
Um dia, Dog encontrou Lily, uma cachorrinha muito faceira e bonita, que morava num bairro próximo, mas nunca haviam se aproximado um do outro. Todos os cachorros da redondeza “babavam” por ela; mas, muito orgulhosa, não dava a mínima para ninguém.
Dog percebeu que Lily olhava para ele com muito interesse e, todo nervoso, ficou sem jeito, sem saber para onde olhar ou o que fazer com as orelhas, que insistiam em trair seu nervosismo ficando de pé. A cachorrinha percebendo o efeito que causava, resolveu aproximar-se dele.
- Olá, meu nome é Lily! E o seu?Dog, nervoso, respondeu:
- É, é, é Do-Do-Dog.
- Hum, que nome bonito. Mas, não precisa ficar nervoso. - disse ela.
- Eu, eu nã, nãão es-es-estou ner-nervo-vo-so. Sou gaa-gaa-gaago. - respondeu Dog, cada vez mais atrapalhado.
Lily olhou para ele e convidou-o para tomar um sorvete. Dog ficou surpreso com o convite; mas, curioso, aceitou. Na sorveteria, a cachorrada toda parou quando os dois entraram. Maldosos, ficaram apostando que logo, logo Lily desistiria da conversa com Dog.
Mas, a tarde começava a ir embora e os dois continuavam conversando. Lily perguntou:
- Porque ninguém fala com você?
- E-e-eles a-acham en-en-graa-ça-çado o meeeu je-jeito de fa-fa-laar.
- Então, - disse Lily - eles são uns bobões. Enquanto acham graça perdem de ser amigo de um cãozinho muito inteligente.
Dog ficou todo envergonhado com o elogio; mas, ao mesmo tempo, todo orgulhoso. Os cachorros vendo que o papo estava gostoso, começaram a aproximar-se da mesa deles.
Quando a noite caiu, todos conversavam e riam muito, que até esqueceram a gagueira de Dog e, aproveitando a alegria contagiante, ele arriscou perguntar à Lily:
- Li-Lily, vo-voocê queer ser mi-mi-minnha na-namoo-rada?
- Oh, Dog! Claro que quero.
Daquele dia em diante, Dog foi o gaguinho, digo, o cãozinho mais feliz daquela vizinhança.
PS.: Adoro escrever essas estórias, apesar de serem infantis, elas sempre têm um pouco de moral e tento passar algum ensinamento.
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