segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Um Ano e Meio Apaixonado!


Faz um ano e meio que gosto dela e, agora que ela me deu uma chance, não posso ir embora...”.  Achei a frase muito interessante e, mais ainda, por ter sido proferida por um homem – não que eu seja feminista e ache que homens não podem sentir isso, mas, é engraçado eles ficarem um pouco mais amolecidos quando descobrem o amor. Depois de ouvir a frase e ficar com ela na cabeça até chegar em casa e, claro, dissertar sobre o assunto, vieram outras questões e, que me pegaram de jeito: como um sentimento tão profundo, tão desejoso de ser sentido por muitos, pode ficar tanto tempo aprisionado dentro de alguém? Como se consegue “guardar” o amor? E, a pessoa objeto de todo esse sentir, não percebe os sinais? Não acompanha o pulsar desse bater tão descompassado? Para mim, quando se ama, isso fica estampado no rosto, nas atitudes, no jeito de vestir, falar, sei lá – na verdade, nunca amei; só me apaixonei, me enrolei, me perdi, me achei, me decepcionei e desisti....rsrsrsrssr. Mas, voltando ao tema, ficaram várias coisas no ar e, se essa relação não é vivida, acabamos nos perdendo em fugas para esquecer a pessoa pela qual dedicamos esse sentimento? como um ser apaixonado vive esse sentir enquanto não conquista a pessoa pela qual seu sono foge, seus sonhos viajam? Como viver tentando saber o que outro faz, com quem está, enquanto não se rende ao nosso toque? Dizem que amar é fácil. Acho que não (novamente afirmo - nunca amei, tenho certeza): amar é um teste de paciência; é aprender o passo a passo da conquista; é querer conhecer o outro e desconhecer a nós mesmos; é buscar a perfeição onde ela não existe; é olhar com os olhos do coração, do envolvimento desmedido e, algumas vezes, anular nosso sentir em prol desse amor que queremos exaltar, que sonhamos viver intensa e loucamente. E, se queremos tudo isso, como calar essa emoção por tanto tempo?  Um ano e meio, para quem ama, deve parecer uma eternidade; esse sentimento unilateral não é regado, não é vivenciado, não recebe a atenção que merece e precisa, então, como ele se enraíza dentro de nós? Como fazer esse amor sobreviver quando, aquele que ama, não consegue dizer ao ser amado que esse sentimento existe e que está ali, pronto para ser colhido e sair pelos nossos olhos, para que a vida seja vista com olhos de amor e sonho diário? Enfim, realmente, amar não é fácil, mas, o mais difícil é não permitirmos que esse sentimento nasça dentro de nós, por medo de sofrer e, quem sabe, por medo de não saber o que fazer quando o sentimento for recíproco.  Boa sorte para o cara que conquistou a amada, depois de um ano e meio, mesmo correndo o risco da “chance” dada não ser bem aproveitada.     

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