Um dia, resolveu que iria mudar e partiu. Distante dali, havia uma cidade onde tudo era colorido, iluminado.
Lápis Preto andou 03 noites e 03 dias; pegou chuva, passou frio e um pouco de fome, pois seu grafite era pouco para agüentar a viagem.
No início do quarto dia, Lápis Preto avistou uma estrada repleta com as cores do arco-íris. Decidido, caminhou até lá.
Quando entrou na cidade, tudo era muito mais bonito do que imaginava: haviam lápis de todas as cores, as mais belas cores existentes no universo. Ficou encantado.
Um grande lápis laranja, com uma grande coroa na cabeça, veio encontrá-lo e dar-lhe as boas vindas.
- Seja bem-vindo a nossa terra, estranho.
- Bom dia! Meu nome é Lápis Preto e, vim de longe para tentar ser feliz.
- Muito bem. Sou o Rei de Colorilândia e, se quiser, este poderá ser seu novo lar. Vamos até meu castelo – disse o Rei cor-de-laranja.
Todos estavam eufóricos com o novo visitante e, ao mesmo tempo, curiosos por sua aparente tristeza.
O Rei Laranja deixou Lápis Preto à vontade e ele começou a sentir-se maravilhado com tanto colorido, só que, por dentro, continuava triste, sem saber por quê.
Um lápis menor, de cor azul, aproximou-se dele e disse:- Olá, você não me parece feliz.
- É verdade! Tudo é lindo aqui, mas, me sinto feio, diferente, por ser simplesmente preto – respondeu ao pequeno.
- Mas, você é tão importante quanto nós – disse um outro lápis, este verde-limão.
- Porquê? – perguntou Lápis Preto.
Um lápis mais gorducho, de cor lilás, com grandes olhos, entrou na conversa e respondeu imediantamente:
- Porque você faz os riscos que iremos colorir e, sem você, não existiríamos.
Lápis Preto parou, olhou para todos, que também olhavam atentos para ele e disse:
- Não havia pensado assim; vocês têm razão. Também sou importante.
Todos concordaram e o Rei resolveu dar uma grande festa.
Passaram-se os dias e Lápis Preto resolveu voltar à sua cidade; não queria mais ser sozinho ou sentir-se diferente.
Quando chegou, procurou todos os lápis preto que existiam e ensinou a eles que, apesar de não possuir nenhum colorido, eles eram importantes, pois criavam o que os outros iriam colorir.
Daí em diante, todos os lápis pretos foram muito mais felizes.
PS.: Esta é mais uma estórinha que escrevi para minha sobrinha, quando era pequena. Espero que, quem acessar meu blog, aprecie também.
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