quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Janela Fica Aberta!!!


Como é difícil a convivência com quem nos cerca, não concordam? Fico observando algumas coisas no dia-a-dia e, infelizmente, percebo que o mundo anda sem paciência, sem finesse, sem educação ou respeito ao próximo. Outro dia, entrei na lotação, sentei na “cozinha” (para poder abrir a janela sem ninguém encher o saco, pois, o povo parece ter medo de vento na cara) e, de repente, entra um cidadão, cara amarrada, vem direto para o fundo da lotação, senta, deixando um banco de espaço entre nós e, sem cerimônia nenhuma, estende o braço e fecha a janela, num puxão só. Assim. Sem sequer pedir licença. Eu, como uma pessoa educada, olhei para ele e disse que não dava para deixar a janela fechada, pois não havia mais nenhuma aberta e estava abafado ali dentro. Ele, com uma simpatia de fazer o pior dos algozes chorar de joelhos, disse: “então abra que o vento pegue só em você”. Na hora, me deu vontade de mandar ele para bem longe; não um longe legal, mas um longe onde ele se ferrasse de vez, mas, o ser superior dentro de mim, falou mais alto e, simplesmente abri a janela, com um vão menor para não melindrar o Senhor ao meu lado e fiquei na minha, bem quieta, desejando que encharcasse a careca quando descesse. O cara era jovem, mas, totalmente emburrado, com semblante envelhecido e, pela reação à janela aberta, totalmente, também, destemperado de calor corporal e bom humor. Se já não é fácil conviver com as pessoas que pensam como nós, imagina com quem pensa diferente? Mas, acho que a questão maior, ainda, é a educação, a falta de tentar entender o outro, aceitar os defeitos alheios e os seus próprios. Tudo seria mais fácil se as pessoas se ajudassem, se doassem e usassem um pouco do que existe de humanidade dentro do seu cérebro. Infelizmente, enquanto existirem trogloditas como meu companheiro de lotação, o mundo vai continuar acinzentado e cheio de gente mal-humorada e mal-amada. Não dá para generalizar, claro, mas, temos que ter jogo de cintura para que essa “infelicidade” não seja contagiosa.

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