13 dias em casa. Descanso. Sem horários. Comida na hora, novinha. Muita internet. Muitos seriados. Enfim, uns poucos, mas, gostosos dias de férias. Gosto de me sentir sem pressão, sem alguém me cobrando coisas e, na maioria das vezes, eu mesma me cobro muito. Adoro estar quieta no meu canto, cuidando das minhas coisas. Mas, esses poucos dias, me trouxeram bons momentos com minha família e meus amigos, principalmente, na Páscoa. Eu, na verdade, não sou muito dessas comemorações; acho que o certo seria cada um olhar para dentro de si e descobrir a força de Deus em seus corações, tentar achar a luz desse caminho tão árduo que alguns trilham e buscar o conforto e o aconchego em família. Só que todos esses momentos viraram comércio, onde o abraço é trocado por um ovo de chocolate; um beijo pode virar uma caixa de bombons e um simples aperto de mão, pode ser retribuído com um bolo feito especialmente para essa data. E, como ninguém é perfeito, entrei na onda dessa loucura adocicada que nos faz arregalar os olhos e regalar o estômago com tantas variedades de sabores e formas diferentes de embalagens. Gente, como é bom comer chocolate; como é prazeroso colocar aquele pedaço quadradinho dentro da boca e sentir que somos arremessados a um lugar desconhecido, repleto de arrepios e formigamentos pelo corpo e, enquanto vai derretendo, envolvendo nossa língua, enchendo nossos dentes com uma onda marrom, nosso cérebro parece ter encontrado o nirvana, pois, emite ondas de felicidade nunca experimentada antes. Juro que fico perdida no meio de tantas opções, tanto colorido e recheios suculentos; mas, acabo sempre indo direto para o chocolate ao leite – para mim, é o melhor, o mais completo, o que me dá mais prazer e menos culpa por saber que, em pouco tempo, ele vai se concentrar todinho na minha cintura (que quase já não existe mais). Amo chocolate e, chegando o inverno, ele torna-se o meu amigo mais íntimo, o companheiro mais presente na minha casa; acho que, na verdade, acaba virando uma extensão de mim mesma, me fazendo esquecer o que me incomoda, o que me deixa triste e o que possa me fazer falta. Que venha o inverno, recheado de barras de chocolate.
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