sexta-feira, 3 de junho de 2011

Retornando ao Blog...

Me  ausentei do meu próprio blog....pode isso? Ando correndo tanto que, no atual momento, minha companheira mais constante é a cama e não a escrita.  Hoje, depois de vários dias cansativos, atribulados e estafantes, consegui sentar para escrever; mas, sinceramente, não é para fofocar, é mais para desabafar mesmo....Ando me sentindo meio excluída, meio de lado; parece que todos têm seus grupos, suas pessoas mais chegadas, seu ombro amigo para chorar e, eu, pareço ser a pessoa que consigo resolver meus próprios problemas, minhas próprias necessidades. As coisas não andam legais no trabalho: há uma falta de perspectivas; o “produto final” para todo o trabalho que colocam em nossas mãos parece que não vai aparecer; o que eu vejo, são pessoas que não se preocupam com o potencial de mão-de-obra que tem à disposição, mas, apenas pessoas que querem seus desejos atendidos, como se fossem crianças mimadas que, batendo os pés serão pronta e rapidamente satisfeitas. Qual o meu papel nisso tudo? Atender pedidos idiotas de mudança de ramais, de confecção de chaves, carimbos, etc...? No que tudo isso vai contribuir para o desenvolvimento do País, Estado, da minha Cidade? Outro dia me apresentaram um possível-futuro candidato e pediram meu voto...o que disse foi que não voto mais, meus votos futuros serão nulos; chega de enganação; de votar e dar emprego para incompetentes ou cabeças de vento; chega de pensar que o próximo governo vai fazer tudo diferente, mais transparente....isso não existe. Será que serei usada e descartada? Isso passa pela minha cabeça, pois, a cada dia uma nova “carinha” aparece e, corre daqui para arrumar mesa e cadeira, corre de lá para arrumar telefone...fica difícil ficar light em um ambiente onde a maioria desconfia da própria sombra. E, ando sentindo falta de um carinho de mãe, de uma palavra que me faça esquecer os problemas, de um abraço que me diga que não estou sozinha; percebi que, na verdade, somos eu e meu pai e, cada um com sua vida, amigos e compromissos. Nunca fomos de ficar de papo, contar como foi o dia, o que preocupa um ou o outro; tinha isso com minha mãe e, hoje, faria qualquer coisa para que ela estivesse aqui e, com o olhar detectasse que estou me sentindo um caco e me perguntasse como foi o meu dia, como resolvi isso ou aquilo e, mesmo que não visse minhas lágrimas, as secaria com uma conversa simples e divertida, acompanhada de uma xícara de chá e biscoitinhos. Bem, minha mãe não está mais aqui, então, tenho que resolver meus medos de cabeça erguida, minhas dores com um sorriso no rosto e minhas ansiedades com bom humor e dignidade, esperando sempre encontrar no caminho pessoas que sejam sensíveis e consigam entender como me sinto, mesmo não preenchendo o vazio do meu coração.

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