O final de semana poderia ter sido melhor, mais alegre, mais descontraído, mas, não foi. Andei me sentindo oprimida, com um aperto no peito, falta de ar, uma sensação de perda, um sentimento de saudade, enfim, um verdadeiro poço de falta de amor. Quando pessoas próximas a nós ficam debilitadas, nossa tendência é minimizar os estragos causados por uma doença que, aos poucos, vai minando a vontade de viver, vai tirando o pouco de saúde que ainda possa restar. E, ficamos analisando o porquê disso, o porquê daquilo, sem chegar a lugar nenhum, mas, tentando com essas ponderações diminuir algum estrago que já foi causado. Acho que ficar doente não é simplesmente adquirir alguma moléstia, passar mal e a doença se estabelecer; acho que é mais que isso e, para mim, além dos sintomas médicos da doença em si, tem todos os outros que não enxergamos, que mascaramos para não assumir que metade desse suposto mal é criado por nós mesmos. Parentes distantes geograficamente, filhos ausentes, relação desgastada, tudo ajuda a piorar ainda mais o quadro de alguém que pareceu nunca precisar de ninguém, de alguém acostumado a ser servido, a ter uma vida onde o simples fato de existir já era uma grandeza. Quando as pessoas falam que tristeza mata, alguns torcem o nariz e dizem que isso é besteira; mas, tristeza corrói nossa alma, rebenta nosso coração, endurece nosso olhar e nos faz adoecer aos poucos, baixando nossas defesas e nos deixando a mercê de qualquer parasita, esperando ansioso para adentrar nosso corpo e acabar como nossa saúde já não tão saudável. Para tudo tem jeito nessa vida, para tudo se acha uma luz no final do túnel; mas, para um corpo doente, muitas vezes, não há solução, pois estamos metade nas mãos dos médicos e a outra metade em nossas próprias mãos e pensamentos. Mas, ainda nos resta a fé, a força na oração e isso ninguém pode tirar de nós, de nossa alma, por mais adoentada que esteja. E, na minha singela maneira de orar, peço que Deus sempre faça o melhor por quem está precisando de suas mãos sagradas, tirando a dor de viver a quem não vê mais sentido na vida. Amém!
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