Ontem estava muito frio e, com o vento que batia, a sensação era de menos 500 graus...um horror...Mas, hoje, o dia começou com um solzinho muito agradável e aconchegante, daqueles de fazer a gente grudar a bunda no banco mais próximo, com um saco de bergamotas e, aquecer nossos corpos e arrepiar as gengivas com aquele gostinho da fruta escorrendo bucho a dentro....tô inspirada, né???rsrsrsrsr... Ontem, não ouvi o celular despertar – até porque, ainda não domei o bicho: ele desperta, dou um tapa e...foi...não toca de novo; mas, descubro como fazer aquela coisa ficar tocando a cada 10 minutos, isso eu prometo. Claro que, depois do toque fatídico e do tapa certeiro, acordei às 07h07min....07h07min, dá pra acreditar?? E, hoje, novamente, aconteceu tudo de novo: desperta, estapeia, dorme e acorda atrasada, às 07h07min....será alguma coisa cabalística? Será um aviso para algo no dia 07/7? Ou tenho que jogar esses números para ganhar uma graninha? Ou, alguma coisa acontecerá às 07h07min, do dia 07/7?? Nossa, tantos 07 me nocautearam os neurônios; o melhor a fazer, é tentar ficar acordada no primeiro toque do celular, às 06horas. Com todo esse frio, mesmo querendo ficar na cama até mais tarde, esquecer que existe um local de trabalho com trabalho a ser feito, não querer colocar o nariz para fora de casa, precisei levantar e sair toda cheia de roupa...na verdade, é um exagero, pois, não uso roupas de lã, apenas casacos grossos, mantas, luvas, meias grossas, botas e chapéus. E, todo esse aparato, na hora de entrar na lotação e achar um lugar para sentar, fica sempre um pouco mais incômodo: as luvas não deixam segurar direito nos corrimões, a manta sempre atrapalha na hora de mexer na bolsa e, alguém sempre senta em cima de uma pontinha do casaco da gente. Sem falar que, quem senta no bancão do fundo - no ônibus, geralmente, conhecido como “cozinha”, fica muito mal acomodado, porque sou eu e mais 04 apertados lá atrás, igualmente mumificados de tanta roupa e, os mais folgados, mesmo sem muito espaço, sempre querem ficar bem instalados, não importando que o vizinho ao lado esteja quase que com a cara espremida no vidro (isso, quando se está sentado no banco ao lado da janela). Mas, à vezes, dá vontade de grudar no vizinho do lado e pedir para ele não levantar e, hoje, foi o que aconteceu: sentei lá atrás e sentou um rapaz do meu lado, grande e forte, cheio de roupa, o lado direito dele grudado no meu lado esquerdo; no começo, me irritei um pouco porque fiquei apertada no cantinho e ele parecia estar se sentindo muito bem quase montado na minha anca, mas, aos poucos, fui relaxando e comecei a me sentir aquecida no lado esquerdo, fazendo eu esquecer que estava frio lá fora e, a viagem prosseguiu tranqüila, até chegar ao nosso destino final. Quando percebi que ia levantar, quase grudei no braço dele e pedi para ficar ali, não sair, não levar com ele aquele calor gostoso, que me levava a imaginar estar sentada à frente de um fogão à lenha, enorme e aconchegante, que me aquecia o corpo todo e deixava o rosto em chamas. Quero deixar claro que, em nenhum momento, esta aproximação teve conotação sexual, pois, sinceramente, nem reparei muito no rosto dele, apenas me deixei levar pelo calorzinho que emanava daquele casaco grosso e que parecia querer me envolver, engolindo toda minha vontade de sair do lugar e vir ao trabalho. Na verdade, acho que o frio confunde nossos pensamentos, embaralha tudo e acaba congelando os mais sensatos, fazendo com que os totalmente sem nexo se acumulem e quase transbordem de tanta imbecilidade ou, quem sabe, carência.
Muito bom!!
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