sábado, 31 de julho de 2010

O Gambá apaixonado

O Gambá vivia fugindo do banho e, quando alguém tentava pegá-lo à força, ele levantava o rabo, mirava e, pobre vítima, levava uma bela e fedorenta esguichada do mais puro e fedorento xixi gambalês.
A fama dele ia longe e, no zoológico onde vivia, ninguém se atrevia a chegar perto ou mesmo contrariá-lo. Todos os animais do zoo o achavam antipático e irritante e gostariam que isso mudasse, para a harmonia ser completa.
E, de tanto desejarem, não é que acabou acontecendo algo com o Gambá? Bem, vamos ver o que aconteceu.
Num belo dia de sol, com uma bela tarde para fazer pic-nic e bons momentos para receber visita da garotada que adorava ver todos os animais do zoológico, as jaulas estavam sempre repletas; mas, uma delas ficava quase sempre sem nenhuma visita. E, adivinhem que não recebia visitas? Claro, o Gambá.
Mas, como já foi dito antes, naquele dia tudo foi diferente ...
Em frente a “moradia” do Gambá estava um menino, com algo enrolado em seu casaco, olhando fixamente para ele. O Gambá, sempre mal-educado, foi até a grade e perguntou para o garoto:
- O que você está olhando?
- Eu? Nada. – respondeu o menino.
- Então, vai andando; vai andando – falou o mal humorado Gambá.
O menino não arredou pé. Olhou feio para o Gambá e disse:
- Puxa, você além de fedorento, é muito mal-educado, também. Eu trouxe algo para você, mas acho que vou levar de volta.
O Gambá, que de bobo nada tinha, ficou interessado em saber o que era. E, resolveu mudar o tratamento rude para algo mais sociável.
- Olhe, desculpe. É que hoje não estou muito bem. Eu me sinto só; essa bicharada vive me gozando; o tratador querendo me enfiar na água todos os dias; essa criançada sempre jogando amendoim para mim como se eu fosse um elefante. É muito difícil ser um gambá solitário e sem amigos.
O garoto ficou pensando no que ele disse e sentiu um pouco de pena do bichinho.
- Tudo bem! Acho que sei como se sente. Eu também não gosto muito de banho, mas tomo todos os dias para não levar bronca da minha mãe; e, tenho poucos amigos, também.
- Bem, já que nos entendemos, o que você tem para mim? – perguntou o malandro Gambá.
- Malandro, você hein? Olhe, achei quando vinha para cá. Estava assustada. Enrolei-a no casaco e vim direto para sua casa. Veja que linda?
O menino abriu o casaco e, lá de dentro, surgiu uma linda gambazinha, com enormes olhos pretos. Quando o Gambá viu aquela coisinha fofa, seu coração bateu tão forte como o som de mil tambores.
O que vocês acham que aconteceu? O menino ficou amigo do Gambá que, por sua vez, apaixonou-se pela gambazinha. Os dois casaram e todos os bichos do zoo levaram presentes e fizeram uma festança. Agora, o Gambá era todo sorrisos e, nunca mais fugiu do banho ou foi mal-educado com alguém.
Ah! E o menino? Bem, o menino arrumou muitos amiguinhos, também; pois, o Gambá contou a todos que ele tinha lhe apresentado sua linda companheira e que lhe seria sempre grato por tanta felicidade.

O cãozinho gago

Dog era um cãozinho lindo, cor de caramelo, todo peludinho. Uma fofura! Mas, ficava muito só, pois não conseguia encontrar um amigo verdadeiro para conversar. Bem que ele tentava, mas Dog era um cãozinho gago e todos riam muito dele quando começava a falar.
Um dia, Dog encontrou Lily, uma cachorrinha muito faceira e bonita, que morava num bairro próximo, mas nunca haviam se aproximado um do outro. Todos os cachorros da redondeza “babavam” por ela; mas, muito orgulhosa, não dava a mínima para ninguém.
Dog percebeu que Lily olhava para ele com muito interesse e, todo nervoso, ficou sem jeito, sem saber para onde olhar ou o que fazer com as orelhas, que insistiam em trair seu nervosismo ficando de pé. A cachorrinha percebendo o efeito que causava, resolveu aproximar-se dele.
- Olá, meu nome é Lily! E o seu?
Dog, nervoso, respondeu:
- É, é, é Do-Do-Dog.
- Hum, que nome bonito. Mas, não precisa ficar nervoso. - disse ela.
- Eu, eu nã, nãão es-es-estou ner-nervo-vo-so. Sou gaa-gaa-gaago. - respondeu Dog, cada vez mais atrapalhado.
Lily olhou para ele e convidou-o para tomar um sorvete. Dog ficou surpreso com o convite; mas, curioso, aceitou. Na sorveteria, a cachorrada toda parou quando os dois entraram. Maldosos, ficaram apostando que logo, logo Lily desistiria da conversa com Dog.
Mas, a tarde começava a ir embora e os dois continuavam conversando. Lily perguntou:
- Porque ninguém fala com você?
- E-e-eles a-acham en-en-graa-ça-çado o meeeu je-jeito de fa-fa-laar.
- Então, - disse Lily - eles são uns bobões. Enquanto acham graça perdem de ser amigo de um cãozinho muito inteligente.
Dog ficou todo envergonhado com o elogio; mas, ao mesmo tempo, todo orgulhoso. Os cachorros vendo que o papo estava gostoso, começaram a aproximar-se da mesa deles.
Quando a noite caiu, todos conversavam e riam muito, que até esqueceram a gagueira de Dog e, aproveitando a alegria contagiante, ele arriscou perguntar à Lily:
- Li-Lily, vo-voocê queer ser mi-mi-minnha na-namoo-rada?
- Oh, Dog! Claro que quero.
Daquele dia em diante, Dog foi o gaguinho, digo, o cãozinho mais feliz daquela vizinhança.


PS.: Adoro escrever essas estórias, apesar de serem infantis, elas sempre têm um pouco de moral e tento passar algum ensinamento.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Minhoca que Enxergava Pouco.....

A minhoca morava na floresta junto com o macaco, o coelho, o leão, a tartaruga, a cobra, e muitos pássaros, todos vivendo numa grande família. Mas, a minhoca era um pouco tristinha, pois enxergava muito pouco. De longe, nada distingüia e a bicharada, apesar de grandes amigos, vivia fazendo gozação da pobrezinha.

O macaco, sempre que podia, pregava uma peça na minhoca; até a tartaruga arriscava apostar uma corridinha com ela, sabendo que, enxergando pouco, a minhoca teria cuidado por onde rastejava. Mas, mesmo entre tropeços e brincadeiras, os dias iam passando e todos divertindo-se muito; até a minhoca, de vez em quando, fazia uma ou outra piadinha, esquecendo seu problema de visão.
Um dia, a bicharada resolveu fazer uma festa. Foi um alvoroço total. O macaco pulava de galho em galho, enfeitando árvores e cipós com flores, sementes secas e cascas de frutas; os pássaros colocavam pétalas de rosas pelo caminho que levava até a clareira onde seria a festança; o leão ia e vinha trazendo galhos secos para a fogueira; o coelho pulava prá cá e prá lá, arrumando os lugares onde todos comeriam; os pássaros ficaram encarregados de convidar a todos para o encontro da noite e a tartaruga resolveu tomar conta da minhoca, para que a pobre não fosse pisoteada no meio de tanta confusão.
Na hora da festa todos começaram a chegar; era uma mistura de sons e gritos que só eles conseguiam se entender; até o Mestre Coruja veio prestigiar os amigos. Lá pelo meio da festa, a minhoca foi dar uma volta e, por enxergar pouco, acabou dando de cara numa pedra que havia no caminho. Todos riram muito, pois acharam que a minhoca estava brincando. Mestre Coruja ficou curioso para saber o que havia com ela. O macaco, muito conversador, contou que ela não enxergava um palmo diante do nariz e acabava batendo em tudo o que havia pela frente.
A coruja resolveu falar com a minhoca, e disse que gostaria que ela experimentasse um óculos que sempre carregava no bolso da casaca. A minhoca estranhou o pedido, pois onde penduraria o óculos? Ela não tinha orelhas. Mas, com a insistência do Mestre Coruja, ela colocou o óculos, que era feito apenas com duas hastes arredondadas, sem aros. Quando a minhoca colocou o óculos e olhou para frente, deu um grito de satisfação tão grande que todos fizeram silêncio daquela algazarra e correram para ver o que estava acontecendo.
A minhoca rastejava daqui prá lá, de lá prá cá, parava, olhava prá cima, olhava prá frente e sorria, sem conseguir dizer nada. O macaco perguntou se tudo estava bem e ela disse que tudo estava lindo, lindo. Mestre Coruja, feliz também, deu o óculos de presente para a minhoca que por sua vez agradeceu e, como a festa continuou noite adentro, até cantar a minhoca cantou.
Depois disso, nunca mais a minhoca tropeçou em nada, pois agora enxergava muito bem e não cairia em mais nenhuma armação de seus queridos amigos.

O Lápis Preto

Lápis Preto estava cansado de ser preto e viver sozinho.
Um dia, resolveu que iria mudar e partiu. Distante dali, havia uma cidade onde tudo era colorido, iluminado.
Lápis Preto andou 03 noites e 03 dias; pegou chuva, passou frio e um pouco de fome, pois seu grafite era pouco para agüentar a viagem.
No início do quarto dia, Lápis Preto avistou uma estrada repleta com as cores do arco-íris. Decidido, caminhou até lá.
Quando entrou na cidade, tudo era muito mais bonito do que imaginava: haviam lápis de todas as cores, as mais belas cores existentes no universo. Ficou encantado.
Um grande lápis laranja, com uma grande coroa na cabeça, veio encontrá-lo e dar-lhe as boas vindas.
- Seja bem-vindo a nossa terra, estranho.
- Bom dia! Meu nome é Lápis Preto e, vim de longe para tentar ser feliz.
- Muito bem. Sou o Rei de Colorilândia e, se quiser, este poderá ser seu novo lar. Vamos até meu castelo – disse o Rei cor-de-laranja.
Todos estavam eufóricos com o novo visitante e, ao mesmo tempo, curiosos por sua aparente tristeza.
O Rei Laranja deixou Lápis Preto à vontade e ele começou a sentir-se maravilhado com tanto colorido, só que, por dentro, continuava triste, sem saber por quê.
Um lápis menor, de cor azul, aproximou-se dele e disse:
- Olá, você não me parece feliz.
- É verdade! Tudo é lindo aqui, mas, me sinto feio, diferente, por ser simplesmente preto – respondeu ao pequeno.
- Mas, você é tão importante quanto nós – disse um outro lápis, este verde-limão.
- Porquê? – perguntou Lápis Preto.
Um lápis mais gorducho, de cor lilás, com grandes olhos, entrou na conversa e respondeu imediantamente:
- Porque você faz os riscos que iremos colorir e, sem você, não existiríamos.
Lápis Preto parou, olhou para todos, que também olhavam atentos para ele e disse:
- Não havia pensado assim; vocês têm razão. Também sou importante.
Todos concordaram e o Rei resolveu dar uma grande festa.
Passaram-se os dias e Lápis Preto resolveu voltar à sua cidade; não queria mais ser sozinho ou sentir-se diferente.
Quando chegou, procurou todos os lápis preto que existiam e ensinou a eles que, apesar de não possuir nenhum colorido, eles eram importantes, pois criavam o que os outros iriam colorir.
Daí em diante, todos os lápis pretos foram muito mais felizes.


PS.: Esta é mais uma estórinha que escrevi para minha sobrinha, quando era pequena.    Espero que, quem acessar meu blog, aprecie também.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Comilança de Inverno

Porque o inverno age tão “esfomeadamente” sobre nosso organismo? No verão parece tão mais fácil evitar um cachorro-quente, dizer um sonoro não aquela pizza tentadora, virar a cara para um pacote de salgadinhos e, pronto, lá vamos nós, faceiras, felizes e com a certeza do dever cumprido: manter o corpo saudável para curtir a praia, no mínimo, dentro de um sunquíni...rsrsrsrs... Mas, no inverno, a coisa muda de figura. Completamente. A impressão que tenho, é que em lugar do estômago, existe uma cratera do tamanho de Porto Alegre, pois sinto vontade de comer tudo o que aparece pela frente. Fica muito difícil resistir aquela pizza que conseguimos evitar no verão, ainda mais se ela vem acompanhada de um vinhozinho, um bom papo e muita descontração; não comer o mesmo cachorro-quente, ignorado nas altas temperaturas, vira o 8º pecado capital. Parece que a comida aquece nossa alma, enlouquece nosso estômago e, simplesmente, nos faz feliz. Adoro chegar em casa e tomar meu cafezinho com leite bem quentinho (sem açúcar ou adoçante, para tentar entrar no sunquíni no verão) acompanhado de um pãozinho com queijo, presunto e margarina – o famoso “farroupilha”, colocar os pés na ponta da cama, assistir a um seriado e me lambuzar com meu lanche-jantar. Depois, se tiver uma sobremesa, melhor ainda...um chocolatinho, uma cocadinha, uma rapadurinha....ok, isso é pensamento de gordo ou, de quem simplesmente, gosta de comer.....mas, não dá para negar que é bom demais tudo isso e, claro, prazeroso para nosso organismo. Mas, não dá para abusar, tem que ir devagar, senão tudo desanda e, ganhar uns quilinhos a mais não será nada comparado a outros problemas que podem surgir: colesterol, diabetes, pressão alta, problemas de coração, etc.... E, às vezes, fico pensando se comer não é uma substituição a algo que nos falta – uma companhia ou, nos sobra – solidão. Mas, se for substituição, na hora certa, as coisas se resolvem e voltamos a comer acompanhadas, pois, assim, comeremos menos, suspiraremos mais, gastaremos muitas energias de maneira, digamos, “atlética” e certamente, ficaremos mais leves e, no próximo verão, o sunquíni será substituído por um biquíni comportadinho, mesmo que nesse período de veraneio estejamos sós novamente....mas, certamente, felizes igualmente.....rsrsrsrsr....

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Salto Alto

Hoje, voltando do trabalho, me chamou a atenção uma moça loira, bem vestida e com uma bota de salto alto, fino, que completava o visual bem combinadinho. Só que, o que me chamou realmente a atenção, foi o jeito como ela andava.....a impressão que eu tinha era de que, em uma troca rápida de passos, ela se esfolaria no chão – bem, ao menos, ela estaria caindo do “salto”, uma coisa chique e não, simplesmente deitando no chão, como eu costumo fazer, sem nenhum glamour...E, nesse momento, veio a idéia de escrever sobre isso: salto alto, passos cuidadosos. Há um tempo atrás (não vou falar em números para não deixar na reta que, meus joelhos e tornozelos, já não são tão jovens quanto antes), eu vivia empoleirada (no bom sentido) em um salto: trabalhava o dia todo; subia e descia do ônibus numa desenvoltura impressionante; atravessava ruas cheias de buraco (isso não mudou) e granitilhos (lindo, não? pedrinhas picadas para atrapalhar a caminhada e rebentar com os saltos – esse nome foi um colega homem que me deu, se está certo, não sei); ia para a balada, dançava, me esbaldava na pista (claro, que, em um certo momento, o salto ficava de lado e a sola do pé virava meu salto); até ensaiar umas corridinhas de salto ensaiei e, juro, não fiz feio e, mesmo fazendo tudo isso, a panturrilha não incomodava, não doía e, ficava bem durinha, bonita de se ver – até me apelidaram de Betty Boop, na época....rsrsrsrsrs....Quando chegava em casa, era só jogar os sapatos para o lado e, no outro dia, já estava pronta para nova jornada; aliás, minha relação com salto sempre foi apaixonante; achava o máximo colocar um salto, uma saia curta e expor minha figura pelas ruas da cidade – às vezes, acho que andava de pés descalços em outra vida ou não tive pés, porque não posso ver sapato, enlouqueço......
Só que, no momento em que me encontro, o que importa é a comodidade: do meu corpo, dos meus pés e, claro, pernas e, por isso, raramente uso saltos; mas, quando uso, parece que meus pés foram condenados à forca: fico cansada, ofegante, meus passos ficam muito mais arrastados e chego em casa querendo, desatinadamente, jogar o sapato para o alto, libertar meus pezinhos da “prisão calçadista” em que me coloquei desde o início do dia. E, isso me leva de volta à moça do início do texto: fico impressionada com o monte de mulher que usa salto sem saber usar. Já perceberam que quando uma mulher não sabe andar de salto alto, o caminhar fica feio, torto e completamente desengonçado, pendendo para um lado? Ficam deselegantes e, mesmo bem arrumadas, ninguém olha para a roupa ou rosto; olham diretamente para os pés que, sabendo ser o centro das atenções, se encolhem dentro do calçado, deixando o quadro mais horroroso, ainda. Uma mulher de salto alto é a figura da imponência, da elegância, invoca uma mulher segura, que vai direto ao ponto, sem subterfúgios, objetiva – isso, no meu ponto de vista, claro; mas, quando colocam um salto só por colocar (sem a sintonia certa entre "pés" e "sapatos"), andam toda torta, parecendo não saber a direção certa a tomar, como se perdessem totalmente o controle do caminhar, enfim, o rumo se perde e, aí, a coisa fica sem graça nenhuma. Não precisa ser rainha para deslizar com salto agulha, como se os súditos tivessem o dever de se curvar a cada passada perfeita, bela e irretocável, mas, no mínimo, ser uma plebéia que saiba usar o salto a seu favor, pisando firme, com cuidado e formosura, fazendo desse salto um aliado do seu andar flutuante e, principalmente, um complemento do seu vestir.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Virei cachorreira

Nossa, descobri que sou cachorreira. Sempre achei exagero as pessoas tratarem seus cães como gente; e, achava muita frescura cuidar data de vacinação, dar a ração certa para o cão não enjoar, levar para banho, tosa e outras coisas mais. E, adivinhem, fui presenteada com um cãozinho no meu aniversário, em abril. Era uma bolinha preta, meio peludinha; uma mistura de pug com shit-zu.....no canil, deram uma bobeada e o macho – pug - pulou a cerca e traçou uma shit-zu, ninguém sabia como ficaria a cruza, mas, mesmo sem ter idéia no que daria isso, fiquei apaixonada por aquela coisinha pequena, de olhinhos caídos, completamente carente. Quando olhei para ele, fiquei pensando em um nome legal; como sou fã de Crepúsculo, quis colocar o nome de Jacob – aquele lobão gostoso, que toda vovozinha gostaria de encontrar em uma voltinha, rápida e sem compromisso, pela floresta. Mas, minha sobrinha que é fã do Edward, queria colocar Ed, mas, como gosto de carne, cor e sustância - tudo o que o vampiro não tem, apesar de achá-lo bem engraçadinho, também – resolvi simplificar as coisas e fazer um pacote para agradar a todos e, coloquei Forks, o nome da cidade onde se passa a saga Crepúsculo. Assim, resolvi o impasse. Forks já conquistou todo mundo, inclusive meu pai, que não queria saber de cachorro. Estou tentando ensinar bons modos para ele, mas, gente,como é difícil ser uma “mãe-canina” e impor limites.....rsrsrsrsrs... Ele sabe buscar a bola para brincar; sabe onde está a ração dele; sabe quando estou chegando só pelo barulho do portão; sabe o nome do meu pai e do meu tio, pois quando falo que um dos dois está chegando, ele fica todo ouriçado e sai correndo para a porta da cozinha. Mas, realmente, descobri hoje, em 19 de julho, que virei cachorreira. Estava assistindo ao Jornal do Almoço e falaram sobre um assalto a uma casa, onde renderam os donos e levaram apenas o cachorro, um shit-zu de quase dois anos, preto e branco, uma lindeza. Quando a dona do cão começou a falar sobre o assunto, dizendo que o cãozinho era o bem mais precioso que tinham e começou a chorar, pronto...me derreti em lágrimas também. Fiquei imaginando o coitadinho longe da dona, chorando de saudade e medo e, pensando que, quem roubou, pode acabar fazendo uma maldade como o pobrezinho. Ás vezes, acho que sou meio doida, mas, sinto um amor tão grande pelo Forks que, não sei o que faria se acontecesse algo com ele. Sei que é um cachorro, mas, ele tem só 4 meses, é um bebê ainda, indefeso, brincalhão e dependente de cuidados e, é meu. Não estou substituindo filhos que não tive; companheiros que não existem ou algum vazio que possam pensar existir dentro de mim; nada disso. Ele é o meu animalzinho de estimação e, enquanto estiver sob meus cuidados, terá a ração que necessita, fará as vacinas indicadas e terá todo o carinho que precisar e, isso será feito de maneira carinhosa, amiga e com toda a atenção que eu puder dispensar a ele e com toda a atenção que ele solicitar . É. Virei cachorreira. E apaixonada pelo meu Forks

domingo, 18 de julho de 2010

Analisando algumas loucas relações....

Porque, geralmente, achamos que nossa felicidade só será completa quando namorarmos alguém supostamente legal, parcialmente inteligente e obviamente apaixonado??? Porque nos permitimos ficar à mercê de homens que pensam de forma tão pequena e egoísta??? Não está na hora de virar o jogo??? De nos deixar envolver sem que o coração tome as rédeas de tudo??? Perceberam quantas interrogações??? Então, quando uma nova relação tem todas essas interrogações e, lá no fundo, deixamos aquela mais importante - “será que esse cara merece estar ao meu lado, desfrutar de meu carinho???” e decidimos entrar de cabeça, certamente, acabaremos com muitas lágrimas derramadas inutilmente e com a raiva aflorando, querendo comer nosso próprio fígado porque nos deixamos, mais uma vez, envolver.
A vida é cheia de relações legais e, claro, sempre nos perguntamos: onde erramos? O que não fizemos para encontrar alguém bacana? Quando, na verdade, deveríamos questionar o comportamento do outro, o que o outro busca e, claro, qual a definição dele para uma relação a dois.
Cansei de ficar achando que homem quando recebe muita atenção, fica com medo e, na indecisão, prefere não arriscar ser feliz; para mim isso é burrice, é querer ficar sozinho e tentar bater em outra porta, comparando as relações e apostando naquela em que o sentimento dele se sobressaia, sem que haja envolvimento maior.
Mas, tem um momento da vida da gente em que não temos mais os critérios de quando éramos jovens, onde a beleza era o ponto principal de nossa busca. Agora, o que buscamos é alguém que queira os mesmos momentos a dois, que busque uma relação estável e que, o foco principal, seja ser feliz e curtir o que ambos podem proporcionar um ao outro.
Só que, mesmo dentro de nossa suposta maturidade, acabamos permitindo que nossos grandes períodos de solidão nos façam amolecer ao primeiro olhar mais envolvente, ao toque mais arrepiante e aquelas palavras que sempre queremos ouvir e que nos fazem abrir portas que, de repente, deveríamos manter entreabertas até que nossa razão se fizesse falar mais alto que nosso coração, carência e medo do abandono.
Quando vamos aceitar que podemos ser felizes sozinhos, com nossa família e amigos? Que a única relação sincera e verdadeira que temos é com nossos desejos, sentimentos e, claro, com critérios; pois, esses critérios, devem ser respeitados. Vamos confiar naquela voz, lá no fundo, que diz “cuidado”, “calma”; e, vamos tentar não machucar nosso coração ou, desacreditar no amor.
Vamos viver cada momento da nova relação com cautela, prudência, sem deixar que o coração dite as regras. Sejamos frias e calculistas, visando, apenas o nosso prazer e satisfação.
Não vamos desanimar, mas, vamos reciclar nossos sentimentos para partir para a próxima, pode ser????

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Felicidade....

Várias vezes me peguei com a seguinte questão: sou feliz??? E, daí, começou a minha avaliação nem fria e, muito menos calculista, em busca dessa resposta, que parece ser algo difícil de responder, mas, que tentarei a minha maneira, claro. Já percebi que, para algumas mulheres, felicidade é sinônimo de pênis; para alguns homens, é sinal de seios fartos e bumbum enoorme; para as crianças, sinal de bala e brinquedo; para alguns idosos, bailes da melhor idade; para outras mulheres, um bom emprego e um guarda-roupa atraente; para outros homens, um bom emprego e um time de futebol que funcione; para outras crianças, internet e mesada; para outros idosos, uma boa aposentadoria e um jogo de damas na praça; para mulheres mais exigentes, um bom emprego, um guarda-roupa atraente, uma casa aconchegante e um namorado compreensivo; para homens mais acomodados, um bom emprego, um time de futebol que funcione, uma casa com TV e cerveja na geladeira e uma namorada que o encha de mimos; para crianças mais espertas, internet, mesada, celular ultra-moderno e um quarto à prova de pais bisbilhoteiros; para idosos mais descansados, uma boa aposentadoria, um jogo de damas na praça, um lugar quente para se aquecer e uma companhia para momentos a dois. Mas, para mim, felicidade é um pouco de tudo isso e, claro, muito mais – assim como acho que para a maioria das pessoas também é. Quando penso na minha infância, lembro de momentos especiais, como quando chegava da escola, no final da tarde, e sempre tinha um copo de Toddy quentinho me esperando, com um pãozinho com manteiga; os passeios com minha avó, em casas de parentes, onde eu sempre era escolhida para acompanhá-la; os brinquedos que adorava partilhar com minha irmã; as coreografias das chacretes, no pátio da casa, com as amigas (não dêem gargalhadas – eu brincava de chacrete, sim....quem nunca brincou disso??); na adolescência, a escola, os amigos maiores, o aconchego do lar, o carinho dos meus pais, a diversão com os primos, a liberdade de correr com segurança pelas ruas, em qualquer hora, sem medo da violência atual. Já na fase adulta, veio o trabalho, a descoberta de que a vida não é feita só de brincadeiras e facilidades, novos amigos, viagens, conhecer novos lugares, novas pessoas e, uma aproximação maior com a família. Apesar de ter passado por muitas fases, descobri que era e, graças a Deus, ainda sou feliz. Muito feliz! Tive uma mãe exemplar, guerreira, divertida, que sempre nos fez olhar para frente e dar o melhor de nós, sem permitir que nos colocassem para baixo ou humilhassem, que lutou até o fim sem reclamar de nada; tenho um pai que, dentro do seu silêncio, sei que se preocupa comigo e, do jeito dele, é carinhoso e, sei, também, que a implicante, a chata com ele sou eu.....Tenho uma irmã que, mesmo com todas as diferenças de atitudes e pensamentos, amo muito e admiro a forma como administra a vida familiar; um cunhado que é um irmão para mim; três sobrinhos que são, digamos, 50% meus filhos e, que torço muito por seu sucesso e segurança; uma tia que é uma segunda mãe; um tio que admiro demais, pois não se entregou aos problemas que teve; primas que, com seus companheiros e filhos, são a extensão da minha família, pois sinto verdade na relação próxima que temos. Tenho um emprego que todo mundo gostaria de ter; tenho uma casa, feia ou não, aconchegante e, é o lugar para onde quero voltar todas as noites, correndo e, me aninhar no meu cantinho, curtindo meu computador e meus programas na TV; tenho saúde; tenho um cachorro por quem estou totalmente apaixonada; tenho amigos, poucos e, mesmo afastados, se fazem presente quando dou um grito. Mas, o principal de tudo isso, é que tenho Fé. Tenho fé em acordar toda manhã e estar de bem com a vida, de bom humor – mesmo que com todo esse frio que faz aqui, não exista humor que não congele; tenho fé que vou ter força e garra para resolver todas as questões e problemas que surgirem, da melhor forma possível. Tenho fé em mim, na minha família e, em um Ser maior e mais forte, que me dá esperanças de nunca desistir de nada. Principalmente de acreditar na vida e continuar sendo, simplesmente, feliz.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tosse e Pums

Minha garganta tá arranhando mais que o azulejo da música da Ana Carolina. Já tomei chá, chupei limão, comi mel puro (não gosto de mel) e, não paro de tossir, já tá me dando nojo. Aliás, até suícidio passou pela minha cabeça - só que não lembrava como se cortava os pulsos - na vertical ou na horizontal? E, pensei na sujeirama de sangue pelo chão, lençol e colchão encharcados, meu pai e meu cachorro traumatizados. Como disse minha prima, o pobre do cachorro já tinha sido separado da mãe e das irmãs, tinha se afeiçoado e, agora, por causa de uma mísera tosse, eu ia trair e abandonar o coitadinho? Meu pai se recuperaria logo, afinal, ele tem um grupo de pessoas com quem sai para dançar, uma pessoa com quem parece ter se "achado" e, vive a vida dele, então, ficaria bem. Mas, depois de tirar as bobagens da cabeça, fiquei pensando em quanta besteira se pensa quando nada se faz de produtivo. Estou desde quinta-feira de cama, tossindo feito uma condenada e, bem sinceramente, quando "pums" passaram a acompanhar a maldita tosse, veio o pensamento do suicído: ninguém merece tossir e soltar pum ao mesmo tempo; mas, minha prima - novamente ela - aliás, parecia estar inspirada, perguntou se junto não me urinava; disse que não, então, rindo do meu "problema " disse que eu ainda não havia chegado ao fundo do poço. Ela tem razão, nada como um dia após o outro. O bom de tudo isso, é que fiquei largada na cama, sem fazer absolutamente nada....mentira, no sábado, aproveitei para lavar umas roupinhas, lavei a casa e fiz almoço....mas, só isso.....até meu pai ficou com peninha de mim e tirou o pó....acho que o coitado queria era ter comprado tampões de ouvido para não me escutar tossindo madrugada a dentro. Minha sobrinha levou meu cachorrinho ao veterinário, pois se eu fosse, tossindo que nem louca, era capaz dele colocar o cão de quarentena para não pegar o vírus e adoecer que nem a dona. O domingo foi um pouco melhor, mas, ainda não está legal....agora, vou  me embebedar de mel com vinagre, quem sabe com os ingredientes certos, eu viro uma big salada e a tosse vai embora, ou, posso criar um novo medicamento: o "Melagre" e, caindo na boca do povo, viraria "Milagre" e eu seria endeusada por ter colocado "milagres" dentro de vidrinhos, a preço de custo, sem precisar de receita médica -  já pensou no sucesso??? Vi muita tv - meu programa favorito, ultimamente e, não venham me dizer que é coisa de gente velha; para mim, é coisa de gente que quer aprender coisas novas, ficar por dentro do que acontece no mundo, ver filmes legais e assistir a algumas bobagens só para desopilar. Aliás, o jogo entre Espanha e Holanda, deixou muito a desejar (como todos os outros) para uma final de Copa do Mundo, hein? O que valeu foi que qualquer uma que ganhasse, estaria ganhando pela primeira vez. Torci pela Espanha....acho que pela vontade que sempre tive de tocar castanholas....uma das coisas de uma listinha que fiz.... Amanhã, começa tudo de novo e, se não fosse pelas poucas pessoas (deve dar as duas mão cheias) por quem me afeiçoei, certamente, o dia seria uma bosta; mas, não vou esquentar a cabeça, afinal, se DEUS QUISER (e Ele, há de querer), até maio de 2012 estou me aposentando....vai ser algo: eu, maravilhosa, jovem e aposentada.....rsrsrsrsrsr....o mundo que me aguarde.....espero que,depois de aposentada, meus invernos possam ser passados em lugares quentes, para que tosse e pum nunca mais façam parte de meu calendário nos meses que fazem frio aqui no Sul. Mas, se for algo internacional, fica mais chique tossir e soltar pum, digamos, em Paris......os pums, certamente, seriam mais perfumados.....Gente, sonhar não custa nada! Boa Semana!!!!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Adeus à Copa

Depois do Brasil ter deixado a torcida sem sequer um quarto lugar, só nos resta torcer por outra seleção na final; mas, não que seja obrigação torcer, nada disso. Quem gosta de futebol, gosta de ver bons passes, dribles legais e gols mais magníficos ainda; o que, aliás, foi difícil ver nesta edição da Copa na África. Já me decidi pela Espanha, acho que é uma seleção mais simpática, carismática e uma das poucas que parece jogar com um  pouco mais de garra, vontade e, tirando a beleza de alguns de seus atletas, me passa a nítida idéia de união, sem estrelismos, sem salto alto. Acho que esse foi o erro da nossa Seleção: achar que um mísero gol a faria chegar a disputa pela Taça.  Mas, como o tempo passa rápido, 2014 daqui a pouco bate no nosso País e, toda essa festa que aconteceu na África, acontecerá aqui, debaixo de nossos pés, nesse solo amada e idolatrado por um povo que ama sua terra, seu futebol e sua música. Será uma bela festa. Quem sabe novos craques apareçam, sejam convocados e, por ser novidade em suas vidas, o ápice da carreira, doem seu sangue, suem a camisa, amem as cores da bandeira e dêem à ela, o verdadeiro respeito e amor que ela merece. Quando sentimos que a luta foi árdua, que a batalha foi encarada com seriedade, mesmo a taça não vindo, certamente, nossa recepção será calorosa e com palavras de apoio. Que 2014 essa recepção seja assim (de preferência com a taça, claro), pois, 2010, deixou apenas a certeza de que a Seleção passou longe de ser um objetivo na carreira da maioria de seus atuais "craques"e, virou, simplesmente, uma obrigação, um  simples cumprimento de contrato. Vamos aguardar para ver como virá a Seleção em 2014, torcer para que tenha um treinador que trabalhe com  alegria e traga, novamente, aquele ar moleque ao time e, sonhar que esse troféu fique aqui na terrinha.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amo Seriados

Adoro seriados. Sou maluca por alguns seriados e, se não assisto um episódio, fico perdida, mas,o bom é que no domingo a maioria repete. Sinto falta de novos episódios de Friends - adorava aquela amizade enlouquecida, cheia de diferenças, mas, no final, sempre se fortalecia, aproximava e fazia a amizade ficar mais forte - ainda assisto reprises e, pior, dou boas gargalhadas....de novo, claro. The Big Bang Theory - quem, em sã consciência, imaginaria que um grupo de nerds provocariam momentos hilários e cheios de  informações, na sua maioria inúteis para nós, simples mortais e, que conquistariam seus espaço obrigatório  em nosso guia de programação? Criminal Minds é uma série assustadora, seus casos deixam nossos cabelos em pé, e, apesar de serem apenas episódios "fictícios", nos mostram um lado real da vida, do dia-a-dia, da loucura insana que habita nos mais diversos seres humanos; enfim, nos prende até o final, fazendo nosso coração palpitar quando os investigadores chegam perto de resolver os casos e, quando isso acontece, o alívio por tudo ter se resolvido vem junto com suspiros de apreensão porque, no próximo episódio, algo pior pode acontecer. Brothers and Sisters - sou apaixonada por essa série. Quem não queria ter a Nora Walker como mãe? Ou, ser irmã do Kevin e  sua troupe de irmãos? Viver momentos de boas gargalhadas, de oferecer o ombro, de tomar as dores do outro? E, claro, a cada novo problema que surge, cada novo problema que se resolve, cada conquista que acontece, cada dúvida que aparece, junta-se à família uma bela garrafa de vinho, para afogar as mágoas, brindar vitórias ou, simplesmente, para aconchegar quem chega e ficar sentado, lado a lado, saboreando bons momentos juntos. Gosto de outros também, como: Two and a Half Man - adoro as confusões amorosas do Charlie, a insegurança do Alan e as burrices que o Jake apronta, junto com as tiradas ótimas da Berta. Fico impressionada com o crescimento do Jake, pois, quando a série começou era um menininho de uns 09 anos  e, agora, está enorme  e, continua fazendo super bem o papel de adolescente sem noção.....é muito bom assistir as trapalhadas dele. CSI NY - adoro aquela turma de detetives que se desdobra para resolver as situações que colocam em suas mesas; adoro o cabelos crespos da Bonassera e, claro, o chefão deles, o Mac - é tudo de bom....Mas, a série parece ter dado uma pequena incrementada na relação entre todos eles, fortalecendo mais o lado sentimental, mostrando que são tão normais quanto nós e que, mesmo sendo ficção, mostra que se não houver cumplicidade, aproximação e amizade, seja em que profissão for, as coisas não andam, o trabalho não se desenvolve e a parceria não funciona. Gosto de seriados que me fazem rir, pensar, tentar descobrir quem matou quem, quem fez o que e, vou confessar, dependendo do seriado, entro para dentro do epísódio e sofro junto, por vezes, chegando às lágrimas. Mas, como boa maníaca por TV, curto seriados bobos também.....apesar de já ter deixado a faixa etária desses seriados para trás, gosto de assistir Feiticeiros de Waverly Place, Sunny Entre Estrelas, Hanna Montana, Jonas.....mesmo sendo bobinhos, dá para relaxar e esquecer que  existem coisas sérias lá fora para se resolver e, curtir esses momentos que  deixam a alma alguns anos mais jovem, nos trazem jovens ligados à família e interessados em influenciar, de maneira positiva, os jovens fãs que os seguem. Espero que os seriados não percam sua essência e continuem nos divertindo, emocionando e fazendo com que nossos momentos de lazer continuem sendo especiais