terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Amor de Tia...



Reza a lenda que  "não existe amor maior que amor de mãe"...acredito nisso, claro, como não...porque mãe é tudo, sabe tudo, observa  tudo, perdoa tudo e, está sempre lá, para o abraço, o aconchego e o auxílio. Mas, outro amor também é quase isso..quase...amor de tia, pelo menos o meu . Meus sobrinhos são meu tudo, misturam meu sentir: têm dias de amor, raiva, ódio, implicância, chatice...mas, são eles que  me mantém atualizada de tudo, mesmo sem que percebam isso.  Eles me  apresentam a música que está bombando, o novo grupo ou cantor, um novo filme, sobre as coisas do nosso time .....é, até nisso participamos juntos. Então, amor de tia também tem algum poder e, sinceramente, uso e abuso disso sempre que posso. Acho que a junção de duas forças maiores que tudo: mãe e vó, resultam em tia...um título lindo, que deixa de ser somente título quando se é apaixonada pelos sobrinhos. Tia ensina, afaga, ouve, estraga, se entrega, baixa a guarda, abre o  coração e, quando dizem que só quem é mãe sabe o que é isso, está sendo egoísta e falando bobagem; a diferença no amor - se é que ela existe, é que o filho saiu das entranhas de uma e caiu direto no coração da outra; a preocupação, a ansiedade, os sonhos de ambas para essas criaturinhas, são os mesmos: que sejam plenos e felizes. Então, da próxima vez que  pensarem algo parecido, vejam para quem (ou de quem) estão falando.  Para mim, meus sobrinhos são meus filhos de outras vidas, são um complemento  da minha própria existência e que me fazem um bem danado: amo o jeito carinhoso do Gabriel, me divirto com o jeito implicante do Rafael e me derreto pela maturidade da Thaís. Meus sobrinhos são, em um plano astral qualquer, meus filhotes sim....são companheiros, amigos e parceiraços que, com certeza, contarão sempre com a minha presença e amizade. Amo com amor de mãe, com alegria de vó e, com orgulho de ser tia e ter sido abençoada com essas 03 pessoinhas que me conquistaram para todo o sempre.



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Conforto ou Não

O transporte público é uma bosta, todo mundo sabe: atrasam horários, super lotação, enfim, tudo errado. E, andar de lotação, não anda sendo lá essas coisas tb...As pessoas têm ar condicionado, não anda lotada, ninguém fica esfregando o rabo na tua cara, todo mundo sentadinho nos seus lugares...Então, porque entrar, sentar e jogar o banco para trás, como se fossem para Santa Catarina?? É confortável? Claro...Mas, quem está atrás não fica confortável, fica encurralado, fica irritado porque a pessoa não se digna a olhar para ver quem está sentado atrás, para ver se tem criança no colo, sacolas nas mãos...Querem é se esticar, dormir...numa viagem de, no máximo, 30min....Acho que deveriam travar os bancos em viagens curtas, até porque, algumas pessoas ficam sem jeito de pedir para o da frente ajeitar o banco e, às vezes, mal conseguem passar entre o banco da frente e o que escolheu para sentar....Todo mundo quer conforto..ok, concordo...mas, poderiam estar confortáveis também com o conforto do próximo....

Emoções Matinais


Realmente, o centro de POA nos proporciona emoções fortes já nas primeiras horas da manhã...Um carregador de engradados com refrigerantes, simplesmente, deixa as caixas se espatifarem sem dó nem piedade, perdendo muito líquido da preciosa carga...Mais adiante, dois moradores de rua se engalfinham - um tentando reaver algo que o outro subtraiu de um terceiro, de idade mais avançada mas, não menos valente, porque foi atrás e queria que a coisa se resolvesse somente entre ele e o "furtador", chamando o trombada para a briga. Muita emoção, né??? E, no clarão que se abriu em plena parada de ônibus, surgiu o cara do "deixa disso", em forma de um homem trabalhado no rastafari e com quase 2 metros de altura. Tudo se acalmou e, pelo que pude perceber, o roubado recuperou o seu pertence, o "roubante" continuou seu caminho e o cara que ajudou não virou herói....Herói, para mim, foi o cara do rastafari que teve peito para entrar no meio de dois caras que, infelizmente, pelo olhar da sociedade, não tem nada a perder e poderiam ter qualquer tipo de arma para se defender. Mas, apesar de serem moradores de rua, ele olhou os dois com olhos de humanidade, de solidariedade, sem preconceito ou discriminação, mesmo que um, aparentemente, tenha cometido um delito. Enfim, tudo parece ter se ajeitado. O ônibus chegou , graças a Deus....Não gosto de ver gente se batendo numa fúria selvagem, não importa o motivo, cenas assim não me fazem bem . Ah, os cacos das garrafas de refri estavam sendo recolhidos, o roubado passou faceiro pela vitória sobre o "roubante" e, a polícia......Oi????

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Reflexões do ano

As velhas e boas reflexões de final de ano estão de volta.....Me vi repensando o ano que passou e, graças a Deus, foi um ano muito bom...Especial, eu diria. Iniciei uma nova etapa na minha vida profissional e, até o momento (desejando que perdure por muito mais tempo), tudo está bem; estou me sentindo relaxada, tranqüila, com vontade de trabalhar, sem preguiça de levantar pela manhã e ficar me maldizendo por ter que sair de casa. Muitas coisas boas aconteceram, novos conhecimentos, novas pessoas, afastamentos, relações cortadas. Aliás, essa parte das relações cortadas, ficou muito tempo na minha cabeça e eu tentando achar onde errei, descobrir a bobagem que fiz para essas pessoas saírem da minha vida. E, amizades com muitos anos de duração acabam virando quase um relacionamento e, como em um relacionamento, quando algo se quebra, alguém sempre tem que se culpar, assumir o erro. Mas, sinceramente, cansei de procurar meu erro, quando acontece algo assim, duas pessoas erraram, pois, qualquer relação precisa de duas (ou mais) pessoas. Parei de procurar o erro quando me dei conta que Deus só nos dá aquilo que Ele acha que somos capazes de carregar, assumir, suportar. E, também, quando Ele acha que o tempo que determinou para tal fato existir, chegou ao seu final, cumpriu seu propósito nessa vida terrena. Já lamentei muito essas rachaduras e, já chorei, sinceramente - não tenho vergonha de assumir isso, mas, hoje, nesse momento, agradeço por essas pessoas terem feito parte da minha vida, terem estado ao meu lado e dividido momentos legais - e até aqueles em que o desespero bateu - comigo. Desejo que cada uma dessas pessoas encontre a felicidade em tudo o que for fazer e sejam plenas de vida, eu estou sendo e muito. E, nas reflexões anuais, percebe-se que o que se perde de um lado, ganha-se em dobro do outro - eu ganhei. Entraram pessoas muito especiais na minha vida e, mesmo que essas amizades não cheguem aos 20, 30 anos das que perdi, com certeza elas são tão importantes quanto. Se " todo mundo tá feliz", só a Xuxa para dizer...mas, eu, de verdade e, sempre agradecendo a Deus pela oportunidade de estar vivendo tudo isso, estou feliz, em paz com minha consciência e meu coração. Se tiver alguma culpa entranhada, um dia essas faltas serão expiadas na eternidade. Que nosso ano - que está acabando, continue iluminado e repleto de bênçãos, momentos de alegria e cumplicidade, fé e emoção.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Viajando no Papo dos Outros



Ando em um momento "imã" para todo tipo de conversa, onde quer que eu esteja, em cada ida ou retorno do trabalho, meus ouvidos resolvem captar todo tipo de assunto. É tanta informação que, em alguns casos, dá uma vontade louca de dar um pitaco nos assuntos que é difícil segurar a língua. Ouvi que a "Ariela" não respeita ninguém, é mal-educada e o "Fulano" é um boca aberta, não diz nada, não chama a atenção dela...What??? O que a criatura fez??? Baixaram a voz porque???Droga, o som da lotação é mais alto que a voz da mulher que reclama da tal Ariela - bonito nome, aliás. Teve o cara que, de dentro do ônibus, resolveu ligar para algum lugar e reclamar da carne - da carne, você entendeu?? - com um sotaque nordestino tri forte, carregado naquela malemolencia característica das terras lá de cima. A reclamação continuou: disse que o macarrão virou uma papa horrorosa e, comparou o tal macarrão a massa de passar no carro, para consertar algumas partes da lataria - não estou exagerando, ele deu todos esses detalhes, pelo celular. Falava alto, perguntava se atendente conseguia ouvir e entender o que ele estava falando e, eu, assim como alguns passageiros sentados próximos a ele, estávamos fazendo o possível e o impossível para não caírmos na gargalhada. A situação era bizarra. E, no final, não vou saber se a reclamação foi bem recebida, se resolveram a situação e, o mais importante, qual a ligação da tal carne - já que ele reclamou de um açougue, com o macarrão ter virado papa. O boi que virou carne comeu algum tipo de coisa tóxica que derreteu o macarrão? A carne não era Friboi? Ah, e a melhor foram duas mulheres que embarcaram no ônibus, sentaram atrás de mim e começaram a conversar. Uma delas começou a contar sobre algo que tinha lido no jornal, antes de sair de casa e, enquanto falava, ria, ria muito. Era sobre um taxista que comprou um táxi novo e os primeiros passageiros foram duas mulheres com os filhos e, uma delas troca a criança, depois descem e ele começa a sentir um cheiro ruim dentro do carro. Pára o táxi, revisa o carro e descobre que a mulher esqueceu a fralda premiada da criança, embaixo do banco. Gente, eu ouvia ela contar e rir ao mesmo tempo que, sinceramente, quase virei para trás para rir junto, me enturmar e descobrir onde ela havia lido sobre aquilo. Desci antes delas, mas, a viagem foi divertida, aliás, todas têm sido, pois, mesmo sem saber, as pessoas proporcionam momentos de muita descontração e, mesmo que por segundos estejamos com raiva, frustrados, desesperançosos, essas viagens fazem tudo virar pó e dão um "up" no astral e melhoram nosso ânimo. Toda viagem descontraída acaba valendo a pena e fazendo o dia passar mais rápido. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Andando em Rodas


Andar de ônibus, lotação, trem ou qualquer meio de transporte com rodas, que não seja uma cadeira, claro, torna as viagens muito divertidas, interessantes e, algumas vezes, esclarecedoras. A semana fica cheia de pequenos e rápidos momentos que duram, exatamente, o tempo da viagem e que podem dar o tom de como será nosso dia. Na segunda-feira, sentados no banco em frente ao meu, vinham dois pombinhos, totalmente envolvidos um no outro, arrulhando como se fossem as únicas pessoas dentro da lotação e esfregando na cara de todo mundo que estavam apaixonados – na verdade, na minha cara, pois estava sentada atrás deles e, se resolvessem deitar o banco, eu estava ralada, pois a cenas de beijos, afagos e sei lá mais o quê, ficaria mais explícita ainda...Não sou contra o amor ou, a demonstração dele em público, mas precisa ser às 07h30min de uma segunda-feira, cinzenta, úmida, com cara de que vai ser muito chata? Precisam ficar soltando coracõezinhos sob suas cabeças a cada pegar de mão, beijo na bochecha, afago no cabelo? Não desacreditei do amor, não...juro! Mas, na segunda, todo mau humor é perdoado, né? Então, me deu vontade de cutucar os dois e dizer que aquilo vai passar logo, aquela paixão não é eterna, aproveitem enquanto existe todo esse fogo, essa loucura um pelo outro e por estarem juntos....Que maldade! Mas, era segunda, lembram??? Bem, quando desci, todo o sentimento de revolta – e um pouco de invejinha – já tinha virado cinza, como o dia lá fora e, pasmem, a segunda foi light, tranquilaça......rsrsrs...Na terça, o motorista da lotação foi o personagem do dia, mas, totalmente “crazy” – ele fala sozinho, expõe as idéias sobre moradores de rua e o Governo, dá soluções para os problemas de ambos e fala, fala e fala....sem retorno de ninguém....É um cara tri novo, mas, como não é a primeira vez que pego a lotação com ele, percebi que deve ter algum problema....olha, certinho, certinho, ele não é, mas, com certeza, revoltadésimo total, com tudo....E, enquanto ele queria acabar com os moradores de rua que não aceitariam receber a ajuda que ele, supostamente, daria se conseguisse que o Governo ouvisse suas idéias, eu vinha rezando para que Deus não resolvesse puni-lo,  por dizer tanta besteira, comigo dentro da lotação.....Ei, sou do lado “bom da força”, Senhor....Não tenho nada a ver com os devaneios desse condutor maluco. Quando chegamos ao centro, ufa....respirei aliviada e, quase arrulhando como os pombinhos de segunda, soltando coraçõezinhos em agradecimento por ter descido inteira e sem ter pego toda aquela frustração visível e palpável que o rapaz exalava pelos poros. Ótima semana a todos nós!!!!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bingo...Bingo...



Meu pai foi fazer um exame hoje e, como precisava de um acompanhante, fui junto - aliás, mesmo quando não precisa, me faço presente, porque, pai e mãe são nossas preciosidades, somos resultados dessa união, então, tudo que fizermos por eles, é muito pouco perto de tudo que passaram e já fizeram por nós. Voltando à sala de espera dos exames...fiquei prestando atenção no número de idosos que aguardavam sua vez de ser encaminhado a sala de seu exame e, percebi que, a maioria estava desacompanhada, enquanto outros tinham até duas pessoas junto, zelando para que a pessoa se sentisse confortada quando saísse da sala a qual havia entrado. Bem, enquanto aguardava meu pai, notei que algumas, quando chamavam o número de sua senha, saltavam sorridentes e felizes, balançando suas senhas como se tivessem sido premiadas no bingo. Como pode isso?? Gente, era apenas uma chamada para realizar um exame e, pelo que senti do povo que estava ali, exames bem chatos, alguns dolorosos e demorados e, parecia que estavam entrando em um parque de diversões. Mas, ao mesmo tempo que acho essa alegria exagerada e estranha, no fundo, faz sentido; envelhecer é tão cansativo, exige tantas coisas, necessita de pessoas disponíveis, precisa de esforço para encarar o dia-a-dia, a solidão, as modernidades da vida, as dificuldades do viver. Então, o jeito é deixar os velhinhos se divertirem, curtirem o momento, obter ótimos resultados e tocar suas vidas, desejando que estejam acompanhados por pessoas que os respeitem, amem e se preocupem com sua segurança e bem estar. Um dia chegarei lá, também, faceira e pronta para pular quando o número de minha senha for chamada. BINGO!!!



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Meu Sobrinho-Neto-Afilhado


Meu sobrinho-neto-afilhado acabou de completar 01 aninho. Fico olhando para aquele serzinho crescendo, descobrindo o mundo ao seu redor, tentando se equilibrar nos primeiros passos - ainda muito incertos e, observando e absorvendo tudo ainda com um olhar inocente, totalmente puro. Olho e lembro do impacto que senti quando soube da gravidez da minha sobrinha, um pouco filha também e, a semana que sofri, pensando em tudo o que ela estava desistindo de fazer em prol dessa gravidez, planejada ou não, fiquei pensando nas oportunidades que perderia, viagens, trabalhos, momentos na idade dela que, infelizmente, só se vive uma vez. Depois do choque, de reflexões, de muito olhar para dentro de mim e questionar minha própria atitude, percebi que, mesmo ainda abalada, eu precisaria estar ao lado dela, participar desse momento tão iluminado para tantas mulheres. Fiz isso! Ligava, papeava, saía para lanchar, acompanhava nas consultas, enfim, me aproximei e conquistei o espaço de tia-avó que já era meu por direito. E, hoje, 01 ano depois, descobri que todo aquele medo e impacto que senti quando soube da gravidez, foram infundados – não totalmente, porque ter medo do desconhecido faz parte da nossa essência. Percebi que minha sobrinha, apesar de seus 21 anos, é uma mulher madura, preocupada com o bem estar de sua cria, uma mãe dedicada, apaixonada e que, se for preciso, defenderá aquele ser indefeso, com unhas, dentes e o que tiver pela frente. Me descobri encantada e apaixonada pelo pequenino que veio trazer muitas alegrias para todos nós, que nos aproximou mais, que fortaleceu ainda mais os laços familiares. E, no primeiro aninho dele, vendo todo aquele filme passar diante dos meus olhos, chorei. Chorei de emoção por ver o quanto minha sobrinha havia conquistado de maturidade e maternidade, mas, principalmente, chorei por lembrar de uma pessoa que, com certeza, de onde está e tanto quanto um de nós,  também está orgulhosa dessa neta que tanto amou e, apaixonada por esse bisneto que não conheceu nesse plano físico: minha mãe. Emoção é amor. Emoção é tudo na nossa vida. Emoção, para mim, é a certeza de que tudo está dando certo. E tudo está, com certeza!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Janela Fica Aberta!!!


Como é difícil a convivência com quem nos cerca, não concordam? Fico observando algumas coisas no dia-a-dia e, infelizmente, percebo que o mundo anda sem paciência, sem finesse, sem educação ou respeito ao próximo. Outro dia, entrei na lotação, sentei na “cozinha” (para poder abrir a janela sem ninguém encher o saco, pois, o povo parece ter medo de vento na cara) e, de repente, entra um cidadão, cara amarrada, vem direto para o fundo da lotação, senta, deixando um banco de espaço entre nós e, sem cerimônia nenhuma, estende o braço e fecha a janela, num puxão só. Assim. Sem sequer pedir licença. Eu, como uma pessoa educada, olhei para ele e disse que não dava para deixar a janela fechada, pois não havia mais nenhuma aberta e estava abafado ali dentro. Ele, com uma simpatia de fazer o pior dos algozes chorar de joelhos, disse: “então abra que o vento pegue só em você”. Na hora, me deu vontade de mandar ele para bem longe; não um longe legal, mas um longe onde ele se ferrasse de vez, mas, o ser superior dentro de mim, falou mais alto e, simplesmente abri a janela, com um vão menor para não melindrar o Senhor ao meu lado e fiquei na minha, bem quieta, desejando que encharcasse a careca quando descesse. O cara era jovem, mas, totalmente emburrado, com semblante envelhecido e, pela reação à janela aberta, totalmente, também, destemperado de calor corporal e bom humor. Se já não é fácil conviver com as pessoas que pensam como nós, imagina com quem pensa diferente? Mas, acho que a questão maior, ainda, é a educação, a falta de tentar entender o outro, aceitar os defeitos alheios e os seus próprios. Tudo seria mais fácil se as pessoas se ajudassem, se doassem e usassem um pouco do que existe de humanidade dentro do seu cérebro. Infelizmente, enquanto existirem trogloditas como meu companheiro de lotação, o mundo vai continuar acinzentado e cheio de gente mal-humorada e mal-amada. Não dá para generalizar, claro, mas, temos que ter jogo de cintura para que essa “infelicidade” não seja contagiosa.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Chegando o Inverno


O inverno “ainda” não chegou. Nosso vento minuano “ainda” não começou a açoitar nossos rostos, enrolar nossas pernas e  nos fazer tremer nas bases. O outono estará presente, ainda, em mais uns 12 dias, até que o inverno chegue e tome conta do posto por 03 meses. Mas.....sempre tem um “mas”, o frio chegou antes. A umidade já se instalou definitivamente. A neblina fecha tudo: aeroportos, estradas, nossa visão e nossos poros. Tudo fica mais difícil. Fica ruim acordar de manhã e sair do quentinho da cama, tomar banho esperando que a água quente aqueça os pés primeiro,  passar creme e perfume...uau, é bom ficar limpinha e cheirosa, mas, chegar até  esse momento, é sofrer com o frio que insiste em se aproximar, se aconchegar e ficar lambendo nossa pele, sem  sensualidade nenhuma, só uma dor óssea de tanto gelo que esse frio proporciona. O inverno é gelado, frio, quase impessoal, para quem não gosta dele. Mas,  para quem gosta, é um mês de aconchego, de juntar as pessoas para um vinho, para jogar conversa fora, para viajar e curtir o que o inverno tem de melhor: paisagens, neve, roupas quentes. Eu gosto do inverno. Gosto de me ajeitar e sair arrumada, me sentindo uma européia (rsrsrsrsrsr), coberta de chapéus, echarpes, casacões e botas – mesmo depois de sofrer até entrar no banho. Gosto do inverno. Gosto do frio. Gosto daquela fumacinha saindo de dentro de mim quando meu corpo dá de cara com o frio lá fora. Gosto de sentir aquele geladinho no nariz, aquela leve ardência nos olhos. Loucura??? Não. Apenas a constatação de que  mesmo no frio louco do nosso inverno gaúcho, a vida habita em mim.  Que venha o inverno. Que traga boas novas. Que sua bagagem chegue repleta de aconchego, camaradagem e diversão. De vinho. De pinhão. De pratos quentes que aqueçam nosso estômago. De parcerias queridas que incendeiem nossa alma e coração.  Seja bem-vindo Inverno, seu querido!!!!!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Corações Partidos



No dia 07/6, sábado, todos os gaúchos acordaram estarrecidos com a notícia da morte de um jogador que passou pelo RS, jogou no Inter e deixou seu nome registrado na galeria de vitórias do time: Fernandão. Independente de time, a comoção foi geral. Colorados e gremistas se uniram para chorar a perda de um cara que, além de um atleta correto, era um ser humano de um caráter irreparável. Um homem simples. Direto. Justo. Sorridente. Eu não conhecia o Fernandão "pessoa", conhecia apenas o atleta. O cara que fez o gol 1000 do Inter, em cima do meu Grêmio, no GRE-NAL de número 360, em 2004. O cara que empurrou seu time para ganhar um título mundial. Esse era o Fernandão conhecido de todos. Era o guerreiro, o incentivador, o emotivo, o "cantante". Quando eu soube da notícia, fiquei em choque, sinceramente. Não consegui acreditar. Pensei que era um engano, afinal, um cara tão jovem, tão cheio de vida, não poderia simplesmente ter morrido. Quando fui a fundo ver se era verdade, fiquei mais chocada ainda: o helicóptero havia caído. Como assim? Como um meio de transporte faz isso: simplesmente cai e tira a vida das pessoas? Mas, infelizmente, foi o que aconteceu. Os motivos, ainda não sabem; mas, importa agora? Vai trazer a vida dele e a dos outros 04 companheiros de volta? Não. O que resta é orar, é chorar seu ídolo, como já estamos fazendo há muito tempo com tantos e tantos outros que têm sido retirados de maneira estúpida e chocante de nossos radares de fãs. Quando vi toda a comoção que essa morte gerou, lembrei de outro ídolo que, há muitos anos atrás, também partiu dessa vida de maneira bruta e sem dó, deixando uma legião de fãs órfãs nas manhãs de tantos e tantos domingos vitoriosos: Ayrton Senna. Os ídolos partem, mas, seus legados permanecem para continuar inspirando quem os idolatrava. E, inspiram até mesmo, quem não teve o prazer de curtir toda a alegria que nos deram. Que descansem em paz!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Leitura Apaixonante


Estou lendo um livro, um dos tantos que já li esse ano e, estou apaixonada - só para variar, também. O livro é sobre uma advogada que é maluca por cachorros - beagles, na verdade, descobre que o cão tem câncer e depois de lutar, sofrer e gastar na saúde do cão, consegue curá-lo, consegue tornar a relação com o companheiro (humano) mais forte e, em meio a tudo isso, acha um câncer nela mesma. Enfim, é uma história real, sobre câncer, essa doença silenciosa que chega e vai devastando tudo onde se instala, vai tomando conta dos espaços e, se não for impedida a tempo, vira a vida de pernas para o ar, isso quando não mata quem a contraiu. Mas, câncer se contrai ou já está no nosso organismo? Não quero saber. Deixa assim. Estou me dedicando, hoje, a falar sobre o que estou lendo e, quero recomendar o livro a quem ler meu blog. Vale a pena. É simples. É gostoso de ler, apesar de falar em câncer. É envolvente. Engraçado e, ao mesmo tempo, emotivo. Não gosto de filmes ou livros que sejam baseados em histórias reais, isso me assusta, me deixa com o pé atrás, porque essas "histórias reais" nunca têm um final feliz. Mas, esse, em particular, me conquistou; primeiro, pela capa: um cachorro com cara de pidão, cheio de amor, lindo; segundo, porque percebi que, se a autora era a vítima do câncer, significava que estava viva - ainda não terminei o livro, então, não vou contar o resto e terceiro, porque percebi que a história contada não era de revolta, de comiseração, mas, de luta e vitória, de aproximação e conforto, de amor e carinho. Estou lendo e, se bobear, releio de novo, daqui a algum tempo. Essas histórias sempre têm algo a nos ensinar, algo com que nos identifiquemos, mesmo que não estejamos doentes. O livro é bom e, sinceramente, recomendo, principalmente, para aquelas pessoas que reclamam por, simplesmente, ter que abrir os olhos de manhã e ter que se arrumar para começar o dia. A vida é linda! A vida é o único bem verdadeiro e mutável que possuímos. O livro? “Os Cães Nunca Deixam de Amar” – Teresa Rhyne.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Malhando a Malha



Ando redescobrindo o prazer de me vestir. Fui a Farroupilha, no interior do RS, e comprei umas malhas (lãs, na verdade) bonitas, baratas e  gostosas de vestir. Por que estou falando isso??? Porque  nunca gostei de andar com roupa justa no corpo, de expor  tudo aquilo que sempre sobrou da pessoa física que sou....rsrsrsrs...Porque sempre me vi como a rechonchudinha e, portanto, deveria usar algo mais solto, que disfarçasse os excessos e me deixasse mais à vontade. E, há alguns anos atrás, descobri a dança...nossa, as aulas de dança que tínhamos no intervalo do almoço, me deixavam tão à vontade que, se fosse permitido, dançava até sem roupa (mentirinha, ok???). Bem, formamos um grupo, todas regulando de idade e a nossa professora era, também, uma colega que havia sido bailarina e, juro, eram os melhores momentos do dia. Eu já saía de casa pensando nas coreografias, em dançar, dançar, suar, enfim, soltar tudo o que me prendia a minha realidade “fofa”.  Acho que ficamos uns 03 anos nisso e a diversão era garantida, mas, depois, com mudanças e mais mudanças dentro do local de trabalho, o grupo acabou se desfazendo e as aulas não foram mais retomadas. Com isso, passaram-se mais alguns anos e, em julho de 2011, encontrei, novamente, o caminho da dança. Perto da minha casa, uma nova academia com aulas de ritmos e, a convite de amigas, fui dar uma olhada, não levando muita fé em continuar depois da aula-teste. Engano total. Hoje, 03 anos depois – completarei em julho de 2014, continuo lá, dançando, suando, me divertindo e definindo um pouco mais minha forma física. As malhas que comprei, assim como outras roupas que tenho comprado, se desenham melhor no meu corpo, descobri que tenho cintura e que posso usar uma blusa mais ajustadinha sem parecer uma mortadela italiana – aquelas enormes, enroladas em cordões. Tudo melhorou com a dança: minha auto-estima, minha facilidade de mover o corpo e minha proximidade com pessoas mais jovens que me tratam de igual para igual. A dança é isso. A dança é união, é igualdade, é alegria, é abrir os braços para a música roubar nossa alma. Dançar para mim é tipo "Ai, que tudo"!!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Rosa que hipnotiza


Resolvi dar uma volta na hora do almoço e, quer coisa melhor que se enfiar em um shopping, com a chuvinha de molhar bobo caindo lá fora???? Joguei as tranças pro lado e me mandei... Andei, olhei lojas, comprei uma coisinha aqui, outra ali e, resolvi comer por lá mesmo. Escolhi uma mesinha bem discreta, mas que me permitisse ficar olhando o vai e vem das pessoas, seu jeito de caminhar, suas feições, seu jeito de comer, enfim, que me desse uma visão ampla do que me cercava. Bingo! Tentei me distrair com meu lanche, mas, eu queria ver tudo e analisar, claro: chegaram 03 meninas e ficaram de papo, esperando por uma quarta componente do grupo - que chegou em seguida, falavam, gesticulava, carregavam mochilas enormes e coloridas e, de repente, levantaram e saíram, indo em busca de outro local para poder satisfazer a fome. Uma senhora chegou e sentou perto de mim, comia distraída e, só deixou de prestar atenção ao que comia, quando pegou um folheto da bandeja – que servia como uma toalhinha de mesa e, começou a ler tudo o que havia de curiosidade sobre as várias copas do mundo pelo mundo. Entrou uma menina com o cabelo metade preto e metade pink, combinando incrivelmente com a cor da calça que usava, comia como se não houvesse nada ao redor dela, despreocupadamente, alheia a tudo. E, eu na tranqüilidade de poder observar sem ser pega no flagra, senti meus olhos serem atraídos para algum ponto “rosado” da praça de alimentação. Quando fixei meu olhar nesse ponto, vi um homem, na casa dos seus 40 e poucos anos, com um casado escuro e, por baixo, uma camisa “cor-de-rosa.....choque, por isso, não provoque”....rsrsrsr.... A camisa era de um rosa fosforescente/fluorescente que chegava a brilhar, não estou exagerando. Fiquei olhando, quase que hipnotizada e pensei: esse rosa tão rosa deveria ser proibido de ser usado, seja por homens ou mulheres. Primeiro, porque é feio – e, se a pessoa resolve suar, certamente, as manchas serão visíveis e muito cor-de-rosa; segundo, porque esse tom de rosa, é cor de bala, de algodão doce, de maria-mole – usar é ser como aqueles caminhões de sorvete (de filme americano) que, com uma musiquinha chata, atrai as crianças  para gastarem seus trocados em geladinhos e, terceiro, porque ele anula qualquer pessoa que tenha a coragem de usá-lo: essa cor parece ter vida própria,  tem brilho próprio. Fui acompanhando o cara com os olhos grudados na camisa e, tentando imaginar se ele não teria uma pessoa que o tivesse impedido de sair de casa com aquilo. Mas, como diz o ditado: cada louco com suas manias.  A minha é observar, tentar entender, escrever e divertir quem lê meu blog e, claro, ficar longe de confusões. Uma semana muito rosada a todos nós.....Ah, foi ótimo ter saído e ter “divertido” minhas idéias.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Livro Físico ou On Line????


Bom dia... Estou lendo, só prá variar. Amo ler. A leitura sacia a vontade de novos conhecimentos, o desejo de novos lugares. Raramente estou sem um livro em mãos, são os melhores companheiros de viagem, de quarto, de silêncio. Ler desnuda a alma do escritor e inunda a nossa de coisas novas, de momentos de puro prazer e aconchego – aliás, “aconchego” é uma das minhas palavras favoritas, porque engloba muitos sentimentos e gestos: amor, saudade, abraço, beijo, toques sutis, ouvir seu nome ser dito de forma carinhosa, um olhar mais doce...Bem, voltando ao assunto da leitura, fui apresentada ao universo da leitura on-line, aquela onde nos registramos em um site que oferece uma infinidade de títulos e, por um determinado tempo, podemos usufruir gratuitamente de 05 títulos – isso dependendo do site, claro. E, como toda ariana curiosa, resolvi me apresentar a esse universo da leitura virtual: entrei, me registrei, baixei um livro, comecei a ler e, na segunda página, ou melhor, na página seguinte ao nome do livro, desisti. Tudo embaralhou, a vista cansou e fiquei incomodada, pois sentia que faltava algo – não gosto de me sentir assim, porque me dá calor,  palpitação e não sei explicar o porquê dessas sensações, só sei que não saber isso me deixa mais irritada ainda. Bom, tirei o livro da tela e peguei o que estava lendo fisicamente e, pronto, descobri o que me incomodou no virtual: o físico! Um livro nas mãos é mais vivo, o enredo parece mais verdadeiro, os personagens mais reais, os cheiros entranham em nossas narinas e, nada se compara a sensação gostosa de folhear um livro, aquele ir e voltar para reler algo, relembrar alguma passagem ou, simplesmente, virar e revirar suas páginas, nos permitindo – na nossa ilimitada imaginação de leitor, fazer parte daquele enredo. Adoro isso. Gosto de marcar o que mais me chama a atenção, gosto de, depois de um certo tempo, pegar novamente aquele livro e reler o que assinalei e que, em momentos diferentes em nossa vida, sempre tem um novo significado. É muito legal ver a tecnologia dando essa oportunidade para quem gosta de ler, para quem gosta de descobrir novos autores, novas estórias/histórias, mas, nesse quesito, sou mais o bom e velho amontoado de folhas chamado Livro.

sábado, 17 de maio de 2014

Mais um livro....

Entrei numa das tantas promoções culturais que sempre descubro, que premiam com livros ou ingressos para cinema e teatro e, uma delas pedia para completar o seguinte: "o amor te leva para.....". Li e fiquei tentando achar uma resposta que me ajudasse a ganhar o tal prêmio, fiquei matutando, pensando, analisando a questão e, resolvi que, além de querer o prêmio, precisava olhar pelo lado do sentimento, também. "O amor te leva para...." para onde? Para quem? Para o quê? E, abri meu coração, liberei minha mente e deixei fluir tudo o que engloba o amor, tudo aquilo que sentimos quando estamos em paz com nossa própria vida. A resposta surgiu leve, livre e envolvente, então, além de completar a frase, me senti expondo aquilo que me vai na alma: "o amor te leva para....um lugar onde a paz domina, a cumplicidade é a base de tudo, o respeito se faz presente e a liberdade de ser alguém dentro da relação  simplesmente acontece, bem como a individualidade de cada um não afasta, ao contrário, aproxima e aconchega muito mais". Relendo, agora, percebo que é isso o que falta nas relações, homem-mulher e entre famílias: individualidade que aproxime, que vire algo duradouro. Gostei do meu complemento à questão colocada e, a promotora do concurso cultural, também: ganhei o livro "Eu te vejo" e me deixei levar por aquilo que mais gosto: verdade e sinceridade. 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

I'm back!!!!!

Andei sumida e, não por falta de assunto, mas porque tudo anda muito corrido, a vida anda muito louca e eu, idiotamente, me deixei influenciar por isso. Mas, depois de descobrir que meu sobrinho "visitava" meu blog e que percebeu que nunca mais postei nada, vi que tinha que me puxar e voltar a criar, a colocar no papel minhas idéias, meus sonhos, meus devaneios. Postei,  no face, um texto sobre felicidade e, por ter gostado do conteúdo, ele virou um texto no meu blog também; mas, veio para cá, porque vi que as pessoas curtiram o que escrevi e comentaram, dizendo que eu tinha razão nas minhas colocações. Esse ato de escrever, de pensar, de compartilhar idéias me faz bem, me faz sentir viva, me faz sentir que, de alguma maneira, contribuo para o sorriso de alguém, ajudo alguém a pensar, a refletir sobre algum assunto. E isso é gratificante, me faz uma pessoa melhor, me faz sentir que, de alguma maneira, estou ajudando a colorir mais o dia de alguém. Uma ótima semana a todos nós!

Custa ser Feliz?????





           Ás vezes, fico prestando atenção as pessoas a minha volta e percebo que reclamam de tudo: do tempo, do salário, do colega de trabalho, do familiar chato, do transporte coletivo, do próprio carro, do filho/a, do marido, da diarista.....E, fico triste porque vejo que, essas pessoas que reclamam, são aquelas que tem um lugar quentinho para se proteger de qualquer tempo, tem um ótimo salário, os colegas são "suportáveis", não andam de ônibus no horário que realmente estressa, tem filho/a que estuda, trabalha e não incomoda, uma pessoa que faz tudo na casa para quando chegar tudo estar ao seu gosto.Fico triste porque essas pessoas não sabem o que é ser feliz, não curtem sentar na grama e dar gargalhadas com os amigos, não riem de qualquer besteira, não sacodem o corpo ao som de qualquer música - por mais podre que essa seja, não se permitem ser idiotas, não riem de si mesmos....Fico triste porque tudo é muito superficial, muito forçado....Mas, ao mesmo tempo, me sinto feliz por saber que para mim, a felicidade está nas pequenas coisas, nos momentos de confraternização com a família, com os amigos, no brincar com meu cachorro, no comer uma bobagem qualquer quando dá vontade, no rir de doer a barriga de bobagens que assisto na TV. É isso. Sou feliz. Muito feliz. Tenho um pai que está inteiraço, sobrinhos que são quase meus filhos, poucos amigos, mas todos phodásticos, uma família muito especial e importante para mim, um cachorro que amo demais, uma casa para me refugiar, me sentir aconchegada e protegida, um emprego que satisfaz minha vontade de boas coisas, enfim, me sinto agraciada por ter tudo isso, abençoada por poder viver tudo isso e agradecida por Deus me proporcionar e dar a oportunidade de expor o que sinto e como me sinto....Uma boa noite. Uma ótima quarta-feira a todos nós. Muito mais paz e consciência do que se possui. Muito mais força e fé em uma força maior que nos permite estar aqui e viver o que há de melhor...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Melhores idades


Outro dia escrevi sobre estar “quase” na Melhor Idade e, depois de ler e reler o texto, percebi que, apesar de ser bom envelhecer com maturidade, tranqüilidade e um pouco de experiência, o ruim de chegar a idade - onde achamos que já sabemos tudo da vida,  é que começamos a ver o mundo menos bonito, menos colorido, menos inocente. Fico vendo as pessoas mais velhas sendo diretas, dizendo o que pensam sem se importar se magoam o outro ou não e, somos assim mesmo, tiramos proveito dessa “dita” experiência para soltar o verbo, despejar tudo o que nos incomoda no outro – ou quem sabe, nos mata de inveja. Os mais velhos criticam o jeito do jovem vestir, falar, andar, jogar o cabelo para todos os lados, sentar, enfim, tudo o que não podiam fazer em sua juventude, pois, eram duramente fiscalizados por padrões extremamente rígidos e que tolhiam até seu jeito de pensar. Algumas pessoas de mais idade conseguem acompanhar essas mudanças, essa modernidade que nos enfiam goela abaixo e que, usada de maneira saudável, tem seu proveito. Mas, outras, não conseguem se adequar a tanta liberdade de expressão, tanta coisa explícita esfregada sem pudor em seus rostos repletos de rugas de repressão, de receio de aceitar o novo, o atual. E, em algumas coisas concordo que há liberdade demais e controle de menos, mas, tudo é fase, tudo é uma questão de boa vontade e de permitir que o novo entre em nossa vida. O jeito é levarmos tudo com muito bom humor, afinal, o jovem de hoje será o idoso de amanhã e, certamente, pensará exatamente como pensamos hoje. Não vamos reprimir nossos pensamentos, até porque, a expectativa de vida aumentou muito, então, teremos que conviver com muita coisa que não nos agradará e, no fundo, só nós, mais “experientes”, sabemos que a juventude é um sopro na nossa vida, passa rápido, então, deixemos a vida se encarregar de cada um de nós, o jovem e o idoso e, quem sabe, um dia encontremos o ponto de equilíbrio para uma convivência aceitável e tolerância diária. Ótima idade a todos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

2014...Chegou....



Já em 2014....Tenho até um pouco de medo de lembrar que já se passaram 2014 anos e que, desses 2014, eu tenho 51....Ai, mesmo me achando uma "Boa Idéia", não ando tonteando ninguém ultimamente e, muito menos, deixando de lembrar que a dita Melhor Idade, está batendo a minha porta. E, colocando no papel, percebo porque nunca gostei de tudo escancarado dentro de casa: janelas, portas, basculantes.....para, quem sabe, essa tal melhor idade se atrasar um pouco, me deixar ainda curtir um pouco mais os movimentos do corpo que, mesmo não sendo tão abruptos e fáceis como na juventude, ainda me fazem sentir jovem porque consigo pular, saltar, dançar, coçar as costas sem ter que me esfregar no batente da porta, consigo pegar a ponta do pé sem gemer de dor....enfim, ainda sou dona dos meus movimentos. Mas, 2014 já está aí....Meus 52 quase chegando também e, o que quero dizer é que, apesar de tantos percalços, tantos entraves que vivi em  2013, foi um ano que me fez acordar para a vida; me fez perceber que, basta estar viva para sofrer decepções, dar gargalhadas da própria falta de sorte, fortalecer laços, cortar vínculos, descobrir forças dentro de mim que não imaginava existir, solidificar minha fé. Foi um ano em que percebi, também, que meu pai, apesar dos 81 anos da Melhor Idade e de ter perdido a companheira de uma vida inteira, há 10 anos atrás, descobriu, novamente, motivos para cantarolar no banheiro e sorrir sem motivos. Enfim, tudo o que passamos é para nos deixar mais fortes, esperançosos e, com a certeza de que tudo o que está guardado para nós, chega no momento certo; não precisamos correr atrás de nada, não precisamos deixar o desespero se apoderar de nós. E, se nossa fé nos move para a frente, mantém nossa mente aberta, nos dá a certeza de que, mesmo no meio do furacão, tudo vai dar certo, então, que 2014  traga coisas boas, paz, mais humanidade, humildade e me faça viver cada dia do novo ano com a esperança redobrada e alegria por acordar a cada nova manhã, me sentindo abençoada por viver há 51 anos cada Ano Novo que se apresenta....FELIZ 2014 A TODOS NOS!!!!