quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fúria da Natureza


A natureza não brinca e não tem meias palavras, ou atos, com ela, é  08 ou 80 - ou arrasa ou arrebenta com tudo - e não tem conversa. Age conforme as ações de quem  nela habita e dela depende; quando a seca chega ou as chuvas desandam a cair é uma loucura: incêndios, plantações secas e perdidas, temperaturas altas, consumo de energia nas alturas; inundações, deslizamentos, plantações afogadas e, novamente, perdidas, tragédias inúmeras.  E me pergunto se há algum culpado nisso, onde estão os erros? Fico abismada com o descaso do povo em relação a tudo isso e, quando as ruas alagam e os bueiros entopem, correm para achar um culpado: o Poder Público. Mas, a Prefeitura não mora na minha casa, não sabe o que considero e como separo os lixos, não me impede de varrer a calçada e evitar colocar o lixo dentro do bueiro. Pergunto, também, quem errou ao construir a casa no morro, quem  não fiscalizou; enfim, quem negligenciou a regra básica do cuidado com a vida? Só que, quando grandes tragédias acontecem, não temos que achar culpados, colocar o dedo na moleira do outro e tirar o nosso da reta. O jeito é tentar viver em paz com a natureza, ter consciência de que toda ação terá sua conseqüência e, mesmo aqueles que seguem as regras, pagarão pelo descaso coletivo.  Repensar atos diários faz bem e, certamente, não causa dor; o que faz doer, é ver que vidas acabam sendo dizimadas porque coisas simples não foram feitas, regras básicas foram ignoradas.  Vamos acordar para que a natureza não adormeça e nos deixe eternamente no caos ou, na total escuridão.

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