domingo, 30 de janeiro de 2011

O Ser mais inteligente do mundo...

Sou católica, creio em uma força maior que, entre nós, é conhecida por “DEUS”; sinceramente, não freqüento igrejas, mas, não deixo de fazer minhas orações ou acender uma vela. A oração, na verdade, é mais um papo cabeça com Deus, agradecendo coisas boas recebidas e, claro, as ruins também – afinal, são essas coisas ruins que nos fazem mais fortes e aumentam nossa fé; a vela, acendo nas terças (dia da semana em que nasci e dia de São Jorge, meu guia de cabeça – me falaram isso e, quando duas ou três pessoas diferentes, que entendem mais que eu do assunto, dizem algo assim, eu acredito) e, domingos –para agradecer a semana que passou e, se possível, iluminar a que está iniciando. Mas, tem coisas que me deixam em dúvida e fico me questionando e, óbvio, tocando no assunto com algumas pessoas nas quais sei que não vou encontrar nenhum tipo de “represália” por expor minhas questões:
1º-Porque nos ensinam que Deus é bondade, é amor, mas, não podemos contrariá-lo para não sermos castigados, para que não derrube Sua ira celestial sobre nós? Sinceramente, nunca entendi isso e, quando ia à Igreja, corria para me confessar e poder ser abençoada pelo padre para não receber nenhum tipo de castigo divino. E, claro, os “pecados” eram os mais idiotas possíveis: “botei língua para minha irmã”; “lambi o pirulito dela enquanto ela não olhava”; “escondi a borracha do meu colega”; “xinguei meus pais em pensamento” – dá para imaginar que, nos dias de hoje, isso seria aceito como uma confissão? O padre me correria, certamente; hoje, as confissões são (acho eu, ok??): “padre, dormi com o fulano, o beltrano, etc...”; “tô grávida, não sei quem é o pai”; “bati no fulano porque me mostrou a língua”; “joguei uma cadeira na ‘sôra’” – esses, sim, são pecados confessáveis – na igreja e em frente ao delegado.
2º-Já pensaram que esse mesmo Ser, essa força denominada “DEUS”, foi - e ainda é – a criatura mais inteligente do mundo? Nós e os animais fomos criados com vontade própria (mesmo que, no meio do caminho, encontremos alguém que queira pensar por nós); não temos botão liga-desliga, nem manual de instruções e, talvez, por isso, tanta bobagem vem sendo feita no decorrer de milhões de anos. A culpa de tudo isso é do homem das cavernas que descobriu a roda e o fogo – criaram o caos, porque o mundo acabou virando essa “ruela (roela??)ardente” prestes a explodir no meio de tanta tecnologia, novas descobertas e pouca civilidade. Tenho muito mais questionamentos sobre tudo isso e, se Deus, realmente, descansou no sétimo dia, foi aí que a confusão começou; o povo é malandro – fechou o olho, tomam conta e a festa começa, regada a cerveja, pagode, caras bombadinhos e mulheres bundudas. Apesar de tudo isso, ainda acredito que nossa fé nos move sempre para o caminho mais adequado à nossa necessidade do momento e que, essa mesma fé, nos mantém firmes, fortes e de pé, para que não desanimemos frente ao primeiro obstáculo. Não podemos desanimar porque, por mais demorada que possa ser, nossa graça sempre vem e, coroada de muitos sorrisos e esperanças renovadas.

Amém!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Onde foi parar....


Onde foi parar a minha vivacidade? E, minha vaidade, quem roubou? Não sei se é o calor, o horário louco que vivemos no verão – tudo acontece mais cedo e acabamos indo dormir bem mais tarde; a falta de vontade de qualquer coisa; o cansaço descomunal que se abate sobre mim ao final de cada dia e, conseqüentemente, o sono chega, mas, aos poucos e, quando me dou conta, já passa da ½ noite – capoto bonito e nem vou ao banheiro na madruga (um costume que tenho, aliás). Não sei de quem é a culpa; não quero saber, na verdade, porque se for minha, preciso recuperar tudo o que tenho deixado passar ao meu lado (pintura e corte de cabelo, uma maquiagem um pouco mais trabalhadinha, um saltinho...etc) e que faço questão de não enxergar. Mas, se a culpa for do tempo, vou esperar acabar o horário de verão e reencontrar, novamente, o meu “eu” faceiro, vaidoso e cheio de malícia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sonhando com R$R$R$




Tem dias que fico completamente fora da casinha e passo a sonhar – meu passatempo favorito, aliás; e, imagino que ganhei uma grande bolada, pago as contas, acerto o lado financeiro, asseguro o futuro dos meus sobrinhos, ajudo um ou outro familiar (ou vários deles), guardo uma graninha para meu cantinho numa Clínica de Repouso – para quando chegar aos 70 e ninguém mais suportar meu mau humor, minha falta de paciência, minhas eternas e, na maioria das vezes, infundadas reclamações e exigências. Todo idoso exige: exige atenção, exige disciplina, enfim, exige tudo o que nunca fez no frescor da idade, onde, aprontou todas: bebeu muito, viajou demais, transou bastante; aproveitou cada momento “como se não houvesse amanhã” e, agora, quando virou um senhor ou senhora, resolveu colocar em prática a disciplina, pelo que não pode mais fazer, até porque, muitas peripécias de antes, exigem muito mais flexibilidade, mais rapidez e um pouco mais de sensualidade, então, acaba ficando o verdadeiro moralista de cuecas. Mas, voltando...quero ir para um lugar com uns velhinhos bem safados e que ainda causem arrepios – mesmo que na retirada da dentadura...não quero ir para um lugar onde pareça que aquele local é o limite entre a vida que estou deixando e a morte que me espera, sorrateiramente, do outro lado. Quero um lugar legal, cheio de vida, com muitas histórias interessantes, rugas bem vividas, cabelos brancos bem resolvidos e sem assuntos proibidos (lá pelos 60, vou reconhecer tudo isto em cartório) – na verdade, quero uma velhice feliz na continuação da minha tenra idade que é muito feliz. Só que, antes disso, quero curtir minha grana, claro; então, depois de reservar meu cantinho, vou comprar uma bela casa na praia, grande, arejada, com vários quartos, de frente para o mar; levar as pessoas que gostam de uma vida calma e confortável para desfrutar comigo momentos legais, em família. Quero me divertir com meus sobrinhos, viajar, aproveitar a vida de forma tranqüila, sem me preocupar com o que pagar no final do mês e sem ter que deixar de adiar momentos de lazer para uma hora qualquer em que o dinheiro resolva sobrar. São sonhos? São. Mas,no marasmo em que anda a vida, nada melhor do que sonhar. E, se é para sonhar, vamos sonhar grande!

Burrice ou faz de conta?


Ás vezes, fico na dúvida se as pessoas são burras, se emburrecem no caminho ou, simplesmente, decidem passar essa imagem para que não sejam atropeladas por muito trabalho. Tenho presenciado cenas incríveis, onde a ignorância parece prevalecer e deixa no ar a sensação de que não sabemos nos expressar ou que, de repente, não falamos a mesma linguagem do outro. Em uma reunião de trabalho – na qual, até o momento, não sei porquê estava lá, percebi que o nível de estresse e a falta de boa vontade para “tentar” entender o outro anda muito abaixo do nível e, na minha pobre opinião, é zero mesmo. As pessoas (algumas) parecem não querer ouvir o que o outro tem para falar, querem colocar a sua idéia como a certa e ponto final. Pior que, até eu que estava me sentindo uma mosca tonta, estava entendendo o assunto e, quem deveria estar por dentro de tudo, opinando de forma racional, ajudando com idéias, estava tratando tudo e todos com ironia, grosseria e falta de bom senso. No final, fiquei me perguntando: “Por que, Senhor? Por que a cada 04 anos a vida do funcionalismo, os rumos do Estado, são cortados por entraves e pessoas que deveriam estar em outro lugar que não em uma mesa de reuniões, onde tenta-se buscar um pouco mais de seriedade e veracidade para o crescimento de todos e, principalmente, para o andamento correto e rápido do trabalho. Sinto que estes serão os 04 anos mais longos da minha vida, antes de me aposentar, em 2015.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Condor e Com Dor...

Descobri que existem dois tipos de Condores: Condor dos Andes - símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile; é a maior ave voadora do mundo e a que tem a terceira maior envergadura de asas, com 3,2 metros. Condor da Califórnia - possui pernas e pés acinzentados, bico marfim, íris castanho-avermelhada e um colar de penas negras circundando a base do pescoço.E, nessas minhas curiosidades, descobri “a” Condor Brasileira - ave que se reproduz enlouquecidamente se não usar contraceptivo, que ocupa muito espaço, que se produz para ir até a esquina, que não sai sem perfume, batom ou um par de brincos – por mais simples que sejam. Habita no País inteiro, não tem um lugar próprio. Possui belos pares de pernas, a maioria com pés pequenos; todos os tons de peles; as jovens, trazem o total frescor da vida, com sua beleza e inocência naturais; as de meia idade, curtem a vida, são diretas, seguras e buscam viver o momento; as que passaram dos 45, não se movimentam em uma boa academia ou não dão uma bela caminhada, como eu, são o verdadeiro exemplo da Condor Brasileira: com dor o tempo inteiro – dói o braço para carregar sacolas, dói o ombro com o peso da bolsa, dói a perna pelo salto 5 cm, dói o pé com o sapato fechado, dói o olho com a luz mais forte, dói a cabeça com as preocupações diárias, enfim, dói tudo e, principalmente, o bolso ao visitar médicos e médicos para acabar com todas essas dores. Mas, resolvi que o melhor remédio para resolver algumas dores – quando “rir” não funciona, é beber uma ceva bem gelada e deixar a vida me levar..... ou, sentar e escrever bobagens para desencucar um pouco...tudo vale a pena para esquecer qualquer problema. Com dor ou não!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

2011...só em Março

Primeiro mês de 2011 e, nada, absolutamente nada, aconteceu de novo na vida da gente!!! E, essa constatação me leva, mais uma vez, a dizer que o mudar do ano é apenas uma coisa normal, natural e que já está incrustrada nas nossas vidas, nos calendários existentes pelo mundo afora. Começa com janeiro, fevereiro e estende-se ate meados de março, levando alguns para a praia e deixando outros tantos na cidade, sofrendo, se rasgando com o calorão incandescente que incendeia nosso dia-a-dia, bem distante do frescor do litoral. Meados de março a novembro – na verdade, no Brasil, o ano começa em março, então, é desse mês em diante que a vida começa a funcionar; e, nesses meses a miscelânea estará pronta: virá uma mistura de calor, frio, chuva, inundações; problemas com a saúde, com as finanças; o pobre mais pobre, o rico mais rico; as promessas políticas de melhorias correndo pelo esgoto; escândalos, novos ídolos, ídolos velhos esquecidos. Enfim, quando o final de novembro chega as coisas começam a suavizar: dezembro vem vindo e, com ele, o Natal – época de doações, de encontros familiares, reencontros com quem estava sumido ou havia se desentendido; época de solidariedade, de campanhas;de gastar o que se tem e o que não se possui, nos supermercados, nas lojas, no boteco da esquina. Passa o Natal e o ano começa a chegar ao seu final, apoteótico, com rojões, tiros disfarçados de “bombinhas”, muito champanhe, comilança, beberagem...uns para afogar as mágoas do ano que está acabando e tentar deixar os problemas nele e, outros, para receber o novo ano com alegria (mesmo que cheia de álcool), mostrar para esse novo ano que ele não será igual ao que foi embora, será muito bom, muito produtivo e farto. Mas, quando a ressaca passar e o ano novo já estiver bem instalado, aí, sim, ele começa e, infelizmente, a dor de cabeça, também.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Desnudando a mudança..

Descobri, infelizmente, que mudanças, além de assustar a maioria, trazem à tona também, o lado obscuro de algumas pessoas – eu disse “algumas”, não todas. Esse, parece ser o momento da purpurina brilhar mais ainda; o “timing” certo para detonar o colega que, por menos que faça fazendo alguma coisa, acaba não fazendo nada e vira o maior sem serventia da casa. É o momento de resgatar o passado e encher folhas e folhas para entregar um curriculum invejável, mesmo que o tempo de vida profissional esteja se esgotando. É a hora certa, perfeita, de aceitar o “ParTido” que, antes de chegar ao poder, era odiado, desprezado e suas 02 letrinhas eram cuspidas como veneno a queimar suas línguas. Os amores declaradamente cantados aos 04 ventos dão lugar aos novos que, rapidamente, tornam-se inseparáveis e insubstituíveis (mesmo que completamente desconhecidos). Os horários mudam, radicalmente: 10h viram 08h30min, com pontualidade britânica; 16h passam a seu horário original de saída: 18h, 18h30, 19h ou, o melhor horário para se mostrar, para, digamos, “vender o peixe”. Realmente, fico assustada com essa exposição toda, sem que se pense por um minuto sequer que, o mundo gira rapidamente, impérios são destruídos em minutos, quem está por baixo hoje, amanhã poderá estar em outro patamar e, por conseqüência, buscar ir à forra. Fico triste com a constatação de que, atualmente, o quesito “competência” esteja equivocado na mente de alguns e que, esses mesmos “alguns” esqueçam que ninguém engana muitos por muito tempo. Nunca me senti tão triste, frustrada e preocupada como hoje – não por querer que me enxerguem, nada disso: não quero vender minha alma por um bocado de merrecas (que viriam muito bem, diga-se de passagem), mas, por perceber que pessoas inteligentes, talentosas e com capacidade, caíram nas garras da “oportunidade” de subir, conseguir algo um pouco melhor, tirar o outro da jogada, mesmo que, por míseros e rápidos 04 anos – ou, menos, às vezes.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Beijos matinais...

Manhã começando com beijo...através da janela da lotação, parada em um sinal, percebi o casal despedindo-se apaixonadamente...abraços, beijo e pé esquerdo levantado, como naqueles filmes românticos e mais antigos, onde o beijo do homem da sua vida mexe tanto com seu coração e seu corpo, que o sinal de que o carinho está agradando é dobrar a perna e manter o pé em linha reta, apontando para o chão. E, claro, fiquei divagando sobre isso, antes de abrir o livro que estou lendo (a menina que não sabia ler), pensando em todos os casais apaixonados que, naquele mesmo momento, em lugares diferentes, estariam praticando o mesmo gesto de despedida. Não tenho este tipo de despedida faz muito tempo e, sinceramente, não fiquei com inveja da cena que presenciei (até, porque, o cara nem fazia meu tipo...apesar de, já ter dito antes, depois de uma certa idade, não existe mais o tipo certo); fiquei, apenas, imaginando se eram namorados recentes, casados há pouco tempo ou, até amantes, quem sabe... Falo isso, porque não é comum encontrar casais de 15, 20, 30 anos, demonstrando esse tipo de intimidade em público; quando essa intimidade existe, é feita entre quatro paredes, sem expectadores. Me pergunto: porque esse frescor do início de uma relação vai morrendo com o passar do tempo, com o melhor conhecimento do outro? O que muda? O que acontece, de verdade? Acaba o desejo? A excitação pelo toque do outro vai para onde? A intimidade acaba sufocando o desejo do dia-a-dia? Sei que são perguntas que – penso eu – ninguém consegue responder, até porque, relacionamentos não são fáceis; não é fácil o relacionamento com nosso interior, imagina com o do outro....Mas, foi bom ver que ainda existem pessoas que não têm vergonha de amar e mostrar isso e, mesmo não sendo eu envolvida naquele abraço, a visão me fez sentir que ainda existe esperança de novos amores, novos abraços, novos pés levantados quando a boca certa beijar a nossa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tudo novo... mesmo???

O ano novo já chegou. É 2011. Mas, fui só eu quem percebeu que a virada não foi tão festejada como em anos anteriores? Nem vi o relógio bater ½ noite...de repente, percebi minha sobrinha me abraçando e desejando feliz ano novo e, juro, nem tinha tomado todas ainda....estava leve, mas, sóbria. Bem, e chegando 2011, os desejos de mudanças, de novas esperanças, de novas realizações, de novo emprego, de novo namorado, de perder os quilos que sobram, ficam mais evidentes e mais presentes, claro. Só que isso vai durar, no mínimo, até a primeira cerveja sorvida de maneira prazeirosa, debaixo de um guarda-sol, encarando o marzão de qualquer praia que seja, sem se preocupar com a gordureba que se instalará em toda a extensão de nosso ser. E, neste ano, em especial, o local em que trabalho há mais de 25 anos, foi extinto – de uma secretaria, fizeram duas e uma agência e, claro, ficamos no limbo. Um pedaço foi para um andar e outros dois dividiram-se em dois andares e, eu com mais muitos outros colegas, ficamos no meio de duas, exatamente, no limbo...no sentido figurado, claro. E, depois de muitos anos de casa e, de saber que essas trocas de governo acabam viradas apenas em troca de paredes, troca de carpetes e outras bobagens mais, senti receio nessa mudança. Tudo está muito, digamos, no ar; ninguém diz nada – quem sabe o que vai acontecer, não se manifesta e quem não sabe de absolutamente nada, inventa muitas e distorcidas hipóteses, deixando a maioria em estado de alerta. Não que eu vá perder meu emprego, mas, a dúvida da mudança, a incerteza do que vem pela frente nos assusta, nos deixa sem saber para onde ir, o que fazer, em quem confiar. Gente, quase 30 anos de trabalho e uma mudança de governo, ainda, não é bem digerida. Não importa o partido, a sigla, a religião, a opção sexual; o que importa é que seja um governo honesto, humilde e mais humano. Será que isso é possível ou viável????