terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Susto de Rafael

Um garotinho chamado Rafael, adorava brincar de carrinho, bola, andar de bicicleta e balanço.
Era um garoto muito esperto e alegre. Um dia, foi acampar com uns amiguinhos. Passaram o dia fazendo bagunça, nadando num riacho de águas transparentes, jogando bola e procurando lenha para a fogueira que fariam a noite.
Quando a noite começou a cair, acenderam a fogueira, trouxeram panelas, alimentos, talheres, pratos; enfim, o necessário para um banquete na mata, e tudo sempre no meio de muita confusão.
Depois de tudo ajeitado, sentaram ao redor da fogueira, comeram, beberam e, após terminar o jantar, começaram a contar estórias de assombração.
Rafael foi o primeiro. Contou que uma noite, sozinho em casa, trancou tudo e foi para o seu quarto assistir TV. De repente, ouviu um barulho e foi ver o que era. Viu a janela da sala aberta e, lembrou que a havia fechado antes de deitar. Hummmm. Ficou com medo; mas, mesmo assim, foi até a cozinha com um dos chinelos na mão.
Ouviu o barulho mais forte agora; as pernas não obedeciam, as mãos tremiam e as batidas do coração parecia que iam estourar seus ouvidos. Quando conseguiu chegar a porta da cozinha, levantou o chinelo, acendeu a luz e deu um grito.
Quando Rafael viu o que era, gritou mais ainda, e já ia começar a correr de volta por onde viera quando “aquilo” o agarrou pela calça do pijama. O garoto não parava de gritar.
O que o segurava, ou melhor, quem o segurava, gritou-lhe para ficar quieto. Ele, imediatamente, reconheceu aquela voz: era sua irmã. Arriscou olhar para trás e, quase grita de novo olhando aquela cara coberta com uma meleca verde. Verde?
Furioso, perguntou o que ela fazia ali, toda verde, aquela hora da noite. Ela disse que havia esquecido a chave e, como ninguém atendera a porta, ela forçou a janela e entrou. Tomou seu banho, passou creme no rosto e foi até a cozinha pegar um copo de leite. Ela pensou que ele havia saído com seus pais.
Quando acabou a estória, todos riam e zombavam de Rafael. De repente, silêncio. Algo vinha na direção deles, quebrando galhos com seus pés. Todos se olharam e Rafael, muito sapeca e fingindo medo, apontou para o local de onde vinha o barulho. O susto e a correria foi geral; uns caíam, outros gritavam, outros se batiam tentando encontrar o melhor caminho até suas barracas.
Mas, num certo momento, em meio a toda confusão, viram que Rafael continuava sentado, dando boas gargalhadas. Voltaram e viram que ele e outro amiguinho haviam pregado uma peça no resto do acampamento.
Para vingar-se de Rafael e do outro, jogaram os dois no riacho. E, no final, todos resolveram entrar na água, para mais bagunça naquela noite quente e inesquecível.

PS.: Esta, escrevi em 2001 para o Rafa.....meu futuro boleiro.....atualmente, no Sub-13 do Esporte Clube Cruzeiro, de POA.

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