Tenho amigas muito especiais e, mesmo quando nos ausentamos umas das outras, a comunicação sempre acontece e, nossa transmissão é sempre clara e precisa, sem interferências externas. Mas, em uma dessas ausências, duas delas saíram e, deixando bem frisado aqui: não me convidaram....rsrsrsr, e, resolveram ir a um bar onde havia um concurso de karaokê – acho isso muito legal e está incluído na minha lista de coisas para fazer antes do mundo acabar. Lá, uma delas, que é conhecida do dono, acabou encontrando vários outros conhecidos e ficou de papo, enquanto a outra, era, delicadamente, tirada para dançar. E, papo vem, papo vai, de repente, olhou para o lado e não viu nossa amiga, olhou ao redor e nada, mas, com uma olhada mais atenta, a viu na pista de dança, ao som de uma música dos anos 90 e, sentou, com cara de surpresa e com muita vontade de rir, pois a cara de poucos amigos da outra era hilária. Terminada a música, ela voltou para a mesa e, o diálogo foi o seguinte:
Amiga 1: - Olhei para o lado e não te vi.
Amiga 2: - Fui dançar, tu não me viu na pista?
Amiga 1: - Vi e, não acreditei, aliás....Porque tu disse sim?
Amiga 2: - Ué, tu tava conversando, eu disse que não tinha gostado do lugar e tu mandou eu entrar no clima, entrei.
Amiga 1:- Mas, não foi nesse clima...se entro num incêndio e te digo pra entrar no clima, vai te jogar nas chamas?
Amiga 2: - Ah, sei lá...só fiz o que tu disse...
Amiga 1: - Mas, como tu foi dançar se era eu que tava sendo paquerada??
E, contando esse momento histórico em uma rodada de vinho e pizza, caímos na gargalhada, pois o local era, principalmente, freqüentado por gays, lésbicas e simpatizantes, sendo que minhas duas amigas, jogam no time dos simpatizantes, sem qualquer tendência para qualquer um dos dois outros lados. Mas, as gargalhadas saíram porque, eu, que não estava presente, fiquei tentando desvendar a cena e, ainda por cima, questionei se ela havia dançado separada, imaginando uma música eletrônica e, a resposta veio rápida, mais rápida que escorregar em uma casca de banana e se esparramar no chão:
Amiga 2: - Não...beemmm juntinho..."seio com seio".
Aí, joguei a toalha e rolei no chão.
Por esses momentos, é que vale a pena qualquer atribulação diária que nos incomode, porque, quando esses encontros surgem, a diversão é certa e, sempre acabamos dando um tom cômico a qualquer tragédia comum que tenha nos atingido. A amizade, ainda é, a coisa mais certa e verdadeira que podemos ter, pois, mesmo a distância existindo, o coração e aquele chamado silencioso, sempre estarão prontos a ser ativados quando a necessidade de rir, chorar, colo ou, simplesmente, segurar a mão, surgir.
Amigo não se guarda só no lado esquerdo do peito...ele vive em todo nosso ser e, em muitos casos, é quase uma extensão de nós mesmos.
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