segunda-feira, 11 de junho de 2012

As cores e o coração




“A cor que está aqui fora é a cor que deve estar dentro do coração” - ouvi essa frase em uma novela que está repetindo e fiquei com ela na cabeça, tentando decifrar o significado. Se estou de preto significa que meu coração está escuro? Meus sentimentos estão nebulosos? E, se estiver vestindo verde? Meu coração está quase amadurecido para um relacionamento, quase se abrindo para receber sentimentos mais doces e puros? Rosa? O que significaria se eu me vestisse de rosa da cabeça aos pés - estou pronta para um caso amoroso, recheado de encontros suaves e com perspectiva de sexo após o 10º encontro? E vermelho? Pronta para dias e noites de sexo selvagem, regado com muita lingerie e espumante?? Depois de escrever e ler o que coloquei aqui, não posso concordar que as cores sejam o espelho do que vai em nossa alma, do que habita em nosso coração. Cores são cores. Para mim, elas são o complemento do meu vestir, da vontade de usar tal cor naquele dia, independente do meu estado de espírito. Posso estar de preto - que é a minha cor preferida, e estar me sentindo nas nuvens, me sentindo feliz; é uma cor não tão básica, pois, ela pode te fazer sentir bem em uma peça antiga e surrada, ou, te deixar gloriosa em uma roupa de festa. Então, não consigo concordar com a coisa de que sua cor externa é a tradução do que está sentindo internamente, no seu mais íntimo momento. As cores ajudam a alegrar o dia, estão presentes nas flores, nos prédios distribuídos pela cidade e, certamente, enchem nossos olhos no meio do caos urbano cimentado em que tudo se transformou, mas, não traduzem nosso estado de espírito. Se estiver errada, aceito críticas.





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