domingo, 1 de agosto de 2010

A Foquinha

A Foquinha Blue vivia no mar, rodeada de mariscos, estrelas-do-mar, peixes dourados, golfinhos e lindas sereias. Tudo era felicidade e alegria.
Um dia, saindo de sua bela casinha na praia, a Foquinha percebeu algo diferente – tudo parecia tão cinzento, tão mal-cheiroso. O que havia acontecido? Onde estavam seus amigos?
Blue correu para a beira da praia, tentando encontrar alguém pelo caminho. Na beira do mar, parou, muito assustada com o que via – o mar, que ontem era azul com muitas espumas brancas, estava repleto de manchas escuras, coberto de garrafas plásticas e com um cheiro insuportável.
A Foquinha foi até a casa de um pescador amigo seu. Bateu na porta e o pescador, abrindo, deu-lhe um triste sorriso e, com o olhar mais triste ainda, absorveu toda a imensidão do mar. Mesmo sem ter perguntado nada, o pescador explicou à Blue que um navio havia derramado óleo no mar, matando muito da vida marinha que havia ali; mas, alguns de seus amiguinhos haviam ido embora e ela deveria fazer o mesmo. Ele já estava indo, também.
Chorosa, Blue voltou para casa, arrumou suas coisas e saiu à procura de seus amigos e de um novo lar.
Quando chegou no outro lado da ilha, encontrou todos os seus amigos tentando recomeçar a vida naquele lugar lindo e intocado, ainda, pelo homem.
Mais tarde, sentaram-se todos na beira do mar, conversando e olhando além do horizonte, tentando fazer seus desejos virarem realidade.
Depois de muito tempo passado, a Foquinha Blue conta, ainda hoje, esta mesma estória para seus netos e para os netos do pescador, para que eles, quem sabe um dia, consigam pôr um pouco de amor à natureza no coração dos homens e tornar realidade seus sonhos e de seus amigos: o respeito da humanidade pelo espaço livre de poluição a que todo animal, e o próprio homem, têm direito.



PS.: Escrevi essa estória em 99 e, em 2010, poluir o mar e mexer com a natureza, ainda é uma das coisas que o homem não consegue evitar. Infelizmente!

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