Como é difícil a convivência com quem nos cerca, não
concordam? Fico observando algumas coisas no dia-a-dia e, infelizmente, percebo
que o mundo anda sem paciência, sem finesse, sem educação ou respeito ao próximo.
Outro dia, entrei na lotação, sentei na “cozinha” (para poder abrir a janela
sem ninguém encher o saco, pois, o povo parece ter medo de vento na cara) e, de
repente, entra um cidadão, cara amarrada, vem direto para o fundo da lotação,
senta, deixando um banco de espaço entre nós e, sem cerimônia nenhuma, estende
o braço e fecha a janela, num puxão só. Assim. Sem sequer pedir licença. Eu,
como uma pessoa educada, olhei para ele e disse que não dava para deixar a
janela fechada, pois não havia mais nenhuma aberta e estava abafado ali dentro.
Ele, com uma simpatia de fazer o pior dos algozes chorar de joelhos, disse: “então
abra que o vento pegue só em você”. Na hora, me deu vontade de mandar ele para
bem longe; não um longe legal, mas um longe onde ele se ferrasse de vez, mas, o
ser superior dentro de mim, falou mais alto e, simplesmente abri a janela, com
um vão menor para não melindrar o Senhor ao meu lado e fiquei na minha, bem
quieta, desejando que encharcasse a careca quando descesse. O cara era jovem,
mas, totalmente emburrado, com semblante envelhecido e, pela reação à janela
aberta, totalmente, também, destemperado de calor corporal e bom humor. Se já não
é fácil conviver com as pessoas que pensam como nós, imagina com quem pensa
diferente? Mas, acho que a questão maior, ainda, é a educação, a falta de
tentar entender o outro, aceitar os defeitos alheios e os seus próprios. Tudo seria
mais fácil se as pessoas se ajudassem, se doassem e usassem um pouco do que
existe de humanidade dentro do seu cérebro. Infelizmente, enquanto existirem
trogloditas como meu companheiro de lotação, o mundo vai continuar acinzentado
e cheio de gente mal-humorada e mal-amada. Não dá para generalizar, claro, mas,
temos que ter jogo de cintura para que essa “infelicidade” não seja contagiosa.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Chegando o Inverno
O inverno “ainda”
não chegou. Nosso vento minuano “ainda” não começou a açoitar nossos rostos, enrolar
nossas pernas e nos fazer tremer nas
bases. O outono estará presente, ainda, em mais uns 12 dias, até que o inverno
chegue e tome conta do posto por 03 meses. Mas.....sempre tem um “mas”, o frio
chegou antes. A umidade já se instalou definitivamente. A neblina fecha tudo:
aeroportos, estradas, nossa visão e nossos poros. Tudo fica mais difícil. Fica
ruim acordar de manhã e sair do quentinho da cama, tomar banho esperando que a água
quente aqueça os pés primeiro, passar
creme e perfume...uau, é bom ficar limpinha e cheirosa, mas, chegar até esse momento, é sofrer com o frio que insiste
em se aproximar, se aconchegar e ficar lambendo nossa pele, sem sensualidade nenhuma, só uma dor óssea de
tanto gelo que esse frio proporciona. O inverno é gelado, frio, quase impessoal,
para quem não gosta dele. Mas, para quem
gosta, é um mês de aconchego, de juntar as pessoas para um vinho, para jogar
conversa fora, para viajar e curtir o que o inverno tem de melhor: paisagens,
neve, roupas quentes. Eu gosto do inverno. Gosto de me ajeitar e sair arrumada,
me sentindo uma européia (rsrsrsrsrsr), coberta de chapéus, echarpes, casacões
e botas – mesmo depois de sofrer até entrar no banho. Gosto do inverno. Gosto
do frio. Gosto daquela fumacinha saindo de dentro de mim quando meu corpo dá de
cara com o frio lá fora. Gosto de sentir aquele geladinho no nariz, aquela leve
ardência nos olhos. Loucura??? Não. Apenas a constatação de que mesmo no frio louco do nosso inverno gaúcho, a
vida habita em mim. Que venha o inverno. Que
traga boas novas. Que sua bagagem chegue repleta de aconchego, camaradagem e
diversão. De vinho. De pinhão. De pratos quentes que aqueçam nosso estômago. De
parcerias queridas que incendeiem nossa alma e coração. Seja bem-vindo Inverno, seu querido!!!!!
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Corações Partidos
No dia 07/6, sábado, todos os gaúchos acordaram estarrecidos com a notícia da morte de um jogador que passou pelo RS, jogou no Inter e deixou seu nome registrado na galeria de vitórias do time: Fernandão. Independente de time, a comoção foi geral. Colorados e gremistas se uniram para chorar a perda de um cara que, além de um atleta correto, era um ser humano de um caráter irreparável. Um homem simples. Direto. Justo. Sorridente. Eu não conhecia o Fernandão "pessoa", conhecia apenas o atleta. O cara que fez o gol 1000 do Inter, em cima do meu Grêmio, no GRE-NAL de número 360, em 2004. O cara que empurrou seu time para ganhar um título mundial. Esse era o Fernandão conhecido de todos. Era o guerreiro, o incentivador, o emotivo, o "cantante". Quando eu soube da notícia, fiquei em choque, sinceramente. Não consegui acreditar. Pensei que era um engano, afinal, um cara tão jovem, tão cheio de vida, não poderia simplesmente ter morrido. Quando fui a fundo ver se era verdade, fiquei mais chocada ainda: o helicóptero havia caído. Como assim? Como um meio de transporte faz isso: simplesmente cai e tira a vida das pessoas? Mas, infelizmente, foi o que aconteceu. Os motivos, ainda não sabem; mas, importa agora? Vai trazer a vida dele e a dos outros 04 companheiros de volta? Não. O que resta é orar, é chorar seu ídolo, como já estamos fazendo há muito tempo com tantos e tantos outros que têm sido retirados de maneira estúpida e chocante de nossos radares de fãs. Quando vi toda a comoção que essa morte gerou, lembrei de outro ídolo que, há muitos anos atrás, também partiu dessa vida de maneira bruta e sem dó, deixando uma legião de fãs órfãs nas manhãs de tantos e tantos domingos vitoriosos: Ayrton Senna. Os ídolos partem, mas, seus legados permanecem para continuar inspirando quem os idolatrava. E, inspiram até mesmo, quem não teve o prazer de curtir toda a alegria que nos deram. Que descansem em paz!
terça-feira, 3 de junho de 2014
Leitura Apaixonante
Estou lendo um livro, um dos tantos que já li esse ano e,
estou apaixonada - só para variar, também. O livro é sobre uma advogada que é
maluca por cachorros - beagles, na verdade, descobre que o cão tem câncer e
depois de lutar, sofrer e gastar na saúde do cão, consegue curá-lo, consegue
tornar a relação com o companheiro (humano) mais forte e, em meio a tudo isso,
acha um câncer nela mesma. Enfim, é uma história real, sobre câncer, essa
doença silenciosa que chega e vai devastando tudo onde se instala, vai tomando conta
dos espaços e, se não for impedida a tempo, vira a vida de pernas para o ar,
isso quando não mata quem a contraiu. Mas, câncer se contrai ou já está no
nosso organismo? Não quero saber. Deixa assim. Estou me dedicando, hoje, a
falar sobre o que estou lendo e, quero recomendar o livro a quem ler meu blog.
Vale a pena. É simples. É gostoso de ler, apesar de falar em câncer. É
envolvente. Engraçado e, ao mesmo tempo, emotivo. Não gosto de filmes ou livros
que sejam baseados em histórias reais, isso me assusta, me deixa com o pé
atrás, porque essas "histórias reais" nunca têm um final feliz. Mas,
esse, em particular, me conquistou; primeiro, pela capa: um cachorro com cara
de pidão, cheio de amor, lindo; segundo, porque percebi que, se a autora era a
vítima do câncer, significava que estava viva - ainda não terminei o livro,
então, não vou contar o resto e terceiro, porque percebi que a história contada
não era de revolta, de comiseração, mas, de luta e vitória, de aproximação e
conforto, de amor e carinho. Estou lendo e, se bobear, releio de novo, daqui a
algum tempo. Essas histórias sempre têm algo a nos ensinar, algo com que nos
identifiquemos, mesmo que não estejamos doentes. O livro é bom e, sinceramente,
recomendo, principalmente, para aquelas pessoas que reclamam por, simplesmente,
ter que abrir os olhos de manhã e ter que se arrumar para começar o dia. A vida
é linda! A vida é o único bem verdadeiro e mutável que possuímos. O livro? “Os
Cães Nunca Deixam de Amar” – Teresa Rhyne.
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