domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Dia das Mães. Um dia especial para toda mãe - mesmo que a maioria sinta que seu dia é todo santo dia em que acorda, arruma o filho para a escola com sua merenda dentro da mochila, ao lado de seus livros cuidadosamente vasculhados na noite anterior para ver se não ficou pela metade o dever de casa solicitado pela “profe”;  deixa o filho na escola, vai para o trabalho, faz suas tarefas profissionais, retorna para casa e, aí, recomeça tudo de novo: preparar o jantar, banho no filho, ajeitar a casa,  preparar tudo para o dia seguinte. Enfim, são várias tarefas para uma única mulher que se transforma em muitas e, mesmo abaixo de mau tempo, consegue realizar tudo a que se propôs com maestria. Hoje, é comemorado mais um Dia das Mães. Dia do filho distante trazer seu abraço; do filho próximo se grudar mais ainda; do filho ocupado encontrar um tempo para um chamego; do que tem tempo, gastar um pouco dele com uma visita, mesmo que rápida. É dia, também, de deixar a saudade falar mais alto e lembrar daquela que já foi, que não se encontra mais ao nosso lado e que faz muita falta nesse e, claro, em muitos outros momentos de nossa vida. Nesta datas especiais, tudo fica mais palpável; as dores tomam formato de lágrimas, de reclusão, de isolamento, enfim, acabam tomando conta de nossa vontade e nos fazem lembrar de muitas coisas que gostaríamos de deixar para trás, de esquecer. A saudade é grande e sempre será forte e presente. Mas, devemos  lembrar  que mãe é, e sempre será, uma só; será aquela que nos ensinou a ser fortes, a  enfrentar nossos medos, secar nossas lágrimas e olhar para frente, tentando levar no coração o que ela nos passou e, fazer desse ensinamento, o caminho para amenizar essa saudade dolorida que, certamente, com o passar do tempo vai diminuir. Mesmo que em doses homeopáticas. Feliz Dias das Mães.

domingo, 1 de maio de 2011

Regras Reais

Casamento Real. A notícia da semana. Esqueçam as falcatruas da política, deslizamentos, guerra do tráfico, mortes nas estradas, alagamentos, furacões, enfim, qualquer tragédia passou a ser insignificante diante desse belo e atual conto de fadas. Achei legal as pessoas ficarem na expectativa pela passagem do cortejo, na curiosidade pelo vestido da noiva, como seria a festa, quem seriam os convidados; mas, no final, todos queriam a mesma coisa: estar presente nesse belo conto de fadas. As solteiras desejando encontrar seu Príncipe, mesmo não sendo o original, mas, que seja aquele que lhe tire o ar e lhe trate como uma Princesa; algumas casadas, sonhando em tornar o marido o Príncipe com quem casaram, outras, desesperadas para que este não vire sapo. Os homens, solteiros ou casados, achando tudo o maior circo e a oportunidade para mostrar a suas companheiras que, mesmo sem tanta pompa, a relação de cada um com sua escolhida, ainda é a melhor. Bem, cada um sabe de sua vida, de seus relacionamentos e deve ser feliz a sua maneira; mas, fiquei lendo em algumas revistas/jornais que, a partir do momento em que disse “SIM”, a Princesa começou a perder um pouco de sua liberdade, não podendo fazer coisas banais como comer frutos do mar ou chorar em público. Please, porque não arrebanhar mais fãs derramando lágrimas e lágrimas de prazer, alegria, tristeza, raiva, ódio? Imagina, ela chorando em frente aos súditos porque a Rainha a proibiu de usar aquela bolsa maravilhosa que ela comprou numa barbada, quando era solteira? Ou, porque queria comer um prataço de camarão e ninguém permitiu? E, a sobremesa, que estava de salivar, foi retirada quando a Rainha resolveu que o jantar havia terminado? Todos os súditos cairiam de amor por ela e a elevariam ao patamar de Rainha do Plebeus. Será que dá para conviver com tantas regras, etiquetas e proibições nesses nossos dias, onde tudo se pode e tudo é possível? Nossa liberdade e espaço são muito importantes para que nos inibam e nos anulem, mesmo que isso nos leve a um reinado. E, mesmo nessa profusão de coisas loucas dos nossos dias, não somos rainhas de nós mesmas? De nosso tempo, de nossos desejos e sonhos? Falta o Príncipe...ok, falta...mas, para encontrar um original, só indo para a Europa e, isso não torna possível que se encontre um na primeira esquina e, claro, que ele caía a nossos pés apaixonado; então, fiquemos com nossos nativos. Apesar de tudo, achei interessante toda essa euforia em torno desse casamento; mostra que o romantismo ainda existe e que, ainda, é possível casar por amor e desejar ser feliz. Seja lá fora ou aqui, em nossa amada Pátria.