Satélite de seis toneladas deve cair na Terra até sábado - matéria que li na internet....Imaginem, num sábado de sol, sem nenhum compromisso com horário, a gente acorda, se ajeita prá cá, se ajeita pra lá e, decide almoçar fora, ou caminhar no parque, sei lá...decide sair de casa e arejar os pensamentos, longe do ar contaminado do trabalho. Ar puro, muito verde, o sol deixando nossa pele brilhando como o vampiro do Crepúsculo – quase um globo de discoteca dos anos 80 e, entramos em um restaurante legal, nos entregamos as delícias da culinária que o local oferece, nos lambuzamos provando um pouco de cada sobremesa e, para finalizar, um cafezinho, que não pode faltar, é claro. Saímos do restaurante e vamos procurar um lugar calmo, com uma sombra convidativa, de preferência embaixo de uma árvore que tenha um banco que esteja limpo, sem sujeira de pombos, sem cocô de cachorro na grama, ou nas proximidades do lugar onde sentamos. E, lá ficamos, entregues a nossa preguiça, nossa liberdade provisória empregatícia e, quase que nos transportando para uma outra dimensão, onde tudo é verde, limpo, seguro e bem mais barato, vem a infeliz barulheira não se sabe de onde e nos tira de nossos melhores devaneios...e ao redor, as poucas pessoas privilegiadas com uma folga, numa tarde de sábado como eu, começam a olhar para todos os lados, buscando saber de onde vem toda essa bagunça sonora que, a cada minuto aproxima-se mais e mais, fazendo com que nossos ouvidos comecem a ficar incomodados. De repente, alguém olha para cima e, grita num misto de entusiasmo e pavor (se é que as duas palavras podem existir na mesma frase): “olha, um avião” (claro que a resposta correta seria: quem olhar é bobalhão....), mas, não! Todos olham assustados e percebem que não é um avião, um balão ou, quem sabe, um urubu atingido por algum garoto maluco por assassinar pássaros; é algo diferente, estranho e, enquanto o objeto vai caindo, as apostas começam: deve ser um pedaço de lixo nuclear, uma asa de avião, a porta de alguma nave que se desprendeu...e, por aí adiante....Mas, com a proximidade cada vez maior do objeto, o pânico começa a se instalar, um grupo se forma, quase que de mãos dadas, de tão colados que ficam; uns orando, outros com lágrimas escorrendo pela face, outros de boca aberta sem esboçar qualquer reação e, eu, parada, com o coração acelerado, com muitas coisas passando pela minha cabeça e, a principal delas, é: “porque, diabos, resolvi sair de casa hoje? E se o tal satélite é essa bosta que vem despencando quase na minha cabeça?”. E, de repente, um estrondo, uma labareda e, todos correm para ver o que era aquilo e, depois de toda a tensão, caem na gargalhada, pois o objeto assustador não passava de uma plaquinha escrita USA...provavelmente, um pedacinho do enorme satélite que nossos “fofos” americanos resolveram colocar no espaço e, quando acontece um incidente desse tipo, acabamos recebendo todo o lixo que sempre nos foi destinado de maneira discreta mas, que devido a intempéries desse tipo, torna-se mais revelador do que deveria. Enfim, não sei se o satélite cairá ou não, se virá para o Brasil ou não...mas, certamente, ficarei em casa, só por precaução.....rsrsrsrsrsrs...
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