sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Meias em Rivera

Fui a Rivera com uma amiga – meio que “mula” dela e, como foi minha primeira experiência, fiquei  fascinada por aquele paraíso de odores maravilhosos que saía a cada porta de loja que passávamos. Mas, ao mesmo tempo, do lado de fora, éramos atropeladas – a todo momento, por vendedores ávidos em nos enfiar goela abaixo pares e mais pares de meias, de uma forma insistente, cansativa e desagradável. A pergunta que surgia em  minha cabeça, a cada um que chegava chegando repleto de meias, era: “34 graus...usar meia aonde com esse calor?”. Como isso aconteceu o tempo todo, começamos a levantar algumas possibilidades para tanto desespero e falta de noção: as meias eram feitas de cocaína e, nosso lado CSI começou a imaginar situações, tipo, compraríamos as meias e, na Receita Federal, nos fariam descer e  meias seriam colocadas em bacias com água morna para testes de presença de coca e, claro, nos ferraríamos porque as meias seriam todas feitas da droga, a mais pura e, como explicaríamos isso? Outras situação, seria o ar condicionado do ônibus estar hiper-super-muito gelado e colocarmos as meias para aquecer nossos pés, sair para andar um pouco no corredor esticando as pernas  e o tapete do ônibus ficar todo marcado de branco com o desenho dos nossos pés....quanta loucura, não?? Afinal, qual seria o objetivo de venderem meias feitas de cocaína para pessoas que apenas usariam as meias em seu lugar de uso: os pés. Viagem pura a nossa.  Mas, claro que perguntamos por que vendiam tantas meias e responderam que era o ganha-pão deles, que era melhor que roubar...Mas, a explicação não convenceu e voltamos para casa com a pulga atrás da orelha, desconfiando que, de alguma maneira, aquelas meias conseguiam atravessar as fronteiras e fazer com que pessoas desavisadas andassem desfilando pó branco por aí e, misturada a essa ignorância, muito chulé também. Quando a imaginação é fértil, sobram insinuações e muita diversão.

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