditações, de expiar culpas e pecados realizados nesse mundo terreno, de visitar alguns parentes (que, provavelmente, sucumbirão também, mas, por possuir níveis diferentes de energia, não nos encontraremos do outro lado), de cometer algumas loucuras desejadas, mas, por falta de coragem, não realizadas. Vejamos: colocar a bunda para fora de um carro em movimento; tomar um “porrão” e sair semi-nua pela rua (nua inteira, do jeito que estou, seria uma afronta a saúde ambiental....acreditem....rsrsrsrsr); ficar mais de hora confessando pecados que não cometi só para ver a reação do padre e, claro, escolher uma igreja onde o padre seja um gato; invadir o vestiário do Grêmio e ver o que rola por lá; comer muito MacBacon, sentindo aquela gordureba entrando no meu organismo, sem culpa, sem medo do colesterol explodir na minha cara – afinal, a partir de em 21 de dezembro de 2012, isso deixará de ter importância. Fazer compras, muitas compras – no super, nas lojas, nas pets, farmácias....enfim, estourar o cartão, a conta bancária, jogar dinheiro no ralo, como se diz; dar uma de penetra em uma festa chique para sentir o gosto da “riqueza” e, outras coisas que, aos poucos vou lembrando e colocarei, possivelmente, em outro post (se eu lembrar, ok???). Mas, deixando a brincadeira de lado, quando as pessoas ao nosso redor começam a partir, parece que pedacinhos vão sendo retirados de nós; algo, aos poucos, vai se apagando e parece que as perdas nos rodeiam, espreitam nossos entes queridos, esperando só apontar o dedo para o próximo que nos deixará. Esse tipo de pensamento, esse tipo de receio,  claro, é normal; afinal, mesmo sabendo que a vida é isso, não nos acostumamos a dizer adeus, a ficar  longe de quem amamos, sabendo que essa pessoa só estará presente em nossos corações e em nossa lembrança. E, nos resta, apenas, conviver com essa saudade, tentando convencer a nós mesmos que fizemos tudo o que podíamos, tudo o que estava ao nosso alcance, quando essa pessoa estava fisicamente ao nosso lado e, orar para que encontre paz e luz no plano em que estiver . Quanto a estar chateada por ter que voltar ao trabalho, isso é normal, também....claro que, desta vez, a relutância em voltar está maior, mais encravada no meu pensamento, mas, tenho que reagir e, se encher a paciência, é só pedir férias, dar um “até daqui 30 dias” e deixar a vida seguir seu curso. Afinal, não sou bosta de qualquer bicho para me deixar pisotear pela apatia.....Para cima....Sempre!!!!!