quinta-feira, 28 de julho de 2011

O "meu" homem de qualquer época

Olhando TV, outro dia, me peguei assistindo o Programa da Hebe - achei que ela nem tinha mais programa, sinceramente; na verdade, acho que TV a cabo é uma maravilha, só que, em alguns momentos, nos deixa fora do ar, fora da realidade e acabamos sem saber quem faz o quê e onde...mas, não abro mão dessa modernidade para saber coisas comuns do mundo aqui fora...rsrsrsrs. Bem, voltando ao assunto, estavam presentes 03 jornalistas  mulheres fazendo uma rodada de perguntas para um jornalista homem, o Ricardo Boechat e, o papo estava legal, ele é um cara super inteligente – já vi ele apresentando um jornal, mas, não sabia o nome. E, a conversa rolando solta, muita descontração e gargalhadas; de repente, ele resolveu que ele faria as perguntas para elas e, assim foi. De primeira, perguntou: “se vocês tivessem que escolher um homem, de qual época escolheriam?”; achei a pergunta interessante, pois, quando pensamos em ter alguém ao nosso lado, nunca nos preocupamos em imaginar como teria sido essa pessoa no passado ou como seria no futuro, pensamos apenas nela agora, no presente e, só isso importa. E, óbvio, a questão ficou pipocando na minha cabeça: que tipo de homem eu escolheria? Fiquei, ali, matutando, matutando e, só no dia seguinte, assistindo um filme de faroeste, do tempo em que eu era adolescente, lembrei do tema e, descobri que o homem que eu gostaria de ter no passado, no presente e no futuro, era o personagem do seriado Bonanza – Adam Cartwright – gente, o homem era tudo de bom, lindo, charmoso, educado, sensível, gentil e cheio de vitalidade...e, pelo que li em algumas reportagens, era o que mais recebia correspondências de mulheres encantadas com seu charme, apesar de, na época,  não gostar de fazer o seriado  porque o achava “medíocre”. E, fiquei viajando no pensamento, imaginando ele dentro da proposta do jornalista aquelas 03 mulheres:  no passado, ele seria o cara que me protegeria, me ensinaria a montar a cavalo, atiraria no primeiro que mexesse comigo, colocaria o casaco na poça de água para eu não molhar os pés, enfim, seria o “meu homem com h”; no presente, seria o cara que me protegeria, mas, não poderia andar armado e, muito menos, andar a cavalo pela cidade – a não ser que fosse carroceiro - certamente, não colocaria nada na poça de água para eu pisar, mas, pegaria minha mão para desviar da mesma e, me permitiria sair com as amigas, tomar meu chope gelado e, ele iria ao futebol com os amigos e, depois, voltaria para casa e curtiria momentos legais comigo; no futuro, seria o cara que leria meus pensamentos e me encheria de mimos, sem se importar se sua masculinidade seria ferida ou não, ele se importaria unicamente com meu bem estar e com meu conforto, dedicando tempo e espaço para mim. Mas, como nada no mundo é perfeito e a realidade é cruel, o Adam Cartwright morreu aos 81 anos, em 2010, e os homens do meu passado já passaram, os do futuro são, provavelmente, os que não me quiseram no presente, então, vou ficar na minha, vivendo esse presente tão bom que tenho, sem me preocupar em achar o cara perfeito, até porque ele não existe em época nenhuma - sem querer acabar com as ilusões, ok? 

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