sábado, 31 de julho de 2010

O cãozinho gago

Dog era um cãozinho lindo, cor de caramelo, todo peludinho. Uma fofura! Mas, ficava muito só, pois não conseguia encontrar um amigo verdadeiro para conversar. Bem que ele tentava, mas Dog era um cãozinho gago e todos riam muito dele quando começava a falar.
Um dia, Dog encontrou Lily, uma cachorrinha muito faceira e bonita, que morava num bairro próximo, mas nunca haviam se aproximado um do outro. Todos os cachorros da redondeza “babavam” por ela; mas, muito orgulhosa, não dava a mínima para ninguém.
Dog percebeu que Lily olhava para ele com muito interesse e, todo nervoso, ficou sem jeito, sem saber para onde olhar ou o que fazer com as orelhas, que insistiam em trair seu nervosismo ficando de pé. A cachorrinha percebendo o efeito que causava, resolveu aproximar-se dele.
- Olá, meu nome é Lily! E o seu?
Dog, nervoso, respondeu:
- É, é, é Do-Do-Dog.
- Hum, que nome bonito. Mas, não precisa ficar nervoso. - disse ela.
- Eu, eu nã, nãão es-es-estou ner-nervo-vo-so. Sou gaa-gaa-gaago. - respondeu Dog, cada vez mais atrapalhado.
Lily olhou para ele e convidou-o para tomar um sorvete. Dog ficou surpreso com o convite; mas, curioso, aceitou. Na sorveteria, a cachorrada toda parou quando os dois entraram. Maldosos, ficaram apostando que logo, logo Lily desistiria da conversa com Dog.
Mas, a tarde começava a ir embora e os dois continuavam conversando. Lily perguntou:
- Porque ninguém fala com você?
- E-e-eles a-acham en-en-graa-ça-çado o meeeu je-jeito de fa-fa-laar.
- Então, - disse Lily - eles são uns bobões. Enquanto acham graça perdem de ser amigo de um cãozinho muito inteligente.
Dog ficou todo envergonhado com o elogio; mas, ao mesmo tempo, todo orgulhoso. Os cachorros vendo que o papo estava gostoso, começaram a aproximar-se da mesa deles.
Quando a noite caiu, todos conversavam e riam muito, que até esqueceram a gagueira de Dog e, aproveitando a alegria contagiante, ele arriscou perguntar à Lily:
- Li-Lily, vo-voocê queer ser mi-mi-minnha na-namoo-rada?
- Oh, Dog! Claro que quero.
Daquele dia em diante, Dog foi o gaguinho, digo, o cãozinho mais feliz daquela vizinhança.


PS.: Adoro escrever essas estórias, apesar de serem infantis, elas sempre têm um pouco de moral e tento passar algum ensinamento.

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