sábado, 29 de outubro de 2011

Revendo relações


Para variar, tirei um tempo para avaliar a vida – a minha e a dos outros, claro....e, resolvi escrever sobre isso – espero que o texto fique bonitinho. Há alguns dias, tenho pensado em um “ex” e, até hoje, não sei por que esse ser ficou anos e anos na minha vida, sem decidir nada e eu deixando o barco correr, sonhando – como toda mulher apaixonada – que ele iria tomar um rumo na vida e me carregar com ele. But, ele foi para um lado e eu fiquei aqui, mais madura, um pouco mais descrente no amor, mas, aberta para novas e possíveis tentativas de encontrar alguém legal. E, nessas lembranças atuais, me dei conta que no fundo do meu coração, não era amor o que sentia; era, na verdade, a sensação da coisa nova, do homem maduro, mais velho, ter me envolvido por abraços quentes; ter me fisgado por olhares sensuais, com promessas que nunca antes havia recebido; ter beijado minha boca como se fosse a coisa mais importante do “mundo dele”, enfim, me tonteou e hipnotizou como a aranha faz com a mosca ao redor de sua teia. Não estou dizendo que houve culpa de alguém, não é isso; na verdade, ele me pegou em um momento crítico, de fragilidade total e carência visível e, com muito mais corrida na vida que eu, soube exatamente a hora e o ponto onde atacar. E, nesses anos, de muitas idas e vindas, ele foi e eu fiquei: fiquei mais segura, mais mulher e me sentindo mais poderosa  mas, sinceramente, não sei se isso me ajudou muito, porque fiquei, também, mais exigente e mais desconfiada. Acho que é normal, na verdade, com mais idade, começarmos a olhar para trás e analisar as escolhas que fizemos e, claro, classificá-las como boas, ruins e mais ou menos; e, podem acreditar, tive as 03 classificações em todas as pessoas com quem já me relacionei. Hoje, não tenho nenhum pudor em dizer que sofri por paixões não correspondidas, já fui traída, já traí, mas, quando sinto que aquele relacionamento pode ser classificado como “bom”, me entrego inteira e, acho que para a entrega em uma relação a dois dar certo, tem que ter, principalmente, cumplicidade e fidelidade, então, nesse caso, só tenho olhos para o meu par – não estou sendo sarcástica, estou sendo sincera. E, tirando a análise do meu campo de atuação no tema “relações”, analiso a relação dos outros também – imagina se não daria pitaco....rsrsrsrs.... Conheço alguns casais que quando fico sabendo que estão separados, ou às vésperas da separação, depois de anos de casamento, não me surpreendo e sabem   por  quê? Porque, sempre existem indícios, pequenos sinais que quando estamos de fora conseguimos  perceber , conseguimos entender o motivo que os fizeram decidir pela separação. Mas, têm aqueles casais que, só de olharmos, sabemos que foram feitos para a vida toda, que são cúmplices, amigos, parceiros e, mesmo nas discussões normais dentro de um casamento, conseguem se entender e chegar a um denominador comum. Esses casais, sim, se chegassem às vias de separar-se, me deixariam chocada, me fariam desacreditar totalmente na relação à dois, na tão aclamada instituição chamada “casamento”. Na verdade, esses casais é que me fazem ainda acreditar que, de repente, possa encontrar alguém que me entenda e que venha a ser uma companhia interessante, me dando espaço e liberdade para viver a relação sem cobranças ou mentiras. Não quero mais confundir os sentimentos e me deixar embarcar, outra vez, num barco que entrou em um redemoinho marítimo e, depois de muito rodar, voltou ao mesmo ponto:  a busca pelo outro.

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