quinta-feira, 31 de março de 2011

Mudanças Radicais

Trabalho 08 horas por dia e, entendo que o local de trabalho é quase a extensão de nosso lar, senão, o nosso primeiro lar. Mas, com tantas mudanças ocorridas ultimamente e, com a falta de respeito de alguns, excesso de comando de outros, nem para terceiro lar o local de trabalho pode ser cogitado.  Quando, depois de 30 anos atuando no mesmo local as chefias mudam, nossa esperança é que tudo seja para melhor, respeitando o andamento diário de cada profissional e trazendo novas opções de melhoria dentro de cada área, fazendo com que a convivência do dia-a-dia seja prazerosa e frutífera, dando continuidade ao que já vinha sendo desenvolvido. Infelizmente, nada disso acontece; nos vemos dentro de uma teia, tecida com fios de desconfiança, falsa moral, regras estúpidas e atos ditatoriais e, óbvio, o clima harmonioso entre colegas que sempre conviveram bem, acaba indo pelo ralo. Parece que tantos anos juntos não serviram para nada, tudo o que construímos em matéria de amizade e trabalho perde toda a importância para quem está aterrissando por aqui e, nos mostrando que  é preferível criar um clima de insegurança, falta de vontade de levantar pela manhã, uma tristeza velada,a  sentar e tentar aproximar-se daqueles que ficarão aqui por bem mais do que esses parcos 04 anos para os quais eles foram designados como ditos “chefes”. É triste constatar que certas pessoas confundem harmonia com bagunça, leveza de espírito com incompetência e amizade com falta do que fazer e, isso só me deixa pensar que, na verdade, o que incomoda é que provamos, a cada novo ataque, que somos muito mais capazes do que qualquer uma dessas pessoas que, por agir assim, não devem saber o que é ter amigos dentro do local de trabalho e achar um tempinho para relaxar das tensões diárias.

quinta-feira, 24 de março de 2011

AutoridadeXAutoritarismoXAutoritário

Autoridade: forma de superioridade constituída por uma investidura, direito de fazer obedecer, domínio, influência, magistrado que exerce poder.

Autoritarismo: sistema autoritário de Governo, depotismo.
Autoritário: que tem o caráter de dominação, impositivo, violento, arrogante.
Bem, lendo as 03 definições, percebo que as “supostas” autoridades, dentro de um sistema de trabalho, ficam tão confusas quanto seus subordinados: uma autoridade deve se fazer obedecer, cumprindo certas regras profissionais, de maneira superior, mas, isso não significa que tenha que ser um chefe autoritário. Melhorando o texto: no ambiente de trabalho, vejo diariamente as ditas “autoridades”, aquelas que detém o poder, agindo de maneira arbitrária, grosseira e por vezes, aos gritos. Para mim, isso chama-se violência e, para mim, violência não se reduz a socos, pontapés e tapas nas costas; pode ser o questionamento de algo aos gritos, sem que o questionado consiga emitir uma palavra sequer para explicar o que quer que tenha que ser explicado. Primeiro: gritos não resolvem nada, não matam charadas; segundo: gritos deixam o ambiente tenso, o funcionário nervoso e, terceiro: é sinal de que a autoridade não é tão superior quanto quer parecer e, para não demonstrar sua total ignorância, desconta com gritos naquele que parece ser o alvo mais frágil. Eu, sinceramente, não sei trabalhar com gritos, com pedidos idiotas, com situações constrangedoras que podem ser resolvidas num piscar de olhos; eu travo, não produzo. Se existe um procedimento a ser feito, que exija tempo e agilidade, mas, que não dependa só de mim para o resultado final, não seria mais fácil buscar a solução dentro da civilidade que a situação exige, sem gritos ou histeria geral de quem, no fundo, não tem capacidade para tal? Mas, é muito mais simples buscar a culpa no outro, descarregando sua incompetência naquele que, realmente, finalizará o trabalho; naquele que, mesmo abaixo de mau tempo, fará a sua parte da melhor maneira possível, não deixando dúvidas de que, ser superior profissionalmente, não significa ser o “mandante”, o “patrão”, the “boss”; significa, na verdade, fazer o seu trabalho de forma ética e honesta, sem se abalar com a gritaria alheia que, sinceramente, deve começar a entrar por um ouvido e sair pelo outro.
Enfim, três conselhos para quem convive com esses seres "superiores":
autoridade: apenas sacudir a cabeça quando falam conosco.
autoritarismo: fingir que obedece.
autoritário: evitar a aproximação.

PS.: Mera ficção o texto acima....Será???

Almas Descascadas

Analisando a mim mesma, percebi que sou um tanto quanto sensível e, na mesma proporção, tento ser durona – até para não sofrer demais: algumas coisas me incomodam muito, outras nem tanto; algumas pessoas me afetam demais, outras nem percebo; enfim, até que sei dar uma dosada no que me cerca. Mas, há algum tempo atrás, meu lado sensível parece ter aflorado e me deixou abalada; estava voltando do trabalho e, quando passava pela Avenida Farrapos, completamente absorta em meus pensamentos, comecei a prestar atenção nos velhos e descascados prédios ao longo da avenida. De repente,  me deu um aperto no coração, uma aflição e, quando me dei conta, algumas lágrimas estavam caindo; fiquei imaginando como seria a vida dos moradores de alguns daqueles prédios: Solidão? Tristeza? Desconforto?   Decepção? Qual seria a palavra de ordem de cada um? Senti uma dor tão grande, como se a vida deles, num relance, se misturasse a minha e rostos completamente desconhecidos passassem com seus semblantes carregados em frente a mim. Uma energia ruim parecia sair de cada espaço ali existente e, minha aflição parecia aumentar, a cada momento. Passei a orar, pedindo perdão a quem ali estivesse precisando, pedi conforto a quem estivesse necessitando e, principalmente, um pouco de paz e amor aqueles que se encontrassem mais desesperançados. E, claro, fé no coração de cada um daqueles estranhos que, de alguma forma, encontraram em mim um canal de energia para pedir um “alô” divino e, no momento em que eu estava suscetível, aproveitaram a chance e, a ligação se fez.  Mas, deixo claro que isso ocorreu uma única vez e, nunca mais me senti assim ao passar por ali; acho que passei a ver como os olhos de todos que por ali passam e ignoram o que pode haver por trás de tantos prédios cinzentos e sujos, em uma das avenidas mais movimentadas de nossa cidade: olhos de indiferença. E, mesmo que nunca mais tenha me deixado abater com a visão diária desses prédios, tenho a nítida sensação de que a maioria que ali habita é, na maior parte do tempo, uma alma sofrida, sozinha e carente de aconchego. Imaginei que se os prédios fossem coloridos a imagem de uma avenida alegre, cheia de vida, seria a certeza de que tudo está bem com seus moradores; mas, tinta não resolve os problemas  de cada um, é preciso, quando se quer que as cores se abram, que a alma se torne um arco-íris de amor, esperança, respeito, igualdade, alegria e fé.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Libido Saudável

A essa altura da vida, eu só quero um homem com uma libido saudável” – ouvi essa pérola em um dos episódios dos Simpsons; na hora, achei engraçada a colocação e cheguei a concordar com a frase, mas, como gosto de ir ao fundo das coisas, corri para o Google, para uma melhor definição da palavra “libido”.

“Libido” – vem do latim, significa ‘desejo’ ou ‘anseio’; é caracterizado como a energia aproveitável para os instintos da vida. Segundo Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos gerais; no campo do desejo sexual, está vinculada a aspectos emocionais e psicológicos.
Palavra esclarecida, resolvi analisar como andava o meu “desejo”, meu “anseio” e, percebi que “libido”, atualmente, para mim, significa estar em paz com meu lado sexual, sem que com isso eu tenha que viver em uma maratona de pernas para cá, pernas para lá; boca aqui, boca acolá; sussurros, gritos, enfim, tudo aquilo que uma boa e decente transa pode proporcionar. Não morri para o sexo; mas, neste ponto da minha vida, acho que abusei um pouco dessa liberdade sexual em que nos colocaram há anos atrás e, me permiti ousar, abusar e aproveitar o que o momento me oferecia e, sinceramente, me lambuzar também... Mas, depois de passada essa fase, de muitas descobertas e nenhum envolvimento, não tem mais graça satisfazer somente minha “libido”: quero satisfazer minha cabeça, minha vontade e, principalmente, meu coração. Quero, não só me regalar dentro de alguns abraços, mas, aconchegar meu coração dentro de um peito que me abrigue, dê carinho e atenção e, a satisfação da “libido” seja o complemento de tudo e me faça concordar em querer um homem com uma “libido saudável” e envolvente, que me leve de volta ao mundo louco do prazer.

PS.: São só devaneios, ok???

quinta-feira, 10 de março de 2011

Arco-Íris em Preto e Branco


O centro de uma cidade, na minha humilde opinião, deveria ser os olhos dessa cidade: suas ruas deveriam ser iluminadas e floridas como as alamedas de um shopping; as lojas deveriam ter suas vitrines bem servidas de produtos, mas, todos distribuídos de maneira a encher os olhos dos supostos compradores e, fazer com que quisessem entrar correndo e consumir, consumir, consumir (por mais barato ou de pouca qualidade que o produto seja). Deveria haver espaços para descansar, como bancos colocados estrategicamente em frente a boas lojas; um ou outro quiosque para abater aquela fominha entre uma compra e outra e, principalmente, calçadas. Ah, calçadas – deveriam ser totalmente planas, limpas, uniformes; mas, a realidade é outra e, sinceramente, assusta muito.
No sábado à tarde, imaginando que tudo estaria “quase” parado pelo feriado de Carnaval, me aventurei a ir até o centro e, claro, não vi nem metade do que meu sonho maluco do início do texto desejava. Fiquei abismada com o descaso total em que se encontram nossas ruas centrais – calçadas com pisos soltos; buracos; lojas numa profusão de vitrines, sem um recado que nos chame às compras; vendedores ambulantes nas mesmas calçadas onde lojas tentam fazer com que seus vendedores conquistem futuros fregueses. Na verdade, percebi um “arco-íris” em preto e branco, onde falta aquele “quê” de aconchego e sobram pessoas apressadas para chegar a algum lugar; pessoas desconfiadas, agarradas a seus pertences como um náufrago a seu pedacinho de madeira; gente que pede por pedir; gente que pede por precisar; ônibus misturados às pessoas, que invadem descuidadamente seus espaços.
Enfim, para mim, ficou a sensação de que o caos se instalou para nunca mais ir embora e, ninguém parece perceber, ou, dar importância ao fato. E, a pergunta fica: porque tantas taxas, tantos impostos se, a olhos vistos, tudo permanece igual, no maior desleixo desorganizado que uma grande cidade pode permitir? Quando começará a organização geral, para que o morador possa sentar orgulhosamente em um banco e deixar os olhos vagarem por lindas e belas cores de um arco-íris não mais acinzentado? Quando?

sábado, 5 de março de 2011

Ócio = Genialidade???


Será que o ócio fez os grandes poetas e gênios da humanidade? Enquanto eu não tinha múltiplas tarefas, estava cheia de idéias, criando textos e me divertindo com a escrita. Hoje, cheia de serviço, um monte de pequenas coisas que se não fizer imediatamente acabam  acumulando, minha mente já não anda tão cheia de boas idéias. Mas, como gosto de escrever e de colocar no papel um pouco de algumas bobagens, achei esse assunto interessante: o que "não fazia" Mozart quando compôs suas sinfonias? No que "não pensava" Da Vinci, quando pintou telas imortalizadas?  O que "não visualizava" Niemayer quando projetou Brasília? E, o que  "não queria" o povo quando elegeu Tiririca? - essa dá prá  responder: o povo queria mostrar a toda classe política que cansou da palhaçada coletiva a cada 04 anos e, elegeu um único palhaço para representá-lo, para tentar fazer com que a classe menos abastada seja lembrada e, quem sabe, agraciada com algo positivo e, certamente, "não queria", por mais 04 anos, ser atropelada por impostos abusivos e desnecessários, sem fins justificáveis. Bem, voltando ao assunto principal, ficar sem fazer nada tem seu lado bom, mas, como tudo tem dois lados, o negativo acaba acontecendo também; alguns ficam à toa e matam por trocados, por vingança, por querer, por traição, por não ter nada melhor para fazer. Então, mesmo que o ócio me faça escrever, criar alguns textos que acho legais, prefiro ficar um tempo sem colocar nada no papel, mas ter coisa suficiente no meu dia para que ele passe rápido e eu possa retornar logo para meu cantinho, antes que alguma  idéia louca se crie na minha cabeça e eu sai chutando o pau da barraca.

PS.: Não sou nenhum grande gênio, mas, o ócio me torna mais criativa, não que isso vá me   elevar ao  nível de um, digamos, Paulo Santana....rsrsrsr