sexta-feira, 25 de julho de 2014
Bingo...Bingo...
Meu pai foi fazer um exame hoje e, como precisava de um acompanhante, fui junto - aliás, mesmo quando não precisa, me faço presente, porque, pai e mãe são nossas preciosidades, somos resultados dessa união, então, tudo que fizermos por eles, é muito pouco perto de tudo que passaram e já fizeram por nós. Voltando à sala de espera dos exames...fiquei prestando atenção no número de idosos que aguardavam sua vez de ser encaminhado a sala de seu exame e, percebi que, a maioria estava desacompanhada, enquanto outros tinham até duas pessoas junto, zelando para que a pessoa se sentisse confortada quando saísse da sala a qual havia entrado. Bem, enquanto aguardava meu pai, notei que algumas, quando chamavam o número de sua senha, saltavam sorridentes e felizes, balançando suas senhas como se tivessem sido premiadas no bingo. Como pode isso?? Gente, era apenas uma chamada para realizar um exame e, pelo que senti do povo que estava ali, exames bem chatos, alguns dolorosos e demorados e, parecia que estavam entrando em um parque de diversões. Mas, ao mesmo tempo que acho essa alegria exagerada e estranha, no fundo, faz sentido; envelhecer é tão cansativo, exige tantas coisas, necessita de pessoas disponíveis, precisa de esforço para encarar o dia-a-dia, a solidão, as modernidades da vida, as dificuldades do viver. Então, o jeito é deixar os velhinhos se divertirem, curtirem o momento, obter ótimos resultados e tocar suas vidas, desejando que estejam acompanhados por pessoas que os respeitem, amem e se preocupem com sua segurança e bem estar. Um dia chegarei lá, também, faceira e pronta para pular quando o número de minha senha for chamada. BINGO!!!
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Meu Sobrinho-Neto-Afilhado
Meu sobrinho-neto-afilhado
acabou de completar 01 aninho. Fico olhando para aquele serzinho crescendo,
descobrindo o mundo ao seu redor, tentando se equilibrar nos primeiros passos -
ainda muito incertos e, observando e absorvendo tudo ainda com um olhar inocente,
totalmente puro. Olho e lembro do impacto que senti quando soube da gravidez da
minha sobrinha, um pouco filha também e, a semana que sofri, pensando em tudo o
que ela estava desistindo de fazer em prol dessa gravidez, planejada ou não,
fiquei pensando nas oportunidades que perderia, viagens, trabalhos, momentos na
idade dela que, infelizmente, só se vive uma vez. Depois do choque, de
reflexões, de muito olhar para dentro de mim e questionar minha própria
atitude, percebi que, mesmo ainda abalada, eu precisaria estar ao lado dela,
participar desse momento tão iluminado para tantas mulheres. Fiz isso! Ligava,
papeava, saía para lanchar, acompanhava nas consultas, enfim, me aproximei e
conquistei o espaço de tia-avó que já era meu por direito. E, hoje, 01 ano
depois, descobri que todo aquele medo e impacto que senti quando soube da
gravidez, foram infundados – não totalmente, porque ter medo do desconhecido
faz parte da nossa essência. Percebi que minha sobrinha, apesar de seus 21
anos, é uma mulher madura, preocupada com o bem estar de sua cria, uma mãe
dedicada, apaixonada e que, se for preciso, defenderá aquele ser indefeso, com
unhas, dentes e o que tiver pela frente. Me descobri encantada e apaixonada
pelo pequenino que veio trazer muitas alegrias para todos nós, que nos
aproximou mais, que fortaleceu ainda mais os laços familiares. E, no primeiro
aninho dele, vendo todo aquele filme passar diante dos meus olhos, chorei.
Chorei de emoção por ver o quanto minha sobrinha havia conquistado de maturidade
e maternidade, mas, principalmente, chorei por lembrar de uma pessoa que, com
certeza, de onde está e tanto quanto um de nós, também está orgulhosa dessa neta que tanto
amou e, apaixonada por esse bisneto que não conheceu nesse plano físico: minha
mãe. Emoção é amor. Emoção é tudo na nossa vida. Emoção, para mim, é a certeza
de que tudo está dando certo. E tudo está, com certeza!
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