quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais Cachorreira...ainda

Bem, já falei que nunca fui “cachorreira” – já tive cães, mas, nunca fui de me agarrar muito para não criar laços e, claro, ter muitas responsabilidades. Mas, no meu último aniversário, em abril, ganhei um cãozinho de presente – em um post anterior, já falei sobre isso (Virei Cachorreira- 19/julho) e, óbvio, me apaixonei, me entreguei de corpo e alma. Ele está com 05 meses e, no último final de semana (21/8) ele se machucou. Na verdade, “eu” machuquei ele....com a mania de se enfiar na frente da gente, histericamente, acabei trombando com ele e, o pobrezinho teve um distensão na perna traseira direita. Aí, tive a plena certeza de que me meti em uma grande enrascada quando ganhei esse presente. Enlouqueci quando ele, do nada, começou a choramingar de madrugada, e começou a apresentar dificuldades para caminhar. Já fiquei imaginando que estava com a tal da parvovirose, que não ia conseguir salvá-lo, que eu não tinha sabido cuidar dele direito – apesar de já ter tomado todas as vacinas, fiquei neurótica do mesmo jeito. No domingo, tudo fechado.....acabei sendo socorrida pela veterinária dos cachorros de uma amiga minha, através do celular....olha o nível da loucura!!!! Expliquei a situação e ela recomendou um antiinflamatório (está correta a escrita, porque pesquisei, ok??? “anti” seguido de “vogal” não leva hífen.....espero que tenha escolhido o site certo). Comecei a medicação no domingo mesmo e, na segunda, levei-o ao veterinário e, examinando, ele constatou a tal distensão. Recomendou que continuasse com a medicação de 08h em 08h, 10 gotas e logo, logo, ele estaria legal. Ótimo. Voltei mais leve para casa. Mas, daí, o cachorro resolveu não se alimentar; quando olhava a ração, virava a cara e fazia um olhar tipo: “por favor, prefiro um bifão”; mas, voltou a tomar água, o que já me aliviou....fica magro, mas não desidratado.....rsrsrsrs....Na terça, liguei, novamente, para o veterinário e expliquei a falta de apetite do cão e, ele, muito atenciosamente, me indicou um remédio para o estômago, porque não havia motivos para ele ter deixado de comer. Comprei o remédio, que preciso dar de 12h em 12h, 02 ml e ele está tomando, sem resistência nenhuma. A única coisa que consegue comer (e, com muita vontade, diga-se de passagem) é um osso - desses que se vendem em casas de produtos veterinários e que ajuda a afiar os dentinhos dele, e, uma ou duas bolachinhas água e sal. Depois de 04 dias de medicação, já mudou bastante o ânimo: está latindo muito, mordendo, caminhando – mancando um pouco ainda e, grudado na gente. Parece uma sombra. Mas, de tudo o que escrevi, o que queria dizer, na verdade, é que, apesar de não ter tido filhos, e, cuidando desse meu bichinho, descobri que a preocupação por um serzinho indefeso nos deixa sem saída, sem rumo; não sabemos por onde começar a buscar a solução de um problema que, na verdade, nem sabemos qual é, pois, eles não falam, não se comunicam com gestos; só os olhares nos enviam um tipo de mensagem que, na nossa total ignorância do mundo animal, parecem ser um pedido de ajuda, de socorro e, só nos resta tentar fazer o nosso melhor para aplacar um pouco a dor, o desconforto que parecem passar. Amanhã, ele vai ao veterinário, novamente, para ser examinado e ver como está a perna e, espero, sinceramente, ter feito tudo da maneira correta para que tudo fique bem e ele volte ao normal, correndo, pulando, latindo e mordendo histericamente nossas meias. Vou confessar algo, sem muita frescura ou vergonha de me abrir: fiquei tão preocupada com ele, com a apatia em que se colocou que, sem nenhum pudor, digo de coração: chorei muito - de preocupação, de tristeza por ter causado isso, de medo de perdê-lo, enfim, sofri junto com ele. Acho que descobri que meu lado “cachorreira” é muito mais humano do que eu jamais imaginei ser. Na verdade, ele é meu “filhotinho” e precisa de atenção, cuidados e, principalmente, muito amor.  E, vou agradecer, sempre e de coração, a quem me presenteou o Forks: Kauê, Marcelo e Elisandra - Valeu!!!

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