quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Chegando 2011

Guie meus passos

Proteja meus caminhos
Ilumine meu coração.

Três pedidos de ano novo. É isso que quero e desejo para mim e para quem tem fé e acredita que um Ser maior cuida de nós. Desejo que, em 2011, meus passos sejam guiados para lugares de energia boa, de pessoas de bem e que queiram crescer e descobrir novos caminhos. Que esses novos caminhos tenham a proteção de meus anjos de guarda, daqueles em que acredito e que me levem à realização de sonhos, os mais simples que sejam. Que meu coração se ilumine a cada nova manhã, a cada gesto de amizade, a cada sorriso de carinho. Enfim, desejo que 2011 (apesar de acreditar que é apenas uma mudança comum no calendário, não deixo de desejar coisas novas) traga muitas realizações e fartura nas mesas e nos bolsos, deixe um pouco mais de amor nos corações, humanidade e humildade em quem esqueceu que o próximo é tão humano e carente quanto nós. Desejo que Deus se faça presente nos lares, nas famílias, entre amigos, no caminho para casa ou para o trabalho, no momento de lazer, na brincadeira com o filho/filha-sobrinho/sobrinha-neto/neta. Que tudo de ruim e negativo que aconteceu em 2010 fique por lá, bem guardado, trancafiado e esquecido. E, que 2011, seja o ano de buscarmos a força e a fé dentro de nós mesmos e deixar que as mudanças inundem nossa alma e façam de nosso espírito, um espírito de luz que atraia boas energias e corações do bem.



Feliz Ano Novo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aparecida...o filme


Fui assistir ao filme “Aparecida, o Milagre” e levei minha tia, que fazia muitos anos não entrava em um cinema. O filme é brasileiro, claro e, tem uma estória bonita, de superação, fé e desafios; fala da inocência infantil em acreditar em uma imagem, dos questionamentos sobre existir ou não milagres e da perda da fé quando perde-se um ente querido. O menino cresce, torna-se um homem bem sucedido, cria um filho com problemas com as drogas, que sonha ser ator e que não pensa em seguir os passos do pai. Finalmente, depois das intempéries da vida, a fé é, novamente, colocada em jogo e, depende desse pai acreditar em milagres ou não para que seu maior tesouro seja salvo. Foi gostoso ver o filme e, confesso que chorei quando colocaram a música Ave Maria – não sei porque  essa canção mexe comigo e deixa minhas emoções a flor da pele; os atores passaram credibilidade com seus personagens e foi legal ver (mesmo sabendo que era simulação, óbvio) a estória de Nossa Senhora Aparecida. E, vendo a multidão que visita todos os anos a Basílica de Aparecida, percebi que o povo precisa de fé, precisa acreditar em algo maior que seus próprios sonhos e, quando acha esse objeto de adoração, dedica-se totalmente e faz dele o refém da realização de seus desejos, sejam eles materiais ou emocionais. Eu tenho fé. Eu acredito em um Ser maior e, não abro mão disso, porque é com essa fé que sempre avistei a luz no final do túnel. E, com muito bom humor , posso dizer que, hoje, operou-se um milagre: arranquei minha tia de casa para ir ao cinema. Fiquei muito feliz em poder fazer parte desse momento...espero que outros surjam.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu pulguentinho...

Não agüento mais catar pulgas no meu cachorro...sabe aquela criança que você cuida o tempo todo, que deixa dentro de casa quando está chovendo, que leva ao médico ao primeiro “ai” que solta, que não anda de pés descalços para não se machucar, mas, que, de repente, fica doente, de cama, precisando de cuidados? E, aquela que vive na rua, pisando em poças de água parada, sem roupa quente no frio, completamente largada, nunca pega gripe, piolho ou escorre o nariz? Pois é, tirando a comparação idiota entre cachorro e crianças, o resto se parece: meu cachorro é mimado, bem tratado, todo cuidado e, infelizmente, já pegou carrapato e pulga. Fiquei louca quando descobri isso; já passei remédio na nuca, já dei banho com sabão anti-pulgas, já lavei a casa e o pátio com um remédio poderoso e fedorento e, o coitado se coçando o tempo todo. Hoje, dei outro banho com shampoo  anti-pulgas: um pouco mais cheiroso e causou um efeito melhor; no banho, algumas pulgas já caíram por terra e, depois de secar bem direitinho, minha tia me ajudou a catá-lo – preciso de ajuda porque ele não sossega: é botar a mão nele e ele já quer morder, achando que estou brincando. Mas, com pulga ou não, ele é todo mimoso e, o cuidado redobrou – nem na rua ele vai mais, não quero outro surto dessas coisas pretas saltitantes e irritantes dentro de casa. Agora, vou tentar fazê-lo comer – adora chuchu com ração, mas, acho que o calor tira um pouco do apetite dele e o deixa mais preguiçoso, ainda. Vou lá cuidar do meu pulguento... afinal, ele merece ser bem tratado...

Parada Errada

O Natal já passou e, depois de 07 anos, foi o menos dolorido de todos. A saudade esteve presente (como em todos os dias), mas, foi mais doce, mais interna, menos aparente. Consegui passar o Natal sem lágrimas, sem me recolher após o primeiro cumprimento. Foi diferente. Resolvi, no dia 25 ir a Guaíba, visitar minha tia, primos e afilhado; saí cedo e, depois de querer pagar a passagem do ônibus, descobri que era “passe livre”, isso significa que: os ônibus estarão cheios, toda criança que normalmente não paga passagem irá sentada e você de pé, todo morador de rua pegará o ônibus para passear pela cidade – nada contra, deixo bem claro; mas, é meio desgastante sair em dia de passe livre. Só que, nesse dia especial (e por ser cedo: 08h40min)o ônibus estava vazio e peguei na corrida, porque chegamos juntos a parada. Bem, esse era o meu ônibus até o ponto onde pegaria o de Guaíba, o que dá uns 10 minutos; desci na Praça Pinheiro Machado( que fica entre a Avenida Farrapos e a Avenida Presidente Roosevelt, de onde tenho uma visão geral da Farrapos, por onde os ônibus passam e vejo quando os da empresa Guaíba estão chegando). Passaram uns 20 minutos, eu na parada e o senhor que cuida da praça, varrendo prá lá e prá cá e mais uns 06 vagabundos sem fazer nada – não nego que fiquei meio receosa, mas, tinha meu super guarda-chuva para me defender se precisasse (ou da chuva ou de um vagabundo mais desejoso de minha bolsa) e, vi 03 ônibus da empresa adentrarem a Av. Farrapos. Fiquei aguardando, porque em menos de 05 minutos eles chegariam e eu embarcaria em um deles toda feliz, rumo à casa da minha querida tia; e, os minutos correndo...nada de nenhum deles chegar e, eu já estava espraguejando porque começava a me cansar. Nada...tic-tac...tic-tac...Nada...De repente, não sei porque, virei para o lado e, quase me deu um treco: vi os 03 ônibus, um atrás do outro, entrando na Av. Presidente Roosevelt, pela Cairu, uma quadra antes da onde eu estava. Juro, fiquei sem ação...acho que me deu até tontura...sei lá....nem pensei no momento, apenas, me dirigi para a parada em que eles passaram e, claro, eu não havia embarcado...em nenhum deles. No caminho (uma quadra, apenas, mas, para tentar correr e pegar um ônibus, seria como andar umas 02 horas – tudo fica mais lento quando a pressa bate), liguei para o meu pai, chorando de raiva, querendo pegar o meu ônibus e voltar para a tranqüilidade do lar; mas, ele com toda a calma que é sua marca registrada, me disse para esperar o próximo, ir para Guaíba...etc etc etc....Liguei para minha prima em Guaíba e contei o que tinha acontecido...na verdade, sumiu toda minha sanidade, fiquei sem saber o que fazer,porque estava cega de raiva por não saber da mudança de itinerário; por ter levantado cedo para ganhar um tempo a mais no dia; por ter que sair cedo para pegar ônibus vazio; por ter que sair com o dia nublado, abafado e, ainda por cima, feriado...enfim, ela me aconselhou a pegar o primeiro que passasse, menos Eldorado e San Souci e, quando chegasse perto, ligar que me buscariam  na parada...adivinhem qual veio primeiro??? Eldorado...rsrsrsrsr...Mas, em seguida, apareceu um que me levaria, enfim, ao meu destino. E, assim foi. Cheguei em Guaíba quase 02 horas após sair de Porto Alegre, mas, valeu a pena; como sempre, fui bem recebida, tomei umas geladinhas com meu primo, comi carne de javali ou rinoceronte ou búfalo – sei que foi uma das três, bati muito papo, dei boas risadas. Passei um Natal diferente. Realmente.  Voltei para casa, mais rápido e com muita chuva. Só que, desta vez, foi mais tranqüilo, afinal, estava voltando para meu lar doce lar.  

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Agradecimentos Natalinos

É quase Natal e, sinceramente, seria a hora de me entocar em algum lugar, me esconder embaixo de uma mesa qualquer, dar uma sumida básica; mas, não dá – na verdade, não quero fazer isso; não posso deixar o sentimento de tristeza, de saudade, de dor, tomar conta de um momento que, mesmo repetido todo final de ano, é único na vida das pessoas que nos cercam, das pessoas que amamos. Então, para fugir um pouco de tudo isso, resolvi apenas sentar e agradecer.
Agradeço, a Deus, aos meus protetores, as forças superiores que nos cobrem de paz, amor, saúde, por tudo o que tive em 2010. Agradeço por ter feito muitas burradas, dito muita besteira, porque, mesmo que tenham me deixado em maus lençóis, me fizeram amadurecer e, de coração, tentar não repetir nada disso em 2011.
Agradeço por ter saúde, por ter um plano de saúde que, mesmo não sendo o top dos tops, me auxilia quando preciso de alguma consulta, urgente ou não.
Agradeço por ter uma família que, mesmo encontrando alguns percalços pelo caminho, alguns leves desencontros de opiniões, está sempre junta, acolhendo, dando o colo, trazendo conforto e aconchego.
Agradeço por ter um pai que tem muita saúde, que deu a volta por cima, que consegue, nos seus 77 anos, curtir a vida um pouco mais que eu; agradeço por ele lavar suas próprias roupas (principalmente, as cuecas), por ainda ter disposição para seguir adiante e, aproveito para pedir desculpas por encher tanto a sua paciência...admito: a chata sou eu.
Agradeço por ter sobrinhos maravilhosos, que estudam, trabalham, são carinhosos, cuidam uns dos outros e que já buscam seus caminhos; agradeço pelos sobrinhos emprestados que conquistaram meu coração e que moram nele, eternamente.
Agradeço por ter um lar para voltar, um cantinho para curtir minhas coisas e, mesmo que tenha um pouquinho de cupim aqui, outro ali, é meu lar e, nada pode ser melhor do que ter um lugar para sermos nós mesmos, um lugar para chamar de nosso.
Agradeço por ter ganho um cachorro que me faz sentir amada todos os dias quando chego em casa; ele me faz sentir que, apesar de nada substituir um filho que não tivemos, é uma “pessoinha” muito especial e estou completamente encantada por ele (mesmo manquinho...).
Agradeço por ter um emprego que, mesmo cheio de altos e baixos, gente de energia e pensamentos negativos, me dá o suporte financeiro que preciso.
Agradeço por, ainda, ter um lado infantil que curte comer porcaria, dizer besteira, fazer palhaçada e, principalmente, ser fã do Disney Channel.
Agradeço por sentir dor, sentir saudades, sentir raiva; por sentir culpa, sentir que meu tempo é curto, que a grana é pouca; agradeço por me sentir viva e ter a oportunidade de, simplesmente, agradecer.
Que o Natal não venha somente com papéis de embrulho coloridos, mas, venha, principalmente, com uma enorme porção de amor, um pouco mais de humanidade e muita paz nos corações que precisam de mais fé e esperança.
Agradeço por, ainda, acreditar que um dia todos nós nos reencontraremos e a saudade será recompensada com o toque de mãos de quem perdemos.

Obrigada!!

PS. FELIZ NATAL A TODOS!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lã, no calor????

Hoje vi uma senhora, em pleno início de verão, usando um gorro de lã, blusa de lã acrílica e casaco...entenderam? LÃÃÃÃ.....Quem, em sã consciência, nesses nossos amanhecidos 24 graus, coloca roupa de inverno para sair? Como estava caminhando e já começava a sentir os efeitos do calor, quando vi a figura, senti  que os 24 graus viraram 48 – sem margem de erro nenhuma. E, diante dessa visão aterradora, fiquem imaginando se ela sentia calor (o mesmo que eu, pelo menos); se ela estava destemperada e não sentia nada ou, uma mera e ridícula suposição, ela veio do interior do interior do Estado, onde as manhãs, geralmente, são mais geladinhas e o corpo, naquele exato amanhecer, sentia necessidade de aquecer-se. Mas, a última e, possivelmente a mais correta, é que ela deve ter visto o modelito na TV, onde a nevasca cai impiedosamente na Europa e, não se sabe o motivo, resolveu copiar numa tentativa suada (e desesperada, pelo jeito) de relembrar nosso recém terminado inverno. Me desculpem, mas é humanamente anormal alguém usar lã nesse nosso clima tropical que pede roupas frescas e soltas, pés ao vento e cabelos esvoaçantes. Claro que nada tenho com isso – o corpo, e o nível de frio ou calor, são dela; mas, me deu um nervoso, uma sensação de sufocamento passar por aquela mulher completamente enrolada em lã, que não poderia deixar de anotar esse momento “infernal” na minha ida para o trabalho. Todos que passavam por ela ficavam olhando, com a mesma cara de espanto e, provavelmente, a mesma  sensação de agonia que eu; quando cheguei na sala, fui correndo ligar o ar condicionado para refrescar o corpo e aliviar a mente daquela visão tão quente e marcante do meu começo de dia.    

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mulher-Chuchu

Na onda das mulheres-fruta, legumes ou outra coisa desagradável que seja, me descobri a própria mulher-chuchu neste período do ano: sem graça mas cheia de espinho (mas, deve ser melhor que ser mulher-maracujá: seca e pouco doce). Ando meio marrenta e não tenho vergonha de assumir isso; mas, não agüento essa coisa de confraternizar com pessoas que passam o ano todo te ignorando e querendo te engolir; não suporto o bom samaritano que surge a cada novo dezembro; então, prefiro dar uma de chuchu e me recolher a minha própria concha. Mas, claro que esse tipo de atitude é somente destinada a pessoas que não suporto...ou, me fazem um pouquinho de mal...é coisa de idade mesmo...rsrsrsr...Mas, juro que não sou assim o ano inteiro; sou até bem simpática, delicada, bem educadinha ...Essa coisa de mulher-chuchu me veio a cabeça quando comprei um chuchu e, sem perceber, cravei uns espinhozinhos que têm na parte de baixo, no dedão: é algo rápido, mas dolorido e ardido. Daí, fiquei pensando em quantos espinhos desses cravamos nos dedos durante o ano e não damos importância e, por muitas vezes, nem sentimos a picadinha do desgranido; só que, de espinho em espinho, as coisas vão se acumulando e, quando chega no seu limite, tomam proporções enormes e atitudes, muitas vezes, desnecessárias. Percebi, também, que deixei muitos espinhos atravessados durante a passagem desse ano, não agi quando deveria, não respondi quando precisava – não por falta de atitude ou palavras, mas, porque, naquele momento, fui pega de surpresa, totalmente desprevenida para o que viria. Só que, para  não ser uma  mulher-chuchu em 2011 (rsrsrrsr), resolvi que, no próximo, serei muito mais espinhenta, defenderei minha integridade, meu jeito de pensar, minhas palavras e, principalmente, meu espaço, mas, não serei sem graça; ao contrário, pretendo expor mais minha figura sendo mais direta, mais verdadeira e mais destemida, não deixando para o final do ano a árdua tarefa de colocar os pingos nos “is” e querer atravessar o ano numa boa.  Agirei durante o ano inteiro e, em dezembro de 2011, serei  a mulher-kiwi: casca grossa por fora, mas, completamente molinha por dentro (por fora, prometo tentar dar uma endurecida na musculatura...rsrsrsr).   

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fantasiando Nárnia

Fui  assistir "Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada” – segundo uma conhecida minha “a viagem de São Jerônimo” e, não me perguntem de onde ela tirou isso; me disse, apenas, que era muito difícil lembrar o nome correto. O filme é muito bom nos seus efeitos, como os outros 02 e, em 3D é melhor e mais emocionante, ainda. Meus sobrinhos me acompanharam e, quando os vi chegando, me dei conta de que não e só cronologicamente que envelheço, literalmente estou encolhendo também. Meu sobrinho do meio (o popular filho-sanduíche), está enorme, virado em pernas e braços, parecendo um polvo quando me envolve em um abraço; fiquei chocada quando constatei a passagem fulminante do tempo e, ao mesmo tempo,  radiante porque esse mesmo tempo nos permite momentos como os de ontem, de diversão, cumplicidade e conseguindo, ainda, encontrar um pouco de inocência dentro  desses serzinhos que estão em formação. Como falei antes, adorei o filme, a estória é convincente e divertida em alguns momentos; os personagens principais estão crescidos e mostram um pouco mais de maturidade dentro do enredo e, para completar, tem o Príncipe Cáspian...ah, o Príncipe Cáspian! O cara está algo, muito mais bonito e com cara de homem - está um Rodrigo Santoro bem melhorado...rsrsrsrs. Se eu “babei”, imagina minha sobrinha....Então, nesse momento, senti que não importa a idade, o que vale é a disposição em abrir a mente e o coração para a fantasia, deixar o pensamento conduzir nossos passos em loucas e inimagináveis aventuras e me permitir desejar, silenciosamente: “Quero ir para Nárnia e curtir com o Príncipe Cáspian...muuuiiito!” . Basta fechar os olhos e divagar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lágrimas de dor e de amor...


Quem nunca se debulhou em lágrimas vendo seu time em campo, disputando uma grande final? Ou, dentro do cinema, assistindo aquele filme cheio de drama e água com açúcar, tipo “vibe glicósica”, de dar inveja a qualquer diabético de plantão?? Quem nunca disse “nunca” e depois acabou se arrependendo, porque o “nunca” era a grande oportunidade de uma mudança para melhor? E, quem nunca soltou pum caminhando e disfarçando o cheiro no ar leve e solto da natureza ou, embaixo das cobertas, sacudindo bem alto para que o coitado se espalhasse pelo ar e ficasse esvoaçante entre o teto e sua cama? Tem alguém que nunca sorriu entre lágrimas por estar feliz, por estar nervoso, por estar triste mesmo ou, simplesmente, por ter lembranças? Acho que todo mundo já chorou por um pouco de tudo, independente de sexo; chorar, dizem por aí, lubrifica o canal da lágrima – aquele furinho minúsculo que fica na parte inferior do nosso olho e,  só se descobre seu paradeiro, quando resolvemos  prestar atenção aos pequenos detalhes de nosso corpo ou, quando não temos nada para fazer diante do espelho, a não ser observar que um seio é maior que o outro, que tem coisa sobrando na altura da cintura, que os cabelos brancos surgem como uma praga bíblica do dia para a noite – isso para as mulheres, claro. E, os meninos, o que observam?? Acho que os cabelos brancos e o tamanho da sua “identidade” – até porque, acho eu, como na TV, o espelho deve aumentar algumas coisas, em quilos e centímetros.....rsrsrsrrsrs. Mas, voltando às lágrimas, confesso que choro. Choro muito e, nesse ano que está acabando, chorei mais ainda: chorei por pessoas que se foram e que eu amava muito; chorei porque assisti a filmes que me emocionaram e me fizeram lembrar de coisas que vivi; chorei porque meu cachorro ficou dodói (mas, já está legal, ok??); chorei de raiva por coisas que presenciei, por injustiças que cometeram; chorei por mágoa, saudade, tristeza. Mas, as alegrias também me trouxeram lágrimas: minha família sempre disposta a cruzar obstáculos junta; pessoas novas que chegaram; meus sobrinhos crescendo e buscando caminhos saudáveis; aquela comédia deliciosa que sempre quero rever para, novamente, dar boas e novas gargalhadas; momentos de total descontração com pessoas que me fazem bem e me deixam pra cima. Enfim, acho que, como puns, as lágrimas foram feitas para serem enxotadas de nosso corpo; para aliviar o estress, dúvidas, medos, dores, sejam elas dores de barriga ou de amores.   

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Rio ou Lago




Estava observando o Guaíba e lembrei de que, agora, não é mais rio, é lago e, sinceramente, fiquei pensando em que isso muda a minha vida ou meu carinho por ele. Não é mais RIII-O é LAAA-GO. LAAA-GO Guaíba! Não ficou uma combinação legal; acho que RIII-O Guaíba tem uma melhor sintonia, mas, geograficamente (acho eu), tem que ser lago mesmo. E, observando isso, me pego com a seguinte dúvida: ser reconhecido, agora, como Lago terá alguma relevância na minha vida? O Pôr-do-Sol deixará de ser menos bonito ou brilhante? A sua margem deixará de ser menos contemplada, menos visitada? O chimarrão não será mais degustado com prazer por famílias que curtem nosso “litoral” sem ondas? Não vejo nada demais em continuar tratando o Guaíba com o nome carinhoso que sempre foi tratado e, totalmente conhecido, RIII-O GUAÍBA. E, quando ouço pessoas falando com orgulho desse montão de água que banha nossa cidade e que a diferencia de muitas outras, do privilégio de visão que poucos têm de alguns prédios concretados às suas margens, do relaxamento que sua calmaria causa aqueles que buscam por renovação de energia, faz com que tenhamos orgulho desse cartão postal de nossa cidade, tão amada e hospitaleira, e, não nos importemos que ele seja chamado de RIII-O ou LAAA-GO. O que importa é que ele continue lá, inundando nossos olhos com suas belezas naturais e enchendo nossa alma de orgulho e prazer.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ser Loira ou Ser "Normal"???



Hoje, fazendo meu caminho para o trabalho, vi uma moça, loira, magra, alta, toda chique, passar por mim e, claro, me surgiu o assunto para colocar no blog: ser loira ou ser saudável? Percebo que loiras fascinam os homens; parecem ter um mistério, um segredo que todos querem desvendar e, acho que o maior deles e querer saber se são “totalmente” loiras; já, para nós, a curiosidade é saber se são “realmente” loiras. Fiquei me imaginando loira: será que teria tido um destino diferente? Teria sido a disputada da escola? Teria sido Garota Verão, Miss RS, Miss Brasil? Será que teria casado com algum dono de emissora de TV, teria dois filhos lindos e perfeitos, que falariam inglês, teriam dupla cidadania, andariam impecáveis, cercados de seguranças e babás? Ou teria casado com um jogador de futebol, super famoso, viveria em baladas, revistas especializadas em celebridades, viraria musa do time e, depois de um tempo, iria viver no exterior, gastando em dólares e euros? Teria sido traída? São perguntas idiotas, porque, na verdade, não importa a cor do cabelo, o que importa, pelo menos teoricamente, é ser inteligente o suficiente para conseguir todo esse aparente “sucesso”. Disso tudo, me veio outra idéia – estúpida, claro – ser loira ou ser saudável? Gente, imagino que ser loira o tempo inteiro deve cansar; todo mundo olha, todo homem quer pegar; passar por cima do estigma de loira burra e provar para todos que os dois neurônios funcionam, deve ser muito desgastante; mas, ser loira de farmácia, deve cansar mais ainda, porque além de ter que passar por tudo isso que a loira natural passa, ainda precisa retocar a raiz do cabelo, sei lá, umas duas vezes por mês??? Mas, mesmo achando que tudo é bonitinho nesse mundo amarelinho, o que deve prevalecer é a igualdade entre loiras e morenas; as brincadeiras existem e, na maioria das vezes, maldosas e sem sutilezas, mas, as pessoas que são realmente inteligentes e têm senso de humor, entendem tudo que passam na mão dos invejosos de plantão e levam na esportiva o monte de bobagem que ouvem. Mas, mesmo depois de escrever tudo isso, ainda me pergunto: se existir, realmente, reencarnação: quero voltar loira ou saudável?? rsrsrsrsr...Brincadeirinha......E, um pouco de inveja das loiras desse mundão afora.    

Bola Murcha e Bola Cheia



No futebol, “bola murcha” é aquele que erra o gol quase dentro da goleira, que chuta o ar e deixa a bola plantada no chão; “bola cheia” é o que sabe tratar a bola com maestria, que a conduz ao gol de maneira suave, como se a tirasse para dançar, pois os pés têm uma sintonia com esse objeto redondo, que causa tanto furor e desejo na ala masculina. Mas, no cotidiano, no dia-a-dia corrido, atribulado de nossas loucas cidades, o que é ser “bola murcha” e o que é ser “bola cheia”? Fico me perguntando  e, incrivelmente, não se tem como medir isso, porque o futebol é algo que engole milhões de pares de olhos, ávidos por lances memoráveis, gols indescritíveis e vitórias (ou derrotas) emocionantes. Como usar esses termos com a pessoa comum, que trabalha suadamente para receber seu salário mensal? Não que os caras que joguem não suem, também; mas, incrivelmente, o salário da maioria deles é bem maior que o da maioria da população que ama futebol e venera seus ídolos. Então, como usar esses termos? Quem seria o bola murcha no dia-a-dia? Aquele que não quer nada com nada, que prefere enfiar a alma dentro de um copo de cachaça para esquecer os supostos problemas; aquele que prefere tirar o bem material do cidadão de bem, que batalhou para conquistá-lo; aquele que usa crianças e inocentes para satisfazer suas taras doentias; aquele que sente prazer em machucar animais? E, o bola cheia? O que passa 12 horas trabalhando e deixa a família em segundo plano? Aquele que sobe degraus na vida e esquece suas origens? O que estende a mão a alguém, mas, não deixa essa pessoa esquecer o gesto? Acho que, Graças a Deus, esses termos divertidos no futebol, não se encaixam dentro da nossa normalidade diária. Porque, a realidade é muito mais complicada; as relações diárias não são fáceis e muitas atitudes quase que não se consegue encontrar explicações. Vamos deixar os “bola murcha” e “bola cheia” dentro de um esporte que nos faz vibrar, que mexe com nosso coração e traz lágrimas aos nossos olhos. Fica mais divertido, cria uma competição saudável e nos faz esquecer um pouco da triste realidade fora das quatro linhas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Natureza X Sentimentos

Esse tempo anda maluco...de manhã, frio; a tarde, calor; a noite, um pouco de cada...isso, quando não despenca um temporal daqueles, que inunda ruas, despeja granizo e envia ventos de quase 100km e, claro, tudo pegando todo mundo desprevenidamente, sem guarda-chuvas ou sombrinha que resolvesse mesmo que estivesse dentro da bolsa. Enfim, essa loucura toda me cansa...literalmente! Antes,  conseguia ficar até tarde na internet, jogando feio maluca; assistia TV e o sono chegava lá pela 1hora, 1h30min, da manhã – agora, quando dá 23h, já estou com os olhos quase grudados de tanto sono. Mas, não é um sono normal; é um cansaço desmedido, aqueles que já levantamos nos arrastando e queremos que o dia acabe logo para voltarmos prá casa e, claro, prá cama....rsrsrsrs...Mas, não é só o tempo que anda doido; as pessoas também não andam muito pacientes, ultimamente e, isso, dentro do ambiente de trabalho, acaba acarretando uma descarga de energia tão negativa que nos afeta de maneira direta.   Me sinto como uma esponja, pois,  certas atitudes mesmo não sendo tomadas contra mim, me afetam, me deixam mal e, sem poder fazer nada, acabo deixando essa energia me pegar e fico mal, sufocada, chorosa e, é uma droga me sentir assim; o que gostaria, na verdade, era de que as pessoas fossem um pouco mais humanas em seus julgamentos, um pouco mais suaves em suas palavras e, claro, mais humildes em  suas atitudes. Como é difícil trabalhar com pessoas de pensamentos, educação e energia diferentes; tudo fica parecendo um “zoológico de emoções”, onde um humano-animal quer mostrar ao outro que pode mais, que é mais inteligente, mais afortunado, mais bonito, mais envolvente, enfim, no final das contas, acaba sendo o mais idiota e, para mim, o mais perdedor, porque com essa preocupação estúpida, acaba perdendo oportunidades de conviver melhor e criar um vínculo de família com colegas que o cercam e já fazem parte de sua vida, mesmo que isso não seja computado em seu micro-cérebro. E, quando chega dezembro, parece que tudo fica mais evidente e, depois de passar 11 meses ouvindo as mesmas besteiras, engolindo alguns sapos, deixando passar algumas piadinhas idiotas, e com tudo se acumulando todo esse tempo, quando o final do ano chega, qualquer olhar diferente é o estopim para uma batalha imaginada só nosso subconsciente, pois, para evitarmos mais estress, acabamos deixando isso para o final de uma lista de coisas desagradáveis e que nos incomodam. Como não brigamos, absorvemos e, absorvendo, bate o cansaço,uma queda em nossa energia interna, desânimo e vontade de ficar sozinhos; por isso, temos que extravasar nossos sentimentos negativos, não apenas caminhando, fazendo ginástica, exercitando o corpo; mas, exercitando nossa vontade de resolver o que nos incomoda, colocar nossos pensamentos em palavras, ocupar o lugar que merecemos e impor o respeito que desejamos. Certamente, não é fácil; mas, será muito mais saudável quando seguirmos nossas metas e, assim, as mudanças de clima não nos afetarão mais, estar perto de pessoas chatas e sem-noção não nos deixarão para baixo e, principalmente, a disposição será o carro-chefe de todas as nossas estações. Então, que o exercício do bem-estar se faça presente em cada um que, em algum momento desse ano, sentiu-se como eu e, não deixe pormenores estragarem seu dia-a-dia: não vale a pena. Boa Sorte!!!