terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mais um Final de Ano

Alguém percebeu que o ano está chegando ao final???? Não consigo acreditar que estamos em novembro....não vi o ano passar, não senti os meses iniciarem e muito menos chegar ao fim....onde eu estava: hibernando???? Fico apavorada com a pressa de tudo e, do tempo, mais ainda. Me assusta estar acabando o ano e eu não ter realizado nenhum objetivo que, aliás, nem sei se tinha algum para 2011; enfim, o ano está chegando ao seu final e os sonhos que algumas pessoas possam ter construído para ele, também estão com seu prazo de validade esgotando. Mas, não vou deixar a visão que tenho dos meses de novembro e dezembro tomar conta do meu modo de ver o resto dos dias que tive. Na verdade, o ano foi cheio de altos e baixos, com algumas situações boas e outras nem tanto, mas, está passando e, como em todos os outros finais de ano, aquela velha coisa da lista de desejos para 2012 começa a virar uma corrente desesperada nas pessoas, que tentam olhar com olhos de esperança o novo ano que vem chegando. Quem me conhece sabe que não curto Natal; na verdade, já curti mais esse momento em família, ao lado das pessoas que nos são mais caras e nos preenchem, compreendem e estendem os braços; hoje, eu tento não me envolver muito com a comemoração toda e, se puder, dou um jeitinho de “meia-noite e um” estar deitada na minha cama, buscando o conforto nos bons sonhos que ainda tenho. Só que, no ano-novo, gostaria de ficar acordada, bebendo, conversando, dando boas gargalhadas, sem me preocupar com o sono, com o que está acontecendo ao redor do mundo; queria só deixar os minutos correrem e não me preocupar que o dia seguinte será um novo ano. Vou me esforçar para ter essa passagem de ano, quem sabe, isso abra meus caminhos para um 2012 mais despreocupado e menos cansativo profissionalmente..2011 não foi um ano de todo errado; foi, apenas, um ano em que várias coisas não deram certo e que, no próximo, espero acertar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Fim

Na segunda-feira, indo para o trabalho, presenciei uma cena chocante, em plena Avenida Farrapos e, como diz o trecho de uma música antiga: “tá lá o corpo estendido no chão...”. Não vi o corpo porque meu estômago não seguraria o café tão bem sorvido antes de sair; mas, vi a confusão formada pelo número de curiosos, acotovelados, tentando saber como havia acontecido o acidente, em que estado havia ficado o corpo; na verdade, um bando de urubus esperando o momento certo para atacar. Diante de todo aquele caos, em pleno início de manhã, fiquei me questionando o quanto somos pequenos, o quanto somos insignificantes nesse imenso universo, recheado de loucuras e tragédias. Quem vai sair de casa imaginando que, no meio do caminho, será atropelado por um caminhão, dirigido por um motorista que diz ter perdido a direção porque teve um mal súbito? Como podemos imaginar que, o simples gesto de levantar da cama pela manhã, pode ser o início do fim da nossa vida, o fim de nossa caminhada nesse plano? Quem vai se despedir de quem ama porque pode não voltar para casa? Fiquei pensando em tudo isso e, sinceramente, não existem respostas; não existem indícios de quando isso vai acontecer. Imaginei o que deve ter passado pela cabeça da pessoa que foi atingida por esse caminhão, de maneira estúpida e brusca; será que sentiu dor, sentiu medo, pensou que poderia se salvar, pensou nas pessoas que deixaria para trás? E, o motorista, não poderia ter desviado o caminhão para o outro lado? Sentiu-se mal mesmo ou foi a desculpa que deu para tirar a culpa da consciência? Como se sentiu depois do que aconteceu? A família do rapaz atropelado conseguirá superar a perda? São muitos questionamentos para situações que, infelizmente, tornaram-se corriqueiras nesse mundo atual em que vivemos, onde a pressa de chegar é mais importante que respeitar o sinal e, principalmente, respeitar a vida do próximo; onde “passar por cima de alguém” deixou de ser expressão para tornar-se uma estatística da dura realidade que é andar fora ou dentro dos grandes centros. Em segundos várias coisas podem ser feitas e eu, por exemplo, ia para o trabalho, alguém abria as portas de um estabelecimento qualquer, as crianças saíam para a escola e, esse rapaz,  nesses mesmos segundos, de maneira estúpida, perdia a vida. Nesses momentos, realmente, percebo que a vida é curta demais e o mundo, povoado por pessoas que esquecem que viver é a base de tudo.  

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cochilo e Ronco

Ando me sentindo meio que uma “Bela Adormecida” da meia-idade: só durmo, durmo e durmo; o único Príncipe Encantado que tem me acordado é o meu próprio ronco – fui no google para achar uma palavra mais bonitinha, mas, não encontrei nada que pudesse florear esse barulho que parece um monstro acordando de sua sonolência e querendo sair de dentro de nós, interrompendo nosso sono e sonhos, de maneira muito desagradável e assustadora. Mas, ando dormindo demais e, são cochilos que me dão a sensação de que dormi horas e horas, sem acordar nem para ir ao banheiro, mesmo que tenha dados vários cochilos durante uma única tarde, acordando ás vezes para virar de lado, para ver se ainda está passando o mesmo programa que estava olhando antes de cochilar ou, apenas para saber se ainda é dia. Enfim, só senti esse tipo de sonolência quando perdi minha mãe, porque a perda nos deixa estressados, nos traz a sensação de insegurança e a certeza da não-eternidade terrena; mas, no momento atual, Graças a Deus, não perdi ninguém (e espero que isso não aconteça por uns bons pares de anos, ainda), estou cansada de algumas situações, estressada com algumas pessoas, magoada com outras, indignada com outras tantas coisas. Final de ano chegando, começa aquela baboseira de ficar lembrando como foi o ano, onde erramos, quem ofendemos, o que fizemos de bom, o que construímos para nós mesmos, o que destruímos para os outros...enfim, tudo se repete sempre da mesma maneira. Na TV, vai ter o noningentésimo octogésimo quinto (985º) show do Rei – com as mesmas rosas brancas e o mesmo repertório dessas 985 vezes; o Papa vai rezar a missa para milhões de fiéis que mal o enxergam no lugar de onde realiza o culto; as televisões farão as retrospectivas do ano que está acabando – umas enfeitarão mais que as outras, outras pintarão um quadro mais feio, na eterna rivalidade televisiva, tentando chocar – mais ou menos, mas, o objetivo é sempre o mesmo: chocar. E, começam as previsões para o próximo ano, com ênfase em 21/12/2012 – final dos tempos, segundo o povo maia...Enfim, tudo isso vai se acumulando na minha cabeça, enviando mensagens loucas para o meu cérebro, cutucando meus neurônios e minha única saída é dormir, deixar meu sono me levar a lugares onde eu gostaria de estar, onde eu gostaria de ficar por um bom tempo, sem ser incomodada, só no relaxamento total, mesmo que esse sono sejam meros cochilos interrompidos por sonoros roncos. Esse ano que está acabando foi muito cansativo, pesado, me deixando com a sensação de que faltou alguma coisa, sobraram problemas, perdemos alguns rumos e erramos vários caminhos, mas, não assassinamos a vontade eterna de acertar, de encontrar a nossa estrada de tijolos amarelos para o nosso aconchego. Ainda temos os meses de novembro e dezembro para enfrentar e, juro, vou tentar melhorar o ânimo; não prometo ficar acordada o tempo todo, mas, espero que meu ronco me tire do mundo dos sonhos, mesmo que atrapalhe alguns poucos sonhos bons e interessantes que venha a ter, pois, esse será o sinal de que ainda estou viva e pronta para o próximo ano que está chegando e, sinceramente, espero que BEM ACORDADA!