Ás vezes – não só no silêncio da noite, fico pensando em como tudo está passando rápido; em como o tempo está correndo para algum lugar que não imagino onde seja e, me assusto um pouco com isso. O bebê de ontem, que engatinhava por tudo, que caía, machucava, chorava loucamente e, em segundos, já estava repetindo as mesmas façanhas que o levaram ao chão, tornou-se um adolescente cheio de sonhos e muita energia ou, um adulto, cheio de compromissos e muita vontade de realizar coisas, mesmo aquelas que sabe nunca se concretizarão. O tempo é cruel, não perdoa; mas, ao mesmo tempo, nos dá oportunidades, nos dá escolhas; nos faz olhar para trás e resolver alguns problemas, consertar algumas outras situações ou, nos faz olhar para a frente e desejar que o futuro seja bondoso com nosso próprio tempo e, claro, com nossas “rugas” do amadurecimento. Ontem, era 01 de janeiro de 2010 – o ano recomeçava e, para variar, repleto de esperanças de coisas novas e boas, de mudanças positivas, de energias renovadas e redobradas; hoje, estamos em novembro de 2010 e, nada mudou; as crises continuam; quem tinha problemas em 2009, continua com os mesmos problemas em 2010 e, certamente, poucos conseguiram resolver alguns: quem era pobre continua pobre, quem era rico, possivelmente, ficou mais rico, ainda; quem era solteiro, de repente, casou; quem era casado, de repente, separou; enfim, poucas coisas mudam. Mas, o que muda, realmente, são apenas os números no calendário e, felizmente, não mudam nossos anseios, nossos sonhos não se acabam; nossa esperança de que o próximo novo ano seja de mudanças positivas continuará sempre existindo; nossa vontade de continuar tocando o barco da melhor maneira possível, estará sempre presente nesse novo dia-a-dia que está chegando. O tempo pode passar rápido; nosso tempo pode estar se esgotando; mas, não podemos permitir que nosso sonhos se apaguem porque o ponteiro do relógio corre mais rápido que nossas realizações. Temos que olhar para o horizonte e desejar que tudo se ajeite, mesmo que “eu fique ali sonhando acordada, juntando o antes, o agora e o depois”
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